Paysandu campeão do Primeiro Turno. Estava mais ou menos escrito nas estrelas. Não que o chamado Papão esteja com essa bola toda. Ao contrário. O time, bastante limitado, ontem foi frouxo mais uma vez, jogando com medo, só nos contra ataques, com o regulamento debaixo do braço, suportando uma pressão enorme em todo o decorrer da partida. Mas ganhou, tem lá seus méritos, embora pequenos, mas não convenceu nem mesmo aos torcedores mais exigentes e que conhecem um pouco das quatro linhas.
O jogo, era óbvio, estava mais para o Paysandu, pois com a vitória em Cametá bastaria um empate ou até uma derrota por 2 a 1 que ficaria com a taça. Só que o time é fraco, parece desmotivado. Um amontoado de jogadores envelhecidos, que usam a violência como principal artifício de ataque e defesa. Sem sistema tático definido, na base de "todos na defesa e só um na frente", o Paysandu se viu durante quase todo o jogo ameaçado de tomar mais um gol e repetir a cena do ano passado, quando nadou, nadou e morreu na beira, na perdida batalha da Curuzu contra o fraco Salgueiro.
O jogo em si não foi dos piores. O Cameá vendeu caro sua derrota. O problema é que uma final não pode acontecer em um local como Curuzu, Baenão, praças sem a menor estrutura, sem a menor condição de segurança, nem para jogadores nem para o público. O campo, com a pior condição possível, só lama e com os
jogadores, principalmente da equipe do Cametá, à mercê de
uma turba enfurecida, talvez pela desqualificação da equipe local,
fazendo todo tipo de pressão ao adversário para que a equipe do Paysandu
saísse com a vitória, custasse o que custasse..
O árbitro, sem a mínima condição técnica, deixou o porradal comer de ambos os lados. Um pênalte não marcado em favor do Cametá, uma agressão do jogador Mendes em um atleta cametaense, agressões de Jailson e Wilson em jogadores do Paysandu, zagueiros bicolores cometendo um emaranhado de "gentilezas" nos atacantes cametaenses, enfim, uma guerra que sabe-se teria que ter um vencedor de qualquer maneira: o Paysandu. Uma tristeza!
Acho que o Payandu fez sua parte. A própria diretoria sabendo da fraqueza do time, preferiu jogar em casa á se arriscar no Mangueirão. Ganhou, é verdade, mas não convenceu. Lamentável a crônica esportiva dar mérito e enganar o pobre torcedor que o time é bom. Lamentável que valores como os jogadores Sidini e o artilheiro Rafael Oliveira tenham que "se matar" por uma equipe envelhecida e que já provou, só ganha na base do grito. No segundo turno, se não mudar, essa equipe pode decepcionar muito. Anotem e podem passar adiante!
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