Não queria falar nada sobre os dois jogos do final de semana, Remo e Paysandu e Águia e Cametá.Mesmo porque, a cidade anoiteceu sábado, amanheceu domingo e até hoje está em polvorosa com torcedores de Remo e Paysandu chateados, alegando que houve "acerto" entre as duas equipes.
A tradicional "jaca" para a maioria dos torcedores, foi a tônica da partida de sábado. Revolta, xingamentos, lamentações, arrependimentos. Pelo menos 70 por cento dos que presenciaram a partida no Magueirão ou pela TV Cultura, afirmam que não houve interesse do Paysandu em vencer.
Tudo bem, vou dar minha opinião. A partida foi realmente estranha. Quem conhece, quem jogou, quem vive ou viveu no mundo do futebol sabe que numa partida entre dois grandes rivais, como são Remo e Paysandu, qualquer um quer logo detonar com o outro. No sábado, o que se viu, principalmente no segundo tempo, foi uma acomodação declarada, visível das duas equipes, principalmente do Paysandu, que parecia estar ganhando de num sei quanto a zero, dada a tranquilidade e o toque de bola.
É perigoso dizer que houve "jaca". Mas acho que é mais perigoso brincar com o sentimento do torcedor, principalmente quande se coloca o vil metal em primeiro lugar. Jamais vou acreditar que houve interesse dos dois clubes em haver empate para o Remo chegar à final do Segundo Turno, vencer o Águia e encarar o Paysandu num tete a tete duplo, com rendas milionárias. Na minha cabeça de amante de futebol romântico, que não torce por nenhum dos dois mas que admira o espetáculo de uma partida bem jogada, jaca é fruta que eu não consumo. Mas... que a partida de sábado foi estranha foi. Isso foi!
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