A defesa de Luiz Afonso Sefer diz que vai recorrer da decisão da magistrada Maria das Graças Alfaia que condenou o ex-parlamentar a 21 anos de reclusão e decretou prisão imediata do réu por abusar sexualmente de uma menor de 9 anos de idade durante quatro anos. Mas tudo indica que de nada vai adiantar o esforço de Serrão, o advogado de Sefer, porque a juíza já considerou o ex-deputado "foragido de justiça"., e assim que se entregar Sefer vai ter mesmo que pagar os 120 mil reais de indenização à menor e cumprir sentença em regime fechado. A polícia já está a procura do ex-deputado, que está foragido.
Segundo a denúncia que levou Sefer às barras da justiça e agora à condenação, o ex-parlamentar em 2005, encomendou a duas pessoas de seu conhecimento uma menor de aproximadamente 8 ou 9 anos para fazer companhia a "a uma criança" em sua casa. A menina veio de Mocajuba e logo foi entregue a Sefer. Segundo ainda a denúncia, com apenas dois dias em sua casa o médico Luiz Sefer iniciou a sessão de abusos sexuais a menor, além de agredi-la com palavras, fisicamente e até obrigando-a a ingerir bebida alcoólica. Dos 9 aos 13 anos, ainda de acordo com a denúncia, a menor foi abusada, além de também ter sido estuprada pelo flho adolescente do ex-deputado.
A juiza Maria das Graças Alfaia explicou que a decisão de sentenciar Luiz Sefer em 21 anos de reclusão foi por ela entender que o crime praticado pelo ex-deputado "teve caráter continuado", ou seja, por um longo período Sefer explorou a criança. As entidades de direitos humanos comemoraram a decisão da Justiça, embora consciente de que Osvaldo Serrão, advogado de Sefer, vai se mexer de todas as maneiras para que o ex-deputado não passe muito tempo no xilindró."Mas a condenação já é uma vitória e serve como exemplo para outras pessoas acusadas de envolvimento em casos de exploração sexual de crianças e adolescentes", disse Marco Apolo, advogado, presidente da SDDH.
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