Vejo com simpatia e até interesse a proposta de aumento de disciplinas no currículo do Ensino Médio. Sou da época -calma, não faz tanto tempo assim!- em que além das matéria tidas como tradicionais, éramos obrigados a ter aulas de Moral e Cívica, Canto Orfeônico, Canto, Latim, OSPB, Francês, Religião, etc., ou seja, um amontoado de matérias que hoje vejo em sua maioria não tinham nenhum significado importante, mas que estavam obrigatoriamente no currículo escolar. Era o período brabo da Ditadura e algumas dessas matérias eram por demais tradionalistas e ensinavam, a meu ver, o lado oposto da coisa, ou melhor: "uma razão que a própria (ou verdadeira) razão desconhece". Não incentivavam o prazer pelo estudo, pois eram para o alunado desnecessárias.
O ex-ministro da Educação e Senador Cristóvão Buarque, que é professor e foi Reitor da UNB, defende que é importante que aumente-se o número de disciplinas alternativas, no sentido de dar novas opções para o alunado. Não é a questão de obrigar o aluno, efetivar no currículo do MEC. É dar opção da estudantada pensar, reunir entre si e avaliar a disciplina que é interessante para determinada escola colocar no currículo. Buarque diz que "estudar é uma coisa importante, útil em nossa vida, mas por demais chata. Os alunos chegam a um momento em que quase não suportam mais ter as mesmas matérias. Então é importante que se trabalhe disciplinas novas e alternativas como chinês, japonez, esperanto, artes plásticas, latim, alemão, música e todo tipo de alternativa dentro da Educação, para que os alunos possam ter prazer de ir à escola. O importante é que a disciplina que tal escola lance, tenha um número suficiente de alunos, tipo 50, 100 ou mais por escola, para que compense ter professor". Estou com o senador. Quanto mais opções, mais disciplinas, mais prazer o aluno vai ter de ir à escola.
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