O campeão Tiago, Ló, Gerardo e este escriba; A Taça de Prata é nossa! |
UM POUCO DA HISTÓRIA DO TÍTULO
A equipe campeã brasileira de 1985 tinha como técnico o ex-zagueiro José Dutra dos Santos.
Ao contrário de hoje, a Série B de 1985, denominada Taça de Prata, foi disputada por 24 clubes. As partidas aconteceram em confrontos de mata-mata, dividas em três fases, que de acordo com os resultados iam reduzindo o número de equipes até chegarem A três.
Nos dois meses de duração Campeonato, a trajetória da Tuna foi das mais bonitas, demonstrando desde o início que estava na competição para vencer.
O glorioso título da Taça de Prata teve início no dia 2 de Fevereiro de 85, quando a Tuna empatou em 0 a 0 com o Moto Clube em São Luís. O jogo de volta aconteceu uma semana depois, no Baenão,com a fantástica vitória da Águia do Souza sobre os maranhenses por 3 a 0, gols de Luiz Carlos, Paulo César e Mariolino.
Na segunda fase, o adversário foi o Rio Negro do Amazonas. A Tuna não deu mole e venceu tranquilamente em casa e no Amazonas: 1 a 0 em Belém e 2 a 1 em Manaus. A terceira fase parecia que seria a mais complicada, porque o adversário tinha mais história, o Fortaleza da capital alencarina. Mas não teve jeito, embora tenha empatado o primeiro jogo em 0 a 0, em partida realizada na capital cearense. Na partida de volta, em Belém, no Baenão, a Tuna não tomou conhecimento edo adversário e aproveitou uma goleada em cima do Leão do Pici: 5 a 1 e um show de bola cruzmaltino. Os gols foram marcados por Paulo (duas vezes); Luís Carlos, também duas vezes, e o zagueiro artilheiro Ronaldo, que fechou a goleada. Com a vitória, a Tuna tirou o Fortaleza e entrou no triangular decisivo da Taça de Prata.
Apesar dos adversários serem bem mais difíceis -Figueirense e Goytacaz- do Sul e Sudeste, a Tuna se preparou muito bem para derrotá-los e trazer a gloriosa Taça de Prata para o Souza.
O primeiro adversário foi o Figueirense, em Belém. A Tuna venceu por 1 a 0, gol de Puma. O escore mínimo mostra a dificuldade que foi a equipe catarinense. O segundo jogo foi contra o Goytacaz, em Campos dos Goytacazes (RJ), e mais uma vitória tunante por 1 a 0, gol de Tiaguinho.
No jogo de volta contra o Figueirense em Florianópolis, a Tuna perdeu por 3 a 2, mas mesmo assim, tinha vantagem sobre os adversários.
A última partida, a decisiva, foi em Belém, portanto em casa, fazendo com que a torcida cruzmaltina chegasse a comemorar antecipadamente, porque sabia que teria apoio de torcedores dos dois adversários locais, Remo e Paysandu, que nessas horas, já demonstraram, são Tuna até debaixo d'água. E foi o que aconteceu.
Com o Mangueirão com um excelente púbico, quase 13 mil pessoas, o técnico Dutra, na preleção colocou que "bastaria uma simples vitória para a Taça de Prata ficar no Souza". Mas o adversário vendeu caro sua derrota. O jogo foi muito bem disputado. O título não foi tão fácil assim.
O jogo, muito estudado, mostrava o respeito entre as duas equipes finalistas. O primeiro tempo terminou 0 a 0,e na segunda etapa, a Tuna começou um pouco melhor, indo pra cima do adversário, e com a pouca superioridade, teve tudo para marcar logo no início, quando o zagueiro Ronaldo perdeu uma penalidade máxima aos 12 minutos.
Embora o gol perdido tenha deixado a nação cruzmaltina preocupada, dois minutos depois, Luiz Carlos abriu o placar para a Águia. Mas a onda de gols estava apenas começando. Aos 16 minutos, ou seja, dois minutos depois, o Goytacaz empatou através de Gaúcho Lima. O zagueiro Paulo Guilherme fez Tuna 2 a 1 aos 23, e aos 31, outro zagueiro tunante, Ronaldo, marcou o terceiro, o do título.
O Goytacaz ainda diminuiu através de Souza, mas não teve jeito. a vitória cruzmaltina estava sacramentada.
O árbitro foi Ney Andrade Nunes Maia, da Bahia e quando este apitou o final da partida, a nação cuzmaltina estufou o peito de emoção com o título de Campeã Brasileira da Taça de Prata. A Tuna era também, o primeiro clube do Pará e do Norte a ter conseguido o feito.
Somente em 1991 outro clube paraense ganhou um título nacional, mas foi a Tuna, também, o primeiro time a conquistar o bicampeonato em 1992.
Hoje a Tuna está numa situação complicada no futebol. Já há alguns anos não disputa nem mesmo o Paraense. É necessário uma sacudida, um comprometimento com o esporte que, juntamente com a náutica, nos deu muitas alegrias. Não queremos viver eternamente de saudade, comemorando vitórias importantes mas que já pedem outros triunfos. Afinal nossos corações cruzmaltinos precisam renovar suas alegrias.
Estamos felizes com os 30 anos da Taça de Prata. A Taça é nossa; a honra da vitória cruzmaltina!
Mas queremos voltar a sorrir. Queremos nosso futebol de volta. Nossa alegria que foi estampada em nosso peito em 10 ocasiões por títulos estaduais, duas vezes em títulos nacionais, quer voltar para nossa face.
Inegavelmente esta comemoração dos 30 anos da Taça de Prata nos deixa felizes, embora a realidade de nosso futebol hoje, bastante sofrido, faça sempre uma lágrima de tristeza rolar sobre nossa face. Mesmo assim, torcemos por sua volta por cima, pois, com certeza todos os cruzmaltinos, continuam muito
esperançosos por ti, eternamente amada Tuna Luso Brasileira!
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