A nova pesquisa do Ibope divulgada ontem deixou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, calado, escondidinho inclusive da Imprensa, a quem tanto procurou na terça-feira, depois da divulgação da pesquisa do Vox Populi, para falar mal do Coimbra, sociologo presidente da Vox. Agora, consciente de que Dilma realmente cresceu, já que o Ibope (ou Globope) é o instituto que o PSDB mais acredita, Guerra está indociel e deveras preocupado com a lambada que poderá se transformar o segundo Turno em favor da candidata petista, Dilma Roussef.
Em uma semana, a candidata petista oscilou dois pontos
percentuais para cima, enquanto o candidato tucano caiu três pontos,
aumentando vantagem de seis para 11 pontos neste segundo turno; sondagem
foi feita após o segundo debate entre os presidenciáveisEm uma semana, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ampliou de seis para onze pontos porcentuais sua vantagem em relação ao tucano José Serra, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.
A petista tem 51% das intenções de voto, contra 40% do adversário.
Em relação à sondagem anterior, divulgada no último dia 13, Dilma oscilou dois pontos para cima, enquanto Serra caiu três.
A pesquisa atual, com entrevistas entre os dias 18 e 20, capta apenas parcialmente os efeitos das entrevistas dos dois presidenciáveis no Jornal Nacional, da TV Globo, mas foi feita integralmente após o debate do último domingo, exibido pela Rede TV!.
Levando-se em conta apenas os votos válidos (excluídos nulos, brancos e eleitores indecisos), a candidata do PT lidera com 12 pontos de vantagem (56% a 44%), seis a mais do que na semana passada (53% a 47%).
No primeiro turno, ela teve 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% do adversário.
O avanço de Dilma pode ser explicado pelo comportamento do eleitorado feminino. Nesse segmento, ela abriu sete pontos de vantagem (48% a 41% dos votos totais), saindo da situação de empate (em 46%) registrada na pesquisa anterior. Entre os homens, a vantagem da petista passou de 12 para 14 pontos (53% a 39%).
Na disputa pelo voto dos religiosos, a candidata governista vem levando a melhor na segunda rodada da eleição, depois de ter perdido simpatizantes na reta final do primeiro turno.
Houve acirramento na diferenciação dos votos entre os mais pobres e mais ricos. Dilma subiu entre os que têm renda familiar de até cinco salários mínimos, e Serra avançou entre os que ganham acima dessa faixa.
Os que estão na base da pirâmide de renda, com ganhos inferiores a um salário mínimo, agora preferem a petista na proporção de dois para um (61% a 31%, contra 57% a 36% na pesquisa anterior).
No topo, entre os que ganham mais de dez salários, o tucano mais que dobrou sua vantagem, de 15 (54% para 39%) para 31 pontos (63% a 32%).
A divisão geográfica do eleitorado mostra que Dilma melhorou sua situação em todas as regiões, com exceção do Norte/Centro-Oeste, onde caiu de 51% para 46% e empatou com Serra (47%). No Nordeste, a petista ampliou sua liderança de 21 para 33 pontos (64% a 31%).
No Sudeste, onde havia um empate técnico, Dilma assumiu a ponta, com 45% a 41%. E no Sul, onde Serra vencia por 13 pontos (54% a 41%), ele agora tem 46%, contra 47% da adversária.
A segmentação dos eleitores por escolaridade mostra que Serra só lidera entre os que tem curso superior (47% a 43%).
Na pesquisa espontânea, na qual os entrevistados manifestam sua opção antes de ler a lista de candidatos, Dilma lidera por 47% a 38%. Nessa modalidade, há 8% de indecisos.
Para 80% dos eleitores, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ótimo ou bom. Só 3% acham o governo de Lula ruim.
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