A repórter Marta Salomon revela, em matéria publicada no Estadão, que os dados preliminares do Deter – um sistema de monitoramento por satélites que identificada desmatamentos superiores a 50 hectares – registrou uma redução, de agosto para cá, de 47% na área desmatada da Amazônia, superior até ao recorde de queda, de 42%, registrado no ano anterior.
Isso significa que a velocidade do desmatamento na Amazônia foi reduzida em 80% em dois anos.
Em termos numéricos: o desmatamento caiu, ano a ano, da seguinte forma:
Entre agosto de 2007 e julho de 2008, devastaram-se 13 mil quilômetros quadrados de mata.
Entre agosto de 2008 e julho de 2009, a floresta perdeu 7, 46 mil quilômetros quadrados de área.
E agora, entre agosto de 2009 e julho de 2010, o desmatamento se reduziu a 1, 57 mil quilômetros, nas medições preliminares de grandes áreas. Mesmo que as pequenas áreas façam este número dobrar, ainda assim será uma queda de cerca de 50% em relação ao anterior.
É uma grande vitória e nos aproxima de nossos compromissos – voluntários – apresentados na Conferência do Clima, em Copenhague, ano passado.
E é ainda, um grande desafio, o de seguir neste caminho. Não é pouco falar que as florestas derrubadas se medem ainda em um milhar, em centenas de quilômetros quadrados.
Sabemos que isso nunca será zero, e zero não poderá ser se quisermos dar dignidade e trabalho aos povos da Amazônia e aproveitar para o povo brasileiro as riquezas que ali ainda dormem. Mas o pouco que for necessário desmatar poderá ser superado em muitas vezes pelas áreas degradadas que se puder recuperar e com as pessoas que se puder resgatar da atividade predatória para ações que defendam o nosso grande tesouro amazônico.
Uma noticia destas vale o serão, vale muitos serões. (Do Tijolaço, do Brizola Neto).
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