Em meados de Dezembro, conversei com os jogadores Paulinho e Jonhy. Ambos foram atletas da Tuna e Paulinho, que conheço já há muitos anos, ganhou vários títulos nas categorias de base da Águia, ao lado de jogadores como Preto Barcarena, Paulo de Tarcio e outros em atividades em nosso futebol. Paulinho me falou, na oportunidade, da felicidade de haver sido campeão alagoano pelo Murici, clube que confesso, não conhecia. Me afirmou que era titular e já havia até jogado contra Jonhy, que jogava pelo Treze de Campina Grande. "No momento não", disse Paulinho, quando perguntei-lhe se pensava em voltar para nosso futebol.
Ontem, tive o prazer de ver novamente Paulinho jogando pelo Murici de Alagoas. Sinceramente, mais experiente, clássico, seguro, Paulinho foi um dos grandes jogadores do Murici em campo frente o Flamengo carioca. Jogadores como Gustavo, Everlan, Alex Murici e Paulinho o Murici conseguiu botar o Flamengo no quadrado durante boa parte do jogo e só não conseguiu fazer gols por causa da falta de tranquilidade nas finalizações. O time do Murici é acertado, toca bem a bola e se posiciona muito bem em campo, ocupando bem os espaços e com isso impossibilitando o adversário criar jogadas. Ontem, até os 15 minutos do segundo tempo o Flamengo com Ronaldinho e companhia sofria muito com a pressão do Murici. E o time carioca só conseguiu abrir a porteira com um gol de Ronaldinho, porque o treinador do Murici, Gilmar Batista, se empolgou e tirou um atacante, Gustavo, e colocou um defensor, pensando assim em recuar a equipe, fortalecer a defesa e conseguir o empate. Errou, pois o experiente Luxemburgo vendo a equipe alagoana recuar, colocou mais um atacante, o jovem Negueba, veloz e arisco, e como já havia tirado os fracos Maldonado e Welinton, colocando Egídio e Fierro, reforçou com as três substituições o ataque e a defesa. Ronaldinho inverteu a posição, saiu da meia e foi para a frente e de centro avante fez logo um gol, aos 21 minutos.
Daí o Flamengo passou a dominar o jogo e mesmo que o treinador do Murici tenha tentado voltar atrás, tirando o lateral Alex Murici e colocando o atacante Josy, não deu mais tempo fazer nada. A equipe já estava dominada. O goleiro Dias ainda engoliu um frangaço na falta cobrada por Renato Abreu e no final Negueba que entrou bem no jogo, fez o terceiro e último.
Mas ficou comprovado que treinador pode decidir para o bem ou para o mal da equipe. O técnico Gilmar Batista foi infeliz recuando a equipe na esperança de empatar ou ganhar o jogo no contra ataque. Prejudicou a boa atuação do Murici, que na pior das hipóteses, poderia ter empatado para poder jogar a partida de volta no Rio.
O Murici tem bons valores, é a equipe campeã de Alagoas, e jogadores como Everlan, Paulinho e outros destaques da equipe, são jovens e com certeza não ganham mais que seis mil reais. Muito superior em talento a muitos dos que temos aqui. Bem perto e bem mais baratos.
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