Manduka foi um dos grandes compositores surgidos na década de 60. Filho do poeta amazonense Thiago de Mello, Manduka, nasceu Manuel, homenagem de Thiago ao amigo também poeta Manuel Bandeira, que escolheu para padrinho de Manduka. Precoce, desde criança, Manduka, logo teve inclinações para a música e para a poesia, talento herdado do pai poeta e da mãe, a jornalista Pomona Politis. Além de poeta e compositor, ao final dos anos 80 para os 90 tornou-se artista plástico. Letrista de de estilo rebelde e ao mesmo tempo poético, Manduka esteve em Belém em meados dos anos 80 e, em companhia de Paulo André Barata e Antonio Carlos Maranhão, dois grandes compositores de nosso Estado, circulou por vários pontos boêmios e intelectuais da cidade. Conversamos com Manduka, fotografamos e lembramos algumas passagens de seu trabalho como influente compositor, seus parceiros como Geraldo Vandré. Dominguinhos, Alceu Valença e o exílio no período da ditadura. O poeta, que fez a belíssima "Quem me levará sou eu", com o sanfoneiro e compositor Dominguinhos, retrata com perfeição na letra, sentimento de dor, saudade e revolta numa canção quase lamento, imortalizada na voz de vários artistas, dentre os quais o próprio Dominguinhos, Elba Ramalho e Raimundo Fagner. Manduka faleceu cedo, aos 53 anos, mesmo assim deixou uma vasta obra poética, escritos, canções e um grande acervo de trabalhos em artes plásticas. Aqui a versão de "Quem me levará sou eu", na voz de Raimundo Fagner.,
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