segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sem tantas emoções, Roberto Carlos volta atrás e defende biografia não autorizada

Roberto Carlos é muito esperto. Mostrou isso ontem, querendo fazer uma mea culpa da polêmica que criou sobre o caso das biografias não autorizadas. 
O Rei em entrevista ao Fantástico, disse que "é necessário conversar", mas é favor da nova lei que tramita no Congresso onde nenhuma biografia precisará de autorização para ser escrita.
Roberto na entrevista estava sério, até meio carrancudo, mas como sempre foi muito artista, preferiu  aderir ao que a maioria dos brasileiros querem: liberdade de expressão para os biógrafos. Disse que nunca foi contra os que escrevem sobre sua vida sem sua autorização, e que não foi a história do acidente que o deixou chateado. 
Roberto não quer que falem de seus estranhos hábitos
"Tem nada a ver", disse referindo-se ao acidente que mutilou uma de sus pernas. "Eu mesmo estou escrevendo minha história. E informando muito mais a essas pessoas sobre minha vida, sobre minhas coisas, muito mais que qualquer fonte", disse o cantor mais popular do Brasil no programa dominical da Globo.
Roberto, em 2007 moveu uma ação contra o jornalista e historiador Paulo César de Araújo, que publicou o livro "Roberto Carlos em detalhes". Na ocasião, milhares de exemplares da obra de Araújo foram recolhidas das livrarias, dando um prejuízo enorme ao jornalista, financeiro e cultural, porque tirou dos leitores a oportunidade de conhecer mais sobre a vida do considerado Rei da canção brasileira.
Muitos dizem que Roberto não quer que a opinião pública saiba de seus estranhos hábitos de só usar roupa azul ou branca, de rosas no camarim,  de ter colaborado com a ditadura militar e otras coisitas mas. "Só eu posso falar", diz sempre.
A lei que trata de biografias no Brasil é polêmica e, lamentavelmente, tem muitos artistas de prestígio e fama que são contra, como Caetano Veloso e Chico Buarque e o próprio Roberto Carlos, que só ontem mudou de opinião. 
Sobre este tema, que é muito vasto, este escriba entende que é importante que a liberdade de expressão de qualquer jornalista, poeta ou escritor seja respeitada, seja qual for o tema. Sobre as biografias, sou favorável à liberdade, embora ache que é necessário que os biógrafos sejam coerentes e responsáveis, não se preocupando principalmente com a exploração do lado pessoal negativo do biografado, pois esses temas nem sempre são realmente informações, mas fofocas que dão ibope e, como as matérias sensacionalistas nos jornais, ajudam a vender livros. 
Roberto, Caetano e Chico estão cometendo um grande equívoco com a história, como ativos partícipes do grupo "Procure Saber", que insiste que qualquer biografia só pode ser feita com a prévia autorização do biografado. A liberdade de expressão deve existir em todos os campos, seja da literatura, da arte, da política, do sexo e da religião. Contanto que seja feita com responsabilidade.

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