Falta de ética ou máfia?

A divulgação por parte da Imprensa de que o Paysandu irá contratar ou já teria um pré-contrato com o meio de campo Robinho e o atacante Leandro Cearense, às vésperas da decisão do Primeiro Turno do Campeonato Paraense, me faz lembrar o ano de 2003, quando o Remos fez a mesma "jogada" com a Tuna. Na época, Tuna e Remo disputariam a final do Campeonato e a Tuna já havia ganho a primeira partida. Aí a Imprensa -não sei por que ela se mete e apóia esse tipo de procedimento!- divulgou que o Remo iria contrtatar três jogadores da Tuna: o goleiro André Luiz (esse mesmo que hoje defende o Cametá),  o meia Ciro e Valdemir, lateral direito que vinha jogando bem pela Águia. Segundo os noticiários da época, os três já haviam assinado até um pré-contrato. A notícia pegou os três desprevenidos e, abalados com a notícia de que seriam contratados, os três foram uma grande decepção em campo e a Tuna perdeu feio o campeonato. Ciro e André Luiz, que eram tidos como "craques", foram os piores em campo.

Agora a história se repete. Leandro Cearense e Robinho estão "comendo" a bola pelo Cametá. Domingo o jogo do Mapará é contra o Paysandu. Aí o Paysandu acha de contratar o dois maiores craques cametaenses na véspera do jogo decisivo. É ético isso? Não seria mais respeitoso que após o embate que decidirá o Primeiro Turno do Campeonato o Paysandu anuciasse as contratações? Será que os dois jogadores vão ter o grande prazer de ganhar do time que vai lhes presentar com um contrato com salários melhores e um maior reconhecimento profissional? É óbvio que existe a má intenção de "mexer" com a cabeça dos dois atletas e até com toda a equipe cametaense. O Paysandu sabe que o "buraco" cametaense é bem mais embaixo. Entende que não será moleza vencer o Mapará em Cametá e tampouco em Belém.  E sabe que pode ser que dê certo essa mexida na estrutura emocional dos jogadores e de toda a equipe. Só que em vez de falta de ética, isso pode ganhar também outro nome. Máfia.