Ney Matogrosso nunca teve comprometimento em fazer música de determinado tipo ou qualidade. O cantor, que iniciou sua carreira no grupo "Secos e Molhados", no inicio dos anos 70, sempre trabalhou com o visual e com a voz, não importando se agradaria a gregos, troianos, homens, mulheres, e tudo mais Ney só queria mostrar sua arte vocal e visual. E é o que sempre fez. E muito bem.
E conseguiu. Com quase 40 anos de carreira, o artista que esteve em Belém no final de semana levou em sua bagagem um monte de CDs de brega e piratas, diga-se de passagem. Quer dizer, Ney é diferenciado em tudo.
Ney desde os tempos de "Secos e Molhados" firmou-se como cantor, intérprete e nunca gostou de rotular seu trabalho como MPB, rock, brega, popularesco, etc. Ney sempre focou sua carreira como artista em shows, e embora tenha dezenas de discos gravados, essa parte ficou sempre em um plano mais secundário, já que nunca foi um grande vendedor de disco, mas um grande vendedor de shows.
Na década de 80 gravou LP com várias musicas tidas como de qualidade mais que duvidosa, como "Menina eu sou é homem", onde num pré-rebolation, usava e abusava de sua forma física e de seu corpo bem cuidado. Hoje, beirando os 70 anos, Ney não despreza o passado rebolativo, mas diz que prefere cantar músicas que cheguem mais perto do coração, mais românticas. O artista, fez show no final de semana em Belém, e de quebra passeou pela Praça da |República e foi bastante tietado. Bem simpático, Ney Matogrosso estava bem livre, leve e solto, mas nada rebolativo.
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