O deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro da Igualdade Racial, apresentou ontem ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pedido
de abertura de processo, por quebra de decoro, contra o deputado Jair
Bolsonaro (PP-RJ).
Segundo Santos, Marco Maia disse que dará prosseguimento ao processo encaminhando o caso à Corregedoria. O pedido do deputado petista Edson Santos foi feito com base nas declarações do deputado Bolsonaro ao programa CQC, que foi ao ar na noite de segunda-feira, quando o deputado do PP carioca ao ser questionado pela filha do ex-ministro e cantor Gilberto Gil, a cantora Preta Gil, se ele aceitaria que um filho seu se casasse com uma negra. Bolsonaro taxativo respondeu:
“Não
vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco
porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em
ambientes como lamentavelmente é o teu.”
Ontem, a Imprensa nacional escrita, televisada e os Blogs do País inteiro publicaram as declarações racistas, homofóbicas e conservadoras do do Deputado do PP carioca, que também disse "ter saudade da ditadura militar. Após a repercussão do lamentável episódio, Bolsonaro alegou ter entendido mal a pergunta. Segundo suas palavras, ele achava
que se tratava de uma questão de um eventual namoro de um filho seu com um gay.
Para o ex-ministro de Igualdade Social, os argumentos de Jair Bolsonaro não convenceram.
“A
entrevista é muito clara. A pergunta é muito clara. O deputado
respondeu com muita segurança e de forma muito agressiva. Ou o deputado
está tendo um ato de covardia ou precisa passar por um teste para
verificar o grau de alfabetização”, disparou Santos.
Minutos
antes de Santos apresentar o pedido de abertura de processo ao
presidente Marco Maia, o deputado fascista Jair Bolsonaro se antecipou e entrou com um pedido no
Conselho de Ética para que ele fosse ouvido sobre o episódio.
É necessário que haja urgentemente uma punição pelas atitudes do deputado carioca Jair Bolsonaro, acostumado a denegrir a imagem das pessoas, a defender regimes totalitários e até a agredir com palavras e safanões colegas seus também deputados, inclusive nas dependências da Câmara Federal. Bolsonaro tem que entender que o a ditadura militar acabou e que o direito dele termina onde começa o de qualquer cidadão.
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