sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

NOSSO ADEUS AO MÁRIO MANGAS

Mário Mangas, com Ismar Araújo, Del da MUC e este escriba em jogo em Castanhal
A nação cruzmaltina, parentes e amigos foram surpreendidos com a notícia do falecimento, no dia 18 de Janeiro, de nosso companheiro e amigo Mário Luiz Mangas.
A surpresa foi maior porque Mário não estava doente, disputou em Dezembro passado uma eleição à presidência da Tuna, quando mostrou muita euforia e vontade de vencer, não mostrando qualquer tipo de preocupação com saúde. Inclusive semana passada falamos pelo zap sobre a saúde de sua mãe, que estava no CTI, quando estimei melhoras à ela.
O fato é que de repente perdemos o Mário. Estamos tristes, muito abalados pela significante perda do amigo,  do colaborador e apaixonado cruzmaltino.
No curto espaço, tipo 11 anos, em que voltou a frequentar a Tuna com sua família, Mário Mangas só fez amigos. Conciliador, apoiador nos esportes amadores e no futebol,  Mário Mangas fez seu nome rápido e passou a ser um dos importantes membros da Confraria da Tuna, grupo de amigos que se reúne aos sábados e que participa de todos os movimentos em prol do engrandecimento da Tuna.
Foi assim que há alguns anos, após disputar uma eleição com o também falecido companheiro GB João Rito, Mário acenou para que ajudássemos a Tuna em qualquer esporte amador. Em reunião na própria Confraria, optamos por apoiar a Garagem Náutica. O presidente eleito nos procurou e pediu que fôssemos além da ajuda, ou seja, a gente assumisse a Diretoria Náutica, que seria uma maneira de mostrar nosso maior apoio a Clube. Juntamos todos novamente e decidimos que um de nós seria o Diretor Náutico. Conclamei que fosse ele ou o Gerardo o Diretor. Gerardo disse que não poderia porque viajava muito, mas poderia ficar como Diretor Adjunto. Mário disse que não ficava como diretor porque não ia ter tempo e  que teria que ser eu, porque já tinha sido presidente e sabia como funcionava a garagem, etc. Aleguei que era conversa, mas em nome deles e de todos os membros da Confraria, que prometeram ajudar (e ajudaram), aceitei. Assumimos os três a Diretoria Náutica e, modéstia à parte, fizemos um trabalho valoroso e que só engrandeceu a gestão e estreitou mais nossa amizade.
Aos sábados era compromisso fechado ele, com sua esposa Andrea e vez por outra o filho Joaquim, irem à Confraria. Muitas vezes chegavam cansados, porque tinham sempre às sextas, compromisso com a Loja Maçônica. Mas estava sempre lá.
Mário Mangas, de todos os cruzmaltinos que eu conheço, convivi e convivo, foi sem dúvida um dos maiores baluartes. Sem ser diretor e nem mesmo conselheiro, já que o Conselho nunca se preocupou em colocá-lo como um dos seu membros, apesar de tantas vagas que existiram  e ainda existem e são preenchidas por não cruzmaltinos. É um fato lamentável, porque ele sempre participou ativamente de tudo na Tuna. Colaborou com setores que vão da Garagem Náutica ao Futebol, passando por Futsal, Futebol Feminino, Social. Mesmo com todo seu trabalho,  ninguém, nenhum presidente do Cube ou  do Conselho teve a feliz ideia de convidá-lo a ser Conselheiro. A meu ver, se tivesse sido, Mário teria se empenhado e até ajudado  muito mais.
Quantos movimentos nós da Confraria idealizamos e fizemos para ajudar o Futebol Profissional, a Garagem Náutica, o Futebol Feminino, o Social? Dezenas. Para isso, era necessário alguns membros da Confraria reunirem e saber quem ficaria responsável pela arrecadação. Para o Mário sempre sobrava um ou mais brindes. E sempre se prestava a colaborar. E que eu saiba, nunca pediu nada em troca.
Seu desejo era sempre ajudar a Tuna. Qualquer setor. Se é para melhorar a Náutica vamos fazer um sorteio. "Que tal uma rifa", sugestionava. "Eu dou uma TV e o Marcos Moraes faz as cartelas", definia e estava feito.
Nós da Confraria, as meninas do futebol feminino, o pessoal da Garagem Náutica, a Diretoria Social, todos devem muito ao coração e ao cruzmaltinismo de Mário Mangas. Não era de muita conversa, se era pra fazer, vamos fazer. As feijoadas da Garagem Náutica, umas cinco que fizemos, todas de pleno sucesso, ele garantia sempre os prêmios e o trabalho dele, da esposa Andrea e dos filhos Joaquim e Juliane.
Adeus Mário Mangas. Confesso que fiquei tão contagiado, que mudei de cor quando soube de sua partida. Veio à minha cabeça toda a nossa luta para ver nosso clube subir; a nossa garra nos campos de futebol, de Belém, do interior;  nosso sofrimento de tunantes já cinquentões, sessentões mas torcendo no campo como adolescentes, misturados com os jovens da MUC e de torcedores mais jovens que nos enxergam  como veteranos.
A nossa Confraria está menor. Se foi o companheiro Mário Mangas. Nossa torcida ficou desfalcada de um grande torcedor. A Tuna Luso Brasileira perde um grande benfeitor, um colaborador dos mais ilustres e dos mais importantes. Nossos papos, as longas conversas, não terão mais o conciliador, a tranquilidade e o sorriso simpático do companheiro e confrade Mário Mangas.
Mas é importante que se diga: Mário Mangas estará sempre presente em nossas vidas, na vida da Tuna, com sua luz, sua paixão e sua extrema grandeza espiritual. 

P.S.: No dia de seu enterro, passei cedo defronte à Tuna e mesmo triste, tive um momento de alegria . A  bandeira da gloriosa Águia do Souza estava hasteada em meio pau. Parabéns à diretoria que com o gesto, reconheceu a grande importância do associado, torcedor  e grande colaborador Mário Mangas à nossa querida Tuna Luso Brasileira.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

LEMBRANDO CHICO BUARQUE

Na MPB gosto de dezenas de artistas, entre compositores e cantores. Um dos que mais me fascina com sua vasta e rica obra é Chico Buarque.. Há anos procuro saber tudo sobre sua obra através de livros, jornais, revistas e até histórias. Uma das histórias sobre a obra de Chico que muito me fascinou tomei conhecimento no livro Histórias de Canções, do jornalista e escritor Wagner Homem. 
É sobre a bela "O que será", que Chico fez sob encomenda do na época jovem cineasta Bruno Barreto para o filme "Dona Flor e seus dois maridos". Confesso que ficava intrigado porque tenho o LP "Meus caros amigos", original de  1976, em que Chico interpreta com Milton Nascimento, mas com uma letra diferente da que interpreta com o mesmo Milton no LP "Geraes".  
Na interpretação de Chico e Milton do LP "Caros amigos", a canção além do título "O que será" (que deveria, a meu ver ter uma interrogação), aparece um sub título "À flor da terra". E começa assim:

O que será que será, 
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas 
Que anda nas cabeças, anda nas bocas ...

Já na interpretada também com Milton no LP "Geraes" ela ganha também além do "O que será" outro sub título, "À flor da pele", e uma letra diferente, que começa.assim:

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos e me faz atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
E que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar....

A fantástica cancão de Chico Buarque ganha ainda uma terceira versão cantada principalmente na abertura do filme de Bruno Barreto, cujo começo da letra é esse:

O que será que lhe dá
O que será meu nego, será que lhe dá
Que não lhe dá sossego, será que lhe dá
Será que o meu chamego quer me judiar
Será que isso são horas dele vadiar
Será que passa fora o resto do dia
Será que foi embora em má companhia
Será que essa criança quer se agoniar
Será eu não se cansa de desafiar
O que não tem descanso, nem nunca terá
O ue não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

(Notem bem, que na interpretação no LP Geraes, ele diz "será que me dá", enquanto na terceira versão ele diz "será que lhe dá")

Uma canção, três títulos e três letras. Não completamente diferentes, ambas com algumas conotações e palavras similares. Porém,.todas com um sentido poético, político e humano que marcam com uma perfeição bem própria a obra desse gênio chamado Chico Buarque de Holanda.


VIVA! TUNA DE VOLTA ÀS REGATAS

Soube hoje, embora não possa ainda garantir se é verdade, que a Tuna está preparando uma boa equipe para disputar o Campeonato Paraense de Remo 2018.
Primeiro tive uma conversa com o Caxeado, presidente da FEPAR na sexta feira e ele me garantiu que foram feitas várias transferências de atletas para a Tuna, o que já demonstra que "esse ano não vai se igual aquele que passou", quando não participamos de nenhuma das cinco regatas. 
A notícia que soube hoje diz que a Tuna já fez mais de 10 transferências de atletas, o que confirma as palavras do Caxeado, e que tudo indica que vai brigar pelo título.
Como sou apaixonado por regatas e sempre me fiz presente às disputas quando a Tuna participava, fiquei alegre e otimista. 
Também ontem estava esperando a visita do Heronides Júnior, diretor náutico da Tuna, que falou que iria comigo. Como ele não veio e por isso não conversei nada com ele -que é a pessoa mais indicada para falar sobre o assunto-, não posso garantir nada sobre quantos atletas já tem registro no clube, mas só em ter a possibilidade de participar, nem que não ganhe muitos páreos,  já é alguma coisa.
Espero que tudo se organize e a Tuna volte às regatas para alegria nossa, que somos amantes da Tuna e desse belo esporte onde a nossa Águia sempre se destacou.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

2018 TEM QUE SER O ANO DA TUNA!

Primeiro de Janeiro aÉm do Dia Mundial da Confraternização Universal, é também aniversário da Tuna Luso Brasileira. Quer dizer, ontem a gloriosa Águia do Souza, que foi fundada em 1903, completou 115 anos. Será um mês inteiro de muita festa.
Não vou aqui mais uma vez enumerar os feitos históricos da Tuna em sua longeva vida. Os que acompanham a vida social e esportiva de Belém, do Pará e do Brasil sabem que a Tuna fez uma belíssima história nestes dois setores, realizando importantes e inesquecíveis bailes dançantes e carnavalescos em seus salões e em sua boate (a primeira de Belém) e ganhando títulos em todos os esportes, do Tiro ao Alvo ao Handebol, passando pelo Basquete, Vôlei, Natação e onde ganhou os mais belos títulos: o Futebol Profissional, sendo a primeira equipe do Pará e do Norte a ganhar um titulo nacional, a série B, em 1985. 
Prefeito falar da Tuna de agora, de 2018. Da Tuna que ainda tem torcedores e associados esperançosos por uma guinada de sua diretoria, proporcionando uma metamorfose nos seus Departamentos Social e Desportivo.
Por que eu falo metamorfose?  Porque a Tuna já vem há alguns anos sem conseguir vitórias e consequentemente títulos em seus esportes amadores, como também, á há quatro anos não disputa o  
Campeonato Paraense de Futebol.
Para quem não torce pelo clube pode até achar natural, mas para o torcedor, aquele da arquibancada, aquele que sofre, que chora, mas que não abandona as cores da Águia, isso é triste, às vezes desesperador, porque, para quem não sabe, o torcedor tem necessidade de ver sua equipe disputando títulos. Pode até empatar, perder, mas o torcedor quer viver seu time. Falo de cátedra porque eu sou assim.
Portante senhor presidente João Rodrigues, que eu considero e respeito  -mas que até o presente, como vice presidente e como presidente em seu primeiro mandato não conseguiu fazer a Tuna voltar a brilhar nos esportes amadores e no Futebol Profissional-,  faça este ano o impossível para que a Tuna mostre boas equipes, competitivas nos esportes amadores, como na Natação, no Vólei, no esporte Náutico e, principalmente, nas categorias de base do Futebol, que é onde sua torcida mais vibra.
Na verdade não é muito fácil o sucesso no Futebol profissional  na situação em que a Tuna se encontra, a Série B.  Quem conhece futebol e tem noção real da coisa sabe muito bem disso. A concorrência é muito grande. Porém, é bom lembrar que  2018 é ano da reunião do Conselho Técnico da FPF. Logo, é importante que a diretoria da Tuna lute fortemente para que seja mudado o critério de acesso e decesso dos times da capital, principalmente as equipes centenárias que, a na visão de muitos amantes do futebol e até cronistas,  não deveriam passar pelo vexame de cair e lutar para subir.
Lógico que isso não será uma tarefa muito fácil. Talvez tenham que ser feitos lobbies. Mas tenho certeza que Remo e Paysandu têm interesse da volta da Tuna e também dessa proteção às três mais importantes equipes de nosso futebol.
Já conversei com algumas pessoas sobre o assunto. Creio que os dirigentes da FPF têm simpatia pelo preto, que poderia funcionar á em 2019. 
O presidente João Rodrigues tem muitas tarefas importantes para os esportes da Tuna este ano. Mas tenho certeza que uma delas será A DE Lutar pela volta da Tuna através da decisão do Conselho Técnico ou, se por acaso não vingar,  fazendo uma equipe forte, com uma diretoria de futebol competente e comprometida, para a nossa Águia voltar a brilhar, para felicidade nossa.