A cena de teatro de José Maria Marin durou pouco. O anúncio do nome do novo técnico da Seleção Brasileira, que ele garantiu que sairia só em Janeiro, já vazou: Luiz Felipe Scolari, como todos os saudosistas, conservadores e os ditos "amigos do rei" já especulavam, ou melhor, já sabiam.
A volta da truculência à Seleção |
Felipão saiu do Palmeiras praticamente queimado, mas arrogante como é, disse que iria descansar e só no próximo ano pensaria em trabalhar em uma grande clube brasileiro, estrangeiro ou em alguma seleção. Quanta prepotência! Óbvio que já devia ter a garantia de Marin de que voltaria para a nossa Canarinha.
Pior é que ainda levou o outro sargentão, Carlos Alberto Parreira, que como técnico é um médio preparador físico.
Tudo isso é por demais lamentável. Primeiro que essa história idiota de que Felipão é um vencedor só cabe em historieta gaúcha, onde Felipão é ídolo. Scolari é simplesmente um elemento arrogante, prepotente, boçal, truculento e sem nenhum preparo para conviver num meio onde a liderança sem arrogância é fundamental. Destemperado, é daqueles que desrespeita os jogadores, dirigentes e chama jornalista para a "porrada" (expressão dele). Cidadão que não tem a humildade de discutir problemas com jogadores, mas apenas desqualificá-los e afastá-los do gripo, como fez com Kleber "Gladiador", prejudicando o jogador e o próprio time do Palmeiras.
Aos que defendem o conservadorismo na Seleção e insistem em dizer que Scolari é bom "porque é durão, valentão e venceu uma Copa", insisto que isso não significa muito, não. Muitos que não ganharam uma Copa são verdadeiros heróis, como o falecido Telê Santana e sua Seleção de 1982 que foi, depois da Seleção de 70, a melhor que o mundo já viu jogar.
Por isso, Zico, Falcão, Sócrates, Júnior, Leandro e todos que estiveram na bela Seleção de 82, não venceram a Copa, mas mostraram que nem sempre o melhor vence.
Já o "nosso" técnico "vencedor" ganhou uma Copa em que as melhores equipes do mundo como Espanha, Itália, Argentina e Portugal não chegaram nem às oitavas, e nas semifinais duas seleções sem nenhuma expressão: Turquia e Coréia do Sul. Salvaram-se Brasil e Alemanha. Assim Felipão foi herói numa disputa em que praticamente não teve adversários. Uma Copa que parecia muito difícil, mas que foi, ao contrário, muito fácil pela falta de adversários compatíveis.
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