Ontem vi coisa que nunca imaginei ver na vida. Torcedor do Paysandu torcendo para o Remo vencer o Nacional (AM) com o intuito único de ver novamente o clássico Re-Pa, desta feita decidindo a Copa Verde.
O resultado de 1 a 1 entre as equipes deixou o torcedor remista com uma pulga atrás da orelha. Não que seja coisa do outro mundo o Remo vencer a partida de volta, que será no dia 9 de março em local privilegiado: o estádio Arena da Amazônia, um dos palcos da Copa do Mundo de 2014, que será inaugurado, a meu ver brilhantemente por uma equipe amazonense e uma paraense ou seja, duas equipes amazônidas.
O Remo, que ontem jogou bem abaixo de suas qualidades, voltou a entrar em campo erado, com três volantes e só um meia, Eduardo Ramos, que ainda não conseguiu mostrar o seu bom futebol na equipe azulina.
O técnico Charles também insiste em colocar Val Barreto como titular, embora o jogador pouco renda, e esconde Leandro Cearense, não o colocando nem no decorrer do jogo. Está conseguindo deixar o jogador paraense insatisfeito com a "cerca" e, embora não pressinta, vem prejudicando o meia Eduardo Ramos, os laterias e até os volantes que lançam sempre bolas ao ataque e não vêem aproveitamento por parte do fraco atacante..
Sobre o resultado de 1 a 1 com a equipe amazonense, não deixa de ser um pouco complicado. Para conseguir a classificação em Manaus o Remo vai ter que jogar futebol de qualidade para vencer o time amazonense em casa. Se jogar com um time recudo e com atacantes que não aproveitam as chances, vai ter que depender do esforço e da sorte de jogadores como Thiago Potiguar, Eduardo Ramos, Athos e Jhonatan, porque tudo indica que Ratinho, sempre um destaque na equipe, está contundido e com o carnaval talvez não se recupere.
Os filósofos do futebol sempre pregaram que quem quer ganhar títulos ou pelo menos fazer bonito em competições interestaduais ou nacionais, tem que fazer "o dever de casa".
O Remo não fez. Então se não houver Re-Pa no final da Copa Verde o torcedor azulino vai ter que esperar os bicolores no Segundo Turno do Parazão.
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