Houve um tempo, em que radialistas dominavam as eleições. O homens do microfone, donos de programas de rádio famosos e muito populares, chegavam com tranquilidade à Câmara Municipal ou à Assembleia Legislativa.
Alguns deles conseguiram somente um mandato, ou no máximo dois e quando conseguiam o terceiro já haviam passado um período fora da Câmara ou da Assembleia. Um deles foi Elóy Santos, que, se não me falha a memória teve dois ou três mandatos como Deputado Estadual e um um dois como Vereador. Também do Rádio foi o que conseguiu mais sucesso.
Agora, depois da vez dos homens do microfone, quem se arrisca a um mandato eletivo são os atletas e ex-atletas de futebol. O Paysandu, que hoje está em melhor situação no futebol paraense, tem dois representantes que já têm até mandatos, um vereador e um deputado. Agora os dois brigam por uma vaga na AL. De quebra, ganharam mais um concorrente, o jogador Zé Augustso, que já não faz nada em campo imagine na Assembléia! A briga entre os três vai ser grande, principalmente porque o jornalista e delegado Pio Neto, também torcedor do Paysandu e que criou um xodó com a torcida, quer morder pelas beiras uns votihos da fiel bicolor. Pelo lado do Remo, o jogador Landu, um pouco fora de forma em campo, tenta também um mandato para Deputado. O treinador e ex-jogador Artur é outro que está brigando por uma vaga na AL e aos amigos diz "estar eleito". Acho pouco provável. Mesmo!
A grande coincidência entre todos os representantes da bola na luta para chegar à Assembléia é o descompromisso que todos têm com a legenda. Em suas propagandas tipo cartazes e "santinhos" os boleiros escondem o nome dos candidatos a senador, governador, presidente e no máximo põem o nome de um federal que vai "ajudar" com uns votinhos. Na maioria das vazes usam as cores do Clube que acham que representam, seus nomes e o números e quando acham que devem o nome do partido. Se acham, assim, maiores e mais importantes que todos os majoritáios e partidos.
Acredito que como os radiaistas, que tiveram um mandato só e foram para casa, os candidatos "boleiros" não conseguirão muito sucesso. Dos cinco ou seis que brigam por uma vaga, no máximo dois chegarão lá. E se chegarem! Sem propostas, sem talento, sem compromisso e sem apresentar seus candidatos majoritários, os boleiros definitivamente "não estão com essa bola toda, não"
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