A reclamação -a meu ver, sem o menor sentido- das seleções europeias que estão saindo na primeira fase da Copa do Mundo, já era esperada. Já há alguns anos que os países do Velho Continente só conseguem armar boas equipes com jogadores da América do Sul, oriundos, principalmente do Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
Com seleções formadas por jogadores veteranos, alguns passando dos 35 anos, foi peia de tudo quanto é jeito e a choradeira geral, com reclamação, principalmente do forte sol das 13 horas.
De certa forma, tem algum sentido a questão do forte sol, principalmente no nordeste. Mas isso não pode se transformar em uma desculpa. Mesmo porque, nós brasileiros, nativos de um país de clima tropical, em Copas enfrentamos temperaturas completamente diferentes da nossa, como o frio, que em alguns países chega a ser abaixo de zero.
Lembro que nosso único questionamento não é nem com o clima europeu, mas com relação à mudança climática em países de nosso próprio continente, quando nossas equipes têm que jogar em países com altitude com relação ao nível do mar.
Já enfrentamos no Equador e na Bolívia sérios problemas por questões de altitude, mas mesmo assim ganhamos várias partidas e inclusive títulos pelas bandas de lá.
Quem acompanha futebol, sabe que a Europa se habituou, nos últimos anos, à prática de importar atletas. Garotos de 9, 10 anos, como Messi, foram para países europeus e lá aprimoraram sua cultura futebolística, aproveitando o fantástico dom de jogar futebol.
Em grandes e milionárias equipes, como Barcelona Real Madri, Bayern, PSG, PSV e outros que disputam os campeonatos das Ligas e Europeu atletas se destacaram no mundo inteiro.
Inegavelmente as equipes são ótimas, excelentes. Com seus cristianos ronaldos, messis, fernandinhos, kakás e muitos outros, os times se tornaram praticamente imbatíveis.
Chegam a humilhar adversários de menor porte econômico, inclusive de outros países, que formam seus times com jogadores da base e locais.
Mas quando chega a hora de representar o país numa Copa, expõem a realidade de uma seleção medíocre, velha, batida e que não consegue vencer sequer os que não têm tradição no futebol.
É o que se vê hoje, com equipes como Inglaterra, Espanha, Itália, todas campeãs do mundo, fora da Copa na fase de classificação.
Já há alguns anos, que a salvação dos países europeus são as seleções que tradicionalmente formam craques, como Holanda e Alemanha.
Com o limite imposto para importação de garotos, a tendência é essas seleções do Velho Mundo piorarem ainda mais. A não ser que mudem o processo de formação de atletas da base.
Nos últimos anos, poucos países europeus conseguem formar atletas de base com talento É só mirarmos um passado recente que chegaremos á conclusão que os maiores jogadores surgidos na Europa são holandeses, principalmente, e alemães.
Os outros países pararam no tempo. No máximo um ou dois jogadores, mas sempre oriundos de antigas colônias.
O resto dos países,, como diria aquele famoso humorista: é figuração.