Quem esperava uma goleada ou no mínimo um placar mais elástico no jogo de ontem entre Clube do Remo e Cametá, no Mangueirão, bateu com o beiço na porta.
A equipe dirigida por Charles Guerreiro teve uma enorme dificuldade para virar o placar que permaneceu empatado em 1 a 1 até nos descontos finais da partida, parecendo que o fantasma cametaense que assombrou os azulinos em 2011 continuava "muito vivo" e disposto a repetir a façanha. Um gol salvador de Alex Ruan -o melhor jogador da partida ao lado de Eduardo Ramos-, aos 46 minutos da etapa final deixou a torcida remista aliviada e com a certeza que, mesmo não sendo São João, pulou uma grande fogueira.
O Remo começou a partida muito bem. Até este escriba, sempre desconfiado com os times que começam muito velozes, imaginou que o e time dirigido por Charles Guerreiro iria fazer bonito na sua estréia.
Eduardo Ramos, com passos largos e elegantes, jogava fácil e com um preparo admirável, principalmente para um começo de temporada. O Cametá se safava e experimentava os contra ataques, embora timidamente, e aqui ali uma jogada mais ousada de Alan Petterson, Jailson ou Soares, que continua igual vinho.
A expulsão de Peterson, antes dos 15 minutos da etapa inicial deu um alento ainda maior ao Remo, que procurou tirar proveito de ter um homem a mais, explorando as jogadas pelo miolo com Eduardo Ramos, Athos e Jhonatan e perdendo um turbilhão de gols, principalmente com fraquíssimo Val Barreto. O primeiro tempo terminou com o Remo vencendo por 1 a 0, embora o placar pudesse ser maior.
Na segunda etapa o Remo voltou ainda mais violento. O Cametá se defendia como podia, e a ordem do técnico Adonaldo Viana, do Mapará, era tentar "segurar" Eduardo Ramos, não deixando o meia entrar na intermediária e aproveitar os contra ataques.
A partida transcorria ficou morna, quase equilibrada, com o Remo levando uma pequena vantagem sobre o adversário, mas alguns jogadores remistas já demonstravam um sinal de cansaço. O Cametá, sentindo isso passou a gostar do jogo e chegar mais na área remista. Numa cobrança de falta aos 30 minutos, Soares acertou na cabeça do zagueiro Gil Cametá, levando a bola direta às redes de Fabiano.
A torcida, que estava calada, resolveu, a partir daí, incentivar e jogar as últimas esperanças no pouco tempo que ainda restava.A ansiedade fazia o ataque remista desperdiçar bolas e noutras tentativas o goleiro Alencar Baú pegava os chutes de Eduardo Ramos, Alex Ruan e Leandro Cearense. Guerreiro se impacienta substitui Val Barreto por Guilherme na tentativa de esfriar o Cametá.
Num lance de raça e talento Alex Ruan chuta e deixa Alencar Baú batido. Era a vitoria que chegava, talqual o Paysandu no dia anterior, ao apagar das luzes.
Foi um jogo bom, bem disputado, com chutes e bolas na trave dos dois lados. Pelo que se viu novamente ontem, algumas equipes mesmo que não tenham suas folhas de pagamento tão altas como os dois da capital, não serão presas fáceis.
Assim como o Gavião Kyikatejê, o Cametá com o chamado "sucatão" e com um técnico desconhecido, mostrou competência, organização e que como em 2011, está disposto a brigar pelo título.
Ninguém duvide, também de Independente e até do time do ex-paysandu Luizomar Pinheiro, o Santa Cruz.O Parazão 2014 começou bem. É possível, pelo que se viu domingo e ontem, que surpresas aconteçam e que o salto alto de alguns até quebre. Quem sabe?
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