sexta-feira, 5 de março de 2010
TRIBUTO A JOHNNY ALF
Dos movimentos musicais brasileiros modernos a música de protesto, que gerou o que chamamos hoje MPB e o Tropicalismo, ambos surgidos pós ditadura militar foram, sem dúvida, os mais marcantes. Desses dois movimentos saíram os compositores e cantores que hoje, quase 50 anos depois, ainda dão as cartas na nossa música.
Mas não podemos deixar de destacar dentre os importantes movimentos musicais brasileiros a Bossa Nova, surgida na década de 50 e mesmo iniciado nos apartamentos da zona sul carioca, ou seja, no meio da elite descomprometida, revelou um tipo de artista diferenciado , tanto pela poesia como pelo domínio instrumental e pela voz.
Dessa geração surgiu Johnny Alf ou Alfredo José da Silva, pianista desde garoto, compositor de letras ricas e melódicas e cantor de voz suave e "uisque-bar".
Alf, nascido na terra da boa música, Vila Isabel, passeou com classe e estilo pelo jazz, samba-canção e parou na bossa nova de Jobim, Vinícius, Marcos e Paulo Ségio Vale e da musa Nara leão. Escreveu lindas melodias como "Rapaz de bem" e a imortal "Eu e a Brisa", gravada por mais de 100 artistas do Brasil e exterior.
Durante muitos anos Johnny Alf foi a atração maior do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, sempre acompanhado de seu piano, mais um sax, um baterista e um bom violão.
Com câncer de próstata, o carioca faleceu de falência múltipla de órgãos,aos 80 anos, depois de se submeter a tratatamento durante vários anos.
A Bossa Nova, que teve Johnny Alf como um de seus precursores, comemorou ano passado 50 anos e é o movimento musical brasileiro mais conhecido fora do País, juntamente com o Samba. Ave, Johnny Alf!
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