quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ophir nada fala sobre censura a Lúcio

Muito preocupante, para não dizer estranha,  a posição do presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante  Júnior, sobre a intimação por parte do juiz da 4a. Vara Federal, Antonio Carlos Campelo, ao jornalista Lúcio Flávio Pinto a não publicar qualquer notícia sobre o envolvimento dos empresários Rômulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana em fraudes contra a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), sob pena de "prisão em flagrante criminal e multa de 200 mil reais". Lúcio, que edita quinzenalmente o "Jornal Pessoal" há 23 anos, na edição da 1a. Quinzena de Fevereiro publicou matéria onde relata detalhes da audiência dos irmãos Maiorana realizada dia 1º deste mês.
Ophir Cavalcante, que é paraense, tem demonstrado ser um dos presidentes da OAB mais atuantes, preocupando-se com todos os assuntos que sejam de interesse do povo, dos estados e do pais, segundo uma publicação de Belém, ao ser inquirido para manifestar-se sobre o caso do jornalista, Lúcio Flávio, preferiu evitar qualquer manifestação, pois o "problema é regional", e aconselhou que procurassem Jarbas Vasconcelos, da OAB-Pará, que no momento está viajando para os EUA. É estranha, muita estranha esta posição do presidente da OAB, Ophir Cavalcante, porque desde que assumiu a entidade nacional dos advogados, ele não perde uma oportunidade de mostrar o quanto é assíduo nas lutas pelos direitos civis ,e assim não passa uma semana sequer sem estar na frente dos holofotes. O Sindicato dos Jornalistas, através de sua presidente, Sheila Faro, publicou nota em que repudia "veementemente qualquer forma de cerceamento de liberdadde de expressão e sobretudo, de liberdade de imprensa". Leia abaixo a nota do Sinjor.

                         

Nota oficial do Sindicato dos Jornalistas   

O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará vem a público repudiar veementemente qualquer forma de cerceamento de liberdade de expressão e, sobretudo, de liberdade de imprensa.

A livre manifestação de pensamentos, de idéias e opiniões é um dos aspectos primordiais para garantia do Estado Democrático de Direito e, o desrespeito a isso representa um duro golpe ao livre exercício da nossa profissão, que pode ser claramente tipificado como censura, ferindo uma das principais bandeiras de luta deste Sindicato.É papel da imprensa na sociedade democrática a divulgação correta, ética e precisa da verdade, por isso, o Sindicato acredita que os veículos de comunicação, como o Jornal Pessoal, do Jornalista Lúcio Flávio Pinto, devam servir e servem ao interesse público.
Por último, o Sindicato dos Jornalistas apela às autoridades competentes, especialmente, às do Judiciário, para que assegurem a plena vigência dos direitos basilares da Constituição – o acesso à informação e a liberdade de expressão, contra aqueles que mais uma vez tentam calar a voz de um dos jornalistas mais respeitados no nosso Estado e do país.
Nosso apoio a Lúcio Flávio Pinto.
            

Nenhum comentário:

Postar um comentário