"No meio do caminho tinha uma pedra", belamente escreveu Carlos Drummond de Andrade em um de seus mais famosos poemas. No meio do caminho do Paysandu, ao contrário do poema drummoniano, existem cinco pedras. E todas grandes, quase gigantes, que terão que ser vencidas no difícil caminho do time bicolor.
Todos pensavam que a CBF, uma madrasta não muito boa para os daqui do Norte, fosse fincar pé e decidir por o estádio de Paragominas para ser o local do jogo do time bicolor com o Oeste de São Paulo. Felizmente -para os jogadores e torcedores -principalmente os que vão ver o espetáculo na boa- a partida vai ser realizada na Curuzu.
Será, como todas as últimas partidas do Paysandu, um jogo de vida ou morte.
Nesta série última de cinco jogos, o ideal era o Paysandu não perder nenhum deles, vencer todos ou pelo menos ganhar quatro e empatar um. Difícil isso acontecer. Pelo retrospecto do time, com apenas nove vitórias em 33 jogos, é do pobre torcedor bicolor coçar a cabeça, pensar e pensar o quanto será difícil ter que viver esses momentos.
Poderão ser de agonia ou de êxtase para a fiel torcida bicolor.
Serão cinco partidas, 450 minutos que têm que ser favoráveis pelo menos 360. Se for menos, será perigoso. Muito perigoso.
Hoje, terça-feira, dia de Novena de Nossa senhora do Perpétuo Socorro, boa parte da velha estrada da Rodovia SNAP estava lotada.
Na frente da igreja, centenas de fiéis com camisas listradas. Uma branca, a outra azul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário