"Sem terra, sem teto e sem estádio", é a gozação que estão fazendo com o fato esportivo mais sério do ano em nosso estado. O tradicional Estádio Evandro Almeida, palco de grandes espetáculos do Clube do Remo foi vendido. E de uma maneira que só se soube a notícia depois do fato consumado. Como dizem os mais antigos: na calada da noite. Klautau amanheceu na televisão, dando a "grande notícia". Mas grande somente para ele, pois a imensa legião leonina hoje está de cabeça para baixo, alguns até chorando, decepcionados com o que fez o sucessor de Raimundo Ribeiro.
Pela manhã, ainda cedo, um remista conversava com um colega na Presidente Vargas, lamentando-se da triste situação de seu Clube. "Falamos tão mal do ex-presidente Raimundo Ribeiro, que era isso, aquilo e pegamos esse daí, que é político profisional e ainda sem mandato, porque não ganhou nem para vereador. E o pior, com ele o Remo não ganhou nem um turno". Ao que o outro emendou: "E não vai ganhar a Série D, não. Nosso time é ruim porque pode. No tempo do Raimundo Ribeiro, ainda ganhamos dois campeonatos e em dois anos seguidos. Com esse daí, que perdeu para vereador pelo PSDB, não ganhamos nada, estamos na Série D, e com um time e um treinador de meia tigela, que só tem é papo", concluiu.
Esse foi o desejo de Amaro Klautau desde que assumiu a presidência do Clube. Vendido por 33 milhões, é difícil, muito difícil mesmo o Remo fazer um estádio no nível do Baenão com essa quantia.. Mesmo porque, vai ser tirada uma grande parte do valor bruto para resolver problemas trabalhistas, sobrando uma "merreca" que será utilizada para comprar o terreno (que ninguém sabe onde será) e construir a "Praça de Esportes" do sonho de Klautau. Indagamos alguns engenheiros e arquitetos sobre a questão e todos foram unânimes em responder: "dependendo do que sobrará, é difícil fazer um estádio com 15 ou 20 milhões até mesmo em um lugar distante, como\Castanhal ou imediações, onde o terreno pode ser mais barato. O Remo está saindo da área mais nobre de Belém, a Almirante Barroso, para não se sabe onde. É complicado", falou um engenheiro e projetista que torce pelo Clube. Pelo que se vê, o Remo perde o Baenão e a partir de agora, sem estádio, sai do nada para lugar nenhum.
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