A ONU, em Assembléia Geral, voltou hoje a se manifestar contra o embargo dos Estados Unidos à Cuba, ao votar uma resolução de condenação à medida e a favor de seu fim. Foram 188 votos a favor, dois contra e três abstenções. mostrando que o mundo inteiro está contra o embargo americano à pátria de Fidel Castro.
O apoio à resolução apresentada por Cuba constitui a 22ª ocasião consecutiva em que a Assembleia Geral se manifesta contra o bloqueio econômico americano à ilha.
A resolução, intitulada "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", recebeu os mesmos apoios que havia recebido no ano passado, com um voto contra a menos e uma abstenção a mais.
Os Estados Unidos só tiveram o apoio de Israel nos votos negativos, e até Palau, que em 2012 tinha votado contra, se uniu hoje às abstenções das Ilhas Marshall e Micronésia (que tinham votado da mesma forma há um ano).
A votação aconteceu após um debate no qual todos, salvo o representante dos Estados Unidos, se mostraram contra as medidas americanas e pediram sua suspensão.
Os plurinacionais latino-americanos Mercosul, Celac e Caricom, e também a Organização da Conferência Islâmica e o Movimento de Países Não Alinhados, se manifestaram de forma unânime contra o embargo.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, interveio em nome de seu país para voltar a detalhar as consequências que o embargo tem na economia cubana, mas também em outros campos como a saúde.
Rodríguez disse também que a política americana "impede" o livre movimento e o fluxo de informação, e destacou que, depois de mais de 50 anos de embargo e mais de 20 de rejeição das Nações Unidas, a política dos Estados Unidos em relação a Cuba sofre "um absoluto isolamento e descrédito mundial".
Ampliam assim o leque de países contrários à política americana, que boicota Cuba desde 1962, quando o na época presidente John Kennedy impôs o bloqueio para forçar a deposição do regime comunista na Ilha.
Mesmo que a negociação para o fim do bloqueio tenha sido promessa de campanha de Obama, até o presente, apesar das manifestações mundiais contrárias, o mandatário americano desrespeita a posição dos países que fazem parte da ONU e fecha os olhos para o prejuízo cubano, cujos danos de 1962 para cá já chegam a quase 110 bilhões de dólares.
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