A Tuna perdeu o jogo de ontem para o Paysandu nos 10 minutos finais, quando estava em seu melhor momento: atacando maciçamente enquanto a equipe bicolor demonstrando cansaço se defendia como podia. Foi uma jogada de sorte do treinador Sérgio Cosme, que em duas substituições conseguiu dar um melhor posicionamento à equipe do meio para a frente, surgindo daí uma bela jogada no meio de campo com Sidni, que resultou num golaço do lateral, sem dúvida alguma, o melhor jogador da partida e da equipe bicolor no momento.
O jogo começou nervoso, principalmente por parte da Tuna, que não conseguia nenhuma jogada objetiva. O lateral Leandro, tímido e apático, demonstrando um atordoamento inexplicável, não conseguia ganhar uma jogada com Rafael Oliveira, que encontrou uma avenida iluminada no setor do jovem atleta.
Pelo que apresentou no primeiro tempo, o Paysandu fez por merecer o 1 a 0, embora a arbitragem ainda tenha ajudado a equpe bicolor, deixando de marcar um pênalte escancarado de Vanderson em Fabinho. Só o árbitro não viu a deslealdade do líbero bicolor, que ainda chutou Fabinho quando este estava caído.
No segundo tempo Flávio Goiano fez as mudanças que foram vitais para que a Tuna crescesse no jogo. Tirou Leandro e colocou Vitor Castro, e no ataque tirou Fabinho e em seu lugar colocou Alexandre Pinho. O time cresceu e empatou logo no início, em jogada de Japonês que deixou Adriano Miranda frente à frente com o goleiro Ney.
Goiano resolveu tirar também Negreti, totalmente desaparecido no jogo e pôs Pit Bull, melhorando sensivelmente o meio de campo, pois o volante passou a fazer o papel de obstrução das jogadas adversárias, enquanto Alexandre Pinho com experiência além de conseguir segurar um pouco o jogo, ajudou Japonês na criação das jogadas que resultavam em perigo ao adversário. Com o esquema de jogo mudado e com o sol de quase meio dia a Tuna foi à frente e passou a levar perigo à meta bicolor. Mamão, embora irreconhecível, tentava algumas jogadas pelo miolo, mas sempre era desarmado pela bem postada zaga bicolor.
O jogo foi bem disputado até os 35 minutos, embora a Tuna levasse ligeira vantagem. O melhor resultado seria o empate, os dois lados já vislumbravam isso. Mas as substituições feitas por Sérgio Cosme deram mais certo que o esperado: tirou Alisson do meio de campo e colocou Allax na lateral direita, deslocando Sidni para o meio de campo. Tirou o apagado Mendes e colocou Ze Augusto, que descansado movimentou e perturbou a defesa tunante. O time melhorou principalmente pela mobilidade do lateral Sidni jogando pelo meio. Depois de uma jogada em que a bola estava praticamente nas mãos de Adriano o zagueiro cruzmaltino desesperou-se, chutou para a frente, a bola sobrou para Sidni que deu dois belos dribles e chutou forte. marcando o segundo bicolor. O Paysandu depois do segundo gol mandou em campo e ainda fez o terceiro gol.
O time da Tuna em ocasiões decisivas tem mostrado uma timidez e falta de experiência clamorosas. Foi assim contra o São Raimundo, em Santarém, no jogo do Primeiro Turno com o Paysandu e ontem, mais uma vez, se deixou levar pela "malandragem" de alguns jogadores do adversário, que sentindo a inexperiência dos jovens atletas conseguiram ganhar o jogo quando a Tuna cresceu e estava mais afoita na partida. Nota-se, também, a falta de banco na Tuna. Só existem dois atacantes, os titulares Felipe Mamão e Fabinho, e estes mesmos há vários jogos não marcam. A situação ficou complicada, porque a Tuna que estava bem, em segundo lugar pulou agora para o 6º, atrás apenas de Castanhal e Águia, que estão praticamente sem pontuar. A Águia terá que vencer seus três próximos jogos em casa ou pelo menos vencer dois e empatar um, para poder sonhar com a classificação. É uma situação difícil porque, repito, apesar do time te um bom ritmo, conseguindo até chegar até perto da área, tem uma dificuldade extrema na finalização. Não se admite um ataque passar jogos três jogos ou mais sem marcar gols. Principalmente quando estes atacantes não têm substitutos.
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