segunda-feira, 30 de novembro de 2009

OS LÌNGUAS SUJAS

O episódio do mensalão do DEM (ou "Arrudagate", ou ainda "A volta do boêmio"), me faz pensar como está a cara de dois sacripantas oportunistas da política brasileira chamados Artur Virgílio Neto e José Agripino Maia, aquele que parece que está sempre gripado, pois sua voz lembra um vaso rachado.
Estes dois elementos, metidos a moralistas, são dos maiores reacionários da política brasileira. Artur Virgílio, amazonense, passa boa parte de seu tempo criticando o governo federal, juntamente com seu aliado da hora, José Agripino Maia, de familia conservadora no Rio Grande do Norte, dominadora da política naquele estado do nordeste nos últimos 50 anos.
Agora ambos devem estar confabulando, de beicinho, preocupados com a repercussão negativa para o DEM e PSDB, já que os dois partidos são primos legítimos, originários da defenestrada Arena, que gerou anteriormente o PDS e o PFL.
Artur Virgilio, que baixou a bola depois que descobriram que ele financiava, através de seu gabinete, um estudante no exterior, teve que vomitar os gastos de seu pupilo e devolver parte do dinheiro aos cofres do Senado, está preocupado com Arruda, que apóia o candidato à sucessão presidêncial do PSDB, principalmente se for o Aécio, embora venha conversando com outro Demo, o prefeito de São Paulo, Kassab, que é serrista. Virgílio teme o possível "impeachment", de Arruda, o que certamente complicará para os dois partidos tanto na sucessão de Brasília como na de Lula. O senador linguarudo preferiu nem falar à imprensa sobre o "Caso Arruda".
Enquanto isso, o "coronel" José Agripino e seu par constante, Ronaldo Caiado, aquele que fundou a UDR, falam em moralidade e que "o DEM vai apurar e se tiver algo errado nós puniremos, ao contrário do PT". Quanta demagogia e hipocrisia! Os três severos críticos do governo Lula e do PT, agora estão embasbacados e desmoralizados com a realidade apresentada, pois o verdadeiro mensalão, com vídeo e gravações que mostram a roubalheira "in loco", acontecia no Distrito Federal e sob o comando do governador Arruda, seu vice Paulo Octávio e com participação de secretários e deputados distritais. Era uma vez o DEM, que em 1998 tinha seis governadores; em 2002, quatro governadores; em 2006 um governador. Em 2010... o povo espera que nenhum... E que políticos como Artur Virgílio e José Agripino, dois línguas sujas, sigam no embalo do DEM, de Arruda e sua troupe.

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