sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Remo e Tuna: por que no Baenão?

Quando conversei no domingo com o técnico da Tuna Zé Carlos e com o executivo de futebol Fred Carvalho, ambos em nem um momento não passaram que iriam jogar com o Remo. Nada estava definido, segundo Fred e Zé Carlos achava que não era interessante.  De repente, a notícia de que a Tuna enfrentaria o Remo no domingo, às 16 horas, no Baenão.
Sinceramente, ninguém entende mais nada.
Depois da partida anterior entre Remo e Tuna, no Baenão, ficou certo que teria um jogo de volta entre as duas equipes. Só que seria no Souza, com um percentual da renda maior para a Tuna (tipo 70 por cento) e 30 para o Remo, que é para compensar a partida anterior que foi quase toda para o clube azulino.
Acho que a Tuna deveria insistir em jogar em casa, como havia sido acordado anteriormente. O jogo no Baenão, que eu confesso não sei como será a questão da divisão de renda, para a Tuna não será nada viável, pois, a meu ver, como o Remo vem jogando e a Tuna só treinando visando a Segundinha, a Lusa poderá servir de "sparring" para o time azulino e isso não é bom para o time nem para o torcedor.
Também teria sido interessante uma divulgação bem antecipada por parte da diretoria de futebol, até para uma preparação psicológica maior da equipe pelo técnico Zé Carlos. Afinal, Tuna e Remo é um clássico e o time luso brasileiro não pode dar vexame. 
Mas, como já acertaram, vamos prestigiar e fazer valer a honra cruzmaltina.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Orestes e o "Chão de estrelas"

Orestes Barbosa foi um menino pobre, que só aprendeu a ler  depois dos 12 nos e, adivinhem pelas mãos de quem? resposta: do pai de Vinícius de Moraes. Também seu primeiro mestre de violão.
Poeta, escritor, jornalista, Orestes deixou uma vasta produção cultural, inclusive livros que tratavam justamente do que mais apreciava fazer: música. Na vida música, que começou em meado dos anos 20, teve grandes parceiros, dentre os quais Francisco Alves, Noel Rosa e Sílvio Caldas, que foi seu parceiro em um de seus maiores sucessos, "Chão de estrelas". Nessa música, que meu pai gostava de cantar e tocar ao violão, segundo o poeta Manuel Bandeira, estão os mais belos versos de nossa música popular. Concordo plenamente com o poeta, mas acho que não somente os escolhidos por ele, mas toda a letra, pois Bandeira amava o verso "tu pisavas os astros, distraída", enquanto este pobre e modesto escriba é apaixonado por vários, repito, principalmente "a porta do barraco era sem trinco/mas a lua furando o nosso zinco/salpicava de estrelas nosso chão", é simplesmente maravilhoso, porque retrata (ou retratava) a realidade do morador do morro, que vivia realmente num barracão de zinco.
Acho que a mais bela versão de "Chão de estrelas é a que eu conheci e apresento para vocês, com a grande Maria Betânia, embora já tenha ouvido com o Sílvio Caldas. Mas talvez por não gostar de cantor que treme a voz, prefiro com a diva Maria Betânia. Ouça e acompanhe a belíssima letra.
Ah. Atenção para o poema que Betãnia declama no início da canção, do português Fernando pessoa. Tudo simplesmente belo!


Chão de estrelas
Orestes Barbosa

Minha vida era um palco iluminado 
Eu vivia vestido de dourado 
Palhaço das perdidas ilusões 
Cheio dos guizos falsos da alegria 
Andei cantando a minha fantasia 
Entre as palmas febris dos corações 
Meu barracão no morro do Salgueiro 
Tinha o cantar alegre de um viveiro 
Foste a sonoridade que acabou 
E hoje, quando do sol, a claridade 
Forra o meu barracão, sinto saudade 
Da mulher pomba-rola que voou 
Nossas roupas comuns dependuradas 
Na corda, qual bandeiras agitadas 
Pareciam estranho festival! 
Festa dos nossos trapos coloridos 
A mostrar que nos morros mal vestidos 
É sempre feriado nacional 
A porta do barraco era sem trinco 
Mas a lua, furando o nosso zinco 
Salpicava de estrelas nosso chão 
Tu pisavas os astros, distraída, 
Sem saber que a ventura desta vida 
É a cabrocha, o luar e o violão

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Depois da vitória da Tuna, papo com diretores

Depois do amistoso de ontem entre Tuna Luso Brasileira e Tiradentes, quando a Águia do Souza venceu por 2 a 0, tentos marcados no segundo tempo, conversei com os três principais dirigentes do futebol luso brasileiro: Fred Carvalho, Executivo de futebol; Joaquim Almeida, diretor de futebol e o técnico Zé Carlos.
Na conversa com  Fred ele mostrou-se otimista com a equipe, falou da partida ue será realizada no final do mês com a Seleção de Muaná, e do amistoso com o Reno, o jogo da volta, que segundo ele, talvez não aconteça mais, pois "o Zé Carlos não quer".
Pelo tom da voz de Fred, parece que as coisas entre ele e o Zé Carlos ainda não estão 100% resolvidas. Cobrei dele a presença do Fabrício no amistoso e ele respondeu: "o técnico não quis botar ele pra jogar. Coisas de técnico".
Na verdade, a situação segundo o Zé Carlos, com quem conversei logo depois, não são bem assim. "O grupo é esse, Moraes", disse o técnico cruzmaltino. "Meninos quase todos bem jovens mas empenhados, comprometidos com o nosso trabalho", completou.
Perguntei pelo Fabrício. Zé Carlos foi taxativo:  "um bom jogador. Mas não treina há 15 dias. E se não treina, não pode jogar. Ele e o Preto, não sei porque motivo, não estavam treinando, mas apareceram ontem e eu não poderia colocá-los, pois quem está todos os dias trabalhando é quem merece jogar", disse Zé Carlos.
O técnico lembrou que conversou na noite anterior com Fabrício, quando o jogador mostrou que doravante vai se empenhar para ganhar a posição. Também Preto Barcarena, que só entrou ontem porque o zagueiro titular apresentou uma bolha no pé
Joaquim Almeida, diretor de futebol, disse que agora as coisas tendem a caminhar da melhor maneira. "É só resolver essa história do Fabrício e do Preto que o time fica completo. Aí é só treinar e esperar pela estréia na Segundinha, que tudo indica, será no dia 21 de Setembro".
Na partida de ontem, Zé Carlos utilizou dois times. No primeiro tempo a Tuna apresentou um domínio do jogo, mas não conseguiu fazer o esperado gol. Na segunda etapa,  a equipe rendeu mais, fez dois gols e poderia até ter feito mais.
Segunda Fred Carvalho, não se sabe certamente quantas equipes disputarão a Segunda Divisão. "É um entra e sai, com equipes anunciando que não vão disputar, depois voltam atrás. Acho que mais à frente a gente vai ter realmente a definição.
Este escriba viu a partida de ontem e gostou da equipe. Não é o time dos sonhos, mas dá para fazer bonito e se classificar na Segundinha.

Quiosque "Péricles Oliveira"

Momento em que o presidente Charles discursava
Na manhã de ontem, a diretoria da Tuna Luso Brasileira inaugurou mais uma obra na sede social. Desta feita foi um quiosque, que ganhou o nome de "Professor Péricles da Motta Oliveira", uma homenagem ao GB  Péricles Oliveira, que faleceu no primeiro semestre deste ano.
O quiosque, todo de alvenaria, com bancos nas laterais e uma churrasqueira, foi feito em tempo recorde, e segundo o presidente do clube, Charles Tuma, estará à disposição dos associados para uso nos finais de semana, por um preço de aluguel bem acessível.
A homenagem ao GB Péricles, segundo palavras do presidente Charles, "é um pouco de reconhecimento a um cruzmaltino que dedicou parte de sua vida à Tuna". 
Quem conviveu com o GB Professor Péricles Oliveira sabe o quanto ele foi importante para a Tuna. Grande orador, de uma educação e fineza ímpar, teve várias funções no Conselho, na Assembléia Geral e em várias diretorias. Péricles era sempre a voz da conciliação, um homem realmente apaixonado pelo clube.
Se fizeram presentes à inauguração a maioria dos diretores do clube, o presidente do Conselho Deliberativo, Alírio Gonçalves, os beneméritos Jacintho Campina, Valdomiro, o diretor do Sindclubes Salatiel Campos, além de um bom número de associados que foram prestigiar o evento. 
Foi servida uma feijoada com churrasco aos presentes.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

25 anos sem o roqueiro Raul Seixas

Raul se eternizou como maior roqueiro do país
Num dia de hoje, há exatos 25 anos, morria Raul Seixas. O maior roqueiro da história de nossa música foi encontrado morto em seu apartamento  às 7 da manhã do dia 22 de Agosto, por sua empregada, de nome Dalva.
Raul estava gordo, seu corpo lembrava pouco daquele artista magro que se movimentava rápido no palco. Fazia poucos shows, cantava com uma certa dificuldade devido a problemas de saúde, provenientes  do excesso de álcool.
A empregada Dalva descreveu como encontrou Raul: "Entrei no quarto como de costume para abrir a janela, observei-o, e vi que o lençol o cobria até a altura do peito. Então, sai dali para iniciar as tarefas do dia. Mas como Raul não acordava e isso era incomum, pois geralmente, bastava um só ruído e ele se punha de pé, fiquei preocupada e decidi vê-lo de novo. Como o encontrei do mesmo jeito, sem reação, julguei que havia morrido. Passei a mão no telefone e liguei para os amigos Marcelo Nova e Jerry Adriani. Não consegui encontrá-los. Tentei então o número do parceiro José Roberto Romeira Abrahão. Ele então pediu que eu colocasse um espelho próximo às narinas de Raul, para ver se ainda respirava. Fiz e vi que não saía vapor do nariz e que ele não dava sinal de vida", contou a empregada de Raul. 
O médico que foi na casa de Raul junto a Marcelo Nova e Roberto Abrahão, constatou que Raul já havia morrido há algumas horas, portanto no dia 21 de Agosto de 1989.
Marcelo Nova, da banda Camisa de Vênus, foi o último grande parceiro de Raul.Juntos fizeram canções e apresentações, embora Raul cantasse com dificuldades devido a pancreatite que foi determinante para sua morte.
Até hoje não apareceu no Brasil um cantor de rock com a postura de Raul Seixas. O "Maluco Beleza", como era também chamado, começou a carreira em Salvador, com o grupo "Raulzito e seu panteras", onde cantava canções de Elvis Presley, Litle Richard e outros nomes do rock americano. Raul, na época, anos 60, já cantava em inglês e fazia suas vezes na guitarra. 
Polêmico, usava sempre óculos escuros, roupas extravagantes e pregava uma Sociedade Alternativa como uma maneira de viver livre. Na música, brincava com canções onde conversava com alienígenas ou em gozações como o "Rock das Aranhas", onde ele dizia que era em homenagem às suas amigas e conterrâneas Gal Costa e Maria Betânia. 
Mas tinha um trabalho de nível, voltado aos jovens de todas as idades.A maioria de suas canções marcaram os jovens da épocas e se tornaram inesquecíveis e cantadas hoje pela nova geração. Algumas são sempre pedidas em shows de rock e em barzinhos. Um mote já foi até inventado pelos fãs de Raul Seixas, o "Canta Raul", em que em todos os shows pedem que alguém interprete algo do roqueiro baiano.
Artistas que foram ligados a Raul Seixas, como Marcelo Nova, Belchior e Jerry Adriani, já fizeram shows em homenagem ao artista brasileiro que mais se identificou com a juventude rebelde dos anos 70.
Raul Seixas, que foi também compositor e produtor de discos, é até hoje o artista brasileiro que mais tem coover. No Pará, Sérgio Leite, um dos grandes fãs e intérpretes de Raul Seixas,  apresentará neste Sábado no Margarida Schiwazzapa um show em homenagem a Raul Seixas. 
Raul teve como um de seus maiores parceiros o hoje famosos escritor Paulo Coelho. Foi descoberto para a música pelo cantor de Jovem Guarda Jerry Adriani, que foi também quem o levou para a gravadora CBS, foi seu primeiro produtor e seu amigo por toda a vida.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sobre o sorriso e os acenos de dona Marina

Marina sorri perante o caixão de Eduardo Campos. O que seria?
Acenando para o povo. Campanha ou não?
Não. Jamais serei eu a usar o argumento das fotos (foram várias) em que a possível candidata do PSB aparece sorrindo ou acenando para os presentes no velório de Eduardo Campos.
Mas também não posso aceitar o que a Imprensa apodrecida tenta, ardilosa e oportunísticamente, usar contra Dilma até em um velório.
Que sejam os fariseus da Grande Imprensa contra  o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Mais Médicos, o Prouni e outros programas que o governo federal conseguiu ao longo de 12 anos de PT para os menos aquinhoados.
É natural, pois a direita usa todos os argumentos possíveis para persuadir alguns incautos e, principalmente, os que dizem que não gostam do PT  "porque não gosto e não tenho por que explicar".
Mas querer "fazer" forçadamente da Marina a "salvadora da Pátria", como tentaram fazer do Aécio, escondendo os podres do tucano e da ex-seringueira (que foi do PT, depois pulou para o PV, lutou acirradamente para criar a Rede de Sustentabilidade, não conseguiu, se filiou ao PSB ), é sacanagem pura. Marina mostra, mais uma vez, que é escancaradamente oportunista, pois embora, quando assinou a ficha de filiação do PSB,  tenha dito que "estava passando só uma chuva no partido", com a morte de Eduardo Campos,  passou uma borracha em tudo que disse, esqueceu seus questionamentos com o programa de Campos e do PSB, e agarra com unhas e dentes a possível chance de ser a candidata do partido, inclusive no velório, antes do "negócio fechado", acenou e sorriu  para os presentes, não respeitando nem o sofrimento dos parentes e amigos. É justo isso. Acho que é pilantragem demais!
Quem é essa mulher?, quem é essa santinha?, quem é essa reacionária, que pousa de moralista e como FHC, que negou tudo que escreveu como sociólogo, depois que passou para pior direita,  esquece, em poucas horas, tudo que prometeu aos seus correligionários, os chamados "marineros"?
O que muitos estão fazendo hoje, publicando a foto da verdadeira Marina Silva, a oportunista, a insensível, que se diz evangélica mas age ardilosamente querendo ser a herdeira do espólio político de Eduardo Campos, e ter a chance no PSB que não teve na sua Rede,  é a possibilidade de mostrar a verdade, já que a Globo, interessada em eleger Aécio ou Marina, não tem interesse em mostrar.
A Globo, principalmente, deveria mostrar que Marina é a candidata das oligarquias: Banco Itaú, Natura Perfumes e  multinacionais. Mas isso ninguém mostra.
Preferem usar de mentiras,  maquiavelismo, armações com a presidenta Dilma, como na entrevista do JN ontem, quando Boner mostrou que é apenas um boneco da empresa a que serve. 
Que covardes! Por que não falam que o Bolsa Família Família é o maior programa de distribuição de rendas do país? Que milhões de famílias saíram da miséria no Brasil depois que o PT chegou ao poder?
Ah, não gostam de pobres? Quem recebe Bolsa Família é preguiçoso,  não trabalha? Como são pobres de Como se pode parar de trabalhar com 70 reais mensais?  São ridículos até para imaginar!
Falar mal e inventar coisas do PT é fácil. Difícil é falar a verdade sobre o Aécio e a Marina, que não tem nada, nada mesmo, de renovação. É o conservadorismo, o atraso, junto com o oportunismo.
É só esperar que a verdade sobre a Imprensa golpista virá à tona novamente. Dilma não vai entrar no jogo sujo deles.
Será sempre a Dilma ética, comportada e não cairá nas pegadinhas malandras deles. Está vacinada.
Mas o que eles não mostrarem do candidato oficial deles e da  Alfa 2, podem ter certeza que os que estão de olho, vão mostrar. Doa a quem doer.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Grupo do PSB não quer Marina

Em política, infelizmente, as coisas funcionem assim, portanto já começaram, desde ontem mesmo, as especulações sobre quem substituirá Eduardo Campos na disputa à presidência da República pelo PSB.
Pela lógica, a vaga pertence à Marina Silva, que é a atual candidata à vice na chapa de Eduardo. Porém, próceres socialistas são unanimes em deixar bem claro que a situação tem que ser bem discutida, bem delineada, pois a vaga é do PSB e Marina Silva está no partido somente "passando uma chuva", já que sua idéia fixa é fundar  Rede Sustentabilidade, seu partido.
Desde a entrada de Marina no PSB, logo após a negativa  da Justiça Eleitoral à criação da Rede Sustentabilidade, os marineros, como são chamados os membros do grupo político de Marina, nunca foram favoráveis ao acordo político da ex-senadora com os socialistas. Aceitaram, mas deixaram bem claro que assim que conseguirem validar a Rede, Marina deixará o PSB. 
Nos meios políticos, todos sabem que mesmo estando como vice de Eduardo Campos, Marina sempre esteve contrária a várias atitudes e tomadas de posição do candidato a presidente. Os acordos feitos com o PSDB de São Paulo e até com o PT do Rio, foram reprovados e até criticados publicamente por Marina, que na oportunidade mostrou sua grande insatisfação com a legenda.
Na realidade, o acordo entre Eduardo Campos e Marina Silva, realizado ano passado, após a negativa da Justiça Eleitoral para a criação da Rede, não passou de um oportunismo duplo: do PSB, que queria fortalecer a candidatura de Eduardo com um nome que teve quase 20 milhões de votos, alem da "ajuda financeira" para o caixa de campanha, que sempre vem para a ex-seringueira do Banco Itaú e da Natura;  e da parte de Marina, que sentiu que ficando fora da disputa, iria por um bom tempo ficar alijada da mídia.
O PSB tem 10 dias para apontar o nome que substituirá Eduardo Campos na chapa à presidência da República. No momento, com todos os políticos brasileiros em estado de comoção, ventila-se várias hipóteses. Mas já é certo que um grupo de socialistas prefere lançar um nome próprio do partido do que arriscar "dar de mão beijada" a chance á Marina Silva ser a candidata à presidência e depois ficar "chupando dedo"  com sua saída após o registro da Rede.
Seja qual for a fórmula que os socialistas encontrem para substituir o nome de Eduardo Campos, uma coisa é certa: Aécio Neves tem tudo para ser o mais prejudicado, pois se Marina for a candidata tem chances de tirar muitos votos dele e no máximo em duas semanas já poderá igualar ou até passar do tucano.
Noutra hipótese, do PSB lançar um nome original do partido, os nove ou 10% de Eduardo Campos certamente irão uma parte para o próprio Aécio. Em contrapartida, é certo que Dilma Roussef  herdará uma grande do "latifúndio" eleitoral do socialista, principalmente os votos de Pernambuco.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Morreu Robin Williams, o caçador de ilusões

Ontem, por volta das 19,30h, o celular toca e do outro lado meu filho Victor Hugo, depois de me cumprimentar, diz: "pai, vou lhe dar uma notícia:  o Robin Williams morreu hoje, na Califórnia, possivelmente por suicídio". 
Fiquei calado por alguns segundos. Depois, meio incrédulo, perguntei: "Como Vitinho? Não há um engano? Não foi aquele cantor que tem o mesmo nome do ator? Ele respondeu: não. "Já foi confirmado".
Queria entender o porquê de uma figura tão genial como o ator Robina Williams, praticar o suicídio. Mas essas coisas, creio, não têm uma explicação lógica.
Fiquei, em 2009, meio chateado, e até critiquei com a piada de mau gosto que ele fez sobre as olimpíadas no Brasil. Vacilou, se foi piada, preconceito ou qualquer outra coisa. Se foi sério, não deveria estar na sua normalidade, penso.  Mas isso não tira seu grande mérito como excelente ator e grande humorista. 
Meio abismado, triste, pensativo, quase choroso, rapidamente me veio na memória alguns dos filmes do excelente ator e cômico americano.
A começar por Popeye, que vi em Brasília, na década de 80. Confesso que achei interessante a atuação, mas sai do cinema preferindo o velho cartoon da tv em preto em branco.
Depois só fui ver Robin  Williams no sensacional "Bom Dia Vietnã", este, tão especial que além de ter visto duas vezes no Cinema comprei o DVD (não é pirata, viu?). Vez por outra revejo, ou só ou com amigos que não tiveram a oportunidade de ver tão perfeita obra prima que retrata o fantástico DJ Adam, que contraria a todos os seus superiores.
Depois de "Bom Dia..." passei a acompanhar mais de perto o trabalhos de Robin Williams. No início da década de 90 assisti, "A Sociedade dos Poetas Mortos", em Belém, no Olímpia. Confesso que sai do cinema completamente anestesiado de tanta emoção. Não sabia explicar como na época do cinema de violência e pornô, se fizesse uma obra tão perfeita, tão humana, capaz de nos fazer, chorar, reflexionar e nos colocar no lugar daqueles pais, daqueles filhos e daquele Mestre.
Quando meu filho passou no vestibular em Música, confesso que não gostei, porque via nele um grande potencial, por isso queria outra coisa para ele. Porém, me espelhei no filme e me coloquei no lugar daquele pai, que impediu os sonhos do garoto e acabou perdendo o filho. "Se você quer fazer Música, não é o meu gosto, mas se é o seu, que faça", disse-lhe.
Voltei a ver o filme outras vezes, decorei parte dos diálogos. Depois recomendei aos  meus filhos, para verem em VHS. O filme me marcou, como a muitos outros amantes da sétima arte e da poesia.
Williams: genialidade e humanismo
Nunca deixei de ver os fiilmes de Robin Willians. Sempre procurei nos lançamentos anuais seus trabalhos. Quase todos incríveis como os belíssimo "Gênio indomável", "Uma babá quase perfeita", "O pescador de ilusões", e  o sensacional "Patch Adams...".
Robin Williams foi um ator diferenciado, ao inverso dos canastrões americanos, que gostava de atuar e explorar todo seu talento cômico e humano. Um ator perfeito para dramas e comédias românticas. Seu jeito brincalhão, sorridente, de um humanista, o fizeram um real pescador (ou caçador) de ilusões, e simplesmente para ficar perto dos filhos.
isso cativou cinéfilos, diretores e aos amigos atores. Inesquecível suas atuações como em "Uma babá quase perfeita", que faz o papel de um divorciado que se transforma radicalmente em uma velha senhora para trabalhar de babá,
Robin Williams tinha 63 anos, deixa pelo menos quatro filmes inéditos, e pertence a uma geração de grandes atores surgidos nos anos 70 e 80, onde fazem parte nomes como Denzel Washington, Matt Damon, Tom Hanks e ele próprio, talvez o mais velho desse seleto grupo de grandes atores.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Paysandu: seis por meia dúzia?

O Paysandu, ao que parece, não está muito preocupado em pelo menos permanecer na Serie C.
Depois da fraca exibição de ontem contra o Águia de Marabá, em que conseguiu um minguado empate de 1 a 1, o time bicolor resolveu dispensar o "invicto" negativamente Vica.
Apressado em solucionar a situação do clube, que já tem compromisso logo, logo contra o Coritiba, a diretoria bicolor resolveu trazer de volta o outrora dispensado Mazola.
Ora dirão: "não será seis por meia dúzia?"
Tudo indica que sim. É erro por cima de erro. Primeiro contrata Mazola, dispensa; contrata Vica, dispensa; e resolve trazer Mazola de volta. Dá pra entender?
Claro que o torcedor está "porraqui" e não é de graça. Todo  bicolor sabe que o Paysandu já há tempos não consegue fazer uma boa exibição e tampouco vencer. Está lá embaixo da tabela, quase encostado ao Águia, o outro paraense que parece estar com vaga já garantido na Série D.
Pelo que tenho conversado com amigos torcedores do Paysandu, há uma voz quase unânime em favor da volta de Ricardo Lecheva, o técnico que conseguiu elevar o time bicolor á Série B.
Lecheva, que acho que tem a vantagem de possivelmente ter um diálogo mais moderno e mais humano com os atletas, já que jogou até pouco tempo, não é lá "esses balaios todos". Porém, a essa altura do Campeonato, pode ser a solução para uma sacudida na equipe, que anda desmotivada -e time desmotivado não ganha de ninguém, tem "zica" mesmo!. E, de repente -não mais que de repente!- nesse período em que ficou longe dos gramados, Lcheva pode ter estudado mais técnicamente e,  -quem sabe?-, ajudará o time da Curuzu a sair dessa bananosa.
Agora tirar Vica e trazer Mazola, fecho com os amigos torcedores do bicolor: tem tudo para ser "seis por meia dúzia".

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O que sei sobre o "pagode" de Sábado

Aos que me perguntam e param na rua querendo saber do "pagode" que acontecerá no próximo Sábado na Tuna  -e talvez todos os sábados futuros, não sei!-, minha resposta é "só sei que nada sei", parafraseando o imortal escritor inglês.
O pagode que está sendo anunciado aos quatro ventos por Belém que acontecerá com vários grupos no Sábado na Águia, até o presente, mesmo sendo da diretoria, não sei se é uma promoção do Clube, se houve arrendamento ou aluguel do espaço, etc. Só posso afirmar que está sendo muito divulgado e se todo mundo que está falando que vai for, se preparem.
Pagode é festa bem popular.  Na Tuna, dependendo do horário, pode dar certo, dependendo -como já frisei acima- de como será a administração.
Só acho que é muito importante que seja bem trabalhado alguns itens, tipo: entrada de sócios, organização de bilheteria,  como ficará o clube após a festa e outros pequenos detalhes, que penso a diretoria deve ter fechado com os responsáveis.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Futebol paraense de mal a pior!

Impressionante a fase demorada que vive o futebol paraense.  Antes, o melhor futebol da região Norte, e um dos primeiros entre o Norte e o Nordeste, hoje vive uma vexatória situação com os seus três principiais clube -Remo, Paysandu e Tuna- num beco sem saída, sem vencer e sem conseguir ascender nacionalmente.
A Tuna Luso Brasileira, o mais antigo cube do estado, não disputa nem o Campeonato Paraense. Com dois títulos nacionais, a Águia do Souza  vive sua maior crise em 111 anos de sua história. A diretoria anterior, em cinco anos, período de dois mandatos consecutivos, não conseguiu formar um time, e ao final deixou a equipe aos pedaços, rebaixada e que agora vai brigar na Segunda Divisão com outras oito equipes, para conseguir uma vaga para à Primeira Fase do Parazão. Um dilema, pois o time da Tuna terá que ser campeão ou vice da Segundinha para entrar na primeira fase. E ainda terá que conseguir novamente ser campeã ou vice da primeira fase para poder, então, disputar o Parazão propriamente dito, que começa em Janeiro de 2015. Haja sofrimento!
O Clube do Remo, que foi campeão regional e enfim entrou na Série D, numa crise braba, não consegue vencer, no momento estando fora da classificação do grupo  A2. O mais triste para os torcedores azulinos, é que os adversários do clube de Antonio Baena são todos times considerados mais fracos, sem a história, sem o cacife do time azulino, que como a Tuna é também centenário e tem, a meu ver, a maior torcida do Estado.
No Paysandu, o representante paraense da Série C, a situação  é ainda pior. Até o presente, desde que Lecheva deixou a equipe, como bem diz meu amigo Paulo Emanuel, nenhum técnico consegue fazer o time jogar um futebol de qualidade.
Ontem, contra o Coritiba, a equipe bicolor sofreu mais uma derrota, a terceira consecutiva. 2 a 0 para o time paranaense, que com o resultado, no jogo de volta em Belém, pode até perder por 1 a 0 que está classificado.
O mais lamentável para os torcedores bicolores é que o Paysandu não consegue jogar bem, é muito mal posicionado em campo, dando visivelmente espaços no meio de campo e nas laterais ao adversário. Ontem,  O Coritiba conseguiu fazer dois gols fáceis, sem a devida marcação da zaga bicolor.
O técnico Vica (técnico de regular pra baixo!), chegou em Curitiba dizendo que "queria o empate", um discurso fragilizado, de quem já demonstra fraqueza, não confia em sua equipe. Como um técnico pode exigir empenho de seu elenco se antes do jogo já demonstra sinais de inferioridade? Vica deveria declarar à Imprensa que "chegou no Paraná para vencer", para com isso dá moral ao seu time. É esse espírito de vencedor, é esse discurso de raça, força de vontade, otimismo que os técnicos têm que passar para seus atletas.
Outro erro de Vica (horrível esse nome!), que vem sendo fatal para a equipe do Paysandu, é colocar o melhor jogador do time, Yago Pikachu, de centro avante. Pelo amor de Deus, Vica. Além de prejudicar a equipe está acabando com a carrreira do garoto que todos sabem é um excelente lateral direito.
Pikachu não tem nem tamanho de centro avante, que é uma posição em que o ideal é que o atleta tenha uma boa estatura. Sempre foi lateral e está sendo prejudicado em seu rendimento e em sua carreira.
Esta é a nossa situação. Pelo andar da carruagem, embora ainda faltem muitas rodadas, o Paysandu não tem muitas chances de classificação. Tem que trabalhar é para não cair. 
O Remo, por sua vez, tem que lutar para neste final de semana vencer o desconhecido Interporto, do Tocantins. Se vencer, vai respirar; se perder poderá  ir para o beleléu.
Já a Tuna. Bem, prefiro por ora não falar nada. O momento é de torcer para que o Zé Carlos consiga, com muitas dificuldades, formar uma equipe para pelo menos passar para a Primeira Fase do Paraense. Depois a gente já dá para falar alguma coisa...