Os poetas são pessoas diferentes. São como os artistas, que costumo dizer não têm sexo, porque quando estão no tablado do teatro, nos sets cinematográficos ou no palco fazendo shows transformam-se e só voltam a ser o cidadãos ou cidadã após o êxtase do espetáculo.
Tive dois editores que me marcaram muito. O premiado escritor João Ubaldo Ribeiro e o cronista, contista e poeta Ciro Colares. Ambos, pessoas de sensibilidade fantástica, papo agradabilíssimo e notável conhecimento de todos os assuntos, me deixaram exemplos de o quanto são diferenciados dos digamos assim, "normais". Ubaldo sempre gostou de ficar com amigos, embora ame a solidão. Gosta de pensartivo, beber o seu uisque, olhar o mar e filosofar em paos, escritos, guardanapos e até armazenando na gaveta da própria memória. Ciro, ao contrário, habituou-se a um grupo de amigos, todos mais ou menos com a mesma idade, mas que não perdiam a reunião no chamado Beco do Segundo, que ficou famoso, tendo ganho crônicas e poemas. Pessoas felizes que sempre "venderam" felicidade
Tenho um amigo, que também deve ter outros Ns amigos, e que por ser artista, lógicamente dferente, não abre mão de ser feliz. Seu mundo é o palco, o tablado, a poesia diária que sua verve abundante como as águas de março, desaguam nos livros, em pequenos pedaços de papel ou nas palavras quase mágicas e sorridentes de seus lábios. Antonio Juraci Siqueira. Que como João Ubaldo, que adora sua Itaparica e Ciro Colares que viveu toda sua vida no Beco do Segundo, vive a sua intensa felicidade na Rua da Felicidade. Juraci, o camarada boa praça que quando encontra um amigo, um conhecido, um parceiro, ilumina o ambiente e irradia paz. A João Ubaldo, a Ciro Colares e ao Juraci, o agradecimento pela beleza de mundo que enxergam e nos passam. Meus mestres.
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