Estive ontem no jogo treino da Tuna Luso Brasileira com o Vila Rica. Que joguinho chato. Daqueles que não dá nem pra você prestar atenção a todos os lances, porque não teve nada de interessante, da pior qualidade.
O placar foi pior ainda: 0 a 0. O segundo consecutivo, pois na semana passada a Tuna empatou também com o Sport Belém, do técnico Zé Carlos.
Depois da fraca partida, conversando com alguns amigos cruzmaltinos, participamos uns aos outros da nossa preocupação com a equipe. Afinal faltam tipo 20 dias para a Águia estrear na competição que poderá lhe dar direito à voltar ao seleto grupo de times da Primeira Divisão do Parazão e pelo visto o time não está definido, não está concatenado. Pelo menos foi isso que todos viram em campo.
Na sede social, depois, com alguns amigos, dentre os quais o velho camarada Gerardo Monteiro e seu filho Neto, discutimos o que poderia ser feito, se falávamos com algum diretor, enfim, alguma explicação para o problema do time da Tuna.
No meio da conversa apareceu p técnico Junior Amorim. O interpelamos e perguntei o que estava acontecendo e demonstrei minha preocupação com a equipe, que havia jogado duas partidas seguidas, com times considerados inferiores, pelo menos na qualidade técnica e no investimento, e não conseguimos vencer e nem sequer fazer um golzinho só.
Amorim humildemente ouviu nossas ponderações e falou: "sou totalmente contra esses amistosos. Principalmente nesse campo que não oferece condições para ninguém jogar bem, ou seja, quem joga bem passa a jogar mal e quem joga mal passa a jogar regular". (???).
A meu ver, a desculpa do técnico não parece proceder. Pelo menos no que concerne ele ser contra os jogos-treinos e aceitar fazê-los. Tem que decidir quem comanda o time, quem decide o que fazer, porque na hora do pega pra capar, as cobranças vão ser primeiro pra ele.
Por que ele não deu a palavra final para a diretoria de futebol que o campo não oferecia condições para jogos, mesmo que fossem amistoso?
Por que ele aceitar colocar sua equipe em campo e se sujeitar até a perder um jogador pela má qualidade do campo e, por outro lado, ter um resultado adverso, como quase acontece do Vila Rica ganhar a partida?
Talvez Junior Amorim esteja apostando na estreia da equipe em um campo melhor em Parauapebas e na segunda partida, que segundo o diretor adjunto Vinícius falou a esse escriba que seria no Mangueirão.
Mas mesmo assim não justifica. O técnico é ele, e se o diretor de futebol ou o do Clube querem fazer amistosos, que façam seguindo as orientações do técnico. Se ele (Júnior Amorim) não contrariar a diretoria, que agente as consequências.
O que se viu foi um time totalmente desarticulado dentro de campo, com o meio de campo perdido e o ataque pior ainda. Jogadores do nível de Flamel e Jaime sem render e fazendo jogadas na base da vontade. Quer dizer, o campo pode ter uma influencia, mas tem outras coisas que precisam ser revistas e corrigidas.
E a minha preocupação, como creio que a da maioria dos torcedores que estavam no Souza, é com o pouco tempo que falta para a estreia da Tuna. Será dia 06 de Outubro, em Parauapebas. Esse campeonato da Segundinha, que na verdade é um torneio de três tiros. Perdendo a primeira, a responsabilidade aumenta e terá que vencer as duas últimas.
O alerta foi dado. É importante que Júnior Amorim não mais aceite fazer esse tipo de amistoso no Souza, pois a meu ver se aceitar a responsabilidade será dele. Não adianta chorar o leite derramado depois. O que tiver que ser feito, tem que ser agora. Antes do início de tudo. São cinco edições do Parazão que não participamos. Ninguém aguenta mais. A Tuna tem história, tem nome. Tem que entrar pra vencer. Pra fazer média não dá mais. Chega de sofrer!