O placar de 1 a 0 deixa bem claro o que foi o jogo de ontem. entre Remo e Cametá. A equipe de Antonio Baena inegavelmente foi superior à do Cametá, perfeitamente entendível porque jogando em seus próprios domínios e necessitando vencer para sair da lanterna do Campeonato, tinha que vir com toda a força pra cima. E foi o que Paulo Comelli fez. Colocou uma defesa bem postada, com destaque para o xerifão Rafael Morisco e seu companheiro Diego Barros, e um meio de campo rápido, onde Mael foi incansável, juntamente com Tiaguinho, embora San não fosse o companheiro ideal. Ratinho foi a grande surpresa. Como quarto homem de meio de campo, funcionando como terceiro atacante ou primeiro homem de ligação o veterano jogador deu uma mobilidade diferenciada ao setor e, por várias vezes o ataque remista com Rodrigo Dantas e Paraíba, chegou perto do gol cametaense. Mas vale dizer, que mesmo com a superioridade do Remo, o Cametá não foi uma equipe fraca. Vendeu caro a derrota, que só aconteceu no segundo tempo, depois que Comelli cedeu e colocou um paraense em campo.
Comelli já pode sorrir... |
A torcida do chamado Leão de Antonio Baena deve ter gostado do ataque do time. É evidente que vindo de um resultado desastroso contra o São Raimundo, com o treinador Paulo Comelli fazendo várias tentativas de formatar um ataque sem sucesso, e ontem com a equipe tendo pelo menos cinco chances de gol, embora só tenha feito um, já deu para comemorar que alguma coisa mudou. E foi por pouco que o Cametá não sofreu, já no primeiro tempo, pelo menos três gols. É que os atacante são enferrujados, principalmente Rodrigo Dantas, péssimo cabeceador e de chute fraco, ficou constatado pelas várias oportunidades. perdidas e até pelo pênalte, que ele chutou em cima de André Luiz. Também o ligeiro Paraíba provou ser um jogador fominha e sem o cacoete de bom atacante, pois ficou na frente de André Luiz pelo menos por duas vezes só, somente só, e perdeu o gol. Primeiro tempo empatado, mesmo com um Remo melhor postado.
Para o segundo tempo, e no desespero para que o Remo conseguisse escapar de mais um desastre, que seria o empate de 0 a 0, Comelli inteligentemente colocou em campo o valoroso meio atacante Tiago Marabá, que além de moblizar o setor com velocidade e habilidade impressionantes, fez o que os atacantes tiveram oportunidade em demasia e não fizeram: o gol salvador. Num lance em que uma falta foi batida com rapidez, o vibrante atacante marabaense chutou indefensavelmente para o goleiro do Cametá, que foi ontem foi mais uma vez o nome do jogo.
O Cametá apertou muito o Remo no final da partida, embora com um homem a menos, expulso erradamente. Também confesso que não enxerguei a penalidade desperdiçada por Rodrigo Dantas. Nosso juízes às vezes não são nem mal intencionados, é que parece não conhecem as malandragens dos jogadores.
O Remo tem uma boa equipe. Muito superior ao do Paysandu. Aliás, neste Blog, venho dizendo há tempos que o melhor elenco é o do chamado Leão, apenas o treinador escala mal, protege os "seus" e põe até seu emprego em risco. Marlon foi irreconhecível e Leandro Cearense foi muito bem marcado, mas quando tinha chances levava perigo ao gol remista.
Ficou mais ou menos provado que Paulo Comelli "marca" os jogadores paraenses. Não teve Ratinho, Paraíba, Rodrigo Dantas que fizesse o gol. Foi necessário um caboclo marabaense, que injustiçadamente fica na reserva, entrar e decidir com talento, vitalidade e visão de gol para que os foguetes não voltassem nas mochilas dos torcedores. Com a vitória, o Remo botou literalmente para "escanteio" seu maior rival, o Paysandu, que agora anda como Diógenes, com a lanterna a iluminar o caminho dos demais.
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