sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Geraldo Azevedo Chorando e Cantando


Essa canção é uma das mais lindas da moderna música brasileira. Geraldo Azevedo estava danado de inspiração quando escreveu este rico poema e colocou melodia ainda mais linda. Chorar e cantar ao mesmo tempo, o côncavo e o convexo, excesso de felicidade, uma tristeza que emendou com uma alegria, coisas mais ou menos assim.
Geral chegou no Rio no mesmo Fusca de Zé Ramalho e de lá pra cá não parou de fazer coisas lindas, como Dia Branco, outra pérola, primeiro na voz de Amelinha, depois eternizada por Elba e pelo próprio Geraldinho.
Geraldo é pernambucano, e mesmo com 40 anos de Rio de Janeiro ainda canta com o sotaque  alegre e genuinamente da terra de Ariano Suassuna.
Ouçam a beleza, o lirismo e a poesia de "Chorando e cantando" e sintam a paz  que a voz e o violão de Geraldinho passam para quem sabe curtir tão linda melodia. É presente do Blog.

Por que Aleilson não vai jogar?

Pelo que tenho conversado, são muitos os torcedores do Paysandu que não entenderam a razão do jogador Aleilson não ter sido relacionado para o jogo de amanhã da equipe bicolor com o Bragantino. O jogador está em forma, vinha jogando pelo Paragominas e, sinceramente, eu também não acredito que os dirigentes do Paysandu não tenham conseguido regularizar o atleta a tempo dele viajar para  São Paulo.
Torcedores opinam que pode ter sido obra de Arturzinho o jogador não ter sido relacionado para esse jogo. Como não foi indicação sua, é perigoso -também acho muito perigoso!- que o técnico não tenha se interessado, ou seja, não tenha tido empolgação, de levar o marabaense que, sem sombra de dúvidas, é o melhor atacante paraense em ação em nosso futebol e com certeza poderia ajudar muito o time bicolor.
A situação do Paysandu é das mais dramáticas, pois se não vencer essa partida contra o Bragantino, suas chances de permanecer na Série B serão ainda mais remotas, ou melhor, remotíssimas. Por isso, um atacante com a qualidade de Aleilson seria de grande utilidade para o time pontuar e melhorar sua situação na tabela.

Estrela do Vasco é do Tocantins

O melhor jogador do Vasco ontem, no jogo com o Nacional de Manaus, em que o time cruzmaltino venceu por 2 a 1, pela Copa do Brasil, foi o jovem Marlone, um garoto alourado, de 21 anos, que veio da base da equipe, e ontem em São Januário, mostrando grande personalidade, foi a principal figura em campo.
Marlone: do Tocantins para o Vasco da Gama
Johnath Marlone Azevedo da Silva, o Marlone, nasceu no estado do Tocantins, na cidade de Augustinópolis. Chegou na base do Vasco com apenas 13 anos, portanto há oito anos, e desde aí passou a sonhar com o grande dia em que seria titular do time cruzmaltino.
Após boas temporadas no juniores, Marlone estreou como profissional no dia 6 de Outubro de 2012, contra o Atlético Goianiense, na qual o Vasco venceu por 1 x 0 gol de Juninho Pernambucano. 
Ontem, Marlone foi o autor do primeiro gol do Vasco, e mostrou ao técnico Dorival Júnior que tem tudo para ganhar a vaga de titular no ataque da equipe. Marlone se movimentou pelas pontas, pelo meio, driblou, deu passes e contagiou os vascaínos que foram à São Januário.
Mostrou que é um jogador futuroso, que tem habilidade.e personalidade. Marlone tem também o incentivo e a cobrança de um grande craque, que é uma espécie de seu conselheiro no time do Vasco.Juninho Pernambucano.
Querido por todo elenco e amado em sua cidade, Augustinópolis, no Tocantins, Marlone hoje é a maior personalidade do município, que com certeza ontem parou para ver o filho ilustre entrar como titular do Vasco, fazer o primeiro gol da equipe e ser ainda um dos melhores em campo.

"Forças ocultas" ou "Até tu, Brutus?"

Aviso aos Navegantes (e seguidores:

Não foi surpresa para este escriba o informe que me repassaram ontem quase já no final da tarde. Segundo a fonte, que garanto é das mais fidedignas, o presidente da Tuna, que estava correndo atrás de um candidato para lhe substituir, já se rendeu às "forças ocultas" e já declarou que vai apoiar seu vice presidente, Eduardo Gonçalves, embora há pouco mais de um mês tenha declarado ao próprio escriba, que o "Eduardo não tem condições de ser presidente da Tuna".
Como se vê, a história presente da Tuna está ficando pior, mostrando uma realidade para os cruzmaltinos cada vez mais complicada e triste, com candidatos descomprometidos, como o atual gestor, que em cinco anos fez um amontoado de tolices,  e seu vice, que mesmo discursando que é contra o que seu presidente faz -como por exemplo: ele próprio usar cartão na movimentação da conta bancária da Tuna-, ao frigir dos ovos,  todos se unem, nem pensam no presente e no futuro da nossa querida Águia do Souza.
Acreditamos que muita água ainda poderá rolar, que o diga o Benemérito Raimundo Barata, que diz estar candidatíssimo e hoje jura de pés juntos que está arrependido de tudo que fez pela atual gestão (inclusive agredir com palavras e provocar os amigos da Confraria da Sauna).

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

FEPAR realiza curso para árbitros de remo

Promovido pela Federação Paraense  de Remo (FEPAR), começou hoje o Curso para Árbitros de Remo. O curso, segundo o presidente da FEPAR, Luizomar Costa, é para qualificar, além de aumentar o número de árbitros que trabalham nas regatas.
O curso terá a duração de 20 horas, divido em três dias, tendo iniciado às 13h e finalizando às 19h  hoje e amanhã e no sábado começando às 8h e finalizando às 16h.
Para o evento, que está acontecendo na Faculdade Estácio de Sá (FAP), o presidente Luizomar Costa trouxe a árbitra internacional Magali Cavalcante de Souza, que será a palestrante.

Mengão surpreende e bate no Cruzeiro

Confesso que não esperava que Flamengo e Botafogo se encontrasse nesta Copa do Brasil. Sinceramente, vejo o Flamengo como um time que não sai do lugar. Mas, de repente, a equipe dirigida por Mano Menezes surpreende e joga uma bola bem redondinha e escancara uma vitória em cima do quase imbatível time do Cruzeiro. Pior que o Mengão bateu no time mineiro e, de quebra, alguns atrapalhados torcedores do Clube das Alterosas que foram ao Maracanã e resolveram provocar a torcida do Mais Querido, ainda tiveram a tristeza de ficar algumas horas "guardados" numa delegacia.  Quem manda!
Bom, mesmo que não esperasse a surpreendente vitória do Flamengo sobre o Cruzeiro,  certamente é muito mais vibrante ver um jogo do excelente time do Botafogo com um Flamengo que quando acerta faz bonito, como ontem, que com qualquer outra equipe do Brasil. Mesmo porque, Botafogo e Flamengo é um dos maiores clássicos do futebol brasileiro.
Pena que somente um deles poderá chegar à final, pois o ideal era que eles fossem finalistas.

Saúde de Belém está doente e sem Secretário

Se a saúde de Belém está cada vez mais doente, pior está a situação do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, depois da renúncia de seu segundo secretário de Saúde, Yuji Ikuta, que com menos de três meses à frente da Sesma tomou o mesmo caminho de seu antecessor, Joaquim Ramos, entregando o boné sem explicação.
Ikuta renunciou na terça-feira, mas já estava impaciente e desgostoso com a função, apesar do pouco tempo na gestão da Sesma. As constantes denúncias, inclusive nas televisões e à nível nacional, mostrando o caos na saúde e Belém, com os PSM da 14 de Março e do Guamá em situação desesperadora, vinham deixando o secretário tenso e com a paciência esgotada.
Por causa disso ninguém quer assumir a Sesma
Em meados do mês que está finalizando, todo o Brasil assistiu na TV reportagem que mostrava a péssima situação da saúde municipal, com pessoas morrendo nos Postos de Saúde, nos PSMs do Guamá e da 14, com adultos e crianças em situação de desespero, já que faltavam leitos, remédios, gazes, até dipirona, que os funcionários e parentas dos doentes tinham que comprar.
de e nos corredores dos
Yuji Ikuta ainda chegou a ir na televisão e explicar que estava tramalhando no sentido de resolver os problemas. Mas não teve jeito, como Joaquim Ramos, que saiu por se sentir impotente para resolver o caos na saúde que o Dudu deixou e o Zenaldo não abre a boca para denunciar, Ikuta resolveu entregar o boné enquanto não está sendo crucificado.
Agora Zenaldo procura um médico corajoso, que tenha peito para enfrentar a doente saúde de Belém, que tudo indica, principalmente pelas renúncias dos dois secretários, está sem projeto, portanto sem solução. 
População de Belém e dos municípios vizinhos rezam para que venham logo os médicos cubanos, pois só assim sentirão pelo menos um pouco de alívio, já que nem para assumir a secretaria de Saúde tem médico, imagine para atender nos PSMs e nos postos....

No Paysandu caldeirão está prestes a explodir

Já era esperada a reação dos torcedores do Paysandu, praticamente esgotados pela situação que o time vive hoje na Série B. Todo torcedor é apaixonado, e com uma pontuação ínfima na tabela, com apenas 15 pontos e já há várias rodadas na zona de rebaixamento, o caldeirão só poderia estar a ponto de explodir.
Depois dos protestos, com os torcedores mais na paz, gostei da conversa de Arturzinho com os torcedores. Já postei aqui que ele tem um bom papo, quando quer ser simpático sabe ser, mas como técnico não está conseguindo fazer nada com o fraco time bicolor.
O Paysandu, além de não conseguir jogar bem, não consegue também fazer gols, e para completar ainda "prega" no segundo tempo, o que mostra perfeitamente que não está havendo um entrosamento no trabalho de técnico e preparador físico.
De quem é a culpa disso? Com certeza vai sobrar para o Vandick, mas enquanto ele não está "mal na foto" com a torcida e com a Imprensa, vai resvalar no técnico, que é o Arturzinho..
Penso, só para finalizar esta postagem, que Arturzinho não vai aguentar mais duas derrotas. Vai cair e, podem anotar, é perigoso a diretoria, "numa sinuca de bico", vai chegar à conclusão de que o mais correto é trazer o velho Lecheva de volta.
Pelo menos se for para lutar para lutar para não cair, Lecheva tem cancha suficiente para isso. Ano passado, pegou o Paysandu na maior pindaíba. E ao final resolveu o problema: conseguiu classificar o time para a Série B, sonho que os bicolores já acalentavam há mais de cinco anos. Então...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Vitinho, mais um jovem talento que se vai

É sempre assim. Basta uma equipe brasileira se afinar, jogar bem, vencendo e agradando sua torcida e aos amantes do bom e belo futebol, que começam a sofrer com assédio de seus jogadores, principalmente os mais jovens, culminando sempre com a saída destes para equipes do exterior.
Aconteceu com o Santos, em 2010, com o Fluminense, ano passado e agora com o Botafogo. O jogador Vitinho, meia do Botafogo, a meu ver uma das grandes revelações do nosso futebol, com apenas 19 anos, já deixou praticamente a equipe da Estrela Solitária. 
Vitinho não quis papo e voou ontem para a Europa
A diretoria, que alguns torcedores acusam como a grande culpada por não resolver a situação do jogador, renovando seu contrato e dando-lhe um aumento dentro do que ele representa na equipe pelo seu futebol, alega que Vitinho saiu sem o aval da diretoria. "Não se trata de uma venda consensual", disse Chico Fonseca, vice-presidente de futebol do Botafogo. E completou: "ele está sendo levado".
No caso, quem está levando Vitinho é seu empresário, que negociou, na calada da noite, o jovem atleta com o CSKA de Moscou. Ou seja, convenceu o jogador da proposta e ele, de origem humilde, logicamente foi seduzido pelos milhões que não recebe no time carioca.
Fonseca garante que fez o impossível para Vitinho ficar, ao contrário do que está sendo mostrado nas redes sociais. "O Botafogo fez o possível para segurar Vitinho. Ele estava irredutível, disse não, não e não".
O Botafogo em 2013 está fazendo uma das melhores campanhas dos últimos anos na Série A do Brasileiro. Tem (ou teria) todas s chances de figurar na Libertadores do próximo ano e até ganhar o título nacional. Agora sem Vitinho, muita coisa tende a mudar, embora muitos acreditem que o jovem atleta não fará tanta falta. 
Na opinião de Seedorf, o maestro da equipe alvinegra e que sempre foi tipo um protetor de Vitinho no time, o jovem talento revelado pelo Botafogo, fará sim, muita falta ao Fogão.
O X da questão é que as equipes brasileiras têm, na realidade, que cuidar de seus jovens jogadores, dando-lhes condição para que permaneçam nas equipes que lhe revelaram e, consequentemente, no país. Enquanto n]ao acontecer uma cultura de valorização, como o Santos fez com Neymar e ganhou dinheiro com ele, muitas atletas jovens ainda vão quase de graça para fora do Brasil.

Eleições na Tuna podem ser antecipadas

Aviso aos navegantes (e seguidores):

Corre à boca miúda (e graúda, também) que cruzmaltinos de boa cepa, estão se arrumando e conversando no sentido de propor ao presidente do clube uma renúncia antecipada, tal qual fez o mandatário remista. É que com a situação que ora o clube vive, com penhoras, salários atrasados, a sede e a equipe náutica completamente abandonadas, e como ainda restam cinco meses para o final do atual mandato, a tendência é a situação até dezembro ficar praticamente insustentável. Sem planejamento, sem planos e completamente abandonado pelos seus ditos diretores, o presidente navega por mares conturbados. 
Outra preocupação que acontece com a Tuna está no futebol. Prestes a começar o mês de Setembro, ainda não existe um time para a disputa da Primeira Fase do Parazão 2014. Torcedores temem, inclusive, que a Tuna demorando a formar um time, tal qual aconteceu ano passado, a equipe Lusa não se classifique e passe mais um ano sem disputar campeonato.
Na conversa, a primeira proposta seria a formação de um Grupo de Trabalho, tipo uma comissão,  que ficaria até o final da atual gestão, e na segunda hipótese a antecipação das eleições. É importante, em qualquer uma das situações, que o presidente esteja totalmente de acordo, entendendo, inclusive, que a decisão é em prol de tentar solucionar os problemas da Tuna.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Contusões obrigam meia Deco a parar

O luso brasileiro Deco anunciou ontem sua aposentadoria no futebol. Uma pena, Deco ainda tem gás e talento pelo menos para mais dois anos. Porém, as sucessivas contusões que o afetaram na carreira, principalmente nestes quase três anos de Fluminense, anteciparam a decisão do jogador.
Passei a me interessar pelo futebol de Deco depois que conversei com a deputada Manuela, portuguesa que esteve no Brasil em princípios da década passada. A deputada, em conversa com este escriba por mais de uma hora, mostrou ser grande conhecedora e amante de futebol, e detalhou o talento de Deco, chegando a compará-lo a grandes jogadores como Eusébio, para mim o maior jogador português. 
Deco: talento e liderança dentro de campo
E tinha razão. Deco foi realmente um excepcional craque. Brilhou no Clube do Porto, na Seleção portuguesa, no Barcelona, no Chelsea e Fluminense, onde encerra, a meu ver precocemente, uma bonita e vitoriosa carreira.
Na última quarta-feira, contra o Goiás, pela Copa do Brasil, Deco ainda jogou alguns minutos, que podem ter sido os últimos de sua carreira de jogador.
No total foram 17 anos de carreira, em clubes de expressão mundial. Ele ainda disputou duas Copas do Mundo pela Seleção portuguesa. O jogador, que começou no Corinthians,  chegou ao Fluminense em 2010, sendo campeão brasileiro duas vezes, além de ter ganho o Campeonato Carioca do ano passado. Deco tem 36 anos e já havia anunciado a intenção de parar no fim deste ano.

Para Puty, fuga do deputado tem dedo tucano

A fuga do senador boliviano que custou o cargo ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, não foi obra individual de um destemido diplomada brasileiro, mas uma ação organizada pela direita com apoio de setores conservadores do Itamaraty, que mantêm estreitos laços em questões políticas e econômicas, como o boicote aos governos socialistas e a defesa intransigente do agronegócio. 
A avaliação é do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que participou de uma missão oficial à Bolívia, em março, onde conheceu os três principais personagens envolvidos na trama: o então embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, que patrocinou a aceitação brasileira ao pedido de asilo político do senador, o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que afirma ter organizado sozinho a fuga do político, e o próprio senador oposicionista Roger Pinto, que viveu 545 dias na embaixada brasileira na Bolívia. 
“Esta foi uma ação sem precedente na história da diplomacia brasileira. Como pode um diplomata patrocinar a fuga de um criminoso comum, à revelia do governo brasileiro, escondido do governo boliviano e com o apoio explícito da direita brasileira, que já o aguardava na fronteira do país?”, questiona Puty.
Para ele, é inadmissível que o Brasil, que não aceitou o pedido de asilo político do ex-agente da CIA, Edward Snowden, corra o risco de colocar em xeque as relações com um país amigo para ajudar um criminoso comum como Roger Pinto. “Pelo que consta, o Brasil não reconhece a Bolívia como um governo de exceção. Portanto, essa ação foi um atentado à soberania boliviana que precisa ser punida exemplarmente”, acrescentou. 

Missão oficial
O deputado foi à Bolívia acompanhado de outros quatro colegas que, como ele, atuavam na CPI do Trabalho Escravo. Em visita à embaixada brasileira em La Paz, se surpreenderam com a presença de Roger Pinto. “Ele usava a embaixada como escritório particular para fazer oposição ao governo de Evo Morales. Recebia colegas do partido e concedia entrevista livremente”, relembra. 

Puty ficou muito impressionado também com a postura de Biato e Sabóia que, a despeito das excelentes relações bilaterais entre Brasil e Bolívia, tratavam aquele país com total desrespeito. “Eles falavam sobre a Bolívia, os bolivianos e o Evo com tanto preconceito que o jantar de recepção à nossa delegação terminou em bate-boca”, recorda ele, ressaltando a cumplicidade ideológica entre diplomatas e senador. 
Para o deputado, a aceitação do pedido de asilo político, patrocinada por Biato, foi um erro que, desde então, tem gerado desconforto na relação Brasil e Bolívia. Pressionado, o Brasil decidiu transferir Biato para a Suécia, em junho passado. Saboia, então, passou a responder como embaixador em exercício. 

Voz do agronegócio
Proprietário de terras na fronteira com o Acre, Roger Pinto é o principal porta-voz do agronegócio no país. Governou o departamento de Pando, quando acumulou processos por desvios de verba, favorecimento a jogos ilegais e venda de terra pública para estrangeiros. Depois, elegeu-se senador pela Convergência Nacional e passou a líder um bloco de partidos conservadores no parlamento. 
Desde que ingressou na carreira política, teve um aumento 290% em seu patrimônio avaliado, hoje, em US$ 1 milhão. Condenado por dano econômico ao país mais pobre da América do Sul, pediu asilo político ao Brasil, em maio de 2011. Em junho, teve a solicitação acatada pelo Itamaraty e se dirigiu à embaixada brasileira em La Paz, onde permaneceu por 545 dias, até a fuga para o Brasil.
De acordo com o portal do Governo da Bolívia, além da condenação, o senador responde a quatro processos por corrupção, além de outros dez por crimes comuns: calúnia, difamação e desacato à autoridade. O governo boliviano garantiu que o episódio não irá afetar as relações da Bolívia com o Brasil, mas o Ministério Público do país já estuda pedir a extradição de Roger Pinto. 

Fuga espetacular
Roger Pinto deixou La Paz em carro oficial da embaixada brasileira, na companhia de Saboia. Atravessou a Bolívia e despistou a imigração até cruzar a fronteira. Em Corumbá (MS), foi recebido pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que o acompanhou até Brasília, de avião. 
À imprensa, Saboia afirmou ter tramado sozinho a operação, motivado por questões humanitárias, já que o senador sofre de problemas renais e apresentava quadro de depressão, devido à privação de liberdade e ao afastamento da família, que vive no Brasil. 
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro demonstrou surpresa, prometeu apurar o caso e convocou Sabóia para prestar esclarecimentos nesta segunda (26). Em nota divulgada no domingo (25), afirmou que abrirá inquérito e tomará as medidas administrativas e disciplinares cabíveis. 
Na noite desta segunda (26), a presidenta Dilma comunicou a demissão do ministro Antônio Patriota. No lugar dele, assume Luiz Alberto Figueiredo Machado. Diplomata de carreira, ele foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e atuava com representante do Brasil na ONU.(De Brasília, por Najyla Passos).

Não pipocas, mas bananas aos macacos

Neste mundo de médicos protestando contra a vinda de médicos, cujo "único crime" é querer salvar vidas de pobres brasileiros, uma cena que este escriba presencia todas as manhãs, no horário de minha caminhada, me faz refletir e chegar à conclusão de que nem tudo está perdido: ainda existe gente boa, com humanidade, solidariedade, pessoas que compartilham sua felicidade pessoal com os outros. Inclusive com os animais.
O cidadão tem mais ou menos 70 anos. Todas os dias, pela manhã, religiosamente ele leva um cacho de bananas, divide todas por dois e dá aos macaquinhos, de um em um, numa festa que faz o pessoal que caminha no Bosque Rodrigues Alves parar e assistir à bela cena. Carros param, alguns fotografam a confraternização entre os macaquinhos, que felizes, como pessoas, pegam a banana da mão do anônimo senhor, retiram a casca e comem num verdadeiro banho de felicidade.
O mais interessante de tudo, é que logo cedo, ficam dois ou três macaquinhos na expectativa do bondoso senhor chegar. Ficam olhando para os lados, e quando o senhor chega eles se afivelam, querendo um tomar a frente do outro, numa briga pela banana, que se acaba em poucos minutos.
Na expectativa de ganhar bananas todos os dias...
Já contei 22 macaquinhos juntos, numa gritaria, parecendo crianças recebendo balinhas; uns passando por cima dos outros; alguns espertos pegando a banana duas vezes e, até os retardatários, que ao final da divisão, ficam olhando para os lados na esperança de que possa ter sobrado pelo menos um pedacinho de uma. Existem os que levam dois pedaços e dividem, não sei se com a companheira, com o filho ou com o amigo.
O senhor me confidenciou que compra bananas nos finais de semana. Dá um jeito no seu orçamento para que nunca falte o produto da festa dos macaquinho.
O amigo dos macaquinhos pediu para que não divulgássemos seu nome, porque com tantas leis de defesa de animais, é perigoso ter uma que proíbe que se dê ao macaco o que se imagina ser o mais popular .seu mais predileto alimento: a banana. Por via das dúvidas...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Muito estranho. Estranhíssimo! Garota Verão da Tuna foi lançada no Grêmio

Durma-se com um barulho desses: ontem, só por volta das 15 horas foi que o presidente da Tuna e sua diretoria composta de três diretores (os outros 11 ficaram no Grêmio, em suas casas ou só vão ao clube quando lhes interessa) chegaram à sede do clube. O presidente, estranhamente, estava desde as primeiras horas da manha, na sede campestre do Grêmio Literário Português, onde foi para o lançamento da Garota Verão da Tuna Luso Brasileira. É isso mesmo. A Garota da Tuna foi lançada no Grêmio.
Os pouquíssimos associados que estavam no Clube, dentre os quais este escriba, estranharam a ausência dos dois ou três diretores que sempre chegam no clube cedo. Observei que suas mesas estavam reservadas como sempre, outras de seus amigos, mas somente às 15 horas foi que eles,pomposamente, deram o ar de sua graça.
A sra. que responde pela diretoria social (embora o diretor seja o José Pantoja) chegou e anunciou aos convidados (associados quase zero, mas já alguns convidados dançarinos) a  presença do presidente e da Garota Verão, que mesmo sendo da Tuna, acabara de desfilar no Grêmio.
Este escriba, mais uma vez decepcionado, preferiu sair na hora em que a "diretora" chamou o presidente para falar aos presentes. Mas ainda cheguei a ouvir os apupos do gestor tunante que, parecendo muito bravo, gritava (não se sabe por que) eufórico com o "sucesso" da apresentação da Garota da Tuna no Grêmio.
Não se sabe se é preguiça, incompetência, falta de comprometimento ou mesmo falta de preparo para formar uma diretoria que realmente trabalhe pelo clube, mas o fato é que as coisas vêm funcionando sempre muito mal na atual gestão na Tuna .É triste, lamentável e inadmissível que um clube central como a Tuna Luso Brasileira, com vários espaços para a realização de programações como a Boate, Salão Vermelho, Castelinho, Piscinas, ter que realizar qualquer evento da área social em outro clube. É no mínimo falta de compromisso com o associado, para não dizer outra palavra. 
Coisas da Tuna têm que realizadas na sede do clube.  A Tuna tem espaços suficientes para realizar todas as suas atividades desportivas e sociais, e mesmo com todo o  carinho que temos pelo Grêmio, é uma falta de respeito com o associado cruzmaltino e com os 110 anos de história da Gloriosa Tuna Luso Brasileira, fazer eventos seus em qualquer outra agremiação.
Fica aqui o meu protesto, mais um, contra essa diretoria, que não está respeitando a história do nosso centenário e querido clube.

Futebol brasileiro perde Gylmar e De Sordi

Gylmar e De Sordi com a Seleção de 1958
O futebol brasileiro está de luto, pois perdeu no último final de semana De Sordi e Gylmar, dois grandes ídolos do passado, campeões do mundo no primeiro título mundial de nossa Seleção, em 1958.
Nilton De Sordi, lateral direito titular da Seleção Brasileira em 1958, fez parte da zaga mais famosa de nossa seleção de todos os tempos, formada por ele com Belini, Zózimo e Nilton Santos,  faleceu aos 82 anos, no interior do Paraná, onde residia. É considerado um dos maiores ídolos do time do São Paulo, equipe que defendeu por vários anos e onde foi campeão em duas ocasiões. De Sordi foi homenageado ontem pelo São Paulo, antes do jogo em que o Tricolor venceu o Fluminense.
O nome Giymar dos Santos Neves pode-se dizer era sinônimo de bom goleiro. Um mestre debaixo da trave. Foi titular do Corinthians por 10 anos, depois brilhou no Santos, na equipe que se tornou Bi campeã do mundo, brilhando ao lado de craques como Pagão, Coutinho, Pepe, Pelé e Zito.
Na Seleção Brasileira Gylmar foi titular absoluto em duas Copas do Mundo, a de 58 e a de 62, portanto sagrando-se Bi campeão do Mundo no famoso time que tinha o melhor ataque da história do futebol mundial: Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo.
Gylmar tinha 83 anos e estava doente desde o ano 2000, quando sofreu um  AVC. 
Amante de futebol, este escriba lamenta a morte dos dois grandes ídolos do nosso futebol.

Águia de Galvão beirando a classificação

Aviso aos navegantes:

Quem está bem na foto é o Águia. Com um time bem caseiro, um técnico mais caseiro ainda (inclusive completou 200 partidas à frente do Azulão), a equipe marabaense está com 12 pontos, em 7º lugar no Grupo A da Série C, cinco pontos a menos que o primeiro colocado, o Fortaleza, com quem empatou ontem.
O time dirigido pelo eterno técnico João Galvão, jogou até o presente 12 partidas, tendo vencido cinco, empatado três e perdido quatro, com um aproveitamento de 50 por cento, mas com grandes chances de classiificação.
Em termo de aproveitamento o Águia de Marabá está muitos furos acima do Paysandu, que dos times paraenses em competições nacionais é o que faz a pior campanha.
Essa é uma das provas cabais de que o técnico numa equipe influi muito pouco, pois se influísse o time da Curuzu era um dos líderes, porque em 15 jogos já utilizou quatro técnicos e o resultado é este vexame que está deixando a torcida bicolor em polvorosa.

Paysandu já chegou ao poço

Antes mesmo do técnico Arturzinho chegar, já havia postado aqui que ele -como qualquer outro técnico que chegar- não resolveria o problema do Paysandu. Infelizmente a ilusão ou a teimosia de alguns dirigentes que ainda insistem em substituir o técnico nas primeiras derrotas de qualquer equipe, ainda prevalece. O problema do Paysandu é outro, muito longe de ser o técnico.
O Paysandu -tenho insistido com o tema também- não tem uma equipe competitiva para a Série B. O time é fraco  técnica e fisicamente. Joga até regular no primeiro tempo, mas no segundo abre o bocão e manda qualquer vaca para o brejo.
No sábado a coisa não foi diferente. O Paysandsu começiu até bem. O Icasa estudou o adversário e no segundo tempo s[o deu ele:  mandou no jogo.  O Icasa é um time do interior mas é arrumadinho. Vem jogando junto já há algum tempo e tem jogadores de qualidade, além de alguns experientes como Geraldo, que há dois anos brilhou no Ceará Sporting, depois foi para o Vitória, no retorno fechou com o Icasa e está aí, com quase 40 anos ainda dando um show pelo menos em um tempo.
Arturzinho, já postei aqui, é muito bocudo. Fala muito, tem muita conversa e é bastante arrogante. Quando chegou disse que iria arrumar o time e logo no primeiro jogo, foi taxativo que quem havia perdido o jogo não eram somente os jogadores, "mas eu também".
Agora já muda de conversa. Diz que o time não tem qualidade, que nem o Guardiola tira o Paysandu da atual situação, e completa dizendo "o problema não é comigo". Belo discurso.
Muita conversa fiada. O time realmente tem que mudar. Mas só muda contratando e ai é que mora a dificuldade. Contratar quem, se não existe coisa boa no mercado?
A situação é lastimável. Palpito que  Paysandu tem tudo para, infelizmente, cair. Ou melhor, voltar para seu lugar de origem, à Série C. Não está tendo competência para administrar a subida tão sofrida. É só analisar: em 17 jogos não teve aproveitamento de nem 0,9 por partida. Como restam 21 jogos, e a tendência é a equipe não evoluir, como dirigentes e torcedores querem, a lógica é não fazer os 33 ou 35 pontos necessários para somar com os 15 que a equipe tem e permanecer na Série B. 
Pode até acontecer de o Paysandu v irar o jogo, pois, como disse Nenê Prancha:  futebol é uma caixinha de surpresas. Mas quem em 17 partidas ganhou apenas quatro e perdeu 10, não tem norrau para pelo menos sonhar que em 21 jogos vai vencer 11. É querer demais, imagino.
Resumindo: o Paysandu ainda não chegou ao fundo, mas já está com certeza no poço.

Corem diante desta negra, doutores! Ela tem o que os senhores perderam

“Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou Nelson Rodrigues, 45.
“Nossa motivação é a solidariedade”, assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61
“Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros”, destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. “O salário é suficiente”, complementou Natasha Romero Sanches, 44.
Poucas frases, mas que soam como se estivessem sendo ditas por seres de outro planeta no Brasil que vivemos.
O que disseram os primeiros médicos cubanos do grupo que vem para servir onde médicos brasileiros não querem ir deveria fazer certos dirigentes da medicina brasileira reduzirem à pequenez de seus sentimentos e à brutalidade de suas vidas, de onde se foi, há muito tempo, qualquer amor à igualdade essencial entre todos os seres humanos.
Porque gente que não se emociona com o sofrimento e a carência de seus semelhantes, gente que se formou, muitas vezes, em escolas de medicina pagas com o imposto que brasileiros miseráveis recolheram sobre sua farinha, seu feijão, sua rala ração, gente que já viu seus concidadãos madrugando em filas, no sereno, para obter um simples atendimento, gente assim não é civilizada, não importa quão bem tratadas sejam suas unhas, penteados os seus cabelos e reluzentes seus carros.
Perto desta negra aí da foto, que para vocês só poderia servir para lavar suas roupas e pajear seus ricos filhinhos, criados para herdar o “negócio” dos pais, vocês não passam de selvagens, de brutos.
Vocês podem saber quais são as mais recentes drogas, aprendidas nos congressos em locais turísticos, custeados por laboratórios que lhes dão as migalhas do lucro bilionário que têm ao vender remédios. Vocês podem conhecer o último e caro exame de medicina nuclear disponível na praça a quem pode pagar. Vocês podem ser ricos, ou acharem que são, porque de verdade não passam de uma sub nobreza deplorável, que acha o máximo ir a Miami.
Mas vocês são lixo perto dessa negra, a Doutora – sim, Doutora, negra, negrinha assim!- Natasha é, eu lhes garanto.
Sabem por que? Por que ela é capaz de achar que o que faz é mais importante do que aquilo que ganha, desde que isso seja o suficiente para viver com dignidade material. Porque a dignidade moral ela a tem, em quantidade suficiente para saber que é uma médica, por cem, mil ou um milhão de dólares.
Isso, doutores, os senhores já perderam. E talvez nunca mais voltem a ter, porque isso não se compra, não se vende, não se aluga, como muitos dos senhores, para manter o status de pertenceram ao corpo clínico de um hospital, fazem com seus colegas, para que dêem o plantão em seus lugares.
Os senhores não são capazes de fazer um milésimo do que ela faz pelos seres humanos, desembarcando sob sua hostilidade num pais estrangeiro, para tratar de gente pobre que os senhores não se dispõem a cuidar nem querem deixar que se cuide.
Os senhores não gritaram, não xingaram nem ameaçaram com polícia aos Roger Abdelmassih, o estuprador, nem contra o infeliz que extorquiu R$ 1.200 para fazer o parto de uma adolescente pobre, nem contra os doutores dos dedos de silicone, nem contra os espertalhóes da maternidade paulista cuja única atividade era bater o ponto.
Eles não os ameaçaram, ameaçaram apenas aos pobres do Brasil.
Estes ai, sim, estes os ameaçam. Ameaçam a aceitação do que vocês se tornaram, porque deixaram que a aspiração normal e justa de receber por seu trabalho se tornasse maior do que a finalidade deste próprio trabalho, porque o trabalho é um bem social e coletivo, ou então vira mero negócio mercantil.
Doutora Natasha, médica cubana
É isto que estes médicos cubanos representam de ameaça: o colocar o egoísmo, o consumismo, o mercantilismo reduzidos ao seu tamanho, a algo que não é e nem pode ser o tamanho da civilização humana.
Aliás, é isso que Cuba, há quase 55 anos, representa.
Um país minusculo, cheio de carências, que é capaz de dar a mão dos médicos a este gigante brasileiro.
E daí que eles exportem médicos como fonte de receita? Nós não exportamos nossos meninos para jogar futebol? O que deu mais trabalho, mais investimento, o que agregou mais valor a um país: escolas de medicina ou esteiras rolantes para exportar seus minérios?
É por isso que o velhíssimo Fidel Castro encarna muito mais a juventude que estes yuppies coxinhas, cuja vida sem causa cabe toda dentro de um cartão de crédito.
Eu agradeço à Doutora Natasha.
Ela me lembrou, singelamente, que coração é algo muito maior do que aquele volume que aparece, sombrio, nas tantas ressonâncias, tomografias e cateterismos porque passei nos últimos meses.
Ele é o centro do progresso humano, mais do que o cérebro, porque é ele quem dá o norte, o sentido, o rumo dos pensamentos e da vida.
Porque, do contrário, o saber vira arrogância e os sentimentos, indiferença.
E o coração, como na música de Mercedes Sosa, una mala palabra. (Fernando Brito no Tijolaço).

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Milton cantando a Nossa América



Milton Nascimento tem uma história de comprometimento com a cultura sul americana das mais belas. Desde cedo, Bituca, como é conhecido pelos seus amigos de Três Pontas, cidade mineira onde cresceu e viveu longos anos de sua vida, envolveu-se com a música, com a poesia e com a política cultural. Com seu amigo de Clube da esquina, o poeta e jornalista  Fernando Brandt, Milton fez belas canções, como a "Canção da América", "Maria, Maria".
Nesta sexta, o Blog presenteia seguidores e navegantes com a maravilhosa voz de Milton Nascimento interpretando a bela "Canção da América". É uma homenagem singela de Milton à Nossa América, mestiça, tropical, onde negros, brancos, índios, cafuzos se misturam na mais rica e bela miscigenação do universo. 
Bem que poderia ser o título desta música "Canção da Nossa América".
Curtam. Vale a pena ouvir o grande Milton.

Líder da UDR quer boicotar médicos cubanos

É muita canalhice ver quem sempre explorou o povo agora querer aparecer como defensor dos direitos dos trabalhadores médicos de Cuba, que estão chegando ao Brasil.
Quem sempre explorou empregadas domésticas, trabalhadores em suas fazendas; quem sempre viveu pautado pela discriminação, agora simplesmente pelo prazer de ser contra o governo democrático do PT e principalmente contra os mais pobres, acusa o governo de explorar trabalhadores-médicos cubanos.
É falta do que fazer e excesso de hipocrisia. 
O deputado de extrema direita Ronaldo Caiado, conhecido por ter sido o fundador da UDR (União Democrática Ruiralista), organização reacionária que só defende os latifundiários, é um desses críticos. Dono de várias fazendas, obviamente um explorador convicto dos trabalhadores rurais, Caiado é médico de carteirinha, mas nunca deve ter feito uma consulta. É milionário, por isso agora levanta bandeira contra o governo que está trazendo os médicos estrangeiros para salvar a saúde do Brasil 
O governo Dilma Rousseff agiu correto trazendo urgentemente os médicos cubanos, que segundo o Ministério da Saúde, irão  para os município do Norte e Nordeste, principalmente, que são os locais de mais difícil acesso e onde os profissionais de saúde brasileiros não querem ir.
Com certeza, o povo brasileiro a partir de agora vai ter certeza de que será examinado por médicos competentes e dedicados, pois com os profissionais daqui, que não querem sair dos shoppings center e que dão consultas em dois ou três minutos, o cidadão entra no consultório doente e sai  é pior.
Embora haja exceções, a população brasileira já falou isso e a própria mídia mostra que parte dos médicos brasileiros não respeitam o paciente. Numa consulta, procuram se livrar o mais rápido possível, principalmente se o paciente for muito  pobre e velho.
Em Portugal, Venezuela, Bolívia e outros países, onde existem vários médicos cubanos, recente pesquisa mostrou que a população se sente muito bem protegida com os esculápios da terra do companheiro Fidel.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Arturzinho alopra com jogadores

O método, notadamente grosseiros, usado pelo técnico Arturzinho, do Paysandu, pode até dar certo. Mas tem tudo para não dá. 
Técnicos veteranos e  famosos como Leão, Vanderley Luxemburgo, Bernardinho (do Vôlei) e outros já usaram muitos essa alternativa de tratar atletas na base do grito, do xingamento. Mas chegaram à conclusão de que isso pouco funciona.
Sou de opinião que o técnico deve cobrar, deve exigir do jogador dentro de campo, nos treinos e nos jogos. Mas tem que saber tratar. O tratamento mais pesado pode até valer em algumas situações, mas daquele tipo que o próprio atleta nota que foi força de expressão, algo natural, não foi discriminatório. 
Arturzinho está conseguindo, segundo chegou aos ouvidos deste escriba, criar um clima de animosidade com alguns jogadores, que já vêem o técnico como um inimigo, capaz de por qualquer coisa barrar o jogador até por vingança.
Cuidado, Arturzinho. Vá mais devagar. Nessa altura do campeonato, que o time precisa de união, de muito trabalho, esforço dobrado, é bom ter todos os atletas de seu lado.

Chegam médicos cubanos: nota 10 para Dilma!

Dilma anunciou que médicos cubanos chegam na segunda
Aviso aos navegantes:

Acabrunhada (gostaram do termo?) por mais uma vez levar uma pisa da população que apoiou quase maciçamente a vinda de médicos estrangeiros, a oposição tenta arranjar meios para criticar a vinda dos 400 médicos cubanos que já chegarão ao Brasil na próxima segunda-feira. 
Os inimigos da população pobre -que não tem plano de saúde, por isso vive sofrendo nos PSMs, nas portas dos postos médicos-, questionam agora o salários dos médicos do país do companheiro Fidel que, diferente dos nossos, que exigem milhares de reais para trabalhar na capital, pois para o interior não vão nem que a "vaca tussa". Os médicos cubanos vão ter casa, comida, transporte e uma parte dos 10 mil reais.Os médicos cubanos com isso provam que são abnegados. Não fizeram medicina para, como simples esculápios, ficarem milionários. Têm o dever de salvar vidas. E como em Cuba a saúde é nota 10 e existem médicos em quantidade, eles se oferecem para ir para outros países -como o Brasil- onde existem deficiência de tais profissionais, e por salários bem mais baixos que os nossos.
Médicos cubanos já estão em vários países do mundo, como Venezuela, Portugal, Bolívia. E, além de bons profissionais, têm muita educação e respeito pelo povo e pelas vidas humanas. 
Depois dos primeiros médicos que já chegarão segunda próxima,  o complemento dos 4 mil profissionais contratados chegará em outubro. 
Podem vir, companheiros. Queremos Mais Médicos para o povo sofrido. Que venham para o Pará, pois a situação aqui no nosso estado e em Belém, principalmente nos PSMs,
é calamitosa.
Nota 10 para a Presidenta Dilma!

"Verdão" desbanca "Timão"

Apesar de haver quem conteste, na verdade a equipe que joga dentro de seus próprios domínios tem mais chances de vencer a partida. Seja pelo campo que já conhece melhor que o adversário, pelo apoio da torcida, o clima, cujo jogadores são já acostumados, enfim, seja por qualquer situação, o certo é que jogar em casa é quase certeza de que a vitória é mais tranquila.
Ontem mais uma prova disso aconteceu. O Luverdense, equipe do município de Lucas do Rio Verde (MT), e que nós aqui já conhecemos e sabemos bem que não é lá um grande time em termos técnicos, não tomou conhecimento do grande Corinthians.
O jogo, pela Copa do Brasil,  aconteceu no Estádio Passo das Emas e o Corinthians, atual campeão do mundo, foi sur´preendido por um Luverdense aguerrido, voluntarioso que depois de muito brigar, já no final do segundo tempo fez um gol através do atacante Misael.
O Luverdense pode até ser goleado em São Paulo pelo Timão. Mas deixou sua marca vitoriosa, mostrando, mais uma vez, que "qualquer galo canta mais forte dentro de seu poleiro".

Retrato em 3x4 da crise no São Paulo

Situação dos quatro times que estão na zona de rebaixamento da Série A é das mais complicadas. O primeiro e o segundo deles, Criciúma e Portuguesa de Desportos, ainda podem sonhar, embora para isso tenham que "rebolar", já que com 15 e 14 pontos é bem difícil, à essa altura do Campeonato, faltando apenas 23 partidas para o final.
Os dois últimos colocados, São Paulo, com 11 pontos, e o Náutico na lanterna, com oito pontos, são os que podemos até dizer estão praticamente degolados.
É até entendível Criciúma, Portuguêsa e Náuticos estarem numa situação tão delicada. São equipes consideradas menores, além de estreantes na Série A. Mas a situação do São Paulo, vice lanterna com apenas 11 pontos, não dá para entender, não.
O time vive uma "pindaíba" das maiores, nada dá certo, mesma a equipe sendo uma das mais caras do país, com um elenco de qualidade,  mas que de repente só faz desandar. 
As contratações não têm dado certo, como também os técnicos. O clima de animosidade entre alguns jogadores é visível. O veterano Rogério Ceni, com 20 anos de clube, se considera tipo "dono do São Paulo". Critica colegas, "derruba" outros, aumentando a insatisfação do elenco, o que sem dúvidas influi no rendimento da equipe.
Com todos os problemas dentro do elenco, o São Paulo ainda vive uma outra situação, das mais  sérias com os atletas de qualidade que já fazem parte do time há algum tempo e com as mais recentes contrações.
Exemplo maior é do artilheiro Luis Fabiano, que está num grande jejum de gols e para completar a onda de má sorte, só vive no Departamento Médico.
Osvaldo, um dos melhores da equipe, de repente caiu de produção, deixando de ser aquele meia "garçon" e também um dos artilheiros da equipe, sendo inclusive substituído em quase todos os jogos.
Lúcio, zagueiro penta campeão do mundo, foi contratado, não mostrou serviço no São Paulo, foi substituído numa partida, não gostou, reclamou, foi afastado e recebeu bilhete azul.
Paulo Henrique Ganso, outrora um grande jogador no Santos, ainda não produziu o que sabe no São Paulo e só agora está reconquistando sua vaga de titular.
Aloísio, outro atacante que vinha até bem no time, joga só na vontade. Não consegue finalizar com qualidade e perde lances infantilmente, mostrando que a "peitica" sampaulina é grande. Domingo mesmo, foi mal e ainda marcou um gol de mão, que lhe valeu um cartão amarelo.
Jadson, que esteve recentemente entre os convocados de Felipão, está cada dia pior, não rendendo 50 por cento do que mostrou há alguns meses atrás.
Nessa onde de má sorte sampaulina, jogadores que são exímios batedores de falta e de penalidades máximas, como Rogério Ceni, Jadson e Luiz Fabiano, não estão conseguindo marcar. Ceni perdeu dois seguidos e domingo, contra o Flamengo, foi a vez de Jadson desperdiçar um pênalti que seria o gol da vitória.
Apesar de todas essas situações, a torcida tricolor ainda acredita que o São Paulo não vai cair. Oito pontos na verdade é muito pouco. Só restam para a equipe 24 jogos, ou seja, tem que fazer pelo menos mais 40 pontos para continuar na elite de futebol. Tipo vencer 13 jogos e empatar pelo menos um ou dois.
Paulo Autuori, que em seu retorno ao Brasil falou muito mas que até o presente não está mostrando resultados positivos, tem que se mexer muito. Ainda está prestigiado, mas como o que dá moral ao técnico é vitória, se não vencer os próximos jogos pode ser mais um técnico degolado. É a única certeza que existe no time tricolor. Antes que o São Paulo seja a próxima vítima. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Aleilson, enfim, pode ir para o Paysandu

Paysandu, se contratar Aleilson, estará fazendo o que deveria ter feito há pelo menos três meses. O jogador é o artilheiro do ano do Parazão, destaque na Série D pelo Paragominas  e um dos melhores jogadores paraenses da atualidade.
Aleilson renovou com o Paragominas há pouco mais de um mês, ou seja, deu "sopa" sem contrato e o Paysandunem piscou, preferiu trazer mais alguns "bondes" de fora e ganhando talvez somas bem maiores do que o atacante marabaense recebe.
Aleilson é um meia que joga aproveitando a velocidade, o chute forte e com os dois pés, e poderia ser o homem de ligação da equipe bicolor, sendo além de um lançador, um homem gol que é. Uma de suas vantagens é saber apoiar e voltar com rapidez e,  algumas vezes,atuar como verdadeiro centro avante.
O jogador é paraense de Marabá, tem 27 anos e já passou pelo Águia de Marabá, Flamengo, Olaria, Bahia e Noroeste, portanto com bastante experiência. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Paragominas vítima da irresponsabilidade

O Paragominas foi demasiadamente prejudicado no Campeonato Brasileiro da Série D. A equipe paraense ia muito bem na sua corrida rumo à Série C, quando de repente foi punida com a perda de seis pontos, por ter colocado na relação dos atletas para uma partida o jogador Lourinho, que estava com contrato irregular.
Sinceramente como achei injustiça o time do Paragominas ser punido, principalmente porque o clube interiorano não colocou Lourinho em campo, o que poderia ser perfeitamente melhor analisado pelo STJD.
Mas, em termos de lição, a punição valeu. A coisa funcionou mais ou menos assim: o Clube puniu o time, pois a displicência ou até mesmo a irresponsabilidade de dirigentes da equipe prejudicaram o Paragominas, que poderia agora estar entre os classificados.
O time paraense foi desclassificação faltando ainda uma rodada para terminar a primeira fase da Série . A Comissão T[ecnica e os jogadores, principalmente, lamentam o acontecido. A equipe está com oito pontos, em terceiro lugar na Série C, mas poderia estar com 14 e liderar a competição em primeiro lugar.
O Paragominas ainda jogará uma partida, em casa, contra o Plácido de Castro, mas o resultado de nada influirá na sorte do time paraense, que mesmo vencendo chegará aos 11 pontos, sem chances de permanecer na competição.
É importante que a equipe do Paragominas e também outras equipes saibam que todos os times de futebol necessitam de um Supervisor de Futebol ou de um Gerente de Futebol, não importa o nome da função, mas que tenha a responsabilidade de cuidar de detalhes da vida dos jogadores como a quantidade de cartões amarelos, prazo de validade de contratos, expulsões, renovações, fins de contrato, check in, enfim, tudo que tem a ver com os jogadores, pois por um pequeno detalhe que falte, todo um trabalho de uma equipe de futebol pode ir de água abaixo.

Conheça os homens do Trensalão tucano

Quem são e como operam as autoridades ligadas aos tucanos investigadas pela participação no esquema que trafegou por governos do PSDB em São Paulo.


Na última semana, as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público mostraram a abrangência nacional do cartel na área de transporte sobre trilhos. A tramoia, concluíram as apurações, reproduziu em diversas regiões do País a sistemática observada em São Paulo, de conluio nas licitações, combinação de preços superfaturados e subcontratação de empresas derrotadas. As fraudes que atravessaram incólumes 20 anos de governos do PSDB em São Paulo carregam, no entanto, peculiaridades que as diferem substancialmente das demais que estão sendo investigadas pelas autoridades. O esquema paulista distingue-se pelo pioneirismo (começou a funcionar em 1998, em meio ao governo do tucano Mário Covas), duração, tamanho e valores envolvidos – quase meio bilhão de reais drenados durante as administrações tucanas. Porém, ainda mais importante, o escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais.
Ao contrário do que afirmaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra na quinta-feira 15, servidores de primeiro e segundo escalões da administração paulista envolvidos no escândalo são ligados aos principais líderes tucanos no Estado. Isso já está claro nas investigações. Usando a velha e surrada tática política de despiste, Serra e FHC afirmaram que o esquema não contou com a participação de servidores do Estado nem beneficiou governos comandados pelo PSDB. Não é o que mostram as apurações do Ministério Público e do Cade. Pelo menos cinco autoridades envolvidas na engrenagem criminosa, hoje sob investigação por terem firmado contratos irregulares ou intermediado o recebimento de suborno, atuaram sob o comando de dois homens de confiança de José Serra e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: seus secretários de Transportes Metropolitanos. José Luiz Portella, secretário de Serra, e Jurandir Fernandes, secretário de Alckmin, chefiaram de perto e coordenaram as atividades dos altos executivos enrolados na investigação. O grupo é composto pelos técnicos Décio Tambelli, ex-diretor de operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Transportes Metropolitanos, José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da CPTM, Ademir Venâncio, ex- diretor de engenharia da estatal de trens, e os ex-presidentes do metrô e da CPTM, José Jorge Fagali e Sérgio Avelleda.
Segundo documentos em poder do CADE e Ministério Público, estes cinco personagens, afamados como bons quadros tucanos, se valeram de seus cargos nas estatais paulistas para atender, ao mesmo tempo, aos interesses das empresas do cartel na área de transporte sobre trilhos e às conveniências políticas de seus chefes. Em troca de benefícios para si ou para os governos tucanos, forneciam informações privilegiadas, direcionavam licitações ou faziam vista grossa para prejuízos milionários ao erário paulista em contratos superfaturados firmados pelo metrô. As investigações mostram que estes técnicos do Metrô e da CPTM transitaram pelos governos de Serra e Alckmin operando em maior ou menor grau, mas sempre a favor do esquema.

Um dos destaques do quinteto é José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em um documento analisado pelo CADE, datado de 2008, Lavorente é descrito como o encarregado de receber em mãos a propina das empresas do cartel e distribuí-las aos políticos do PSDB e partidos aliados. O diretor da CPTM é pessoa da estrita confiança de Alckmin. Foi o governador de São Paulo que o promoveu ao cargo de direção na estatal de trens, em 2003. Durante o governo Serra (2007-2008), Lavorente deixou a CPTM, mas permaneceu em cargos de comando da estrutura administrativa do governo como cota de Alckmin. Com o regresso de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes, em 2011, Lavorente reassume o posto de direção na CPTM. Além de ser apontado como o distribuidor da propina aos políticos, Lavorente responde uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que aponta superfaturamento e desrespeito à lei de licitações. O processo refere-se a um acordo fechado por meio de um aditivo, em 2005, que possibilitou a compra de 12 trens a mais do que os 30 licitados, em 1995 e só seria valido até 2000.
O ex-diretor de Operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da secretaria de Transportes Metropolitanos, Décio Tambelli, é outro personagem bastante ativo no esquema paulista. Segundo depoimentos feitos por ex-funcionários da Siemens ao Ministério Público de São Paulo, Tambelli está na lista dos servidores que receberam propina das companhias que firmaram contratos superfaturados com o metrô e a CPTM. Tambelli é muito próximo do secretário de Transportes, Jurandir Fernandes. Foi Fernandes que o alçou ao cargo que ocupa atualmente na administração tucana. Cabe a Tambelli, apesar de estar na mira das investigações, acompanhar e fiscalizar o andamento da linha quatro do metrô paulista, a primeira obra do setor realizada em formato de parceria público-privada. Emails obtidos por ISTOÉ mostram que, desde 2006, Tambelli já agia para defender e intermediar os interesses das empresas integrantes do cartel. Na correspondência eletrônica, em que Tambelli é mencionado, executivos da Siemens narram os acertos entre as companhias do cartel no Distrito Federal e sugerem que o acordo lá na capital seria atrelado “à subcontratação da Siemens nos lotes 1+2 da linha 4” em São Paulo. “O Ramos (funcionário do conglomerado francês Alstom) andou dizendo ao Décio Tambelli do metrô SP, que não pode mais subcontratar a Siemens depois do caso Taulois/Ben-hur (episódio em que a Siemens tirou técnicos da Alstom para se beneficiar na pontuação técnica e vencer a licitação de manutenção do metrô de Brasília)”, dizia o e-mail trocado entre os funcionários da Siemens.
Outro homem do propinoduto tucano que goza da confiança de Jurandir Fernandes e de Alckmin é Sérgio Avelleda. Ele foi nomeado presidente do Metrô em 2011, mas seu mandato durou menos de um ano e meio. Avelleda foi afastado após a Justiça atender acusação do Ministério Público de improbidade administrativa. Ele era suspeito de colaborar em uma fraude na concorrência da Linha 5 do Metrô, ao não suspender os contratos e aditamentos da concorrência suspeita de formação de cartel. “Sua permanência no cargo, neste atual momento, apenas iria demonstrar a conivência do Poder Judiciário com as ilegalidades praticadas por administradores que não respeitam as leis, a moral e os demais princípios que devem nortear a atuação de todo agente público”, decretou a juíza Simone Gomes Casorretti, ao determinar sua demissão. Após a saída, Avelleda obteve uma liminar para ser reconduzido ao cargo e pediu demissão. Hoje é consultor na área de transporte sobre trilhos e presta serviços para empresas interessadas em fazer negócios com o governo estadual.
De acordo com as investigações, quem também ocupou papel estratégico no esquema foi Ademir Venâncio, ex-diretor da CPTM. Enquanto trabalhou na estatal, Venâncio cultivou o hábito de se reunir em casas noturnas de São Paulo com os executivos das companhias do cartel para fornecer informações internas e acertar como elas iriam participar de contratos com as empresas públicas. Ao deixar a CPTM, em meados dos anos 2000, ele resolveu investir na carreira de empresário no setor de engenharia. Mas nunca se afastou muito dos governos do PSDB de São Paulo. A Focco Engenharia, uma das empresas em que Venâncio mantém participação, amealhou, em consórcios, pelo menos 17 consultorias orçadas em R$ 131 milhões com as estatais paulistas para fiscalizar parcerias público-privadas e andamento de contratos do governo de Geraldo Alckmin. Outra companhia em nome de Venâncio que também mantém contratos com o governo de São Paulo, o Consórcio Supervisor EPBF, causa estranheza aos investigadores por possuir capital social de apenas R$ 0,01. O Ministério Público suspeita que a contratação das empresas de Venâncio pela administração tucana seja apenas uma cortina de fumaça para garantir vista grossa na execução dos serviços prestados por empresas do cartel. As mesmas que Venâncio mantinha relação quando era servidor público.


A importância da secretaria Transportes Metropolitanos e suas estatais subordinadas, Metrô e CPTM, para o esquema fica evidente quando se observa a lógica das mudanças de suas diretorias nas transições entre as gestões de Serra e Alckmin. Ao assumir o governo em 2007, José Serra fez questão de remover os aliados de Alckmin e colocar pessoas ligadas ao seu grupo político. Um movimento que seria revertido com a volta de Alckmin em 2011. Apesar dessa dança de cadeiras, todos os integrantes do esquema permaneceram em postos importantes das duas administrações tucanas. Quem sempre operou essas movimentações e trocas de cargos, de modo a assegurar a continuidade do funcionamento do cartel, foram os secretários de Transportes Metropolitanos de Serra e Alckmin, José Luiz Portella e Jurandir Fernandes.
Homem forte do governador Geraldo Alckmin, Fernandes começou sua trajetória política no PT de Campinas, interior de São Paulo. Chegou a ocupar o cargo de secretário municipal dos Transportes na gestão petista, mas acabou expulso do partido em 1993 e ingressou no PSDB. Por transitar com desenvoltura pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jurandir foi guindado a diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) em 2000. No ano seguinte, aproximou-se do então governador Alckmin, quando assumiu pela primeira vez o cargo de secretário estadual de Transportes Metropolitanos. Neste primeiro período à frente da pasta, tanto a CPTM quanto o Metrô firmaram contratos superfaturados com empresas do cartel. Quando Serra assume o governo paulista em 2007, Jurandir é transferido para a presidência da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), responsável pela formulação de políticas públicas para a região metropolitana de São Paulo. Com o retorno de Alckmin ao governo estadual em 2011, Jurandir Fernandes também volta ao comando da disputada pasta. Nos últimos dias, o secretário de Transportes tem se esforçado para se desvincular dos personagens investigados no esquema do propinoduto. Fotos obtidas por ISTOÉ, no entanto, mostram Jurandir Fernandes em companhia de Lavorente e de lobistas do cartel durante encontro nas instalações da MGE Transporte em Hortolândia, interior de São Paulo. Um dos fotografados com Fernandes é Arthur Teixeira que, segundo a investigação, integra o esquema de lavagem do dinheiro da propina. Teixeira, que acompanhou a solenidade do lado do secretário Fernandes, nunca produziu um parafuso de trem, mas é o responsável pela abertura de offshores no Uruguai usadas pelo esquema. Outro companheiro de solenidades flagrado com Fernandes é Ronaldo Moriyama ex-diretor da MGE, empresa que servia de intermediária para o pagamento das comissões às autoridades e políticos. Moriyama é conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade ao subornar diretores do Metrô e CPTM, segundo depoimentos obtidos pelo Ministério Público.
No governo Serra, quem exercia papel político idêntico ao de Jurandir Fernandes no governo Alckmin era o então secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Serrista de primeira hora, ele ingressou na vida pública como secretário na gestão Mário Covas. Portelinha, como é conhecido dentro do partido, é citado em uma série de e-mails trocados por executivos da Siemens. Num deles, Portella, assim como Serra, sugeriram ao conglomerado alemão Siemens que se associasse com a espanhola CAF em uma licitação para compra de 40 novos trens. O encontro teria ocorrido em um congresso internacional sobre ferrovias realizado, em 2008, na cidade de Amsterdã, capital da Holanda. Os dois temiam que eventuais disputas judiciais entre as companhias atrasassem o cronograma do projeto. Apesar de o negócio não ter se concretizado nestas condições, chama atenção que o secretário sugerisse uma prática que resulta, na maioria das vezes, em prejuízos aos cofres públicos e que já ocorria em outros contratos vencidos pelas empresas do cartel. Quem assinava os contratos do Metrô durante a gestão de Portella era José Jorge Fagali, então presidente do órgão. Ex-gerente de controle da estatal, ele teve de conviver com questionamentos sobre o fato de o seu irmão ser acusado de ter recebido cerca de US$ 10 milhões da empresa francesa Alstom. A companhia, hoje envolvida nas investigações do cartel, é uma das principais vencedoras de contratos e licitações da empresa pública. (Reportagem da Isto É).

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O livro nos tempoo modernos

Nestes tempos de internet, onde estudantes, principalmente, tiram qualquer duvida no "google" e outros meios da rede internacional, eis que de repente, não mais que de repente (perdoe-me mais uma vez poetinha!) meu filho adolescente me surpreende com uma notícia:
-Pai, olhe aqui onde foi que eu tirei todas as minhas dúvidas para o trabalho que eu tenho que entregar amanhã! -diz, mostrando-me um de meus velhos mas sempre importantes livros sobre Arte (Barroca), hoje de propósito expostamente mostrados na estante junto com outros importantes volumes sobre História das Artes, Filosofia, Política nas Américas, Literatura, etc.
Me surpreendi de felicidade e aproveitei para mais uma vez alertar-lhe sobre a importância de sempre pesquisarmos nos livros. A internet é importante. Mas a pesquisa nos livros é sempre mais profunda, pois mostra os assuntos com mais detalhes,  mais qualidade, porque além de muito mais completa e até mais fácil para quem vai procurar.
O livro impresso, a meu ver, não deve ser abandonado. Apesar das ameças cada vez mais frequentes. deve ser sempre consultado. Particularmente, ainda não peguei o hábito de ler, principalmente livros, pelo computador. Continuo sendo leitor diário de jornais impressos e ainda fiel ao velho livro impresso, daqueles que se ler um número de páginas diárias, sempre usando o "marcador de páginas" ou a velha dobradinha no local em que paramos a leitura, para os volumes que não possuem "orelha".

Beth, de volta, canta "A Flor e o Espinho"


A notícia, divulgada amplamente na semana que passou, da volta de Beth Carvalho aos palcos, depois de uma internação de mais de uma ano, inciada com um problema de coluna e depois por outras situações, deixou este escriba banhado de felicidade.
Aprendi a gostar da sambista, a cantora preferida de Nelson Cavaquinho e Cartola, já há alguns carnavais. Foi amor à primeira vista, ao primeiro charme da cantora, compositora e música, mangueirense de coração e madrinha de boa parte dos atuais sambistas como Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho..
Beth é originária do Cacique de Ramos, mas foi na Estação Primeira de Mangueira que conseguiu ser reconhecida como uma das cantora e compositoras mais conceituadas do país, sendo, juntamente com Lecy Brandão, membro da Ala de Compositores.
Beth já retornou aos palcos, aos shows e onde canta sempre é reverenciada. Seus grandes sucessos, alguns clássicos, verdadeiras obras primas como "Folhas Secas", "Vou festejar", Coisinha do pai, "A Flor e o Espinho" e muitas outras, apesar da enfermidade e do período que ficou sem fazer shows não pararam de tocar em emissoras de rádio.
Para comemorar o retorno de Beth Carvalho aos palcos e ao convívio de seus familiares e amigos,  este escriba presenteia os seguidores e navegantes com um dos maiores sucessos da cantora carioca, "A Flor e o Espinho", obra prima de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, mangueirenses como Beth. Curtam. Vale a pena ouvir a beleza da voz marcante de Beth Carvalho.

Joaquim Barbosa agride colega do STF

Joaquim Barbosa abusou novamente. Aliás, vem abusando. O presidente do STF mostrou mais uma vez que sua arrogância não tem limites. 
Presidente do STF, Joaquim Barbosa é também o relator da Ação Penal 470, o Mensalão, enquanto Ricardo Lewandowski é vice-presidente do STF e o revisor da mesma Ação, e ontem mais uma vez, o presidente Barbosa foi derrubando um a um os recursos dos réus colocados em pauta na sessão, até chegar a vez  de decidir sobre o embargo apresentado pelo ex-deputado Bispo Rodrigues.
A partir daí o nível do STF baixou, ambiente de ministros do mais alto escalão do país, todos preparados intelectualmente e grandes conhecedores de leis, transformou-se numa arena de arengas e brigas, tudo patrocinado pelo ministro presidente do STF, Joaquim Barbosa, que, desrespeitosamente, passou a agredir com palavras, demonstrando ira, ódio e rancor explícitos, seu "colega" de STF, ministro Ricardo Lewandowski.
"Vossa excelência compôs um voto e agora mudou de idéia", disse Joaquim Barbosa, já demonstrando um total desequilíbrio.
Lewandowski, mais técnico, mais equilibrado, respondeu: "Para que servem os embargos"?
Barbosa: arrogante até com seus pares
"Não servem para isso, para arrependimento, ministro. Não servem".
Lewandowski, sempre mostrando equilíbrio, foi taxativo: "Então é melhor não jugarmos mais nada. Se não podemos rever eventuais equívocos praticados. Eu, sinceramente..."
Joaquim Barbosa não sossegava na cadeira. Ia de um lado para outro, gesticulava.  Lewandowski tentou ponderar, alegando a necessidade da revisão e disse: "Presidente, nós estamos com pressa de quê? Nós queremos é  fazer justiça".
"Nós queremos fazer nosso trabalho, e não chicana, ministro", respondeu Barbosa agressivamente, acusando, com o termo "chicana" que Lewandowski queria protelar os trabalhos. Desrespeitou, o presidente do STF, seu colega ministro e vice presidente da Casa.
Mesmo assim, o ministro Lewandowski, sem perder a classe, solicitou a retratação de Barbosa, que mostrando ainda mais arrogância, respondeu: "eu não vou me retratar,
ministro".
O clima ficou tenso, Barbosa, pela enésima vez demonstrou que não tem preparo, equilíbrio para conduzir a centenária Casa de leis. Causou mal estar entre os outros ministros presentes. O ministro Marco Aurélio Barbosa declarou que "as cenas foram ruins para a credibilidade da instituição".
Lewandowski, se fosse desequilibrado como Barbosa, partiria para o ataque, talvez até às vias de fato. Na pior das hipóteses, a agressão merecia a abertura de um processo contra o ministro Joaquim Barbosa.
Barbosa demonstra, com sua arrogância, prepotência, o uso em qualquer discussão na Casa atitudes autoritárias, não respeitando seus pares, que não tem preparo para a alta função que exerce. Desequilibrado em todas as situações e disposto a aparecer na mídia de qualquer maneira, chegando a posar para os holofotes, principalmente da Rede Globo, empresa que seu filho trabalha e que omite irregularidades suas na aquisição de uma casa em Miami, Barbosa vai criando um leque de inimizades dentro do próprio STF, e deixando um vácuo na credibilidade da Casa, já que em qualquer situação, só vale o que ele quer, o que ele deseja e determina, deixando os outros ministros, todos do mesmo nível, em situação numa situação ruim, muitas vezes até  numa "saia justa".

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"Tá pegando" para o Paysandu!

Quando postei neste Blog que o Paysandu não necessitava de técnico, mas sim de jogadores, recebi algumas críticas.
Acho justo, porque não sou o dono da verdade -nem quero. Mas está provado que este chato escriba tinha razão. 
O time bicolor, agora com Arturzinho no comando técnico, perdeu mais uma e se continuar nessa marcha vai certamente para o  beleléu, ou seja, voltar para a Série C.
Nas últimas partidas do Paysandu, um fato que me deixou pensativo foi que observei que além de não ter uma equipe qualificada técnicamente para disputar a Série B, parece que o time também sofre com problemas físicos. 
Ontem, por exemplo, o time no primeiro tempo até que se portou bem. Começou atacando, fez algumas jogadas boas, principalmente pela ala direita; não conseguiu finalizar, mas jogou de igual para igual com adversário.
Já no segundo tempo, foi um Deus nos acuda. A equipe parece cansou, não conseguia se encontrar em campo, tampouco concatenar uma jogada. 
Terminou por sofrer mais uma derrota, que somando com as demais chega a oito, em 15 jogos, o que começa a preocupara à torcida e, principalmente, à diretoria e Comissão Técnica, que não vê evolução a equipe de um jogo para outro.
Situação se complica porque o próximo adversário bicolor é o time do Palmeiras, que depois da saída de Felipão, que botou a equipe na segunda divisão, vem crescendo e é líder da Série B com 37 pontos, com 12 vitórias.
Pelo sim, pelo não, Arturzinho ainda continua prestigiado. Mas tudo indica que sua cabeça -como também a de alguns jogadores bicolores- tende a rolar.
Afinal, como postei há alguns dias: o mercado está escasso e quem chegar como reforço, à esta altura do campeonato, literalmente, não é jogador de Série B.
A cobra ainda não começou a fumar.
Mas que a situação do Paysandu já "está pegando". Isso está!

PT com candidatura própria: beleza!

Aviso aos navegantes:

Atualmente desconectado de "correntes", vejo com bastante simpatia a possibilidade do Partido dos Trabalhadores lançar em 2014 uma candidatura própria para governador do Pará, sem coligações estranhas que, a meu ver, em nada ajudam o partido.
Em quase 30 anos de filiado, portanto já meio "dinossauro" do partido, acho que coligação com siglas que só querem se locupletar do mandato e que só fazem mexer com a cabeça da militância que fica sem entender por que determinados acordos acontecem, não devem ser feitas.
O PT tem nomes importantes e com capacidade de disputar a eleição para governador e até vencer. Se não der, paciência. 
O certo é que o PT tem que voltar às suas raízes, respeitando e valorizando suas bases: o povo, os trabalhadores que fizeram desta sigla a mais importante da história do Brasil. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Filme retrata vida de Camille Claudel

Filmes sobre a vidas de artistas, principalmente pintores e escultores, sempre despertam muita atenção, curiosidade. Foi assim as películas que mostraram a vida de gênios como Pablo Picasso, Vincent Van Gogh, e Jean Michel Basquiat, este último, um artista americano que começou como grafiteiro e muito jovem ainda tornou-se famoso com trabalhos em pinturas neo-expressionistas, hoje avaliados em milhões. Basquiat morreu precocemente aos 28 anos.
...escultora Camille Claudel
A atriz Juliette Binoche que interpreta a ...
Os filmes mostram sempre, além do lado artístico, a vida normalmente atribulada desses personagens, seja pelo excesso de amores, pelo abuso do álcool, de drogas -caso de Basquiat- ou de problemas de doenças, tipo a esquizofrenia, como foram os casos do pintor holandês Vincent Van Gogh e da escultora francesa Camille Claudel. 
O filme "Camille Claudel: 1915", que retrata um pouco da sofrida vida da escultora francesa, estreou semana passada no Brasil. Camille, que foi amante de Auguste Rodin,  autor  de obras famosas, dentre as quais a escultura "O Pensador", após se separar foi internada pela família num manicômio como esquizofrênica, doença que ela não admitia ter. O longa, do cineasta Bruno Dumont mostra os três dias iniciais do primeiro ano de internação de Camille numa clínica para esquizofrênicos, onde a escultora ficou enclausurada, sendo obrigada a conviver no meio de portadores de doentes mentais bem mais graves do que seu problema, cujo diagnóstico nunca foi confirmado como esquizofrenia.
No manicômio, um asilo mantido por religiosas, Camille vive cercada por doentes mentais com surtos psicóticos e apesar de garantir que não tem problemas mentais nas cartas que envia a familiares, mostra, também, que desenvolveu uma manai de perseguição por parte de seu ex-amante, Auguste , além de garantir que os doentes do asilo tentam todos os dias envenená-la.
Rodin
O sensacional do filme é a bela atuação de Juliette Binoche, que para fazer o papel de Camille, sem ter um roteiro especial, conviveu com a realidade de portadores de deficiência mental, paranóia e mal de Alzheimer. O resultado é surpreendente.
Camille Claudel passou três décadas no asilo, longe da família, dos amigos e do seu trabalho como artista. Nesse interminável período lutou escrevendo cartas onde defendia a própria lucidez e o ansioso desejo de voltar a trabalhar como escultora.
O filme, em cartaz nas salas do sul e sudeste do país,  ainda não chegou a Belém, mas os cinéfilos estão de prontidão na espera de ver mais essa sensacional atuação da sempre bela e excelente atriz Juliette Binoche, que dá vida à escultora Camille Claudel.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Garotos do Remo provam que merecem chance

Para quem, como este escriba, sempre foi um lutador e sonhador de um time profissional formado principalmente por jogadores oriundos das categorias de base, a vitória do Sub-20 do Remo que lhe garantiu o titulo de Campeão da Copa Norte, ontem, foi importante. Chegou em boa hora e para alertar os dirigentes da equipe azulina, de que importar bondes de fora, jogadores sem compromisso, não vale -e nunca valeu- a pena.
Nossas equipes têm todas as condições possíveis de formar times profissionais oriundos da base. Óbvio que não se pode formar um time todo do Sub-20, com a garotada saindo da equipe hoje, seja ou não campeã, e indo logo para o profissional. Mas é perfeitamente possível que uma equipe de 25 garotos dá para tira pelo menos uns oito para o profissional.
Agora tem que saber quem será o técnico, se local, se comprometido com jogadores novos ou um daqueles de fora que já chegam com vários nomes na ilharga para faturar um percentual em cima.
Acho que os torcedores remistas, assim como nós cruzmaltinos já há algum tempo sem faturar nada, devem sim comemorar esse título dos garotos. Como acompanhante das equipes Sub-20, parabenizo os incentivadores desses futuros craques -alguns já são- que têm tudo para brilhar na equipe principal, pelo menos uns oito ou 10. Basta que seja dada oportunidade, chance deles mostrarem que têm talento, incentivá-los. É a velha injeção de ânimo que a gente que gosta, que acompanha futebol sabe que eles têm que receber, porque boa parte dos garotos da base de Remo, Paysandu e Tuna, torcem pelas equipes, pelo futebol paraense e uma palavra, um pequeno salário, já serve para eles se sentirem felizes..
Eles muitas vezes desistem até de estudar, na esperança de realizar o sonho de ser um dia jogador de futebol. Mas se quiser ter sucesso, tem que se focar, não entrar em  "barcas"
Parabenizo a todos os atletas. Achei legal a vitória deles, a realização; torço muito por nossos jovens jogadores -independente de qual equipe sejam. São eternos sonhadores.
E uma das coisas mais belas da vida é a realização de um sonho.

Alex solta a língua contra Globo e CBF

Lúcida, honesta, corajosa e coerente a entrevista que o jogador do Coritiba Alex deu ontem a uma emissora de TV. Com larga experiência como jogador, com um talento que lhe credencia como um dos melhores do Brasileirão, Alex não poupou criticas à CBF, à Rede Globo, a quem chamou de verdadeira gestora do futebol brasileiro, e ao modelo de gestão de nosso futebol, que não enobrece nem aos fazedores do espetáculos, os jogadores, tampouco aos torcedores, que são os geradores de renda aos clubes..
Alex: craque de bola, inteligência e conhecimento
Alex esteve sereno em toda a entrevista, mostrando que tem conhecimento do que acontece no país, na política e no futebol. Coerente em suas declarações, ele criticou veementemente a maneira como trabalha a CBF. "Quem manda de verdade no futebol brasileiro é a Rede Globo, a maior parceira da CBF. Ela (a CBF) cuida somente da Seleção Brasileira, que hoje tem a grande preocupação de fazer altos negócios com as empresas de publicidade", disse o jogador.
O jogador  foi mais fundo: "A CBF aceita tudo que a Globo dita, como por exemplo, o horário dos jogos. Ela não se preocupa com o público nos estádios, que é quem proporciona lucro e a manutenção dos clubes, com o que passam os jogadores, que passam mais de um dia concentrados para entrar em campo no final da noite, e principalmente com a situação dos torcedores". E aproveita para perguntar: "como pode ser marcada uma partida de futebol pra as 22h? Isso além de prejudicar os jogadores, que terminam de trabalhar meia noite, prejudica ainda mais os torcedores, pois estes que trabalham o dia todo, depois têm que que enfrentar uma enorme fila para entrar no estádio às 10 da noite. Como o jogo só termina à meia noite, eles vão ter que enfrentar transportes, engarrafamentos para chegar em casa mais de uma hora da manhã. É justo isso?", indaga o jogador. 
O jogador, que ganhou até estátua em seu último time na Europa, o Fenerbahçe, diz que o modelo de gestão de nosso futebol tem que mudar urgente, como também o calendário e horário dos jogos.
A entrevista de Alex, que teve uma grande repercussão nas redações e nas redes sociais, mostrou um jogador preparado, com bom nível intelectual e de conhecimento. 
O Atleta disse lamentar não termos um futebol organizado a ponto de nos igualarmos com o alemão. "Não interessa  se chegarmos a ser hexa em copas do mundo, se nos outros três anos e 11 meses, em times não somos mais que segundo ou terceiros lugares no mundo".
Alex é um dos jogadores melhor situado financeiramente em nosso futebol. Lúcido, consciente, sabe o que diz, e tudo indica que tem sonhos de ser dirigente após aposentar-se como jogador.  Porém,  vale lembrar, que quem fala o que sente, e é honesto, é sempre boicotado. Mas seria interessante um dirigente que peitasse a Globo e a CBF com coragem e lucidez como o jogador do Coritiba.