O País da bola sofre um retrocesso em termos de futebol. É o que falam principalmente os latinoamercanos sobre o Brasil. É que outrora o Brasil descobria seus craques e eles ficavam aqui, ou quando saiam já eram veteranos. Isso aconteceu com Amarildo, com Didi, depois com Rivelino, Carlos Alberto Torres, Carlos Alberto Pintinho, o próprio Zico, que saiu do Flamengo já com quase 30 anos e por aí adiante. De uns tempos para cá, os jogadores passaram a sair do Brasil na faixa dos 18 anos, no máximo 20 anos, ou seja, praticamente nos cueiros. Foi o caso de Adriano, Robinho, Pato, Elano, Diego, Deco, Júlio César e mais uma pá de jogadores. Saíram do País sem sequer jogar na Seleção Brasileira. Todos foram convocados de fora. Já aconteceu até de nossa Seleção ser Brasileira só no nome, porque a maioria, ou seja, 90 por cento dos jogadores, jogavam no exterior. Existem casos de jogadores brasileiros se nacionalizarem por outro País, como Deco, que é português e brasileiro e Roberto carlos que também tem nacionalidade espanhola. Isso acontece, principalmente, porque a empolgação do jogador pelo país que praticamente o lançou no futebol, onde ele é conhecido, amado pela torcida, tornar-se sua pátria. É como Caetno diz em uma de suas músicas.: "minha pátria, milha língua". Jogam fora, falam outra língua diariamente, seus filhos não são brasileiros, daí para perder a identidade é um passo.
Robinho deixou o Santos com 20 anos. |
O futebol paraense comete também os mesmos erros. Adora importar "bondes", mesmo que já tenha sido provado que isso é muito negativo. Já estão aí os "vovôs" Sandro, Alex Oliveira, Mendes e outros. O São Raimundo quis dar uma de bam-bam-bam, foi ao Rio, trouxe um bocado de atletas e até treinador. Resultado: não ganhou nada. A Tuna está recebendo propostas e mais propostas de empresários querendo trazer "craques" e "bondes" para atuar na Águia. A diretoria e o Departamento de Futebol já foram alertados. Cuidado. Muito cuidado. Jogador velho só é bom para jogar dominó ou gamão. E craque, com certeza, não vem para cá.
O assunto me faz lembrar os versos de uma famosa música do imortal compositor de sambas das Minas Gerais Ataulfo Alves:
-Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada Zé,
ou tem maribondo no pé.
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