Uma das coisas que mais me entristece é ver um artista padecer no ostracismo, depois de ter proporcionado alegria e bons momentos a milhares de pessoas. Vejo com lamento e um pouco de decepção a situação de Vavá da Matinha, que ficou durante vários dias na UTI do PSM, hoje no Ophir Loyola, mas, segundo sua esposa, poucas são as visitas que Vavá recebe, parecendo que esqueceram sua importância para nossa cultura.
Vavá da Matinha está internado no Ophir Loyola e seu quadro é crítico, e embora esteja com a pressão arterial ontrolada, sofre com arritmia e outros problemas coronários. Vavá foi um dos maiores representantes de nossa música, ganhando títulos como o maior vendedor de discos por alguns anos seguidos e em seu repertório possui mais de 40 músicas enaltecendo o Pará e Belém. Cantava sambas, boleros, forrós e um dos último shows que presenciei dele faz pelo menos oito anos.
Ainda é tempo de se fazer algo por Vavá da Matinha, se existe cirurgia, transferência para um centro mais adiantado,enfim, é importante que se faça algo para prolongar a vida de quem deu parte dela pela cultura do Pará.
O poeta, cantor, violonista e compositor Nelson Cavaquinho, autor de muitas pérolas da MPB, em vida cantou: "Sei que amanhã quando eu morrer,/ os meus amigos vão dizer/ que eu tinha um bom coração. / Alguns até irão pensar / em querer me homenagear/ fazendo de ouro, um violão./ Mas quando o tempo passar/ sei que ninguém vai se lembrar/ que eu fui embora. /Por isso é que eu canto assim/ se alguém quiser fazer por mim/ que faça agora.
É hora de se fazer algo por nosso Vavá da Matinha. E aos artistas e amigos do cantor, uma visitinha não faz mal, né gente?
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