Chico Buarque de Hollanda é o compositor da versatilidade. Político, romântico ou malandro Chico é de
sobra o artista brasileiro que mais mexe com nossos sentimentos, com nossa sensibilidade e sonhos desde a época dos festivais. E foi nos festivais da Record, na década de 60 que Chico e seus companheiros e parceiros Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento e muitos outros começaram a mostrar a cara de uma música brasileira bem nossa, enraizada, parecida com a gente, com nossos defeitos, pecados e virtudes, nosso sofrimento. Música que fala de gente e de coisas simples, mas comprometida poética e políticamente com os anseios do povo.
Nesse ambiente, em que fervia o movimento estudantil, com uma juventude querendo de qualquer maneira que acontecesse algo para "desacontecer" o que já parecia uma fato consumado, Chico e Gilberto Gil conceberam a belíssima letra e música de "Cálice", canção que num jogo de palavras dos mais perfeitos veio para confundir e driblar a censura da época.. Cálice poderia ser também Cale-se, e deixou os "homens" cheio de dúvidas. Mas, apesar dos esforços dos genais Chico e Gil, e na dúvida dos "mandões" a música foi censurada por vários anos, embora se conseguisse "piratear" uma fita aqui outra alí, mesmo que na época não existisse internet. Esta gravação é algo assim de fantástico, pois com sua voz única o mineiro Milton Nascmento, enriqueceu ainda mais a canção, embora Chico também dê um show. E hoje, que está entre nós Gilberto gil, um dos autores de "Cálice" a presenteamos aos navegantes e seguidores do Blog..
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