A obra de Chico Buarque de Hollanda, iniciada nos primórdios dos anos 60, continua sempre atual, dinâmica e poéticamente bela. Quando surgiu, o jovem Chico foi comparado ao poeta maior de nossa MPB Noel Rosa, talvez pela semelhança do tipo de poesia que fazia, cotidiana e de uma musicalidade às vezes de um samba bem tradicional, original, ou de uma melancolia romântica como são os casos de "Maninha", "A Banda", "Angélica" e outras. Chico impressionou desde o princípio. Jovem, de classe média alta, formoso ou bem apessoado, fomarcou seu nome e não precisa fazer mais nada: sua obra já está i logo conquistado pelos veteranos, que parece adivinharam que o rapaz seria o bam,bam, bam que com letras vigorosas, fortíssimas mesmo, enfrentaria os generais do regme militar. Só ou com os vários parceiros que teve e ainda tem na Música Popular Brasileiura, conseguiu ser um gigante pela própria natureza.
Chico é filho do historiador e brasilianista Sérgio Buarque de Hollanda, e mesmo que os sobrenomes sejam iguais, nosso seresteiro, poeta e cantor não tem nenhum, (mas nenhum mesmo!) parentesco com o dicionarista Aurélio Buarque. Dizem as más e boas línguas que Aurélio casou com uma Buarque de Hollnada e entrou na família no vácuo do sucesso do jovem Chico. Mas isso é outra história. Sobre nosso herói musical e das letras, devo dizer que vez por outra me pego falando neste espaço, dele e de Caetano. Que posso fazer? Os caras são bons e eu, como milhões de brasileiros de todas as gerações, aprendi a admirar o trabalho deles. E para demonstrar minha admiração e meu respeito pela obra valiosa de Chico Buarque, feita para todos os 200 milhões de brasileiros, eis aqui Chico, em 1978, bem mancebo ainda, cantando com sua maninha Miúcha, sob os auspícios do maestro Antonio Carlos Brasileiro Jobim (na época, marido de Miúcha) a belamente linda canção "Maninha. Curtam, é pra curtir mesmo!
Chico é Chico. Viva nosso poeta maior.
ResponderExcluir