terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Abaixo as ditaduras!

Quando invadiu o Iraque os Estados Unidos fizeram a coisa errada, no tempo errado e pelo jeito errado. Só podia dar errado. Mataram, morreram, nada encontraram e ficaram com a pecha de assassinos até pelos próprios americanos que não aceitam o Bush ter morto tantos inocentes entre iraquianos e americanos.
Pois é, todo ditador deve viver com a cabeça em turbulência. Pode até viver cheio de dinheiro, de mordomias, muitas mulheres, investimentos em vários países do mundo, mas com a certeza de que tem mais inimigos do que amigos.
Assim viveram Ferdinando Marcos, Reza Pahlevi, Anastázio Somoza, Pinochet,  Alfredo Stroessner, ditadores brasileiros e tantos outros que ainda estão por ai, que embora vivam em países com a população em total miséria, mas eles mesmos e os seus vivem nababescamente, em palacetes com centenas de empregados.
Mas as revoluções populares vão chegando, de leve, e tirando os tiranos do poder. Porque regime de tirania é quando um ditador permanecer anos e anos no poder, construindo seu império financeiro nos paraísos fiscais, e o povo vivendo na miséria.como no Egito de Hosni Mubarak, que recentemente caiu e deixou atrás de si um período de 30 anos de estagnação política e social em seu País. 
Agora os movimentos populares no mundo árabe aumentam a tensão no oriente. E não é briga entre árabes e judeus. É a luta pela soberania dos países, puxada principalmente por jovens estudantes que estão no princípio da fila  levantando a bandeira das mudanças. Eles  começaram  a despertar, acordaram com o vigor e a coragem para ir à luta pela independência política e pela democracia. É sinal de que muita água vai rolar -mesmo com pouca chuva-, pelas bandas de lá.
Como nas décadas de 60, 70, quando foram  principalmente os jovens do mundo inteiro e em especial da América Latina que mesmo sofrendo sanções e todo tipo de perseguição  lutaram, deram o próprio sangue pela liberdade e pelo fim das ditaduras no Brasil, no Chile, na Argentina, Paraguai, etc, agora os jovens árabes mergulham com alma para acabar com as dinastias que dominam os ricos países produtores de petróleo, mas de populações carentes de avanços intelectual,  político e social.
Kadafi e o guarda-chuva. Até quando resistirá?
Muamar Kadafi está no poder há 40 anos. Já foi prato preferido de críticos ocidentais mas hoje, talvez por interesses comercias, o mandatário maior da Líbia é queridinho deles. O  povo  líbio está nas ruas. Kadafi também. Só que protegido por um guarda-chuva, embora sem chuva. O povo está a sol e a céu abertos,  mostrando a cara.  Kadafi, estranho como sempre, diz que não fugiu. Mas como Ferdinando, Stroessner e outros  poderá asilar-se em algum lugar. O povo líbio, como recentemente o povo egípcio, está decidido. E quando o povo quer, ele consegue.  A voz do povo é a voz de Deus!

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