Não entendo o técnico remista Agnaldo de Jesus, o Seu Boneco, elogiar a "reação" do Remo ontem contra a equipe do Santa Cruz de Cuiarana.
O Remo fez o primeiro gol, por sinal um bonito tento feito por Athos, num lance em que recebeu a bola de Leandro Cearense, mas tomou três gols bestas, fruto da incompetência de toda a equipe, ou melhor, de seu técnico, que com um time todo modificado, não conseguiu, em sua segunda partida na função, organizar a equipe, nem na defesa, nem no meio, tampouco no ataque, onde o atacante Val Barreto foi uma figura decorativa em campo.
Quando fez seu primeiro gol, aos 24 do primeiro tempo, o Remo quis demonstrar que a equipe estava unida e pronta para golear a equipe salinense. Engano total. O ataque do Santa Cruz com Rafael Paty, levava sempre perigo ao time azulino e mostrava a fragilidade do meio de campo e, principalmente, da defesa do time de Antonio Baena.
Quase no final da primeira etapa, o Remo levou o castigo que quase causa sua derrota: o volante André foi expulso após cometer falta e receber o segundo amarelo.
O sofrimento remista começou logo no início do segundo tempo. Rafael Paty, que passou parte do primeiro tempo perturbando e levando perigo à defesa remista, fez o gol do empate do Santa Cruz.
O Remo, que já havia feito um triste primeiro temo, se perturbou ainda mais, fruto da perda de um jogador. O Ugo era ruim de doer nas vistas e o Remo, que tem uma equipe mais equilibrada e de maior nível técnico, não se entendia, principalmente no meio de campo, onde era notória a falta de criatividade e de um elemento de lançamento.
O Santa Cruz gostou da fraqueza do Remo e partiu pra cima sem piedade. Seu Boneco, que já havia substituído o fraco Val Barreto por Guilherme e Athos, que foi até bem ontem, por Ratinho, via a esperança de vitória ir por água abaixo pela atuação irrisória da equipe, já que os substitutos não conseguiam também acertar.
Aos 25 minutos, o zagueiro Charles fez o segundo do Santa Cruz e levantou a pequena torcida interiorana. O Remo se desesperava. Na frente, Leandro Cearense se esforçava, mas pouco conseguia, já que não conseguia entrosamento com Guilherme.
Rafael Paaty aproveitou a fragilidade da defesa remista e marcou o terceiro aos 29 minutos, praticamente fechando o caixão remista.
O jogo parecia decidido, quando Ratinho provocou a expulsão de Thiago Souza, que acabara de entrar no lugar de Thiago Floriano. Como já passava dos 40, o Remo partiu para o tudo ou nada.
Num chute despretensioso, de fora a área, Levy fez o segundo remista aos 42 minutos. O gol deu ânimo à equipe azulina, que jogava de igual pra igual com 10 em cada lado, então aos 45 minutos, Leandro Cearense salvou a pátria, num lance em que cabeceou, o goleiro bateu roupa, e ele chutou de qualquer maneira empatando o jogo.
Não acredito na permanência de Agnaldo na direção técnica do Remo. Pode até ser um bom técnico, mas o período em que ficou parado, cuidando de outras coisas, o deslocou das quatro linhas. O time azulino ontem estava completamente perdido em campo, sem esquema tático nenhum, com a defesa totalmente desentrosada e falhando muito, o meio de campo frágil e sem criatividade, uma tristeza para a torcida azulina.
Agnaldo errou em não começar com Ratinho como titular, como também na insistência com Val Barreto.
Domingo a coisa é mais séria. O Paysandu vem conseguindo vencer, pelo menos as equipes mais fracas, e mostrou que mantém um ritmo de jogo até sem os titulares. Isso ficou provado ontem, pois com mais de meio time formado por reservas, ganhou por 2 a 0 do Paragominas.
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