terça-feira, 22 de dezembro de 2009

OS PRESIDENTES (1)

Das tarefas difíceis para um homem de bem, uma delas é ser presidente de clube de futebol. Digo tarefa, porque no caso do Pará, os estatutos dos clubes são parecidos e em todos eles reza que Presidente e diretores não recebem nada. Ao contrário, tem é que botar o seu. Se não tiver é hostilizado e no mínimo recebe o nome de "liso". O complicador é que muitos querem ser presidente ou dirigente para usar o cargo como trampolim social ou político.
Hoje os três principais clubes são administrados por pessoas que parece a vaidade está acima dos projetos do clube do coração. É, porque é certo que pelo menos os presidentes de Remo e Paysandu torcem por seus clubes. Amaro Klautau é torcedor tradicional do Remo e Luis Omar é "doente" pelo Paysandu. Já Fabiano Bastos, gosta do clube, é frequentador semanal, embora não torça pela Tuna.
Amaro assumiu no princípio do ano como um revolucionário, embora políticamente seja tão atrasado quanto seu partido, o PSDB. Prometeu que faria um time que seria campeão com 15 dias. No mínimo aloprou, não sabe nada de administração, ou então pensa que todo mundo tem o nariz furado de maneira errada. Resultado é que não formou time nenhum e não ganhou o Campeonato Paraense. Aí criou nova história: iria botar o Remo na Série D, embora a vaga fosse do S. Raimundo. Falou, viajou, mas deu com os burros n'água. Não botou nem na "E", porque essa nem sequer existe. Enquanto isso, a sede campestre do Clube foi vendida, foram pagas algumas continhas e o buraco continuou. Só que maior e mais embaixo.
Por último teve a idéia "genial" de vender o Baenão. Conseguiu com alguns repórteres levar a ideía à Imprensa e reuniu com o Conselho Deliberativo mostrando a proposta. Acontece que a primeira proposta era no valor de 40 milhões, que seriam 15 para pagar dívidas do clube e os 25 para fazer um estádio muito superior ao Baenão, "embora fora do centro de Belém". E ia mais adiante: "só vamos entregar o Baenão quando nos entregarem o estádio novo em pleno funcionamento".
Acontece, que na reunião do Condel do Remo, o pretenso interessado apareceu com uma proposta de apenas 33 milhões, que seriam tipo 14 para aquisição do terreno e 19 para construção do estádio. E o comprador exigiu logo começar a trabalhar na demolição do Baenão.
Aí o bicho pegou. Tudo que o Presidente havia falado foi de água abaixo. E os 7 milhões? e o estádio pronto? E as dívidas do Clube como serão pagas? Não vai sobrar nada para alguma benfeitoria? Foram várias perguntas que Conselheiro, beneméritos e GBSs fizeram entre si.
Moral da história: tudo vai ser decidido no próximo ano, e pelo andar do bonde, o Condel não vai aceitar a proposta do Presidente, que para a maioria, é mais um criador de histórias mirabolantes, à procura de enriquecer seu palanque político e que só quer vender o patrimônio que os históricos construíram.

AS MENINAS

Lúcia tem 14 anos. Luciana, 15 incompletos. Irmãs, paraenses, moradoras de rua, mas com família no bairro do Telégrafo. Lúcia, a mais nova, é uma morena bonita, de olhos grandes e castanhos. tem sempre um sorriso no rosto e sabe agradecer quando recebe uma moeda ou um pouco de comida. Luciana é mais fechada. Está grávida de quatro meses, fala pouco e é bastante atenciosa quando se conversa e aconselha. Seu "sim" é um balançar de cabeça.
As duas "residem" no comércio ou pelas ruas do bairro do Reduto. Luciana tem um namorado, pelo menos é o que diz. Um garoto de aspecto fragilizado, que engraxa sapatos. Costumam andar os três pelas ruas da cidade, elas sempre pedindo e ele, sorridente, se aproveitando literalmente das meninas, principalmente de Luciana, de quem diz ser o pai do filho.
Numa dessas noites, ainda cedo, um homem penalizou-se da situação das duas garotas e pagou-lhes lanches dignos, com refrigerante e suco. Indagou das duas se tinham parentes e prometeu ajudá-las. "Temos pai e mãe, sim", respondeu, Lúcia, a mais falante e sorridente.
-Por que, então, vocês estão na rua, é perigoso, não acham?
-Em casa é mais. Nossa mãe bate na gente, por isso a gente saiu de casa - respondeu Lúcia.
É sempre assim. Todos os garotos e garotas têm uma história, que pode ser diferente uma da outra mas culminam sempre com a fuga para a rua. Lúcia e Luciana, falam que não pretendem sair da rua. "É o destino da gente. Vou ter o bebê e seja o que Deus quiser", diz Luciana resignada.
O homem que prometeu ajudá-las com 120 fraldas saiu e deixou uma cédula para as duas garotas. Marcou local e horário, no outro dia, para a entrega das fraldas.
O engraxate, namorado de Luciana, ao ver o homem sair, sorriu e comentou com a garota:
"Vai, pega as fraldas que a gente vende. Dá para pegar uma boa nota. Mesmo porque vai demorar muito para o nenê nascer e quando ele nascer com certeza essas fraldas já vão estar estragadas".
Dito isso, os três saíram pelas ruas do centro de Belém. Sem lenço, sem documentos e com a infância, infelizmente, comprometida.

P.S. Os nomes das garotas são fictícios.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O QUE DÁ PRA RIR...

A Tuna se sagrou campeã paraense de regata 2009. Ganhou bonito, praticamente por antecipação, desbancando Paysandu e Remo. A Águia precisava de apenas um pontinho para vencer o campeonato de 2009, mas venceu os quatro páreos que disputou, embora o chorão do Paysandu, acostumado a fazer as coisas erradas (inclusive perdeu os dois últimos títulos que venceu irregularmente em 2007 e 2008 para o Remo e para a Águia), tenha reclamado e levado um, o feminino, na marra, ficando a Tuna com três vitórias e o perdedor às lágrimas (teria que vencer 10 páreos para levar a Taça, ha, ha, ha!) com sete vitórias. Ao final, a Tuna Luso Brasileira terminou com 24 pontos e o Paysandu com 19.
Como o esporte paraense em geral está meio capenga, desorganizado que só, a Tuna não levou
a taça de campeã 2009. O vice presidente da Federação Paraense de Remo, Altair Bezerra,disse que só poderia entregar o troféu depois que fossem julgados três recursos do Paysandu, na terça-feira. Com a Tuna tudo acontece. Se fosse com um dos dois, o negócio seria deferente!
O hilário da vitória da Tuna na bonita domingueira, foi que não havia nenhum dos 15 diretores do Clube na Estação das Docas. Somente os beneméritos Raimundo Barata, Celestino Vidonho, este escriba que já foi presidente do Clube, Gerardo Von e poucos associados e torcedores, o que caracteriza perfeitamente a situação da Águia no contexto esportivo no momento. Mais hilário ainda foi o presidente do Clube dizer, sem pedir reservas, que não sabia que iria acontecer regata no domingo. Pode?
Daqui, nossos parabéns a todos os que fazem a Náutica da Tuna, que completa 40 títulos de campeã paraense, ou seja é, realmente, a Rainha do Mar.

...DÁ PRA CHORAR

Enquanto a manhã foi de alegria para os verdadeiros cruzmaltinos, a tarde foi de tristeza. Embora tenha lutado bravamente e conseguido vencer a equipe do Independente Tucuruí, a Tuna ficou fora da elite do futebol paraense em sua segunda fase, que se inicia em janeiro 2010. Vencer, porém não somente vencer era a regra, e a Tuna ganhou mas não levou.
Vejo que o momento é de tristeza para os cruzmaltinos, com nosso time ausente agora pela segunda vez consecutiva do Paraense, mas insisto num repensar por parte dos que dirigem o clube hoje. Embora tenha trabalhado para não criticar a diretoria e a equipe, nunca ví com bons olhos a questão do arrendamento no Clube, em especial o futebol. Para os que dizem que não foi arrendamento, insisto em dizer que foi até pior, porque usaram a marca da Tuna, o clube não ganhou nada e ainda sofreu com a desclassificação.
Atendendo a amigos, GBs, beneméritos e associados do Clube, estou preparado para trabalhar pela união dos que compõem, torcem, são associados e respeitam a Tuna Luso Brasileira como instituição centenária do Pará e do Brasil, mas tenho que ressaltar que o que começa errado não tem como dar certo. E o futebol começou errado, com a diretoria querendo não participar do esporte que mais dá mídia ao clube, preferindo entregar a um grupo que, com todo respeito, não mostrou experiência, traquejo, para administrar futebol, e ainda teve como articulador o belga Hugo, um elemento que não sabe nada de futebol e que só quer levar tudo na marra, na arrogância, com o intuito único de aparecer e se dar bem. E ainda é um tremendo pé frio, pois em 2007 se meteu com o Pinheirense e deixou a equipe de Icoaraci fora das disputas do Paraense.
Todos sabem que cooperativa é coisa séria e nunca se soube, na verdade, como funcionaria a cooperativa dos jogadores da Tuna. Daqui deste espaço, questionei a divisão do dinheiro arrecadado e do compromisso de cada atleta, pois sem salário certo não se pode cobrar trabalho de ninguém. Outro fato é o caso do treinador. Visivelmente, entre os "cooperados", tinha atleta que não possuia a menor condição física de jogar. Mas jogava. Então, presume-se, que Carlos Lucena não tinha total autonomia na escalação da equipe.
Torço pela decisão, embora ache que foi tardia, do presidente Bastos em recorrer jurídicamente contra a entrada do vitorioso Cametá na primeira fase do Campeonato Paraense. Ele, como advogado, sabe que o erro existe mas quem errou, convidando o Cametá, foi o presidente da FPF, o coronel Nunes, que faz parte do Conselho Deliberativo da Tuna (agora não sei quem colocou!) . Só sei que o coronel Nunes e a FPF sempre trabalharam por Remo e principalmente Paysandu. Pela Tuna nunca. E não será agora que ele deixará que a Tuna "mele" o Paraense 2010. Digo que nunca ajudou a Tuna porque vejam as quantias que os dois devem a FPF e a "madrasta" nem se preocupa em cobrar. Mas se a Tuna dever uma "merreca" as cobranças e ameaças por parte do setor financeiro da mesma serão quase semanalmente.
Para finalizar, conclamo ao presidente Fabiano Bastos que analise bem o que vai fazer. Porque embora a própria Federação já tenha reconhecido o erro, repito, não será fácil a Tuna ser reconduzida. Poderá gerar, caso a Tuna vença, um imbróglio jurídico porque na verdade todos os times foram prejudicados, uma vez que o Cametá foi o grande vitorioso da primeira fase com 21 pontos, portanto eliminou muitas equipes. Então vai ser uma corrida maluca de protestos que só um novo campeonato poderá resolver. E será que com sua autoridade de presidente da FPF o coronel Antonio Carlos Nunes vai deixar que isso aconteça? Por não acreditar nisso é que é melhor que nós cruzmaltinos choremos. É nosso único consolo.

P.S. E aquele gol do Ananindeua aos 45 minutos do segundo tempo, de pênalte (que não houve) não cheirou mal? Não lembra uma façanha barbalhista? Anotemos o nome do árbitro para saber se ele, aproveitando o período, vai viajar levando consigo uma bela mala...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

MARICOTINHA DO RIO SUBAÉ

Chico Buarque de Hollanda certa feita confessou, depois de umas caipirinhas, que adorava quando Maria Bethânia cantava suas músicas. Chico sempre foi sisudo, mas esta confissão seus amigos mais próximos garantem que foi espontânea, de coração, pois , segundo um destes amigos, Chico vê na interpretação de Bethânia "todo o sentimento que ele pôe quando escreve uma música".
O que Chico Buarque sente quando ouve Bethânia interpretando suas músicas, deve ser o mesmo que o poeta de Vila Isabel, Noel Rosa, sentia quando ouvia Aracy de Almeida cantar seu repertório. Aracy, tinha um jeito todo especial de cantar e quando interpetava Noel se entregava mais, a ponto de muitos comentarem que tinham um caso, fato sempre negado pelos dois. A realidade é que Aracy foi para Noel o que Bethânia é para Chico.
Bethânia, na verdade não é somente a cantora preferida de Chico Buarque. A intérprete baiana, irmã de Caetano Veloso, possui um jeito diferente de cantar, de ser, de intepretar, fazendo chegar aos corações apaixonados ou não, alegres ou tristes, sua voz com a suavidade de uma pluma. Assim, a "Abelha Rainha" vai embalando corações, amores firmes e despedaçados, agradando gregos, troianos e baianos por quase cinco décadas.
E Chico que se cuide, pois outros monstros sagrados seus colegas como Djavan, João Bosco, Almir Sater, Ivan Lins, Guilherme Arantes e Caetano Veloso já deram sinal que a musa de Santo Amaro, da beira do rio Subaé, é também a preferida deles. E, lá de cima, o mestre Gonzaguinha avisa que o "Pássaro proibido" Maria Bethânia é também rainha de seu "Sol Vermelho".

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O PIJAMA PARA QUEM MERECE

O que este blog havia previsto aconteceu. Assim como FHC, Almir Gabriel, definitivamente vai vestir o pijama. E felizmente bem longe de Belém, em Bertioga -SP. O velho médico saiu bastante arranhado da porfia, principalmente porque alguns de seus escudeiros, que ele inclusive considerava como fiéis, foram para outra gaiola tucana, deixando o idoso Almir, como ele mesmo se definiu,"relegado à própria sorte", como diriam os repórteres policiais.
Das decepções de Almir, uma delas é com Mário Couto, que havia, como ele, ameaçado deixar o partido caso fosse Jatene o escolhido. Só que Couto, Flexa e outros tucanos de menos plumagens, sentindo que o ex-governador já estava praticamente fora do páreo, resolveram aderir para não ficarem com as "penas de molho" em futuro próximo.
Agora o homem que foi o responsável pelo massacre de Eldorado de Carajás, assim como seu colega Hélio Gueiros, responsável pelo massacre da ponte sobre o Rio Itacaúnas, em Marabá, retira-se definitivamente da vida pública.
Depois da decisão que escolheu seu ex-pupilo Jatene para ser o candidato do PSDB, o ex-governador Almir Gabriel comentou com um (também ex-) assessor: "fui discriminado por ser idoso. Tudo bem. Mas não sou velho. Velho é o Hélio Gueiros que tem 84 anos. Eu tenho somente 77". O Vic, amigão do Arruda, como ele do DEM, sussurrou a um colega: "já vai tarde".

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AGUIA DE ASA QUEBRADA

A situação da Tuna Luso Brasileira na primeira fase do Campeonato Paraense de Futebol ficou complicada. Para ser mais preciso, muito complicada. Das sete partidas disputadas a Águia venceu apenas três, empatou uma e perdeu três, estando com 10 pontos na tabela, portanto em quarto lugar ao lado de Time Negra, Ananindeua, ambos também com 10 pontos e Vila Rica encostado nos três, com 9 pontos.
Desde o primeiro jogo deu para perceber que a equipe da Tuna é bastante limitada. Na verdade o time não é ruim, tem bons atletas, jogadores experientes e até com vontade de vencer, como é o caso do zagueiro Sérgio, o meia Marcelo Lemos, Jóbson, etc. Mas isso não é suficiente para se ganhar um torneio rápido, que puxa muito do atleta, com jogos duas vezes por semana e alguns até fora da cidade. Isso requer um organograma de trabalho mais completo. O organograma da Tuna, ao contrario, é bastante complexo.
Na formação da cooperativa, que confesso não tive acesso, imagino que deva ter os chamados cabeças, os que comandam. Só sei que João Luis, Sérgio, Jobson e o próprio Lucena fazem parte. Mas isso não é o suficiente. Cheguei a comentar aqui neste espaço que achava estranho o Flores ser o preparador físico, porque ele próprio falou há dois anos que não queria mais trabalhar com preparação física, "quero ser treinador", disse. E de repente o Flores volta com todas suas limitações para a Tuna.
Questionei também a arrecadação e coloquei em discussão com alguns companheiros cruzmaltinos, quanto que entra por mês ou por jogo, quem é o tesoureiro, como é feita a divisão e outras coisas mais, como o que iria acontecer quando não houvesse renda. E quando o time perdesse, como já perdeu, como ficaria a situação dos que dependem totalmente do "bicho"? Falei que seria importante nessa hora uma verba certa para que os jogadores entrassem naquela de "sobreviver e lutar para vencer a próxima".
Na primeira vitória o belga Hugo praticamente me afrontou, dizendo "viu, presidente? era isso que queria fazer com você. Você não quis!" Só respondi uma coisa: "calma seu Hugo. Ainda não conquistamos nada. Vamos torcer para o time continuar vencendo.!"
Na derrota para o Time Negra, o ví de cxabeça baixa. Quase pergunto: "E aí, seu Hugo. O que está havendo?" Mas me segurei, porque quero evitar polêmicas, mas continuo achando que ele em termos de administrar clubes de futebol pode ser muito bom no país dele. Aqui não. Esse negócio de se trabalhar sem a certeza de que vai receber é complicado. Alguns atletas até que podem superar algum tipo de problema financeiro, mas a maioria com certeza não consegue.
Vou continuar torcendo, esperando que consigamos reverter a situação com pelo menos uma vitória sobre um dos dois melhores do torneio, apesar de um dos jogos ser fora. Mas volto a afirmar, futebol é coisa séria. Não é só para aparecer na TV, nas rádios e jornais com balela, não. O time da Tuna, com respeito a todos que estão brigando, não tem compromisso, porque não tem salário, falta comissão técnica e uma funcionalidade realmente profissional.
Não se pode colocar um supervisor de futebol que não conhece a área, pois nunca jogou bola nem trabalhou em uma equipe de futebol. E se o Hugo quisesse realmente ajudar faria uma proposta decente, se comprometeria a dar uma boa quantia mensal e mandaria os dirigentes da cooperativa correrem atrás do que faltasse. Mincharia, merreca, "ponta", venda de camisas não adiantam muito para uma equipe de futebol, pois jogador também é pai de família.
O cineasta e ator americano Spike Lee fez um filme chamado "Faça a coisa certa".
Infelizmente,ao que parece vamos sofrer mais um ano. Porque a Tuna não fez a coisa certa.

domingo, 13 de dezembro de 2009

GRACILIANO E O MERDAFONE

A Imprensa tira o maior barato com algumas frases ou palavras que o presidente Lula está sempre a improvisar em seus pronunciamentos. É válido e deve ser noticiado, porque o Presidente é notícia e é interessante se saber o que fala e o que pensa. Agora usar hipócritamente uma frase ou palavra para fazer política barata, vou entrar no mérito da pornografia, é uma tremenda sacanagem. E foi o que fizeram os jornais de grande circulação do Brasil, que usaram a simples merda do Lula, numa porção do produto em tamanho familiar. Alguns deram até manchetão.

Causou indignação um comentarista de TV que passou 8 minutos falando no assunto,parecendo que Lula havia falado algo tão constrangedor quanto Fernando Henrique quando presidente , que disse "que aposentado é vagabundo", ou mais recentemente, quando vomitou a indelicadeza que "Lula escolheu sua candidata a sucessora na dedada". Como foi o Dr, Fernando Henrique, ninguém comentou, acharam até engraçado. Mas o Lula...

O assunto me traz à memória um fato acontecido com o escritor Graciliano Ramos, alagoano autor de "Memórias do Cárcere".No citado livro, em que o escritor narra suas experiências na cadeia no Rio de janeiro, ele conta que para se comunicar com os outros presos, usou um antigo vaso sanitário da cela em que ficou. Depois de "higienizar”a velha sentina , Graciliano meteu de com força a boca na dita cuja que a partir daquele momento passou a ser uma irradiadora de tudo que acontecia na cadeia, numa comunicação não muito moderna, mas bem excêntrica, ou melhor "sui generis". O aparelho de comunicação que ficou famoso na cadeia de Ilha Grande, ganhou o sugestivo nome de "Merdafone".

Como se vê, quando o assunto é importante, muitas vezes a merda ou um derivado seu pode e deve estar presente. E tirar o povo da merda, depois que os inimigos deste mesmo povo não tiveram competência ou vontade política de tirar, é algo por demais sério.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

21 anos sem o deputado João Batista

João Carlos Batista foi daqueles políticos que podemos dizer, de uma linhagem em extinção. Paulista de nascimento mas paraense por adoção, Batista, como era conhecido, fincou residência com sua família em Paragominas, onde iniciou seu trabalho político com camponeses.
Sempre preocupado com a situação dos trabalhadores rurais, Batista, de família humilde, veio para Belém estudar, onde militou no movimento estudantil, emprendendo batalhas inesquecíveis pela meia passagem.
Era o início da década de 80 e João Batista, vendo a situação do trabalhador rural cada vez mais crucial, ao formar-se em direito, resolveu seguir o mesmo caminho de outro grande militante de esquerda, Paulo Fontelles. Como advogado de sindicatos rurais, Batista construiu uma base política sólida, em municípios como Dom Elizeu, São Domingos do Capim, Garrafão do Norte, Tomé-Açu e, principalmente, Paragominas, onde era querido pelos trabalhadores rurais e respeitado e temido pelos latifundiários.
Eleito deputado estadual em 1986, João Batista se notabilizou como um político diferenciado dos demais. Seu gabinete parecia mais um acampamento de trabalhadores rurais, pois todos os dias, a toda hora tinha gente para falar com ele. E Batista recebia a todos sem distinção.De repente, na AL, aconteceu um corre e corre, com os deputados querendo se esconder. Era uma delegação de índios que desejava ser recebida por qualquer deputado. Como a maioria temeu o grupo, o deputado Batista os recebeu tranquilo, passando horas conversando com os idígenas marcando audiências com autoridades, enfim, resolvendo os problemas dos índios Tembés, que viram no jovem deputado uma referência para resolver os problemas que viviam.
Mesmo correndo risco de vida, inclusive com seu pai sendo baleado por pistoleiros, Batista não se intimidava. No mês de novembro de 88, subiu ao plenário da Assembleia Legislativa várias vezes para denunciar as ameaças de morte que vinha sofrendo. Alguns parlamentares, achando que o deputado exagerava, chegaram a sorrir. Mas João Batista tinha razão. Ele sabia do perigo que corria, pois todos os finais de semana visitava comunidades rurais e vivenciava o clima de intranquilidade que reinava no interior.
No dia 6 de dezembro, no início da noite, o deputado João Carlos Batista chegava em sua residência com a companheira Sandra e a filha Dina. O cruel assassino, de tocaia, acertou o deputado que tombou fatalmente. Sua filha ainda foi baleada, mas felizmente, nada sério.
Hoje, quando são completados 21 anos do frio assassinato, João Batista ainda sobrevive na mente de trabalhadores rurais, políticos e daqueles que acompanharam sua valente trajetória de lutas.
Seu irmão Pedro Batista, já lançou dois livros sobre a vida do Deputado que se tornou um mártir pela reforma agrária.
No ensejo das comemorações do aniversário de morte do deputado Batista, a viúva Sandra Batista, hoje vice-prefeita de Ananindeua, coordena debate hoje no Auditório da SEFA às 18:30h, tendo como palestrante o Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Cláudio Puty e com a participação de várias lideranças políticas como o presidente do PT Estadual, João Batista; vereador Ademir Andrade; presidente do PC do B, Neuton Miranda; secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Fábio Figueiras, além de dirigentes do MST, Fetagri e Fetaf. Apesar de 21 anos de seu assassinato, João Batista vive!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

2009, O ANO DO FUTEBOL CARIOCA.

O carioca amanheceu com o sorriso mais largo, tomando um banho de felicidade, iniciada na tarde de ontem. Depois de convalescer na UTI do futebol brasileiro durante vários anos, sem ganhar e sempre lutando para não cair (e às vezes até caindo!) para a segunda divisão, eis que os times do Rio felizmente ao apagar das luzes de 2009 deram um fantástico sinal de recuperação, trazendo de volta para um dos maiores amantes de futebol do País, o povo carioca, a certeza de haver enxergado uma luz no fim do túnel.
Tudo começou com o Vasco da Gama, que depois de amargar em 2008 uma queda para a Série B do Brasileiro, herança maldita deixada para Roberto Dinamite, com um elenco não muito caro mas com muita força de vontade de diretoria, Comissão Técnica e atletas, levou a taça de Campeão , e com uma atuação ímpar, sempre bem colocado na tabela de classificação desde o início do Campeonato. O Vasco fez tudo direitinho e culminou com a conquista do título por antecipação, o que demonstrou a superioridade do clube da Cruz de Malta.
O América, de Chico Anísio e do falecido pai de Romário, também conseguiu o título da Segundinha e voltou para a elite do Cariocão. O bom é que Romário, para cumprer uma promessa feita ao pai, parece vai conseguir fazer do Ameriquinha um grande time, pronto para fazer bonito no Campeonato de 2010.
Os outros três que disputaram o Brasileiro da Série A, infelizmente começaram de mal a pior. Para se ter uma idéia da recuperação de todos, no mês de agosto a situação dos três era a seguinte: Fluminense com 92 por cento de chances de cair; Botafoogo com 43 por cento e Flamengo com 17 por cento. E o mais importante: os três em crise, inclusive o Fluminense chegou a passar onze rodadas sem vencer.
Algo precisava ser feito, e com a cabeça fria os dirigentes das três grandes equipes do futebol brasileiro trocaram de técnico, fizeram algumas contratações e a virada começou. Andrade, de coordenador das categorias de base passou a ser o treinador efetivo a pedido dos próprios atletas. Cuca voltou ao Flu e contando com o talento de Fred, que chamou a situação à responsabilidade, conseguiu tirar o clube das laranjeiras da boca do lobo. Já o Botafogo, foi mais uma questão de sorte (tem gente que diz que o melhor Pai de Santo é o do Bota), pois quando se pensava que ele estava bem, ele vacilava e ficou nessa até a última rodada.
Mas enfim, os dois se salvaram e o Flamengo... Ah, o Mengão! Este , epois que Andrade assumiu passou por uma verdadeira reviravolta, principalmente porque coincidiu com o retorno do "vovô"Petckovic, que rodou a baiana em todas as partidas, mostrando que está ainda apto para jogar em 2010. O Fla levou o título e todas as honras de campeão com justo merecimento, porque soube aproveitar todas as oportunidades, em casa e fora do Maracanã, com união, talento e vontade de vencer de toda a equipe.
Os loiros vão para o futebol carioca pelo soerguimento acontecido principalmente a partir de outubro, com uma magistral subida de pontuação de todos e com a possível redenção daquele que, juntamente com o Paulista, formam o que há de mais belo no "association"l brasileiro. Parabens aos cariocas e salve o Flamengo. Agora só resta torcer para a rande Tuna Luso Brasileira fazer sua parte pelas bandas de cá e fechar 2009 com chave de ouro!

domingo, 6 de dezembro de 2009

HEXA DO FLAMENGO; VITÓRIA DA HUMILDADE

O futebol tem uma força popular inexplicável. Sociólogos estudam mas não conseguem explicar como o chamado esporte bretão arrebanha tantos aficcionados. Os mais eufóricos afirmam que se troca de mulher, de marido, até de sexo, mas de time de futebol ninguém troca. E torcer pelo Flamengo é mais ou menos assim. O cara sofre, chora, xinga, briga,apanha, bate, mas no dia de jogo está la. O Flamengo de Rubens, Dequinha, Pavão, Zico, Adílio, Claudio Adão. Júnior, Nunes e tantos outros craques que fizeram nossas cabeças chegou lá, neste 2009. Na verdade foi sofrido, porque o Mais Querido -do Brasil ou do mundo?- fazia uma campanha das mais medíocres, chegando, na primeira fase, a ficar entre os possíveis degolados para a Série B.
Foi aí que entrou em campo a figura do presidente Márcio Braga, um flamenguista dos mais autênticos que resolveu dar oportunidade ao ex-craque da geração de ouro do Fla, Jorge Luiz Andrade da Silva, ou simplesmente Andrade. O velho e tarimbado ex-volante que brilhou ao lado de Zico e Adílio dentre outros, que estava sendo aproveitado nas categorias de base e uma vez ou outra era jogado na fogueira para "tapar um buraco" deixado por um treinador demitido.
Andrade assumiu e o Flamengo continuou procurando técnico. Ganhou a primeira, a segunda e foi ganhando. Da situação de quase rebaixado o Flamengo ascendeu para os primeiros lugares e, nas últimas rodadas deram mole e aí só deu pro urubu.
Humilde, calmo, amigo dos jogadores e falando a língua dos boleiros, Andrade chegou lá. Diferentemente de treinadores falastrões que só vão a campo de terno e gravata de grife, Andrade falava só o necessário e na questão salarial, ao contrário dos salários milionários de outros técnicos, ganhava mais ou menos 10 por cento do que ganha Adriano. Mas se impôs pela personalidade e pelo grande caráter que sempre demonstrou a seus comandados. Ao ser inquerido se já era campeão na véspera do jogo, foi categórico: "temos chances e vamos trabalhar para vencer"
O Flamengo foi hexa. Como coloquei mês passado neste espaço, apostei no Mais Querido porque sempre confiei na competência e, principalmente na humildade de Andrade.
Fica mais uma vez provado, que não é necessário um treinador de renome e usando ternos bem cortados para ganhar título. É necessário sim, trabalho sério e humildade. E isso o Andrade provou, ganhando títulos como jogador e agora como treinador. Parabéns à nação Rubronegra.

GATOS, (TAMBORINS) & SAPATO

Houve um tempo, no Rio de Janeiro, que a partir de agosto começava de com força a caça aos gatos. Nos dias de hoje, um bichano vivo valeria o equivalente a 20 reais e no câmbio negro tipo 30 mangos. Para os que desconhecem a história, vou revelar. É que nesse tempo não existia Ibama, ONGs protetora de animais, tampouco a velha Sociedade de Defesa dos Animais tinha alguma força ou influência para impedir que os membros de Escolas de Samba, principalmente a turma da percussão, pegassem os bichanos para usar o couro para tamborim. E haja gato morto. Os que tinham seus gatinhos de estimação, nesse período, escondiam os bichos.
No início dos anos 80, uma casa muito especial se destacava na Doca. Era o tempo dos papos românticos nos fins de tarde e começo de noite. O local, para os saudosistas, era o gostoso "Gato & Sapato", onde além de celebrar-se a vida com maravilhosos drinques, e chopps, alimentava-se de papos dos melhores, pois as grandes cabeças da cultura, jornalismo e arte de Belém se concentravam em mesas variadas.
Confesso que nunca mais comí tão delicioso bolinho de queijo com recheio especial como o feito no "Gato", como também sinto a carência de casa tão estruturada e aconchegante, embora bem pequena. Foi no "Gato & Sapato" que conheci e ouvi pelam primeira vez os dois grandes artistas paraenses, Nilson Chaves e Vital Lima.
Felizmente, hoje já não se mata gato para fazer o estridente tamborm dá o seu recado na avenida. E Infelizmente, não temos mais o "Gato & Sapato para tristeza os que amam um chopinho com bolinho de queijo nos fins de tarde.

O bicho pegou para DucioMAL

Com a esperada cassação de Duciomal, o pessoal de sua tropa de choque, no mesmo dia, começou a mobilização para desfazer o que 90 por cento da população de Belém aprovou assim que estourou a bomba. Pois é, a diferença de torcer e dar certo é que é complicado, porque desde que assumiu, o prefeito Duciomal só tem causado raiva ao belenense, até mesmo aos seus eleitores mais fanáticos. Mas isso não significa que pela vontade do povo ele perderia o mandato. No caso, o fato se consumou por processos oriundos do período da campanha, quando o tal Duciomal não economizou o dinheiro público,"soltando dinheiro pelo ladrão", fez o que fez e agora o bicho pegou para o seu lado.
Alguns advogados que conhecem a situação de Duciomal, entendem que o prefeito de Belém, não demora está de volta. Tudo bem. Isso pode até acontecer. Mas só a vergonha que o prefeito mais enrrolado que Belém já teve está passando, fará com que ele tome nas próximas horas um delicioso chá de "Semancol" e não saia mais candidato a nada. Belém, com certeza, está torcendo por isso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MARIA DA PENHA DARIA UMA PEIA EM ROBIN WILLIANS

Quem é cinéfilo sabe que Robins Willians é talvez uma dos maiores mestres do cinema atual. Quem não viu "A sociedade dos poetas Mortos", "Uma babá quase perfeita", "Bom dia Vietnam", "O pescador de ilusões", "Patch Adams", dentre outras obras primas em que ele deu uma verdadeira aula como ator principal? O ator americano, natural da terra da máfia, Chicago, foi usuário de droga nos anos 70 e 80, sendo considerado "barra pesada".
Seu envolvimento com a cocaína quase acaba com sua carreira de ator e com sua vida, principalmento por constar em sua biografia que participou da festa em que morreu de overdose o ator e comediante Jonh Belushi, em 1982.
Mesmo com essa mancha em sua carreira, Robins Willians, graças ao excesso de talento como ator, conseguiu se superar e hoje é respeitado no mundo do cinema.
Por ter tido uma vida ligada às drogas, não foi surpresa para nenhum brasileiro o julgamento que ele fez da vitória do Rio de Janeiro para as olímpiadas de 2016. Num lance da mais pura infelicidade, Willians, quando participava do "Late Show", um dos mais populares programas da TV americana, vomitou que o Rio de Janeiro havia ganho o direito de sediar as Olímpiadas de 2016 por ter levado para o local da escolha " 50 stripers e meio quilo de cocaína".
Deduz-se que Robins Willians, na ocasião em que participava do programa, deve ter cheirado alguma coisa, ou seja, mesmo que ele se proclame curado da droga, deve ter tido um revertério e muito doidão agrediu o Rio de Janeiro e o Brasil com suas palavras idiotas.
Se isso não aconteceu, então Robins Willians deve estar sofrendo de um mal que está afetando muita gente no Brasil e no mundo: a inveja. Por ter a presença da apresentadora Oprah Winfrey e da primeira dama americana Michelle Obama na reunião do sorteio, ambas de Chicago, portanto conterrâneas de Robins Willians, o ator achou que os americanos iam levar a melhor e conseguir desbancar o Brasil. Quebrou a cara!
Desrespeitou todo um trabalho que envolveu um grupo de pessoas que teve Pelé, João Havelange, vários atletas brasileiros, governador e prefeito do Rio e o próprio presidente Lula, que um conterrâneo seu, Barack Obama, considera o "Cara", e que por isso mereceu ser vitorioso.
Robins Willians deveu. Uma história de muita arte, talento para dar e vender não pode ser manchada por atitudes preconceituosas. Willians deveria ter curtido o seu pó pra lá e respeitar o Rio de Janeiro e o Brasil. Se fosse aqui, ele tranquilamente poderia pegar uma peia da "Maria da Penha".

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

BRASIL CONTRA OS GOLPISTAS

Enquanto Obama demonstra que não é o que se esperava, Lula cada vez mais se solidifica como um democrata de posições firmes. É o que ficou caracterizado no pleito de Honduras, no último final de semana, quando os EUA, através do porta-voz de seu Departamento de Estado, deram apoio ao pleito e reconheceram o eleito, Porfírio Lobo. A posição americana foi seguida por nações como Peru, Costa Rica e Panamá. Já o Brasil, através do presidente Lula declarou que "não reconhecerá o presidente eleito por Honduras, por tratar-se de um processo eleitoral coordenado por golpistas". O Lula, na oportunidade, reafirmou que a posição do Brasil já havia sido tomada há tempos, e que não tinha que repensar nada.
As eleições em Honduras não chamaram a atenção da população, mesmo que o presidente golpista, Roberto Micheletti, tenha insistido em seu pedido ao povo que prestigiasse o pleito. O fato de somente pouco mais de 60 por cento da população hondurenha ir às urnas, demonstra a insatisfação do povo com o golpe e a não recondução de Zelaya ao poder.
Enquanto isso, outros países já demonstraram não apoiar o presidente eleito. Os primeiros a se manifestarem, depois do Brasil, foram Argentina e Venezuela, que pretendem, inclusive, discutir o fechamento da embaixada em Tegucigalpa.
O Congresso hondurenho vai decidir se o presidente deposto, Manuel Zelaya, voltará ao poder até a posse do novo mandatário eleito, em final de janeiro. Porém, Zelaya, através de sua assessoria, já declarou que não retornará ao cargo, pois isso só "legitimaria o golpe".
A posição do Brasil, hoje um esteio na América Latina e no mundo, é valorosa e, segundo palavras do próprio presidente Lula, "manter nossas convicções sobre determinadas coisas é importante, porque serve de alerta para outros aventureiros".

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ARRUDA E A ÓPERA DO MALANDRO

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda já vinha se considerando reeleito, quando estourou o "Arrudagate". O trapalhão governador brasiliense, sempre ligado à direita histórica do DF como Luis estevão e Paulo Octávio, seu vice, achava que Joaquim Roriz, possivelmente também envolvido nas falcatruas denunciadas por Durval Barbosa, já estava no papo. Deu com os burros nágua. Ao que parece, o trambiqueiro José Roberto Arruda , que sempre viveu um teatro de demagogia, posicionado como ator principal, transformou sua "arte" política em ópera do malandro. Tanto para o ator como para seu partido, o famigerado DEM.
O material filmado por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do DF, e apresentado à Polícia Federal se constitui numa das maiores denúncias de falcatruas feitas no País, porque mostra a prova letal do crime, com José Roberto Arruda e seus asseclas que são secretários e deputados distritais, praticando o ato imoral da roubalheira, sem nenhum discernimento.
Quem não lembra de José Roberto Arruda, em 2001? O hoje ainda governador de Brasília, para defender um de seus escudeiros, Luiz estevão, violou o painel eletrônico do Senado.Mesmo flagrado e com provas concretas, o na época senador Arruda negou veementemente o feito, jurando pela família, pela mulher, pelos filhos legítimos e os que diz adotara que era inocente. Em seu pronunciamento de defesa, Arruda chegou até a chorar mas, forçado, renunciou. Vale lembrar que no mesmo plenário onde jurou inocência, Arruda confessou o uso do dedo sujo no painel. Como o povo é bom e esquece rápido, voltou um ano depois como deputado distrital.
Da Câmara distrital foi um passo para o Governo de Brasília em 2006. Achando que enganaria para sempre José Roberto Arruda foi levando no bojo da corrupção um mandato cheio de altos e baixos a ponto de despertar a volta de outro trapalhão, Joaquim Roriz. Porém, a possível alçada a um segundo mandato foi cortada pelos vídeos de seu ex-secretário Durval Cardoso. Tanto Arruda como Roriz podem ser defenestrados de vez da política nacional, pois as acusações de Durval refletem também ao governo anterior, e podem causar um impacto ainda maior na sucessão do DF, uma vez que o candidato do Partido dos Trabalhadores Agnelo Queiroz acredita que sua candidatura ganhará força a partir de agora.
Depois do estrago feito, Arruda e seu vice Paulo Octávio, ainda tentaram com nota estapafúrdia,dar um enfoque político para falcatrua. Pegou. Porque agora mesmo que não aconteça o "impeachment", o vídeo de Durval queimou o filme de Arruda.

OS LÌNGUAS SUJAS

O episódio do mensalão do DEM (ou "Arrudagate", ou ainda "A volta do boêmio"), me faz pensar como está a cara de dois sacripantas oportunistas da política brasileira chamados Artur Virgílio Neto e José Agripino Maia, aquele que parece que está sempre gripado, pois sua voz lembra um vaso rachado.
Estes dois elementos, metidos a moralistas, são dos maiores reacionários da política brasileira. Artur Virgílio, amazonense, passa boa parte de seu tempo criticando o governo federal, juntamente com seu aliado da hora, José Agripino Maia, de familia conservadora no Rio Grande do Norte, dominadora da política naquele estado do nordeste nos últimos 50 anos.
Agora ambos devem estar confabulando, de beicinho, preocupados com a repercussão negativa para o DEM e PSDB, já que os dois partidos são primos legítimos, originários da defenestrada Arena, que gerou anteriormente o PDS e o PFL.
Artur Virgilio, que baixou a bola depois que descobriram que ele financiava, através de seu gabinete, um estudante no exterior, teve que vomitar os gastos de seu pupilo e devolver parte do dinheiro aos cofres do Senado, está preocupado com Arruda, que apóia o candidato à sucessão presidêncial do PSDB, principalmente se for o Aécio, embora venha conversando com outro Demo, o prefeito de São Paulo, Kassab, que é serrista. Virgílio teme o possível "impeachment", de Arruda, o que certamente complicará para os dois partidos tanto na sucessão de Brasília como na de Lula. O senador linguarudo preferiu nem falar à imprensa sobre o "Caso Arruda".
Enquanto isso, o "coronel" José Agripino e seu par constante, Ronaldo Caiado, aquele que fundou a UDR, falam em moralidade e que "o DEM vai apurar e se tiver algo errado nós puniremos, ao contrário do PT". Quanta demagogia e hipocrisia! Os três severos críticos do governo Lula e do PT, agora estão embasbacados e desmoralizados com a realidade apresentada, pois o verdadeiro mensalão, com vídeo e gravações que mostram a roubalheira "in loco", acontecia no Distrito Federal e sob o comando do governador Arruda, seu vice Paulo Octávio e com participação de secretários e deputados distritais. Era uma vez o DEM, que em 1998 tinha seis governadores; em 2002, quatro governadores; em 2006 um governador. Em 2010... o povo espera que nenhum... E que políticos como Artur Virgílio e José Agripino, dois línguas sujas, sigam no embalo do DEM, de Arruda e sua troupe.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O GARRINCHA DA MPB

Defendo Gilberto Gil como um dos maiores ritmistas da Música popular Brasileira da atualidade, juntamente com o carioca do Estácio Luiz Melodia. Gil consegue interpretações realmente fantásticas, tirando de letra músicas que uns e outros se enbananam para cantar. Mas tudo isso tem uma explicação. Gilberto Gil costuma dizer que seu inspirador musical foi Jackson do Pandeiro, um paraibano de mais ou menos um metro e meio, falecido em 1982, em Brasília, quando apresentava um show.
Sou meio suspeito de falar de Jackson do Pandeiro. Posso dizer que as músicas deste fenomenal ritmista, o maior de todos os tempos, povoaram minha infância e me fizeram ser um apaixonado pela boa música. Jackson com o auxílio de um modesto pandeiro, fazia verdadeiras acrobacias com a voz, principalmente quando intrepretava as difícies músicas do compositor Gordurinha.
A primeira vez que ouví "Chiclete com Banana", na voz de Gilberto Gil, fiquei impressionado com a interpretação, a entrada na segunda parte da música sem falsetear, o jogo vocal e o cacoete natural do bom intérprete e bom cantor que é Gil. Curioso, procurei (isso já faz uns trinta e uns aninhos) saber o autor da música e, descobrindo que era Jackson do Pandeiro, num "sebo" encontrei um velho vinil do paraibano. Ao ouvir as antigas músicas que me levaram de volta a um pssado que jamais voltará, me deparo com "Chiclete com banana". A surpresa foi maior, pois senti a semelhança de interpretação a de Gilberto Gil, embora jackson do Pandeiro seja de uma época de poucos recursos de gravação (4 ou 8 canais, não sei bem). A firula da interpretação parecia mais um drible de Garrincha ou Pelé, a malemolência, o velho traquejo, enfim, um gol de placa de interpretação.
Acompanheio o falecimento de Jackson do |Pandeiro, em 1982 e as homenagens que artistas fizeram para o grande cantor.Belchior, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fagner, Alceu Valença foram os que mais demonstrarm sentimentos de grande perda para nossa MPB. Gil falou que o paraibano foi seu inspirador, e Alceu Valença sapecou esta inequecível frase:"Gonzagão foi o Pelé e Jackson do Pandeiro foi o Garrincha da Música Popular Brasileira". Achei genial a homenagem do pernambucano, como também fiquei feliz com o reconhecimento que sua cidade lhe fez, inaugurando ano passado, o "Memorial Jackson do Pandeiro", em pleno centro de Alagoa Grande, cidade natal do cantor-compositor. Com um imenso pórtico em que Jackson está tocando um pandeiro, seu instrumento predileto, o memorial consta de objetos pessoais, arquivo musical e uma parte especial onde estão os restos mortais do ilustre paraibano, que foram transferidos do cemitério do Caju, no Rio, para Alagoa Grande.
Esta modesta homenagm ao grande músico Jackson do Pandeiro, é por ter ganho do meu amigo Carlos Mangabeira um CD com interpretações geniais de Jackson do Pandeiro e do ilustre paraense Ary Lobo. Aliás, sobre Ary Lobo, que o Pará deveria reconhecer a obra e reverenciar, farei comentário breve, pois foi outro nome que vejo de grande importância em nosssa musica popular.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

IMPRENSA NÃO GANHA JOGO

Se Imprensa ganhasse jogo o Remo e o Paysandu terminavam empatados todos os anos, porque nunca vi puxar tanto o saco da dupla como a Imprensa paraense. Os outros, infelizmente para a Imprensa, são somente os outros. Costumo dizer, que deveriam fazer o campeonato paraense só com eles dois. O pior é que quando os "entendidos" de futebol vão dar um palpite sobre outro clube, como a Tuna, normalmente pisam, literalmente, na bola. Foi o que aconteceu no início da semana, depois da vitória cruzmaltina sobre o Sport Belém. Na segunda todos os jornais alopraram em dizer que o time da Tuna era um sério concorrente, porque os jogadores eram isso, aquilo, ou seja, um enchimento de linguiça que termina é enchendo o saco da gente que sabe que não é nadica de nada disso.
Cautelosamente, fiz a observação que o time na verdade não é ruim, que os jogadores são experientes, mas fui sincero e esbarrei na questão financeira e organizacional, que todos devem ver pode ser um problema, apesar de não querer, porque, repito, sou cruzmaltino.
Depois do jogo com o Belém, o diretor Hugo, o belga, tentou me esnobar, dizendo que aquele era o time dos sonhos. Procurei também ser cauteloso na resposta a ele, pois sei o quanto é empolgado e como é dado a aparecer mais da conta.
O fato é que não queria falar, mas vou desembuchar logo. O time tem qualidades, os jogadores estão querendo vencer, até talvez para mostrar a Remo e Paysandu que têm potencial e que a história de trazer bonde de fora não vinga mesmo. Mas, fora os possíveis problemas financeiros que poderão ocorrer, é necessário que se tenha um preparador físico competente. O tal Flores, que ouvi falar é quem está lá, não dá para a Tuna.. Aliás, sobre o Flores, não se sabe o que ele quer, pois lembro quando ele disse que seu negócio era ser técnico. Nos finalmentes, acho que para equipe profissional ele não serve para nenhuma das duas coisas. No máximo um sub-20 para ele, contanto que não seja no Paysandu, porque parece que o Luis Omar vai acabar por lá, deixando até o Mancha a ver navios. Se não tiver um bom preparador físico, que faça a rapaziada correr, quando pegarem uma "lua" daquelas de quarta-feira, beirando os os 36 graus, não tem cristão na faixa dos 30 anos que suporte mais de 40 minutos.
E um recadinho para o Hugo, que vibra demais com apenas o primeiro jogo, analise o que está escrito e fale com quem entende, que são os atletas experientes, rodados. Fora isso, é bijouteria. Faça como disse o poeta Belchior: "Não cante vitória muito cedo, não", nem vá muito pelo que a Imprensa fala. Ela elogia na vitoria. E esmaga na derrota.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

PIJAMA DUPLO

Ficou complicada a situação do ex-governador Almir Gabriel depois de sua fala no final de semana. As agressões aos vereadores e aos senadores -inclusive de seu partido- deixaram o velho político numa saia justa que ele não esperava no início do campeonato. Arrogante, vaidoso, Almir achou que era o cara na política do estado do Pará, exigindo de seus correligionários sem discutir, apenas por prepotência. O resultado é que o grupo liderado pelo ex-governador Jatene mostrou-se mais forte e "o pau quebrou na casa de noca".
Agora estão praticamente isolados Almir e Mário Couto, ambos outrora possíveis candidatos à sucessão de Ana Julia, embora Couto tenha desistido, e do outro lado o grupo comandado por Jatene, que tem apoio de deputados, lideranças e principalmente de vereadores que estão por conta com o que falou o ex-govenador.
Na sequência de fatos, o bocudo FHC, depois da última pesquisa em que Serra está em queda vertical, foi praticamente execrado da campanha, embora nem candidato exista ainda no tal PSDB.
A pesquisa CNT/Sensus mostrou que a diferença que o governador paulista tinha à frente de Dilma caiu e a avaliação que caciques tucanos fazem é que o grande culpado é Fernando Henrique, que não mede as palavras . "Quando ele pensa que atinge o Lula o homem sobre. Pode? O Fernando está sendo o melhor cabo eleitoral do Lula e da Dilma", avaliou um deputado no ninho tucano.
Tudo indica que na corrida que vão, Fernando Henrique e Almir Gabriel, ambos octogenários mas com grandes sonhos políticos, terão que vestir o pijama mais cedo do que se pensa.

TUNA; UM BOM COMEÇO

Não queria falar, por hora, de nada da Tuna. Minha vontade era esperar mais um pouco e ver a equipe com um adversário mais forte, porque o de domengo, o Belém, não deu para avaliar muita coisa. Mas a equipe cruzmaltina teve um comportamento regular. Dou uma nota 8.
Depois da partida, conversei com alguns atletas que me procuraram, principalmente os de minha época de dirigente como Marquinhos Belém, Cassiá, Paulinho, João Luis e até com o treinador Lucena. Parabenizei a equipe e, inquirido por um deles o que tinha achado da equipe e do projeto, a cooperativa, depois de insistência, opinei.
Acho que a idéia do Sérgio, a quem reputo um grande profissional, um bom amigo e um atleta muito grato à Tuna, que foi quem lhe lançou para o futebol, boa, embora não veja como excelente. E explico: talvez o elenco da Tuna hoje já tenha pelo menos 30 atletas. Com a Comissão Técnica, que é formada por treinador, preparador físico, treinador de goleiros, massagista, roupeiro e enfermeiro, sem se falar no médico, forma um grupo de 36 profissionais. Não sei na verdade como funcionará o rateio do dinheiro que entrará através dos jogos, propagandas e até das vendas de camisas, mas é importante que todos saibam que o natural da Tuna são rendas baixas, que às vezes o bordero de um jogo não dá nem para pagar os árbitros.
Óbvio que somando tudo que entrar, com uma boa administração e com seriedade, pode dar certo. Mas, volto a dizer, é necessário que tenha uma reserva para quando não for tudo cem por cento. Afinal tem jogador mais carente que outro, que necessita de grana até para transporte. É importante se pensar em tudo. Se o belga Hugo, por exemplo, que está na diretoria, for aquele salvador da patria, na hora do sufoco sempre estiver lá para meter a mão no bolso, aí pode ser. Sem um ou vários mecenas, a gente vai torcer, vai vibrar, mas com a certeza de que não será nada fácil. Por isso que não vejo como excelente. Excelente se tivesse um grupo com uma colaboração certa todos os meses, como planejou o Chipelinho. Aí sim, era certeza de dar Águia na cabeça. Em todos os sentidos.

A CESARE O QUE É DE CESARE

Lula não vão vai devolver Cesare Battisti à Itália. Mesmo que tenha recebido o abacaxi das mãos do STF, para ser mais direto, de Gilmar Mendes, o presidente já conversou com assessores mais diretos e tudo indica que o ex-militante de esquerda italiano ficará no Brasil
Battisti entrou no País em 1977, segundo a Justiça com documentos falsos. Aí, o primeiro item que fará com que Lula tome a decisão de deixá-lo no Brasil. Como ele deve á Justiça terá que ser julgado no Brasil pela falsificação de documentos. Os outros itens são naturais de quem militou toda uma vida na esquerda e sabe como dois e dois são quatro, que nos regimes conservadores não se pode facilitar a vida de quem eles julgam inimigo. E ainda hoje, Cesare Battisti é tido como inimigo do regime italiano.
Battisti militou na década de 70 por uma organização de esquerda denominada Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) . É acusado de ter participado de quatro assassinatos entre 1977 e 1979. Julgado em 1981, após fugir para a França, onde permaneceu até 2007 na condição de refugiado, Battisti chegou ao Brasil e foi logo preso no Rio de Janeiro, depois transferido para o presído da Papuda em Brasília.Inimigo ainda hoje dos dirigentes de seu País, Battisti diz que não volta vivo para a Itália, embora já tenha terminado a greve de fome a pedido de Lula.
O presidente Lula poderá, se de fato decidir pela permanência de Battisti no Brasil, criar um embróglio diplomático com a Itália uma vez que o premiê Silvio Berlusconi, conservador e um dos grandes desafetos de Battisti, já solicitou ao presidente do Brasil a extradição do ex-militante político. Só que Lula vê na extradição de Battisti um contrasenso de sua propria história, e vislumbra, também, um efeito negativo na sucessão presidencial, já que políticos, organizações de esquerda e de direitos humanos não concordam com a devolução do hoje escritor italiano.
Battisti é respeitado por uma gama de políticos brasileiros que lutam para que o italiano viva e trabalhe no Brasil e em futuro consiga até a cidadania.
A Itália, juntamente com a Alemanha, é um dos países onde mais cresce o neo-facismo, o que também preocupa Lula e os organismos de direitos humanos. Isso, com certeza influirá na decisão do Presidente. Assim, certamente o presidente vai usar o bom senso e o abacaxi que Gilmar deixou não será tão dificil de ser digerido.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CIÚMES E INVEJA

Desde que assumiu a presidência do Brasil o metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva é vítima da perseguição. É fato que Lula frustrou os mais conservadores com um governo democrático, popular e de resultados positivos em todos os setores, principalmente na área econômica , impulsionando o país e dando ao povo brasileiro o que os governantes anteriores não conseguiram: estabilidade. Trabalho, educação, oportunidades a jovens e principalmente o orgulho de ser brasileiro Lula restituiu aos filhos de nosso País. E isso, com certeza, custou e está custando caro a Lula, que tem que enfrentar uma oposição em sua maioria formada por políticos inertes, que nunca conseguiram fazer o País deslanchar e, principalmente por um grupo de invejosos, capitaneados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
É natural que todo governo tenha oposição, mesmo porque a oposição é uma necessidade para o sistema democrático. Porém, não se pode ir contra o que está funcionando e, o principal, ir contra tudo que está sendo feito, como se, no caso do presidente Lula, ele só errasse.
Até os mais leigos, os sistemáticos conservadores, falam que o País mudou com Lula, que o Brasil ganhou reconhecimento mundial e isso é motivo de orgulho por parte de nosso povo. Só que parece, os ranzinzas, os extremistas de direita, que poderiam até faturar politicamente falando a verdade, insistem em detratar, humilhar, desqualificando a imagem do presidente Lula.
Hoje saiu mais uma pesquisa. E toda vez que sai pesquisa é um desconforto para FHC, Artur Virgílio e para mais uma meia dúzia de frustrados e invejosos, que não aceitam que um trabalhador tenha chegado ao estágio de popularidade que Lula chegou. Pô gente, que que é isso. Oposição tem que ser feita com responsabilidade, com atitudes, com inveja não vai levar a nada. Será que os invejosos ainda não acordaram para entender que o Brasil hoje é outra nação, que breve seremos potência mundial e que estão perdendo o trem da história?
Lula está beirando os 80 por cento de popularidade. Não é brincadira isso. E é porque no princípio do mês o compositor e cantor Caetano Velos, que perdeu uma boa oportunidade de ficar calado, chamou Lula de analfabeto e grosso. Que grossura! E FHC, que entre tantas baboseiras vomitou que Lula tinha escolhido a candidata do PT "na dedada". Pobre Fernando Henrique! Isso só fez levantar mais o Ibope do Presidente. Aliás, D. Canô deu uma boa chamda no filho Caetano. Ainda vai!Quem manda!
Meu pai sempre me falou que de todos os sentimentos, o pior deles é a inveja. Hoje eu bato palmas para as palavras dele, porque pegar os jornais todos os dias e ler o que os invejosos falam, é realmente triste. É por isso que Lula diz sábiamente: "que pena. E eu que sempre achei que esses caras eram o suprasumo da inteligência e do humanismo"!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O BODE

Nessa briga maluca que o PSDB está travando, a ponto de o velhinho Almir Gabriel achar que ainda é o cara e se lançar candidato, fico a pensar, depois da escolha de um nome, como vai ser a campanha. O Vic, que é do DEM,mas é do grupo, sabe-se apóia o Jader; o Mário Couto quer o dr. Almir, e o Flexa -o que é natural dele- continua dizendo que quer a união do partido, embora se saiba quem é o preferido dele. Daí o bicho pegar, porque é perigoso -eu disse perigoso!- fazerem como FHC fez com o Serra para presidente: boicotou o pobre do vampiro.
Nessa celeuma toda, parecendo mais uma babel, o Mário Couto confidencia a amigos que ainda tem esperanças de sobrar pra ele, já que o grupo de Almir não quer porque não quer o Jatene, enquanto o grupo do Jatene acha que Almir já deveria ter colocado as barbas de molho, em outras palavras, vestido o pijama.
Em uma dessas reuniões na Doca, naquele bar de conhecido marqueteiro, quase o pau quebra, ou melhor, o bode que deu vou te contar. Por pouco não sobrou para o dono da casa, aliás, para a casa. Ninguém se entendia e foi preciso entrar um integrante da velha turma do "deixa disso".
Com um time totalmente desgastado, sem nome para lançar, os tucanos podem chegar às vias de fato se insistirem em mais uma reunião com todo mundo querendo marcar posição. Quem viver , com certeza, verá.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FLA FLA DE BELÉM

Nestes períodos magérrimos em que vive o nosso futebol, carente de tudo que se possa imaginar, eu cá com meus botões voltei de com força a torcer pelo Flamengo. Digo voltei, porque quando se está em lua de mel com seu time local, aquele que você pode torcer até em treino caça-níquel, a gente não valoriza os times de fora, até porque eles de lá, não torcem pelos nossos. Nesse ponto tiro o chapéu (adoro tirar o chapéu!) para o meu amigo coronel Bentes, que diz orgulhosamente que só torce um time: o Paysandu. Eu torço pelo menos por quatro equipes, dentre elas o futuro campeão brasileiro Clube de Regatas Flamengo.
Calma, senhores torcedores de outras equipes, desde cedo aprendí a conviver com vocês que não torcem pelo Flamengo. Sampaulinos, palmeirenses, santistas, botafoguenses, pó de arroz (coitadinhos!), sei que vocês todos juntos, fazem a Torcida Organizada AnteFlamengo. É aquela corrente pra frente contra o mengão. Mas não adianta, o Mais querido, que já teve craques como Zico,Claudio Adão, Lico, Adílio, Nunes, Leandro, Tita e tantos outros, agora sob o comando de um ex-craque, mestre Andrade, está dando o que falar e calando a boca de vários "entendedores" de futebol que insistem em dizer que determinados técnicos, princípalmente quando é prata da casa,não têm experiência. Pô meu, só se adquire experiência trabalhando. Ninguém nasce feito. Sempre combati esse preeconceito de dizer que os técnicos e jogadores locais não servem para nossos principais clubes. Andrade está dando o troco. Torço para que Mais Querido mostre seu valor nesta fase final com Andrade, Adriano e o velhinho Petkcovic, levando o caneco para a Gávea. E vejam que não está difícil. Basta o Palmeiras perder, o São Paulo "dançar" e o Flamengo -claro- vencer. Aí, com certeza o camarada Petrúcio, que é Flamengo roxo, vai para a entrega de faixas. P.S.: Já comecei minha ladainha de rezas para São Jorge.

ARTE OU DESASTRE?

A decepção que tive com o filme Besouro, me remeteu aos tempos de Salvador, quando nas horas vagas ia às rodas de capoeira. Grandes mestres e alunos dedicados em uma mistura mágica de luta e dança me fizeram admirar esta arte que merecia no mínimo um filme mais sério e sem as bobagens de Besouro.
O filme que veio em minha mente trás de volta as histórias contadas por professores e por capoeiristas de grandes mestres desta arte africana, como Pastinha e Bimba, endeusados até hoje em toda Bahia e no Brasil, já que foram expoentes defensores de uma capoeira sem violência e com muita responsabilidade.
No pseudo-filme que fizeram com Mestre Bezouro, uma película que mais lembra os filmecos japoneses de vinte anos atrás, onde a cada golpe de karatê que os mocinhos orientais davam o adversário voava e depois voltava e revidadava o golpe, o diretor quis mostrar um "Besouro" que pode até viver na imaginação de alguns -como papai noel vive-, mas que na realidade sabe-se é pura lenda e que numa biografia a coisa deveria ter sido mostrada de outra forma, mais autêntica e se possível sem os tais efeitos especiais que devem ficar muito bons nos filmes do bruxo Harry Porter ou mesmo nos de karatê de décadas passadas.
Certamente Mestre Bimba e Mestre Pastinha devem ter algum documentário que mostre a importâcia de ambos na magistral arte da Capoeira. Se nada de grande significância foi feito até agora, que se faça algo sério, sem as infantilidades de "Besouro", que na verdade foi um grande mestre de Capoeira, inclusive contemporâneo de Bimba e Pastinha.
Confesso que não sei a opinião dos que praticam e reverenciam a arte da capoeira sobre o pobre filme, mas vejo a homenagem a Besouro como um desastre, sem enredo e nada que possa ser qualificado como uma boa obra. Sobre o assunto Capoeira e a expressão do homenageado se poderia explorar muito, mas muito mesmo, principalmente pelo fato do ator ser um mestre da arte mágica que os filhos da África nos deixaram, a Capoeira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MEU PAIPAIAVÕ! MEU GAROTO!

O ex-presidente Fernando Henrique ameaça criar vergonha e registrar seu filho com a jornalista Míriam Dutra. Aquela, que nos tempos idos de 1991 o na época senador FHC, metido a garanhão, embuxou e mandou a moça pra bem longe. O bom é que a Rede Globo, por interesse, escondeu toda a epopéia do playboy Fernando Henrique, e quando algum colunista ou jornal alternativo dava alguma nota sobre o assunto, imediatamente a "imprensa oficial" tratava de abafar para não prejudicar a carreira política do senandor pula cerca. FHC, agora beirando os 79 anos, resolveu, a pedido de amigos mais chegados , procurar o rapaz, que mora nos Estados Unidos, tem 18 anos e se chama Tomas Dutra. Pensa inclusive registrar o bruguelo, já que hoje não deve mais satisfações a família, viúvo que é e já de pijama.O Pai-avô Fernando Henrique durante todo este periodo fez algumas viagens sigilosas para ver o filho com Míriam Dutra, que durante estes quase vinte anos trabalhou como correspondente da Globo em vários países da Europa, mas sempre de boca fechada para não "derrubar" o projeto político de FHC e de seu partido, o PSDB, obviamente também de interesse de seus patrões globais.

RELEMBRANDO HEMINGWAY

Não sou muito apaixonado pela cultura americana, embora tire o chapéu para o cinema e para o grande escritor da terra de Tio Sam Ernest Hemingway. Papa Hemingway, como era chamado por seus amigos, deixou uma das mais fabulosas obras da literatura mundial, misturando amor, aventura, guerra e dois de seus grandes passatempos: a pescaria e a caça. O escritor viajava em demorados safaris pela África para caçar. Como também ficava em sua residência final em Havana a admirar os barcos de pesca que iam e vinham pela manhã e à tarde, com pescadores e peixes que lhe traziam inspiração para contos, crônicas e romances. Amigo de gente humilde, como pescadores e bêbados, e de milionários, artistas,poetas e outros escritores,Hemingway teve casos com as mulheres mais lindas de sua época, algumas atrizes famosas e beldades da realeza européia e americana. Casou com algumas e foi amante de outras. Bebedor inveterado, tinha o seu lugar reservado nos bistrôs cubanos, nos EUA e em Paris , onde sempre se refugiava em encontros demorados com amigos que convidava de várias partes do mundo, dentre os quais diretores de cinema, atores, escritores, milionários, toureiros, mulheres lindas e muitos maridos ciumentos. Quando tive a oportunidade de ler seu livro, "Do outro lado do Rio, entre as árvores", quiz conhecer toda o trabalho do genial escritor e, daí, me deliciei com várias de suas obras em pouco tempo. "Paris é uma Festa", "Por quem os sinos dobram", O velho e o Mar", "As neves de Kilimanjaro" (os dois últimos, também imortalizados pelo cinema), foram obras que marcaram a mim e a uma geração de afccionados pela boa literatura.
Há mais ou menos dez anos, comprei em um "sebo", a obra "Papa Hemingway", do escritor e amigo de Hemingway A.E. Hotchner, que viveu e sofreu os últimos momentos da vida do grande mestre da literatura americana. Hotchner descreve cinematograficamente a morte de Hemingway, como quando o escritor sentindo-se cada vez mais combalido pela doença que lhe acometera, diz que não tinha mais razão para viver. "Que me adianta ficar assim, quase moribundo, sem poder fazer as coisas que mais gosto na vida? Não posso mais amar, não posso mais beber, não posso mais escrever. Prefiro morrer".
Hemingway morreu com muitas idéias literárias na cabeça. Debilitado e triste, deu um tiro de fuzil na boca pondo fim à própria vida e a um sofrimento que dizia não suportar mais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CAETANICES

Caetano é genial
Caetano é o cara
Caetano é o intelectual tropicalista
Caetano é,é,e
Caetano é o bicho
Caetanoé doido
Caetano é o mano
Caetano é podres poderes
Caetano é neguinha
Caetano é bicho de sete cabeças
Caetano é ACM e FHC juntos
Caetano é isso, é aquilo
Caetano é a Bahia
Caetano tá muito cansado
Caetano fala e aparece
Caetano é revolucionário
Caetano é a mídia pura
Caetano é o Pelé
Caetano é meu ídolo
Caetano fala o quer
Caetano é George Michael e David Bowie
Caetano é o menino, ui, ui, ui
Caetano é o bebê da d. Canô
Caetano é o côncavo e o convexo
Caetano deve cantar mais
Caetano, ah, Caetano
Caetano fala muita merda.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

SALVEM OS LOUCOS

O louco é um gênio? Ou todo gênio é meio louco? Tudo indica que as duas perguntas possuem respostas idênticas. São muitos os chamados gênios que mostram o seu lado de louco. Um dos exemplos é Woody Allen. O cieneasta ex-marido de Mia Farrow, deixou a mulher para viver com a filha. Calma, era filha de criação! Na época, Allen foi tido como tarado, pedófilo e recebeu o xingamento de... louco. Loucura ou não, Woody está hoje setentão com a ainda jovem "filha".
Pelas bandas de cá, o nosso baiano Raul Seixas, fez (quase) todas loucuras na vida que Deus lhe deu. Escreveu frases fantásticas e músicas que vinte anos depois de sua morte ainda fazem a cabeça das novas gerações. Mas tem duas que todos adoram: "Maluco Beleza" e "Rock das Aranhas", segundo ele na época, "uma singela homenagem às minhas conterrâneas Gal Costa e Maria Bethania" Mestre Seixas gostava de levar a vida à sua maneira, como um louco.
Uma de suas frases mais famosas sobre a loucura diz que "a arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal". Genialmente louca.
O poeta português Fernando Pessoa foi um dos tradutores da obra do também poeta americano Edgar Alan Poe, autor do belo poema "O Corvo". Poe introduziu o terror e a morte em seus poemas e contos. Morreu em circunstâncias misteriosas, depois de uma bebedeira. Foi encontrado com roupas que não eram suas e em estado deplorável. Alguns biógrafos afirmam que Poe por toda a vida teve uma certa relação com a loucura.
Já o nosso Machado de Assis, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e embora autodidata considerado nosso maior escritor, tem entre suas grandes obras o conto "O Alienista", considerado um de seus melhores escritos da maturidade, publicado no livro"Papeis Avulsos", em 1882, quando Machado já passava dos 40 anos. Alienista é qum cuida de loucos, mas o alienista de Machado é muito mais que isso, é um absurdo humano, ou melhor, de como os homens são absurdos. No livro. Dr. Simão Bacamarte mostra seu esforço para conceituar e curar
a loucura dos dementes da Casa Verde, nome do manicômio, onde se destacavm loucos clássicos como Garcia, que não falava para evitar que o mundo se acabasse, daí se comunicar apenas com escritos; Falcão que afirmava ser a estrela dalva; o homem abandonado pela mulher, que procurava por salas e corredores ela e ao amante, embora o tenha assasinado, e João de Deus, que afirmava ser Deus. É a loucura na obra de Machadinho.
De tanto falar em loucos e loucura, confesso já estar louco para terminar este texto. Principalmente porque estou ouvindo, ao longe, a música "Espelho meu", de Sílvio Brito, justamente a parte em que diz: "Salve os loucos, salve os loucos, tomo a dimensão de quem não tem razão pra ser normal. Sou débil mental". Arre!

Com os burros nágua

O prefeito de Belém, Duciomal, anda numa maré nada boa para quem quer postular o senado em 2010. Tentando talvez fazer um caixa básico para a campanha do próximo ano, Duciomal está querendo privatizar tudo em Belém. Com a mesma gana que o PSDB lutou (e conseguiu) privatizar a Celpa, o Dudu malvado lutou até o final para privatizar a água de nossa capital. Só que deu com os burros na dita cuja. Quebrou a lataria e acho que por enquanto vai se mancar. Sua tropa de choque, que tem um vereador que adora beber cerveja e outras cositas mais em plena copa da Câmara, anda "falando de lado e olhando pro chão", de tão envergonhada com mais uma atitude contra o povo de Belém. O pessoal da oposição ao Dudu já está até preparando panfleto com a lataria dos tais traidores do povo, aqueles que são discípulos do "Justo Veríssimo", que acham que o povo tem que "se explodir".
Mas não pensem que o herói do mal vai parar por aí. Com seus escudeiros, o "oftalmologista" Duciomal já anda trabalhando a idéia do que se pode privatizar nesta Belém de Nossa Senhora de Nazaré. Equanto isso, o camarada Petrúcio comentou: "por que o prefeito não dá uma voltinha no
Ver-0-Peso, para testar a popularidade dele?". Particluarmente, caro Petrúcio, confesso que não sei.

domingo, 8 de novembro de 2009

A VIDA COMO ELA É

A vida do ator é o palco. Os grandes mestres do teatro brasileiro, Paulo Autran, Paulo Gracindo, Procópio Ferreira e as grandes damas Fernanda Montenegro e Bibi Ferreira podemos dizer deram parte de suas vidas ao teatro, lotando as maiores casas de espetáculos com peças que se transformaram em verdadeiras lendas do teatro clássico e do entretenimento.
Assim como o teatro, o cinema, chamado sétima arte, revelou em nosso país grandes diretores e atores, alguns transformados em vilões ou canastrões pela televisão, outros, embora com talento,foram relegados a um plano secundário, por contrariar interesses de poderosos que detém a indústria do entretenimento nas mãos e não têm porque fazer algo que não lhes proporcione a certeza do lucro certo.
Glauber Rocha,um dos maiores do Cinema Novo, autor de Barravento e Deus e o Diabo na Terra do Sol dentre outros, morreu jovem, em delicada situação econômica e sem apoio para seus projetos.Na verdade Glauber, que só depois de morto virou gênio, era um intelectual sonhador, sempre com um projeto novo,mas que os financiadores tinham certeza que "não daria bilheteria". É a história que foi colocada na cabeça de alguns de que não sendo popular o povo não entende. "Tem que ter sexo, samba e carnaval", costumam dizer. Não sendo assim, neca,neca.
Um dos últimos grandes cineastas brasileiros faleceu ontem. Anselmo Duarte, que participou de vários filmes como ator, roteirista e diretor e que conseguiu marcar seu nome no cinema brasileiro e mundial como diretor de "O Pagador de promessas", tinha 89 anos e costumava reclamar da falta de incentivo a bons filmes. Duarte lançou Glória Menezes no cinema.
Lançado em 1962, "O Pagador de Promessas" ganhou a "Palma de Ouro" em Cannes e chegou a ser apontado ao Oscar como melhor filme estrangeiro daquele ano. Anselmo Duarte respirava cinema, era criativo e admirador da obra de outro monstro sagrado da sétima arte
Orson Welles, também tido como maldito como Glauber, por ter levado à tela grande uma obra baseada na vida do magnata da comunicação americana William Hearst (Cidadão Kane). A vida imita a arte, mas quando a arte tenta imitar a vida, aí sim. O bicho pega.


SÓ FALTA O BOI VOAR

De repente, não mais que de repente (aí, poetinha!) o PSDB desanca em brigar entre si. O normal deles, depois que deixaram o país e o Estado numa pindaíba danada, era atacar o Lula e o PT. Agora o feitiço (ave Maria!) está virado contra o(s) feiticeiro(s).Pelas bandas de cá, o bionicão Flexa anda indócil com seu ex-amigo de fé Zenaldo Coutinho. O senador diz "daqui não saio, daqui ninguém me tira", da presidência do PSDB, enquanto o deputado debocha e diz que é o novo, presidente do partido. Na sequência da baixaria, o bicheiro senador quer porque quer ser o candidato do partido ao governo do Estado, enquanto o Jatene articula com outra ala para ser ele o indicado. Pelas entrelinhas, embora já sem muito pique, o dr. Almir diz que tá vivo e na briga. Quer dizer, os caras estão se engalfinhando irresponsavelmente, parecendo urubus em carniça.
Pelas bandas de lá, FHC, ou dr. Frustrado, depois de baixar o nível com o presidente e a ministra Dilma, levou uma cutucada do Lula que parece que vai fazê-lo reflexionar antes de vomitar sandices.
Já o playboy mineiro está deveras chateado com o Serra e com a própria direção do PSDB nacional, face a indefinição da candidatura a sucessão de Lula. Surgido no vácuo do dr. Tancredo, Aecinho,como é chamado pelas moçoilas mineiras e do Rio, acha que tem mais chances que Serra e que a indefinição só vai prejudicá-lo. Quanta audácia! Já o governandor paulista, com medo e já sabendo da possível trairagem que poderá ocorrer dentro de seu próprio partido, joga na retranca, mas possivelmente tentará dar o bote na hora certa. Seu medo maior é FHC. E com razão.
Como em política, como já falou um conhecido cametaense, até boi "avoa", os mais comedidos do tal PSDB esperam que, pelo menos pelas bandas de cá, as coisas não cheguem as vias de fato, embora pelo Twiter já tenham saido alguns impropérios (égua!)por parte do deputado Zenaldo e do bionico Flexa. Vou pagar pra ver o próximo round!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

AO MESTRE, COM CARINHO

Mestre Verequete se foi. Tudo já foi dito deste menestrel cor de ébano mágico do tambor e do carimbó puro.Sua voz, já cansada pelos 93 anos vividos, e imortalizada nos 10 LPs e alguns CDs lançados, ficará na lembrança dos que o conheceram e amam a genuína música regional desta terra.Verequete era um dos últimos remanescentes do verdadeiro Carimbó feito sem o auxílio de instrumentos elétricos e com letras que retratam a pureza do homem do campo, amante da liberdade e construtor de seus próprios instrumentos.
Esquecendo a tristeza que nos assola, o saldo da vida e obra de Mestre Verequete nao foi ruim. Homem simples, artista realmente do povo, o Mestre teve momentos difíceis em sua vida, principalmente quando teve que labutar diariamente com uma venda de churrasquinhos pras bandas da Estrada Nova.Nem mesmo seu grupo musical, o Uirapuru, lhe proporcionava levar uma vida digna financeiramente.
Quando beirava os 80 anos conseguiu, com sua arte e carisma, chamar a atenção da intelectualidade para o grande valor que tinha. Começou ganhando um salário da Prefeitura de Belém, no governo de Edmilson Rodrigues, e daí começaram os prêmios e o reconhecimento demorado mas não tardio, porque o Mestre felizmente foi imortalizado em vida e curtiu esse reconhecimento, inclusive com loas do presidente da República Lula da Silva e seu ministro da cultura da época, Gilberto Gil. Verequete não precisou colocar em seu carimbó os versos do poeta do samba Nelson Cavaquinho: "por isso é que canto assim: se alguém quiser fazer por mim, que faça agora". Teve um final de vida amado e muito feliz.
O governo do Estado, os artistas paraenses e o povo reverenciaram o artista em vida e, na sua partida todas as honrarias foram feitas. Até outro mestre, Pinduca, presente na homenagem final a Verequete não discutiu quem de fato era o Rei do Carimbó. Achei bom. Afinal, ambos são mestres.
Agora nos resta para presentear aos Mestres Verequete, Lucindo, Cupijó e Pinduca lutar para que o carimbó seja imortalizado como Patrimônio Cultural. Então, isso feito, poderemos, felizes cantar:"Chama Verequete". E com certeza no bom lugar onde o Mestre está ele vai sorrir, cantar e batucar seu mágico tambor. Adios, Mestre!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

TODOS OS SANTOS + FEITICEIRO= SÃO RAIMUNDO

Inegavelmente, os deuses do futebol (como diriam os cronistas esportivos), fecharam acordo com o São Raimundo, domingo, no jogo de decisão da Série D. Talvez para premiar e até fechar com a famosa chave de ouro a excelente performance da equipe mocoronga. "Os deuses e também Todos os Santos", completa o camarada Petrúcio , numa alusão à data religiosa do dia 1o. de novembro. Todos se uniram e decidiram que o título ficaria no Pará, ou melhor em Santarém da prefeita Maria do Carmo e do meu amigo Bosco, um dos melhores atletas que a minha Tuna ja teve.
Foi uma verdadeira epopéia, vitória da raça, da vontade de vencer do jogador paraense, que não se intimidou e, mesmo perdendo até mais da metade do segundo tempo, teve personalidade para virar o placar e coroar a belíssima campanha do já chamado Mundicão.
Quem acompanha futebol, sabe o quanto as equipes chamadas "pequenas" do futebol do sudeste, principalmente do eixo Rio-São Paulo, são enjoadas e sempre são competitivas, tanto nos campeonatos regionais como nos de nivel nacional. Quem não lembra o que o Paulista de Jundiái fez com o pobre do Paysandu (desculpe a lembrança amarga, amigos!), do amigão coronel Edson Bentes? Nove a zero e a humilhação. E olhe que o chamado Papão estava cheio de "craques" importados, a maioria deles inclusive nem voltou para Belém. Lá fizeram a sujeira, lá ficaram.
A história com o São Raimundo foi bem diferente. No Rio, o time santareno fez dois golaços no milionário Macaé e mostrou que iria decidir em casa com moral. Humilde, sempre teve treinadores regionais como Valter Lima e o Lúcio Santarém. Seu elenco é 99 por cento paraense (só da minha Tuna tem mais de 10!), quase todos jovens mesclados por veteranos como o longevo Luis Carlos Trindade.
Vou apostar um açaí com peixe frito no "Veros" como o São Raimundo não servirá de exemplo para nenhum dos chamados "grandes". E vou mais longe: reafirmo que não é só a torcida - a que paga realmente o pato! - que não gosta dos atletas regionais. São os dirigentes e princpalmente treinadores os maiores culpados, que insistem em fórmulas antigas e que já provaram não funcionam. Sem querer meter "colher na comida dos outros", mas a respeito do assunto atletas locais e "bondes" importados, lembro o que o presidente Luiz Omar, do Paysandu, falou em coletiva no mês de setembro se não me engano, depois de especulações da Imprensa: "não trarei jogadores de fora como estão falando, tampouco o Paysandu tem negócios com empresário. Só vamos contratar mais à frente e com o aval da diretoria". Luiz Omar desmentia assim parte da Imprensa que noticiara a chegada de seis jogadores de fora e que insistia que o treinador Nasareno era fruto de um contrato com empresário "queimado" (putz!). Ficou mal para a diretoria e chato para os torcedores o que aconteceu 15 dias depois da coletiva: começaram a chegar atletas aos montes, dentre os quais um centroavante"gigante" de pouco mais de 1,60m. E o lamentável: a rapaziada da casa, que sempre chia que ganha menos e recebe por último, foi toda mandada embora. Até mesmo o Paulo de Tarcio, que reputo como muito bom de bola e deve ter pouco mais de 20 anos, rodou.
Como em comentário que fiz anteriormente, estou triste e deveras preocupado com o futuro do nosso futebol. Insistindo em não valorizar a prata da casa, preferindo os "importados", muitas vezes "bichados" e veteraníssimos, talvez tenhamos que nos conformar em ver somente as equipes do interior honrarem o nome do nosso esporte bretão (égua!), como o Águia, que fez bonito na "Série C" e o São Raimundo que ganhou a "Série D" e já está na "C".
Luis Carlos Trindade, que já brilhou na minha Tuna e nos outros dois "grandes", na vitória do São Raimundo sobre o Macaé insistiu nos vestiários antes e no inervalo do jogo:"vai dar certo". E deu mesmo. Já o camarada Petrúcio, que não perde uma, bradou logo em seguida:"É, foi uma vitória bonita. Mas também com Todos os Santos, mais os Santos de Casa e com o apoio total do Feiticeiro nem time da Bahia ganhava. Só podia dar São Raimundo". Valeu, São Raimundo!

FÉTIDO, COMO SEMPRE

Confesso minha extrema decepção a cada dia que passa com o ex-presidente Fernando Henrique e o seu PSDB. Homem culto, intelectual respeitado, embora tenha negado tudo que escreveu e não tenha conseguido como administrador 20% que seu eleitorado esperava, FHC agora mostra a latrina em que está vivendo. Desesperado, talvez porque Serra sabe o quanto ele é "traíra" e o playboy Aécio é bem malandro e não dá muito crédito a ele, dr. FHC vive a vomitar destemperos e desesperos contra o presidente Lula. A última dele, foi publicada no fim de semana em vários jornais do País. Atacando quem sempre o respeitou como Lula, FHC em seu artigo defende a Vale com unhas e dentes e desqualifica as ações do Presidente que prega uma legislação mais democrática para o petróleo. FHC, que todos lembram tentou vender a Petrobras e não aceita que Lula modifique o sistema por um que possibilitará o crescimento geral da nação e não de três ou quatro estados que produzem o pre-sal, tem o descaramento em falar em democracia, quando todos sabem que ele comprou seu segundo mandato, dando dinheiro vivo para políticos aprovarem. Invejoso, porque não tem o conceito nacional e internacional que o presidente Lula desfruta, e porque não consegue organizar seu partido, tendo perdido o respeito total de parte do tal PSDB, que não se decide se vai com o governador paulista ou com o playboy mineiro, ele atira para todos os lados, mostrando a real característica de não somente um político, mas um ser humano derrotado.
Vergonhosamente, FHC comete o despautério de falar de desvio de conduta e vomita: "tornou-se habitual dizer que Lula deu continuidade ao que de bom foi feito no governo anterior..." Pelo amor de Deus o que foi que FHC fez de bom pelo País? Vender a Vale? aumentar o dolar em seu maior percentual da história? conchavar com a Regina Duarte que tinha medo do Lula? Aliás, sobre a Regina, acho que ela é do tempo em que comunista comia criançinha.
Por fim, os que pregam que o intelectual FHC é democrata e um pensador, deveriam anotar as expressões chulas e a discriminação que ele faz quando diz: "foi no dedaço que Lula escolheu a candidata do PT á sucessão". Qualquer ser humano sem exercitar muito a inteligência pode entender o que o moribundo quis dizer. Só não se entende o desespero do ex-presidente em baixar tanto o nível quando estamos a quase um ano da campanha. Afinal, como falou um deputado paulista do DEM, " se Serra quer fevereiro ou março como limite para dar seu veredito e, se por outro lado Aécio tem pressa, cada um tem uma história e se imagina que saibam o que estão fazendo". Ou será que FHC pensa em se ressuscitar políticamente se lançando como a terceira via? Talvez o dr. Almir saiba responder.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Falando sério (ou vans e coletivos= Ctbel)

O camarada Petrúcio comentava com um amigo sobre a violência em Belém, tanto da bandidagem que não está dando mole, como no trânsito. Falava do triste e lamentável caso da terça-feira, quando dois micro-ônibus bateram e causaram a morte de um casal. Petrúcio e seu amigo procuravam de todas as maneiras encontrar um culpado, embora numa coisa fechassem: a culpa maior é da CTBEL.

Na verdade, se analisarmos a função da Ctbel, chegaremos a conclusão de que a única coisa que ela faz com perfeição e determinação é multar. Os guardas vivem escondidos atrás de postes e árvores de caneta e caderninho em punho, prontos para atacar no primeiro sinal amarelo que se ultrapassa. Quando pegam um no telefone celular, mesmo que o cara fale que foi um fato urgente,tipo um caso de doença, a multa é certa. Não tem escapatória. Nisso os caras são realmente muito bons. Agora com relação às vans e micro-ônibus que andam por toda a cidade, muitas com motoristas sem carteira legal para tais veículos, eles não resolvem, parecendo até que "é coisa feita".

No caso do acidente com duas vítimas fatais acontecido na Augusto Montenegro, o diretor da Ctbel, em entrevista falou que as vans e micro-ônibus são irregulares, "mas não adianta a gente prender os carros, pois a própria justiça solta alguns dias depois", enfatizou. Citou que dos mais de 200 que foram levados para o curral, pelo menos 80% já foram liberados. Infelizmente o repórter não fez duas perguntinhas básicas para o diretor da Ctbel: por que a empresa não impede a circulação deles, já que é proibido por lei? e se eles insistem, por que não multá-los, como fazem com os carros comuns? É muito fácil o tal diretor dizer, talvez a mando de seu chefe, que só para a Augusto Montenegro existem 30 linhas de ônibus, " que é suficiente para atender a demanda de passageiros", quando não se sabe, através de dados reais, a quantidade de pessoas que circula naquela área, tampouco se é verdade a conversa das tais 30 linhas de ônibus, porque se realmente existissem, as vans andariam vazias. O que não acontece. O que se vê, é que com o"conchavo" que existe entre o Prefeito e as empresas, até com isenção de INSS das mesmas,é normal que a Ctbel seja orientada sempre a defender que os coletivos atendem legalmente a demanda da área.
Deduz-se que a Ctbel deve estar querendo agradar (ou agradando?) a dois senhores: aos empresários e aos perueiros, ou melhor, se você quiser pode mesmo tirar suas conclusões. Mesmo porque, com grandes se faz grandes negócios, mas com pequenos, como os perueiros, pode-se fazer negócios menores, tipo a famosa "vista grossa". Enfim, quem termina sendo prejudicado são os trabalhadores, que com o péssimo serviço dos coletivos recorre aos perueiros , que por sua vez estão ilegais, expondo os usuários a assaltos, motoristas sem a devida habilidade, muitas vezes sem responsabilidade, daí causando acidentes fatais, como o da última terça-feira. Com a palavra, o coronel da Ctbel.

UM SER NÃO TÃO LEVE,( TALVEZ UMA CARGA PESADA)

Em entrevista a um jornal da cidade, que o apóia sob todos os aspectos, devido as propagandas nas emissoras de rádio, TV e no jornal propriamente dito, o prefeito de Belém, Duciomal Costa, vomitou que será candidato a governador ou senador, no ano que vem, porque a "mercadoria do político é o eleitor". Me desculpe, seu Duciomal, mas eu particularmente não sou mercadoria de ninguem, principalmente sua, e o sr. pode ter certeza que a população da capital está de olho no senhor, nas suas irregularidades, na sua incompetência, nas obras que o sr. disse que faria e nunca fez, nos excessos de buracos nas ruas de Belém e na sua cara de pau, que ainda tem coragem de nos chamar de mercadoria .
Sou dos que acham que a política é uma necessidade, mas também que o compromisso do político, embora se tenha consciência que não é fácil se cumprir tudo que se fala em campanha, é uma obrigação dos eleitos, seja para qual cargo e de qual partido for. No caso do sr. Duciomal Costa, o que se vê é que ele não cumpre o mínimo do mínimo. Age como um verdadeiro Hobin Hood invertido, procurando defender sempre os mais aquinhoados, como no caso dos empresários de ônibus, que se sabe ganham bem e só trabalham à vista, é grana viva ao vivo todos os dias e ainda são beneficiados com isenção de impostos. Tá na cara que houve alguma contrapartida em benefício do tal prefeito, pois já que ele tá dando os impostos que poderiam ser revertidos principalmente em prol da saúde dos belenenses, deveria pelo menos exigir dos privilegiados donos de empresas de coletivos, a recuperação de todas as ruas da capital.
Acho que Duciomal já chegou longe demais. É até respeitável que ele tenha sido taxista, engraxate, cozinheiro, agricultor, dono de ótica, mas, por outro lado, até hoje tem gente que não enxerga e a maioria não engole ele ter sido um falso médico e, principalmente, um inoperante prefeito para Belém.
Com todo esse cartel negativo, que Duciomal tenha decência, respeite o eleitor como cidadão de responsabilidade, que quando vota quer o melhor para presidente, para governador, prefeito e nos cargos legislativos. Nenhum cidadão é e por isso não deve ser tratado como mercadoria, como infelizmente o prefeito tratou a todos. Os políticos, repito, são necessários e, mesmo não sendo tão leves, não podem ser tratados como uma carga pesada.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O BELO ANTONIO

Os cinéfilos - mas cinéfilo mesmo - puxando um pouquinho da memória devem lembrar de um famoso filme com o genial artista italiano Marcelo Mastroiani. Como em outros filmes, Mastroiani interpretava um homem muito bonito chamado Antonio. Porém, apesar de amado por todas as mulheres, quando chegava a hora H, não funcionava. Perry Sales, recentemente falecido, tempos depois tentou o mesmo mote num filme brasileiro com sua mulher como protagonista. Casou, no filme, com Vera Fischer e, na hora h, aparecia algo que o bloqueava e o cara não tinha jeito. Nada para ninguém.
O filme ficou famoso não por ser uma grande história, mas pela não performance de Antonio. Daí, na época, virou moda chamar-se aquilo que era grande, imponente, ou muito bonito, de belo Antonio, porque apesar de todos os adjetivos positivos, não funcionava. É o caso hoje do nosso Mangueirão. Um dos mais belos estádios do Brasil, hoje, infelizmente não funciona. Nossos clubes, principalmente os três chamados maiores, estão parados há muitos meses, e, nos famosos caça-níqueis, eles dão seu jeito nos campinhos de várzea do interior ou nos seus próprios, horrivelmente maltratados.
Os dois principais, Remo e Paysandu, sofrem pelo velho hábito de contratar jogadores sem o menor critério, as vezes seguindo os impulsos de treinadores que têm os seus preferidos aqui, ali e as vezes em plagas bem inferiores. E os xerifões quando conseguem o aval de diretorias dispensam também sem o menor critério, desrespeitando as pratas da casa e os que já deram tudo de si, ou seja, roeram a pupunha com jabá de segunda, mas mesmo assim são dispensados, "porque agora a conversa é outra".
Como admirador do bom futebol e torcedor da Tuna, fico cá com meus botões a admirar velhos recortes de jornais onde fotos me transportam a antigas decisões onde os três, Tuna, Paysandu e Remo, desfilavam craques que tinham talento e realmente tinham amor à camisa. Era a época em que ninguem queria vender seus estádios, tampouco arrendar suas equipes de futebol. E o Mangueirão não era um belo Antonio. Porque funcionava.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CONVERSA DE BOTEQUIM*

Quando os raios da manhã começaram a aparecer, sonhei.Meu saudoso amigo Ronaldo Bandeira, em um de nossos papos etílicos aparecia e tratava de todos os assuntos que gostava e conhecia: música, literatura, cinema, futebol, artes plásticas e política. O cara era fera e polemizava em todos eles, só não no futebol. Era um triste torcedor do Remo, típicos dos que torcem e sofrem (como eu pela Tuna) e sempre criticando as diretorias pelos insucessos. Bandeira era daqueles que acreditavam que os melhores papos acontecem no botequim, com uma boa cerveja e amigos que realmente se querem bem. Amigos que discutem, às vezes até alopram, mas no outro dia um liga para o outro e tudo resovido.
Lembrei de uma de nosssas últimas conversas. Observando um senhor na faixa dos seus 70 aninhos todo sagica (não tem nada a ver com o baterista), ele falou:"vou morrer assim. Alegre, falando da vida e bebendo num bar". Certa feita travamos uma polêmica, num período em que ele tinha uma coluna semanal no Diário do Pará, de onde foi editor. Dizia que o maior movimento musical brasileiro tinha sido a Bossa Nova. Era um bossanovista fantástico, louco por Nana Caymi, Nara Leão e João Gilberto. Eu, com todo o respeito, concordava em tese, afirmando que a Bossa Nova, em que pese a riqueza de ritmos, tem uma letra muito carioca e sua formação, diferente do Samba, do Tropicalismo e da MPB propriamente dita, é muito elitista, criada em um período em que os neguinhos da zona sul se reuniam em torno de muito uisque, em apartamentos de luxo, etc. Coloquei, na oportunidade, que mesmo sendo um bossanovista, o Carlos Lyra achava-a muito jazzista e descomprometida com os movimentos de esquerda que estavam surgindo, principalmente nos Centros Acadêmicos e na velha UNE do início dos anos 60. Lyra, inclusive, fez uma música intitulada
"Influência do jazz", e foi um dos que lutaram para trazer o verdadeiro Samba de Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Zé Keti e outros para o asfalto, mostrando, na época, que o pessoal que estava escondido nos casebres dos morros ou nas Escolas de Samba poderia contribuir muito para enriquecer nossa música. O que realmente aconteceu.
A noite terminou e Bandeira encontrou a solução para a contenda. "Vou te dar minha coluna da próxima semana para tu falares desse tal de Tropicalismo". Aceitei e escreví a coluna para meu querido amigo, expondo o meu amor pela Bossa Nova, pelo Samba, pelo Tropicalismo, pela MPB e... pelo Jazz. Comemoramos o resultado, obviamente, em um dos nossos botequins favoritos. Se não me falha a memória, em um "Pé sujo", como ele gostava de chamar relembrando seus tempos de Rio de Janeiro, um pequeno bar de português no centro de Belém.

*Com a licença do genial Noel Rosa , e dedicado ao meu amigo-irmão Ronaldo Bandeira.

sábado, 17 de outubro de 2009

REDUTO, UM BAIRRO E SUAS HISTÓRIAS

O bairro do Reduto, no centro da cidade, é povoado de histórias bonitas e tradições mis. Com seus prédios de antigas fábricas e indústrias, que fizeram com que em passado não muito distante fosse um dos mais chiques de Belém, o Reduto sofre com o crescimento brusco da cidade, e em contrapartida com o aparecimento de shoppings e faculdades, vê parte de sua área histórica hoje invadida por marginais,mendigos, viciados e o "trotoir" dos travestis que usam os quadriláteros de todo o bairro a partir da 20 horas até o raiar do sol, mesmo com o protesto de seus moradores que reclamam que já não têm sossego nas madrugadas de domingo a domingo.
Porém, o mais triste e lamentável no descaso com o bairro do Reduto, ´o que acontece nas imediações do coreto e de uma empresa de tintas. Centenas de elementos usam o coreto e imediações para morar, fazendo suas necessidades em via pública, misturada com a alimentação também e até atos sexuais. Homens e mulheres, jovens e muitas crianças , em verdadeiras tribos de indigentes ,perambulam por todo o dia e à noite, atacando moradores e quem necessita circular por tão importante bairro. Sujas, drogadas, as crianças saem cedo à procura de alimento, parecendo mortos vivos, causando pena e raiva a quem observa, Enfrentam adultos, assaltam e debocham, crianças que não se sabe se serão adultos algum dia, dada a violência que travam com suas vidas.
O bairro do Reduto clama por um respeito maior por parte das autoridades. Quer um policiamento mais ostensivo, porque os assaltos se multiplicam e todos sabem quem é quem. O Reduto não quer ser conhecido como o bairro preferido pelos travestis, viciados e mendigos. O Reduto quer paz. Quer viver suas histórias de bangalôs e dos igarapés das Armas e das Almas. Mas com tranquilidade

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Yeda e Feijo: novo round entre PSDB e DEM

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, do PSDB, está vivendo uma verdadeira via crucis. Depois de ser apontada em pesquisa a pior gestora estadual do País, Yeda vive agora um problema maior com seu vice, Paulo Afonso Feijó, do DEM, que prometeu falar tudo que sabe, dia 26 de outubro na CPI aberta para apurar irregularidades praticadas por agentes públicos gaúchos. Segundo Feijó, seu partido"defende investigações de quem quer que seja", numa alusão de que não vai dar moleza à governadora e falar tudo que sabe. Feijó ameaçou inclusive apresentar documentos que tem em mãos, que deixarão ainda mais a governadora em maus lençóis, embora ela já esteja com todo o povo gaúcho querendo a sua saída.
A governadora Yeda, preocupada com o que pode fazer seu vice em sua ausência, está desistindo até de viagens internacionais, o que sempre fez com grande prazer, para evitar que Afonso Feijó assuma em seu lugar. Já o vice, decidido a jogar água no ventilador, diz não estar nem aí. "Não me interessa assumir nada. Só quero a verdade".
A crise gaúcha me faz lembrar Leonel Brizola, que foi governador do Rio Grande do Sul, sua terra, embora tenha sido governador do Rio de Janeiro em dois mandatos, onde residiu depois de sua volta do exílio e se fortaleceu para sair candidato à presidência . Em l983, quando foi empossado governador do Rio de Janeiro, Brizola nomeou seu vice,o professor Darcy Ribeiro, como secretário de Educação. Indagado por vários repórteres porque de imediato estava nomeando o professor Darcy Ribeiro como Secretário, se ele era um homem que poderia sempre assumir em suas viagens, um ótimo conselheiro, ou seja, seria mais útil como vice propriamente dito. Brizola, como sempre rápido em suas respostas, foi incisivo:"meu filho, vice não faz nada. E por ter muito tempo vago, conspira. Prefiro o professor Darcy trabalhando. Taí Yeda, quem mandou tu não arranjares um trabalho para o Feijó?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FUTEBOL

Vejo com imensa preocupação o futuro de nosso futebol. Meu clube de coração passa por sérias dificuldades, e segunda notícias da Imprensa, quem vai gerenciar a "bola" cruzmaltina é um grupo que, confesso, não sei se é formado por verdadeiros cruzmaltinos ou se existe pelo menos o compromisso de não deixar a peteca cair, quando o negócio esquentar. É muito fácil se querer tocar um clube de futebol. O cidadão aparece na mídia, dando entrevistas em jornais, rádios e televisão, etc. Agora precisa-se saber se na hora de pagar os salários dos jogadores essa turma vai meter a mão no bolso. Esse filme eu já vi no Pinheirense, no Pedreira e em vários clubes. Não adianta neguinho dizer que algum clube do Pará, fora Remo e Paysandu, vai pagar salários com dinheiro de renda, não. Na Tuna isse é ficção. As rendas são pequenas, muitas vezes não dão sequer para pagr juizes, bandeirinhas e outros pagamentos. E a Federação não dá moleza pra ninguém. Não teve dinheiro para pagar as despesas, passa um cheque pessoal. Eu muitas vezes passei o meu. E chega um certo momento, que, inexplicavelmente,vasa para a imprensa que tal clube tem um cheque sem fundo e coisa e tal. Ou seja, deveu, a Federação quer receber e cobra mesmo.
Faço questão de deixar bem claro que jamais torcerei contra a Tuna, mesmo porque quem me conhece sabe o quanto sou cruzmaltino. Mas é importante que se tenha responsabilidade, compromisso para que se possa chegar lá. O diretor de futebol Fernando Chipelo sabe o quanto o tenho incentivado e, ele próprio, se diz decepcionado com os rumos que as coisas tomaram, com pessoas sendo contatadas e ele,( parecendo marido traído) sendo o último a saber.
Vou esperar e torcer para ver o resultado. Mas seria interessante que a diretoria explicasse, através da Imprensa, como será feita a terceirização, arrendamento ou parceria. Particularmente não sou a favor de nenhuma, mas se for para o bem do clube, que se faça algo. Mas às claras. Afinal, grandes beneméritos, beneméritos e torcedores cruzmaltinos querem saber como vai ser gerenciado o time de futebol da Tuna.