sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Governo nega insegurança, mas ela está aí

É brincadeira e de muito mal gosto as autoridades policiais do Estado negarem que o Pará é um estado violento. Dizer que os dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) que diz que a população paraense lidera os indícios de sensação de insegurança do país, divulgada ontem pelo IBGE, é mentirosa, e retratam uma realidade antiga, de 2009, é querer fechar os olhos para uma realidade  que a Grande Imprensa mostra diariamente.
A pesquisa infelizmente causa mais inquietação aos paraenses, que hoje vivem a intranquilidade da insegurança em todos os setores. Ninguém mais quer sair de casa à noite, com medo dos assaltos e da extrema violência dos assaltantes. Os sequestraos relâmpagos, moda nas grandes cidades, estão acontecendo com normalidade em Belém e nas cidades da Região Metropolitana. O bandidismo, mesmo com o esforço das autoridade, aumenta sensivelmente.
Agora não podemos fazer como fez o governo de São Paulo, quando dezenas de pessoas são assassinadas diariamente, tendo o Estado se transformado numa praça de guerra entre policiais e bandidos, e o secretário  de Segurança nega e o governo do tucano Alckimim a princípio não aceitou o apoio do governo federal e da Polícia Federal. Felizmente para os paulistanos, o bocudo secretário se mancou e pediu exoneração.
O problema da bandidagem em Belém e no Pará, é que eles procuram sempre imitar o que acontece em estados mais avançados, como Rio de Janeiro e São Paulo. A ação das polícias -Civil e Militar- até que é efetiva, mas ao que parece os bandidos se multiplicam com facilidade.
O roubo de armas de uma empresa de segurança na semana passada, que virou até piada, porque começou com mais de 300 armas, depois baixou para  pouco mais de 200 e por último somente com 150, é um retrato do que acontece em Belém. A empresa proprietária das armas ficava com um arsenal armamentístico dando a maior "sopa" para os bandidos, que não tinha nem que ir muito longe, porque o local onde as armas estavam já é uma área considerada  vermelha, portanto um melzinho para os bandidos.
Não se pode nem deve amedrontar a população. Mas negar o real, também é querer brincar com coisa séria.

Funcionários do BB dão zero para Felipão

Felipão é isso mesmo que mostrou na coletiva de apresentação dos novos comandantes d Seleção Brasileira. A frase discriminatória aos funcionários do Banco do Brasil, que a maioria preferiu chamar de gafe ou um mal entendido, é o retrato mais fiel da arrogância do técnico gaúcho. 
Mereci no mínimo uma manifestação por parte de funcionários, sindicato, associação e Federação de trabalhadores do banco do Brasil. Pela insolência desmedia, pelo despreparo. Afinal, são quase 120 mil funcionários, de brasileiros que dão expediente e que honram a qualidade dos serviços de um dos maiores banco do mundo. O Banco do Brasil. Mais uma nota ZERO para Felipão.

O perigo da eleição no Paysandu

Aviso aso navegantes:
Postei recentemente que a tendência no Paysandu é o candidato da situação,Vítor Cunha, ganhar a eleição que será realizada hoje, a partir das 16 horas.
Minha análise é em cima do conservadorismo que permeia nas agremiações paraenses e, numa eleição que está sendo realizada pela primeira vez pelo processo realmente democrático, não seria muito fácil para o candidato de oposição, Vandick Lima, conseguir apoio dos conselheiros e dos poucos sócios em dia com  clube.
Hoje, quero salientar, já tenho uma posição um pouco diferente. Digamos assim, de repente, pode acontecer o inverso.  Vandick, da "Novos rumos", pode surpreender e ser eleito.
Minha quase mudança de opinião -ou uma incerteza de que a eleição está decidida em prol do candidato de Luiz Omar-, é que vendo o número de votantes me surpreendi. Jamais imaginei que o Paysandu, que não possui sede social em funcionamento, teria mais de 1.100 associados em dias com suas obrigações, ou seja,  aptos para votar.
Então, se não tiver acontecido aquilo que é muito natural (apesar de ilegal) num período eleitoral, que é o grupo da situação chamar os inadimplentes e negociar parte do pagamento de sua dívida e/ou anistiá-los, exigindo com isso a fidelidade do voto,  pode acontecer de a "Novos Rumos" desbancar a "Centenário".
É bem fácil  a "anistia ampla" ter acontecido, porque o grupo situacionista tem acesso a todos os sócios  em dia e inadimplentes e como em eleição existem os assessores  "catitas", muitos que nunca sequer pagaram o clube poderão tranquilamente "ficar em dia".
Este escriba espera que não tenha acontecido essa "patriotada" no Paysandu, e que os aptos para votar sejam associados que pagam religiosamente o clube. Se isso acontecer, podem esperar: Vandick leva e até  fácil, porque tenho conversado com colegas e amigos que torcem pelo clube alviceleste e já deu para sentir que existe um enorme desejo de renovação.
Mas, vale lembrar, se a anistia correu frouxa, vamos respeitar a "surra" que o ex-jogador vai levar. O que será uma pena para quem aposta na renovação.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Diálogo chulo no "face" da Tuna

A Tuna Luso Brasileira está vivendo "plena lua de mel" com as chamadas festas com aparelhagens "treme terra", coisas que os gestores sempre juram de pés juntos que não farão porque, está claro, só faz prejudicar o bom nome da agremiação. 
É claro que devido os problemas de falta de caixa, as festas são uma solução que a diretoria encontra para "fazer dinheiro". Mas não deixa de ser um erro de gestão, porque quem assume a diretora executiva, sabe da real situação do clube, por isso tem que procurar fórmulas para que as festas popularescas -uma saída inaceitável para a maioria dos associados, que se afastam do clube quando elas passam a ser realizadas- não aconteçam.
Conhecido festeiro, que há mais ou menos seis anos fez tudo para "entrar" no Clube, fosse realizando suas festas no Estacionamento, no Castelinho, no Salão Vermelho, onde quer que fosse, agora é figurinha carimbada aos sábados e nas domingueiras da Tuna, como se fosse um sócio normal do clube.
Com o moral elevado, o conhecido festeiro tem inclusive seus apoiadores na diretoria que, através do faceboock, entram em verdadeiras guerras utilizando o Blog oficial do clube. E o mais lamentável:  usando  de verborragia do mais baixo nivel, chula mesmo. 
Semana passada, a coisa desandou para agressões com palavreado que talvez nem o presidente do clube tenha tomado conhecimento, pois se lesse o "bate papo" entre seu diretor e conhecido cruzmaltino, certamente chamaria o tal diretor às falas, embora o mesmo só tivesse lhe defendendo.
O alimentador (ou alimentadora) do Blog e faceboock do Clube, deve ficar atento a esse tipo de coisa, que pega muito mal para o Clube.

Antes que eu me esqueça...

Aviso aos navegantes: não posso afirmar se é  lobby, coincidência ou algo feito propositalmente,  mas ultimamente só os gaúchos são escolhidos como técnicos da Seleção Brasileira. Os três últimos, Dunga, Mano Menezes e agora Felipão, são gaúchos da gema, como a maioria dos generais que comandaram o Brasil no período da ditadura militar.
Uma outra (bem) estranha coincidência: como os generais, que indicavam até jogadores para a Seleção, os gaúchos que são premiados como técnicos da Seleção Brasileira, não são muitos simpáticos aos regimes democráticos. Principalmente Dunga e Felipão, dois conhecidos "tratores" ou, o que se chama popularmente de "casca grossa".

Jefferson, um herói para Barbosa

Ser condenado sem provas, pode. Ser bandido e delatar: pode. E, na segunda hipótese, o bandido ainda é transformado em herói, pelo menos para o ministro e hoje presidente do STF Joaquim Barbosa. O canalha do PTB Roberto Jefferson, que fez toda a trapalhada no país, na verdade o pilantra maior que comandou a roubalheira em vários setores, espertamente deu uma de dedo duro na tentativa de escapar ileso. Pior que conseguiu. O "justo" ministro Joaquim Barbosa disse que Jefferson prestou um grande serviço à Nação. Só faltou chamá-lo de herói.
Eu, hein...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Scolari na Seleção. Volta o sargentão!

A cena de teatro de José Maria Marin durou pouco. O anúncio do nome do novo técnico da Seleção Brasileira, que ele garantiu que sairia só em Janeiro, já vazou: Luiz Felipe Scolari, como todos os saudosistas, conservadores e os ditos "amigos do rei" já especulavam, ou melhor, já sabiam.
A volta da truculência à Seleção
A estratégia de Marin de levar o reacionário Scolari -após este decretar a queda do Palmeiras para a Série B- para debaixo de suas asas na CBF, já era praticamente um anúncio de fritura de Mano Menezes. Só Mano (que ainda não deu nenhuma entrevista para falar sobre o assunto), parece que não sabia que Marin, conservador, reacionário e autoritário como é, não poderia perder a oportunidade de colocar um elemento cujo perfil é similar ao seu para dirigir nossa seleção.
Felipão saiu do Palmeiras praticamente queimado, mas arrogante como é, disse que iria descansar e só no próximo ano pensaria em trabalhar em uma grande clube brasileiro, estrangeiro ou em alguma seleção. Quanta prepotência! Óbvio que já devia ter a garantia de Marin de que voltaria para a nossa Canarinha.
Pior é que ainda levou o outro sargentão, Carlos Alberto Parreira, que como técnico é um médio preparador físico.
Tudo isso é por demais lamentável. Primeiro que essa história idiota de que Felipão é um vencedor só cabe em historieta gaúcha, onde Felipão é ídolo. Scolari é simplesmente um elemento arrogante, prepotente, boçal, truculento e sem nenhum preparo para conviver num meio onde a liderança sem arrogância é fundamental. Destemperado, é daqueles que desrespeita os jogadores, dirigentes e chama jornalista para a "porrada" (expressão dele). Cidadão que não tem a humildade de discutir problemas com jogadores, mas apenas desqualificá-los e afastá-los do gripo, como fez com Kleber "Gladiador", prejudicando o jogador e o próprio time do Palmeiras.
Aos que defendem o conservadorismo na Seleção e insistem em dizer que Scolari é bom "porque é durão, valentão e venceu uma Copa", insisto que isso não significa muito, não. Muitos que não ganharam uma Copa  são verdadeiros heróis, como o falecido Telê Santana e sua Seleção de 1982 que foi, depois da Seleção de 70, a melhor que o mundo já viu jogar.
Por isso, Zico, Falcão, Sócrates, Júnior, Leandro e todos que estiveram na bela Seleção de 82, não venceram a Copa, mas mostraram que nem sempre o melhor vence.
Já o "nosso" técnico "vencedor"  ganhou uma Copa em que as melhores equipes do mundo como Espanha,  Itália, Argentina e Portugal não chegaram nem às oitavas, e nas semifinais duas seleções sem nenhuma expressão: Turquia e Coréia do Sul. Salvaram-se Brasil e Alemanha. Assim Felipão foi herói numa disputa  em que praticamente não teve adversários. Uma Copa que parecia muito difícil, mas que foi, ao contrário, muito fácil pela falta de adversários compatíveis. 

São Paulo pode "passear" hoje no Morumbi

Os atacantes Osvaldo e Luis Fabiano estarão em campo hoje
Vejo o São Paulo com todas as chances de vencer fácil  hoje a equipe da Universidad Católica do Chile, no  Estádio do Morumbi, às 20,30h. A partida é válida pela semifinal da Copa Sul-Americana, e se a equipe tricolor vencer por qualquer escore ou empatar sem gols, será finalista.
Acredito no sucesso do São Paulo, porque o time paulista conseguiu com o técnico Ney Franco no comando, montar uma equipe competitiva, muito bem arrumada, capaz de jogar com competência com qualquer outra equipe.
Quando entra em campo completa, como acontecerá hoje, a equipe do São Paulo é, à primeira vista,  quase imbatível. A começar pela defesa, onde Rogério Ceni (apesar de seu jeito arrogante) ainda é um excelente goleiro, além de ser uma espécie de auxiliar do técnico Ney Franco dentro de campo, passando segurança e tranquilidade aos companheiros.
Na defesa sampaulina, só quem destoa um pouco do quarteto  é o lateral direito paulo Miranda, embora não chegue a comprometer. O miolo de zaga e a lateral esquerda são perfeitas, principalmente Cortez, que além de ser um bom marcador é um grande apoiado ao ataque.
No meio de campo o São paulo pode se dar ao luxo de ter um tripé perfeito, formado por Wellington, Denilson e Jadson, e o meia atacante Lucas, que é meia atacante mas faz o papel de quarto homem de meio de campo, pois apóia o ataque, estando sempre vindo buscar jogo.
O ataque do São Paulo é fantástico. Osvaldo é bom driblador e muito veloz, enquanto Luiz Fabiano é um centro avante que qualquer um queria em seu time.
Com uma equipe dessas, o São Paulo tem tudo para vencer fácil a Universidad católica. E, quando alguém cansar, Franco pode ter o privilégio de ter em campo o belo futebol de Paulo Henrique Ganso, que estará no banco, pronto para ser utilizado pelo "Coach" sampaulino. Mas assim...

Técnica explica derrota por W.O. para Esmac

A técnica Aline Costa, do time feminino da Tuna (Futsal e de campo), na linha com este escriba explica porque a Águia do Souza não compareceu para o jogo da final do 1º Turno do campeonato feminino de futsal, ontem,  perdendo por WO:
"Nossa equipe está desfalcada de cinco jogadoras titulares. Lause, Kekê, Talita, Leila e Cássia estão batidas e fazem tratamento par ver se enfrentam o Sport Belém no final de semana pelo Campeonato Feminino de Futebol de campo.. 
Também a Federação Paraense de Futsal  resolveu marcar esse jogo para a quadra da Esmac, o que é um privilégio para eles, porque jogam com sua torcida, sua charanga e muitas vezes a própria arbitragem se intimida com a pressão e isso pode influir no resultado. Então, entrar em campo com um time totalmente reserva para fazer vergonha, achamos melhor, de comum acordo com a diretoria, evitar o  vexame.. Em nome da equipe eu peço desculpa aos nossos torcedores, mas penso que foi melhor assim. No próximo turno estaremos em campo".
Aline falou também que evitou os gastos com a partida, porque era quase certa a derrota. Assim, evitou o duplo prejuízo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quase certo Remo e Paysandu na mesma

A disputa eleitoral para a presidência de Remo e Paysandu chegou à esfera da política propriamente dita. No Remo, a torcida e até alguns Beneméritos torciam para que Sérgio Cabeça não tentasse a reeleição, já que ele está queimado pelas "poucas e nada boas" que fez nos últimos dois anos, além das últimas notícias sobre seus problemas pessoais, envolvendo justiça, etc., que fizeram com que até cardeais que torciam por ele, abandonassem o barco furado. Mas o homem agora decidiu ser candidato, e aí tudo muda de figura.
No Paysandu a situação é talvez, um pouco pior. Amado, idolatrado e salve, salve pela maioria dos torcedores, o ex-jogador e atualmente vereador Vandick tem tudo para ser o novo mandatário bicolor. Tinha tudo, aliás.  O grupo ligado ao presidente Luiz Omar Pinheiro esquentou as turbinas e lançou o nome de Victor Cunha, vereador eleito por Belém e politico de carteirinha, sem vivência no futebol, mas com apoio de Luiz Omar e de outros nomes conhecidos nas hostes bicolores, como Ambire Gluck Paul, seu candidato a vice.
Com o atual presidente na disputa, a situação no Clube do Remo tende ao continuismo, já que as eleições são indiretas e o candidato a reeleição Sérgio Cabeça tem grande parte do Conselho Deliberativo a seu favor. 
É muito ruim para o Remo essa grande possibilidade de Cabeça permanecer na presidência, ou seja, vão continuar "as mesmas flores, os mesmos jardins". Complicado, porque mesmo que Roberto Macêdo, o candidato de oposição, não seja uma grande novidade em termos de Remo, pois até o presente não mostrou sua plataforma de governo, certamente se eleito seria uma boa oportunidade do clube azulino mudar algo, pois os dois últimos presidentes, Amaro Klautau e o atual, Sérgio Cabeça, pouco fizeram em termos de crescimento e modernização administrativa na agremiação. Ao contrário, foram de uma mesmice e deslizes que culminaram com nenhum  turno ganho na gestão de Klautau e na de Cabeça a perda do título regional para o Cametá dentro de casa, a estranha negociação da vaga para a Série D e posteriormente a vergonhosa campanha. Sem se falar nas contratações e nos vexames jurídicos que praticamente fizeram com que o Benemérito Ronaldo Passarinho decidisse de vez afastar-se da gestão do clube 
No Paysandu a eleição direta pouco ajudará Vandick e em quase nada atrapalhará os planos de Luiz Omar e seu candidato. É que dos 1000 associados, nem 300 estão aptos a votar, e mesmo assim em uma eleição nova como é essa do Paysandu, além de não existir propaganda que mostra ao associadoque ele tem direito  a votar, os poucos que sabem, não se interessam em ir. Os que vão são os mesmos presentes em todas as eleições do clube, além dos que são "levados" pelos interessados.
Por tudo isso, na visão deste escriba, mesmo que Vandick seja o nome ideal para o Paysandu, apesar de ser um político conservador, mas pelo que tenho acompanhado, para o futebol tem boas e novas idéias, a situação é muito difícil para ele. Enquanto Victor Cunha, que é o continuismo, a mesmice, além do possível autoritarismo direitista dentro do comando do futebol, é o que está mais próximo de substituir Luiz Omar. 
No Remo, muito difícil Cabeça perder essa. Como também, com a continuação de Cabeça, está muito complicado para o Remo sair do atoleiro em que está. 
A situação de Remo e Paysandu lembra muito a situação da Tuna: associados ou conselheiros que pouco vão ao clube (alguns passam até 10 anos sem ir), numa situação de eleição são praticamente levados a votar. Chegam alguns dirigentes até a isentá-los de qualquer pagamento em atraso. O importante é o voto.  Para torcedores e até associados, é mais fácil reclamar. Enquanto para os que realmente decidem, não importa muito o destino das sofridas agremiações.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Santa Cruz com um pé na segunda fase

Está dando a lógica na primeira fase do Parazão 2012. O time do senador tucano Mário Couto, o Santa Cruz de Cuiarana, é o líder absoluto do Campeonato, com nove pontos, seguido do Paragominas, com sete e do São Raimundo, com quatro.
Para o final dessa primeira fase, que tem mais cara de torneio do que propriamente de campeonato, restam duas rodadas, portanto, o Santa Cruz de Cuiarana necessita de tipo um pontinho só para chegar à classificação, enquanto a segunda vaga está entre Paragominas e São Raimundo, sendo que o time santareno tem que vencer  e torcer para seu principal concorrente, o Paragominas, perder seus jogos.
As outras três equipes que estão na disputa -Independente, com 3 pontos; Parauapebas, com 2 e Castanhal com zero ponto, estão praticamente sem chances.
O Santa Cruz de Cuiarana formou uma equipe competitiva, forte para essa etapa e até para outra, já que reúne um leque de bons jogadores titulares e um banco de reserva de dar inveja aos três da capital
O mesmo acontece com o Paragominas, que inclusive foi o campeão da Segundinha. Se chegar à fase principal do Parazão, poder ser um dos fortes candidatos ao título do ano, já que formou uma boa equipe, com apoio de empresas do município e da prefeitura.
O Parazão 2012 tem tudo para ser um dos melhores campeonatos dos últimos anos. Com o reforço das novas equipes -que podem ser Santa Cruz e Paragominas ou Independente- e mais as equipes que já estão classificas e entrarão na próxima fase -Tuna, Paysandu, Remo, Águia de Marabá, Cametá e São Francisco- o interior poderá novamente mostrar toda sua força, pois os dois últimos títulos regionais foram ganhos por Independente e Cametá, e se Remo, Paysandu e Tuna não abrirem o olho, o interior novamente poderá fazer a festa.
Complicado é porque com certeza o Paysandu vai fazer um time superior aos outros, porque vai ter que se preparar para a Série B. Assim, com a boa preparação das equipes do interior e com o Paysandu bem mais reforçado, se Remo e Tuna não se cuidarem vai ser mais um ano de lamentações para os dois.

Felipão pode ter "fritado" Mano Menezes

Especulações dão conta que foi o técnico Luiz Felipe Scolari, principal responsável pela queda do Palmeiras para a segunda divisão, quem derrubou Mano Menezes do comando da Seleção Brasileira.  Felipão, depois que saiu do Palmeiras, com a equipe verde praticamente na Série B, foi abrigado na CBF pelo presidente José Maria Marin. Lá, Felipão teve tempo e apoio, principalmente do presidente Marin e de seu amigo Romário para "trabalhar" a fritura de Mano Menezes.
O grosso e boçal Felipão quer a Canarinha
Feita a conspiração, Scolari foge para sua cidade e  tenta dar uma de bom moço, principalmente para saudosistas que lembram do último título da Seleção, vencido pelo gauchão, embora os adversários de 2002 fossem os piores da história de todas as copas do mundo.
Têm sentido as especulações sobre a conspiração de Scolari para a queda de mano Menezes. Meio desprestigiado graças ao que fez ao Palmeiras (caiu para a Série B com três rodadas de antecipação) Scolari que não aprovou na Europa, quer voltar por cima, graças à vaidade.
Complicado, porque se voltar para a Seleção, superado como está, arrogante com jogadores, grosso com a Imprensa, os brasileiros vão ter que engolir o gauchão, que está mais para um sargentão do que para um profissional de futebol. Simplesmente porque falta tipo um ano e meio para a Copa das Confederações, período ideal para a formação de uma equipe. Mas com Felipão não será fácil formar uma equipe, pois grosseiro e boçal, com certeza alguns atletas vão chegar a pedir a não convocação. E aí com certeza a "vaca poderá ir para o brejo".
Sendo assim, melhor Felipão descansar na Serra gaúcha. Na Seleção, por favor, basta de Felipão!

Padre Nelson quer secretários formados

Padre Nelson vai moralizar Bragança 
O Padre Nelson, prefeito eleito de Bragança pelo Partido dos Trabalhadores, está numa sinuca de bico. Os partidos que fizeram parte da coligação que o elegeu, já começaram a indicar nomes para as secretarias. Ético e bastante responsável, já que sua meta é fazer uma gestão histórica no município, Padre Nelson quer colocar nas secretarias chaves, como Educação, Saúde, Agricultura e Finanças, profissionais dotados de curso superior como exige a Lei Municipal, e se possível com especialização, para que na verdade os indicados estejam realmente capacitados para a função que vão exercer.
O problema que o prefeito eleito do PT enfrenta é o de quadros. No interior e dentro dos critérios que o Padre exige, não é muito fácil encontrar muitos nomes. Um dos possíveis indicados como pré-candidato à secretaria de Agricultura, é o presidente do PR em Bragança, Pedro Persi. Ex-secretário de Agricultura na gestão de Celso Leite, Persi é um nome forte, tido como ético e conhecedor da área de agricultura. O que está pegando para Persi não ser o escolhido é que que ele não tem curso superior, como o Padre Nelson deseja.
Segundo fontes de Bragança, Padre Nelson até que pensa em ceder a Secretaria de Agricultura para Pedro Persi, que é profundo conhecedor da área. Mas a deputada do PMDB Simone Morgado já questionou sua possível indicação, embora a Lei Municipal que exige formação superior para o secretário de Agricultura, foi julgada inconstitucional pela Justiça.
Alguns críticos das exigências da Lei Municipal garantem que para determinadas secretarias não deve ser exigido curso superior, já que os secretários, principalmente de Agricultura, que passaram por Bragança, pouco fizeram para melhorar o setor agrícola do município.
Os críticos podem até ter razão com relação ao pouco avanço da Secretaria de Agricultura de Bragança.  Mas que é necessário uma formação para os secretários, isso é inegável, pois é preciso talento e probidade para  trabalhar os destinos de qualquer município. Este escriba é a favor das ações de Padre Nelson.

Dinheiro de Ganso para Tuna e Paysandu

Há duas semanas, fui informado pelo presidente da Tuna que ele voaria até São Paulo para tratar do recebimento de uma quantia, segundo ele, em torno de 600 mil, pela transferência de Paulo Henrique Ganso do Santos para o São Paulo. O percentual, segundo ele, era a parte da Tuna como equipe formadora do hoje craque sampaulino.
Do Santos para o São Paulo, Ganso é grana viva!
A notícia sobre a parte da Tuna não apareceu na Imprensa, talvez, infelizmente, por quase todos da m[idia serem simpatizantes de Paysandu e Remo, e não noticiam quase nada da Águia. Mas apareceu sobre "a parte" do Paysandu, seguindo eles, pouco mais de 300 mil.
Da parte deste escriba, não acredito muito que essa grana vá sair nem para a Tuna, tampouco para Paysandu. Pelo menos agora. Pela formação do atleta, quem tem realmente direito é a Tuna, pois Paulo Henrique Ganso, que nós aprendemos a chamar de "Petrobras" (Nestor e Capitão têm várias fotografias da época) chegou na Águia do Souza com apenas oito anos e de lá só saiu com 14, ou seja, toda sua formação de atleta foi na Lusa.
Acredito que o presidente da Tuna, como advogado, deve ter suas informações sobre o dinheiro que a Tuna poderá receber. Não sei qual o percentual que a Tuna e talvez o Paysandu tenha direito, porque desde nossa época como dirigente, a conversa existe e é uma fofocaiada tão grande que não dá para acreditar em quase nada.
Falando disso, vem à minha memória que nessa época, dois advogados do Rio de Janeiro me procuraram para tratar do assunto. Como pediram uma "entrada" para começar os trabalhos, de comum acordo com meus diretores, achei melhor não mexer com isso, mesmo porque não sabia se o negócio seria sério.
O presidente da Tuna está certo que receberá o dinheiro. Disse, inclusive, que com o dinheiro, pagará algumas dívidas e poderá formar um bom time para o Parazão 2012.
Da parte deste escriba e creio dos verdadeiros cruzmaltinos, só resta torcer. E ter fé no que poderá vir.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mano Menezes caiu. Que não venha Felipão!

E eis que Mano caiu. Mesmo com a taça de campeão no Clássico das Américas, Mano não resistiu à derrota para os portenhos por 2 a 1 e foi destronado por José Maria Marins, o titular da CBF.
Acho que Mano Menezes durou tempo demais na Seleção. Embora com um saldo positivo no ano, o técnico não tem perfil de homem de seleção e várias enquetes já mostraram que o torcedor não gosta dele.
Mano é um profissional caladão, meio sisudo, mas até simpático. Ao contrário de Felipão, que é grosso, arrogante, chegando a ser até boçal, Mano Menezes chega a ser até tímido, na sua, mas enquanto esteve à frente da Seleção pouco mostrou conhecer de esquema tático, além de não ter conquistado a simpatia do torcedor brasileiro
Suas convocações sempre foram contestadas, pois pareciam que nem sempre partiam de sua cabeça, lembrando um pouco até o ex-comandante Dunga. 
Marins já tem no bolso do colete alguns nomes que poderão substitur Mano Menezes. Tite e Muricy Ramalho são os prediletos, seguidos de perto pelo campeão Abel Braga.
Vanderley Luxemburgo, o mais preparado e o que realmente conhece de futebol, não foi nem lembrado pelo cartola José Marins. Talvez Luxa nem queria fazer parte da "panela" suja da CBF.
É bom que Marins não tenha a infeliz idéia de colocar no comando da Seleção seu amigo Felipe Scolari, o homem que afundou o Palmeiras. Já que existe a vaga, que seja pelo menos um pouco coerente e coloque para dirigir nosso selecionado alguém que seja realmente competente. Mas que não tire o futuro campeão mundial Tite. Esse tem muitas glórias a dar ainda ao Timão.

Tomara que Picachu seja um novo Marlon!

Não acho que tenha sido um grande negócio para o Paysandu vender Yago Picachu por 700 mil reais. O valor é até alto para nosso futebol, mas o garoto é realmente bom de bola, inclusive, como chamam os conhecedores e envolvidos no esporte bretão: diferenciado.
Pela idade, 20 anos, e pelo que vem mostrando como lateral-artilheiro, Picachu poderia ser vendido por uma quantia bem superior, talvez até mesmo pelo valor de sua rescisão, em torno de 1.2 milhão de reais.
Picachu é um  grande jogador e de futuro
Mas a realidade de nosso futebol -essa frase é quase lugar comum!- praticamente obriga a diretoria do Paysandu a fazer o negócio com investidores. O clube, que agora tem que se preparar para disputar a Série B,  está com salários atrasados,  com um presidente que está prestes a sair e que certamente colocou uma boa quantia de seu patrimônio no time de futebol e, como não sabe se fará seu sucessor, cujo candidato é um político conservador que além de  não ter vivência no futebol, tem contra si a pecha de que deixou a escola de samba que presidiu por muitos anos em situação vexatória, tem que fazer alguma coisa para tentar  livrar parte de seu patrimônio colocado no Clube.
Para isso, Luizomar ganhou o aval do Conselho Deliberativo, que sabe que mesmo que o presidente seja em determinadas ocasiões teimoso, brigão, enjoado e até grosseiro, não pode ser chamado de desonesto e é verdadeiramente um apaixonado pelo Paysandu.
Quer dizer, mesmo achando que Picachu  foi vendido por uma quantia bem inferior ao que realmente vale, para a atual situação em que se encontra o clube e o Luziomar, foi um bom negócio. É importante se saber  se o Paysandu ainda ficou com uma pontinha dos direitos federativos do jogador pois, dos muitos jogadores que surgiram nos últimos anos aqui no Pará, Yago Picachu e o jovem Bartola (esse, vendido a preço de chuchu na feira), são realmente futurosos,  não são fogo de palha como Moisés e outros menos votados que saíram daqui e voltaram poucos meses depois e, ao que parece, desaprenderam tudo que pareciam saber.
O que também é importante saber é qual será o destino de Picachu. Se for para times do interior de S]ao, Rio ou Minas, é preferível ficar por aqui. Pelo menos poderá ser visto na Série B e despontar, como Marlon, que saiu da Tuna para o Remo, foi desprezado pelos azulinos, foi para o Criciuma e deu um show na equipe, que está hoje classificada para a Série A.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Icasa e Paysandu: um jogo muito difícil

O pior cego é aquele que não quer enxergar. Pois é, dito isso, não posso me abster de dizer que a tarefa do Paysandu hoje em Juazeiro do Norte é das mais difíceis. Vencer o Icasa em pleno Romeirão  não é fácil. É cruel. Muito cruel. Claro que o torcedor bicolor discorda, mas vejo pela ótica da realidade.
Vou antecipar o que alguns cronistas poderão dizer amanhã: "o Paysandu perdeu o jogo dentro de casa. É inadmissível estar ganhando de 3 a 0 dentro de seus próprios domínios e deixar o adversário empatar o jogo". (Tomara que eu bata com o beiço na porta, podem ter certeza).
Posto sempre que futebol tem lógica sim, embora não seja 100 por cento. Mas tem. E pela lógica o Paysandu não deve vencer essa partida, porque além do Icasa jogar em casa e empolgado com a grana que entrou para os jogadores e Comissão Técnica, tem a história do time paraense ainda ter desfalques que certamente farão falta, como Pikachu e Kiros.
Lineker pode fazer a diferença
Por outro lado, é importante que se diga, que qualquer empate dá a vitória ao Paysandu, embora este escriba seja totalmente contra equipes que jogam por empate e com isso ficam na retranca. Normalmente isso não dá muito certo..
Mas eu confio em Lecheva. Ele sabe arrumar bem o time, conhece o elenco como ninguém e sabe quando e onde mexer nas necessidades. A entrada do Lineker (que alguns insistem em dizer que foi da base do Paysandu, mas que na verdade era da base e inclusive pertence à Tuna, está só emprestado ao Paysandu) pode ser o diferencial. O jovem meia atacante é veloz, dribla bem e tem a vitalidade necessária para fazer até melhor que alguns veteranos.
E para a torcida do Paysandu: felizmente futebol não tem 100 por cento de lógica. De repente a equipe da Curuzu ganha a partida. É plenamente possível.
Para efeito de memória: o Fortaleza  e o Luverdense foram as equipes que fizeram a melhor campanha no Grupo A, em que estavam o Paysandu e o Icasa. O Leão cearense, nas oitavas, ainda empatou fora na partida de ida. Ao final, o Fortaleza perdeu em casa de 3 a 1 e o Luverdense, que havia perdido fora de 3 a 0, ganhou em casa mas não se classificou. Os dois últimos colocados, Icasa e Paysandu, foram os que se classificaram para a Série B.
Coisas do futebol, que por não ter 100 por cento de lógica, continua sendo uma caixinha de surpresas..

Argentina mais uma vez leva peia do Brasil

É impossível um grupo ser formado hoje para jogar amanhã e conseguir convencer o torcedor, e é mais exigente que qualquer técnico de futebol. Foi o que aconteceu com a Seleção Brasileira, que ontem à noite em plena Bombonera perdeu na partida por 2 a 1 -mesmo escore que venceu no Brasil- mas ganhou nos pênaltis e levou a taça no Super clássico das Américas. 
Quase todos aqueles jogadores que estiveram em ação ontem, jogaram pelas sus equipes no final de semana. Na segunda-feira viajaram para a Argentina e fizeram no máximo um reconhecimento do campo, para em seguida, enfrentar nosso mais ferrenho inimigo: a Argentina.
Gostei da Seleção. Não mostrou o futebol que sabem e podem jogar, mas teve personalidade. Neymar, como sempre, mostra a cada dia que é um grande jogador. E convence até quem não gosta do Santos e dele próprio, pois joga bem em sua equipe e na Seleção. Ontem deu um show, mostrando também que não tem dificuldade de jogar seja qual for o parceiro de área.
Fred jogou como sempre joga. Pouco volta para buscar jogo, fica mais dentro da área, mas na hora H resolve, porque  é oportunista, sabe definir a partida. Ontem pouco apareceu no primeiro tempo, mas no segundo se movimentou mais e foi sensacional, porque além do gol que fez na partida, a tranquilidade que teve para cobrar a penalidade mostrou que ele tem vaga sim na Seleção.
O resultado foi bom. Quem não gosta de ganhar da Argentina? Este escriba vibrou muito porque viu em ação jogadores que jogam no Brasil e que, mesmo que insistam em trazer os "estrangeiros", mostraram que podem ser ou no mínimo fazer parte do grupo, pois talento para isso eles possuem.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Agora é sério: Belchior visto em Porto Alegre

De última: prova de que a história que Belchior estava sendo procurado por uma dívida em hotel no Uruguai é cascata, é a aparição do artista em Porto Alegre, ontem à noite. Segundo o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, Belchior não quis dar entrevista, mas caminhou pela cidade, foi a um restaurante onde comeu comida japonesa, depois foi para um "hotelzinho de terceira", o Sheraton. É mole? Será que o home está liso?
Belchior não falou com os jornalistas, mas sua esposa Edna garantiu que breve o multiartista dará uma coletiva em que falará de seu novo trabalho, dos projetos e shows.
Uma boa, e uma esperança para que Belchior acabe logo com essa sua "divina comédia humana", em que de tempos em tempos "aparece" desaparecido. .

Queriam encontrar Belchior? Ele está aqui!


Para quem estava procurando o Belchior, que dizem despareceu mais uma vez: encontramos o cara! Belchior estava por aí pelo Uruguai, Paraguai e "otros paisitos mas", já que ele é um apaixonado pela América latina e, todos sabem, apenas um rapaz latinoamericano.
Mas falando sério, Belchior deve estar tranquilo, compondo, lendo, escrevendo: literatura, poesias e músicas. Ou então pintando, embora um antigo empresário seu diga que ele deixou seu atelier cheio de quadros, tintas e pincéis abandonados em São Paulo.
Não creio nesse papo furado de dívida sei lá de quanto em hotel do Uruguai. Qualquer quantia ele certamente pagaria com um telefonema para um amigo, um empresário, ou fazendo um empréstimo a qualquer cidadão comum de seu tempo. O certo e que alguém pagaria a conta para Belchior.
Sou meio suspeito de falar de Belchior. Gosto muito do cara, admiro seu trabalho, seu talento como músico, poeta, compositor e literato. Fizemos uma boa amizade, após uma entrevista, e toda vez que vinha a Belém me ligava para ir ao seu show. Já postei aqui, que tenho um LP raro que, podem crer, nem ele conhecia. "Deve ser um LP pirata", falei na época para ele, que sorriu e deu uma baforada num longo charuto cubano.
Belchior é um artista diferente. Muito politizado, extremante culto, conhecedor da literatura brasileira e da literatura e poesia portuguesa. Conhece os poetas ingleses e está sempre ligado nos problemas sociais e causas. Bandeiras por questões sociais e populares é com ele mesmo.
Por achar ele "o cara", quando o procurarem vão sempre encontrá-lo no Blog. Ele é figurinha carimbada aqui. Com seu talento, com suas canções ou até com seus comentários, seja a respeito de John ou de qualquer outro mortal.  
Mas sinceramente, enquanto engoma a calça, queria que Belchior aparecesse de verdade, com um trabalho daqueles magnificos, tipo "Velha Roupa Colorida", "Profissionais", "Na hora do almoço", coisa e tal. O Brasil está precisando de Belchior, com certeza. Zeca Baleiro, falou isso recentemente na Feira do Livro em Fortaleza. E este escriba está totalmente de acordo com o poeta maranhense.
Aparece de verdade, Belchior. Nossa Musica Popular está carente de um talento como você!
Enquanto ele não dás as caras de verdade, o Blog presenteia a este escriba e aos que gostam de Belchior com "Velha roupa colorida". Curta, vai ver o cara aparece!

O "quebra Cabeça" do Clube do Remo

Que situação a do Remo, hein?  Uma onda de coisas negativas assolou o clube nos últimos dias, que para alguns remistas até parece "trabalho feito". Ontem, o Presidente do Clube Sérgio Cabeça foi mais uma vez condenado, agora a oito anos em regime semiaberto, em processo que rola desde a época em que era diretor do antigo CEFET (hoje, IFPA);  também ontem, advogados do clube não compareceram a uma audiência com o veterano Ávalos, que resultou na vitória do ex-jogador à revelia no "Casarão". Prêmio que o Remo vai ter que pagar ao "ex-jogador": 124 mil reais. E por último o boato que corre solto na cidade de que o técnico Flávio Araújo, campeão invicto pelo Sampaio Correia e contratado, comenta-se, por 60 mil reais mensais pelo time azulino, não vem mais, porque sentiu-se abandonado por dirigentes do clube, que nem sequer  lhe telefonam. É muita coisa junta, meu!
Vou torcer para que as coisas no Remo se acertem. Por ser tunante e amante do futebol principalmente o paraense, torço pelo sucesso de nossos três clubes. Mas acho fundamental que dirigentes tenham compromisso pelo clube, que lutem para que as instituições  Remo, Tuna e Paysandu passem a trabalhar com responsabilidade, seriedade e transparência. O Clube depende quase sempre das ações de seus dirigentes.  Se eles erram, vêm os problemas. Mas se acerta, o sucesso vem.
Lamentavelmente os clubes da capital, principalmente os três velhinhos  (Tuna, Remo e Paysandu),  estão com seus dirigentes praticamente "queimados" perante os associados e torcedores. Porém, todo cuidado na hora de substituí-los é pouco. Tem muito oportunista na área!

Fred e Neymar juntos: Se cuidem, argentinos!

Entra em campo hoje uma Seleção Brasileira do tipo que este escriba gosta. Brasileira da gema, com jogadores que jogam no Brasil, conhecidos de todos os torcedores, do mais abastado ao mais humilde, porque jogam em equipes que disputam o Brasileirão.
O jogo, que acontecerá na Bombonera, campo do Boca Júniors, deveria ter acontecido no dia 3 de outubro, na cidade de Resistência. Não aconteceu porque houve um apagão no Estádio, chegando-se a comentar que havia sido um boicote à presidente Cristina Kirchner, já que foi a presidente quem pediu para a partida acontecer lá.
Outro fato de alegria para este escriba é a escalação do time de Mano Menezes. O excelente goleiro Diego Cavalieiri, do Fluminense (o melhor do Brasil, no momento) será titular. Também outros jogadores que estão brilhando no Brasileirão, e que já deveriam ter tido oportunidades na Seleção, estão no time de Mano Menezes, como reservas ou titular, como o atacante também do Fluminense, Fred, que volta depois de uma pequena polêmica com o técnico canarinho.
O jogo começará às 21h, um bom horário para futebol, que infelizmente agora acontecem em função dos folhetins globais. 
Pela primeira vez a dupla Fred e Neymar estará em ação. Este escriba acredita nos dois craques. São estilos diferentes, mas já vai dar para se avaliar uma dupla para o futuro, pois Fred está num momento excelente de sua carreira, inspirado e cada vez mais consciente como homem de área. Juntando esse talento e faro de goleador com o do jovem Neymar, é certeza de que o vencedor da Taça Superclássico das Américas foi só um questão de tempo. Os brasileiros vão entrar com muita vontade de trazer o caneco.
Então, se cuidem, argentinos!

Presidente luso vai manter técnico Marajo

O presidente da Tuna Luso Brasileira falou no final de semana que vai preparar um grande time para 2013. Com seu natural estilo, procurando sempre mostrar que tudo está "100 por cento", e até ameaçando revidar os ataques dos críticos, diz que vai gastar 80 mil reais com o time profissional, mas garante que não vai contratar jogadores veteranos.
"Vamos fazer um time à base de nossos atletas do sub-20", diz, esquecendo que já falou isso outras vezes. "Não vamos mais cometer o erro de trazer jogadores que além de não renderem o suficiente, ainda põem parte do grupo a perder", se lamenta.
Sinceramente, achei até interessante a proposta do presidente. Mas acho difícil ele cumprir o prometido, mesmo porque, em sus palavras mostra que não vai mudar seu estilo de administrar, onde quem comanda "é ele e ele de novo", isto é, sozinho. Como até o presente não trabalhou com auxilares que sejam de sua inteira confiança para  determinar-lhes funções e dar-lhes independência, não é fácil acreditar no que diz. 
Vejo também que é meio complicado você trabalhar querendo dá uma de técnico, tipo  "não vou contratar.." ou coisa parecida, pois são tarefas que não dizem respeito ao presidente, mas à Comissão Técnica da equipe e, no máximo ao Diretor de Futebol, embora o presidente possa dar alguns palpites, pois como é realmente quem dá a última palavra, deve estar sempre pronto para dizer "sim" ou "não".
Hoje, parece que quem está como Diretor no Futebol profissional da Tuna é o Barata. É cruzmaltino mas muito polêmico, ao ponto de em qualquer discussão desconhecer os companheiros, ser agressivo, gritar, etc. Esses estilos complicados mas diferentes -do Presidente e do seu diretor Barata- com certeza vão interferir na relação dos dois e, tendencialmente, como das vezes anteriores, vão terminar rachando, prejudicando mais uma vez o time e à própria Tuna.
O presidente diz que vai gastar 80 mi por mês (ano passado ele também prometeu, como ão cumpriu, este escriba gostaria de saber como ele vai conseguir essa grana), que não quer veteranos, que vai usar a prata da casa como base do time, mas quando chega na questão técnico ele diz que será mesmo o Marajó. Inquerido se não era melhor um técnico mais experiente, até mesmo o Lucena, ele diz que "Lucena não tem o perfil da Tuna. Aliás, quem eu quero mesmo é o Samuel Cândido, mas por ora é o Marajó", finca pé o presidente.
Pergunto:  como vai trazer o Samuel, se o técnico ganha 10 mil no Parauapebas e mesmo que sua equipe não se classifique, ele não vem por menos desse valor para outro time? Não seria melhor pensar mais um pouco,  trazer mesmo o Lucena, ou talvez o Ondino, o Joacy, que conhecem bem o elenco?
"O Ondino, o Joacy e o Marabá vão trabalhar com o o Marajó", insiste o presidente. 
Nova incógnita: ele sabe que isso não dá certo, pois quem será na verdade o técnico dos três? 
Está assim a situação da Tuna. Faltam menos de dois meses para a estréia da equipe no Parazão e não sabemos quem é quem. De minha parte (com todo respeito), acho que Marajó não tem perfil de técnico ideal para o time profissional da Tuna. 
Insisto que que um técnico com mais experiência, rodado (sem ser importado), já poderia estar vislumbrando jogadores das equipes que estão mais pra lá do que pra cá nesta Primeira Fase. Tem muita gente boa, e se tem condições de fazer um time de 80 mil (?), penso que dá para fazer uma "seleção paraense", quase no nível do Paragominas ou do Santa Cruz de Cuiarana.
Agora mesmo, dois jogadores bons estavam dando "sopa": Aleilson e Flamel. Os dois têm menos de 30 anos e eu juro queria no meu time,  S´[o que os dois já foram contratados, estrearam por suas equipes e até fizeram gols..
O presidente pretende trazer Zeziel. Não é um jogador ruim. Mas contraria sua proposta de não quer er veteranos, pois Zeziel já passou dos 30 há tempos..
Esperamos -nós cruzmaltinos- que seja formado pelo menos um time competitivo, que mesmo com poucas chances de ganhar o título, pelo menos com jogadores que possam honrar o nosso manto luso brasileiro, evitando que a equipe caia para a segundinha.
P.S.: Sobre a terrível queda da Tuna na pontuação no ranking da CBF, de 53º colocado  que éramos caímos vergonhosamente para 191º, uma explicação: o critério do ranking só vale para os títulos dos últimos cinco anos. Os títulos  passados  não valem  para essa avaliação. Lamentável!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ganso estréia com renda e público recordes

A estréia de Paulo Henrique Ganso (revelado para o futebol pela Tuna Luso Brasileira) ontem pelo São Paulo foi algo assim monumental. Com público e renda recordes no Brasileirão, passando dos 62 mil pagantes e quase 1 milhão e meio de reais, deixam claro o carinho e o respeito que o torcedor brasileiro e agora sampaulino sentem pelo grande jogador paraense Paulo Henrique Ganso.
Ganso acena para mais de 62 mil sampaulinos
O São Paulo venceu o Náutico de virada, por 2 a 1,  e com esse resultado carimbou o passaporte para a Libertadores. Uma vitória que mostra que falta pouco para o time paulista formar um dos melhores elencos do futebol brasileiro. Jogando bem, embora sem conseguir furar o bloqueio defensivo do time pernambucano na primeira etapa, o São Paulo não esperava tomar um gol logo no inicio do segundo tempo. De bola parada, Souza cobrou no canto, sem chances para Rogério Ceni.
A entrada de Paulo Henrique Ganso aos 12 do segundo tempo foi um momento mágico no futebol. Aplaudido pelos mais de 60 mil torcedores Ganso entrou, acenou para a torcida e fez o que sabe fazer melhor na vida: jogar futebol de alto nível,
O gol de empate do São Paulo surgiu depois de uma bela jogada do atacante Osvaldo pela esquerda, que centrou com perfeição para Luis fabiano só completar de cabeça.
O  segundo gol, o da vitória, foi de Rogério Ceni, cobrando penalidade máxima em cima de Luis Fabiano.
O tempo foi curto para Ganso mostrar todo seu talento. Mas nem mesmo a falta de ritmo pelos quase três meses parado atrapalhou as jogadas de passes curtos e certeiros e as perfeitas bolas enfiadas pelo meia sampaulino. Por várias vezes Ganso deixou Luiz Fabiano, Osvaldo ou o volante Wellington em excelente posição para finalizar.  
O resultado mostrou que o São Paulo é o time paulista mais regular do Brasileirão, juntamente com o Coríntians. O time de Lucas, Luis Fabiano, Cortez, Osvaldo e agora Paulo Henrique Ganso possui um dos melhores elencos do futebol brasileiro e os últimos resultados mostram que está bastante concatenado por Ney Franco. Na visão deste escriba quem destoa na boa equipe tricolor é o lateral Paulo Miranda e o volante Wellington. Nas outras posições a equipe está azeitada.
Osvaldo ontem enjoou de jogar futebol. Foi o melhor homem em campo.

Vanderson é melhor jogando que falando

Não deu para entender o jogo entre Paysandu e Icasa na sexta-feira, quando o time bicolor vencia por 3 a 0 no primeiro tempo e na segunda etapa tomou dois gols e por pouco não deixa a equipe cearense empatar.
Quando o placar chegou ao terceiro gol imaginei que seria goleada. Sinceramente, quando deu  o "branco"  nos jogadores paraenses na segunda etapa, que fez com que o jogo chegasse ao incrível escore de 3 a 2,  comentei com meus botões: "esses dois gols podem ser o fiel da balança em Juazeiro.
O Icasa tem um retrospecto bem positivo dentro de casa. E é justamente isso que a meu ver pode atrapalhar os planos do técnico Lecheva e dos jogadores que querem ganhar o título inédito da Série C.
Um empate, com gols ou sem gols, dá o título para o Paysandu. Mas o desestímulo por parte de Vanderson e de outros jogadores, além de jogar desfalcado, principalmente de seu melhor jogador, Yago Pikachu, podem acarretar o grande problema que é tirar dos bicolores uma classificação para a final que já estava praticamente certa, proporcionando que o título da Série C não venha para o Pará, ao contrário, vá para o beleléu.
Observei alguns torcedores do Paysandu e notei que muitos menosprezam o títyulo de campeão da Série C, talvez por deboche ao seus principal adversário, no caso o Remo, ou mesmo querendo justificar a "patetada" perante o Icasa em Paragominas.
Que grande tolice. Para o bom torcedor, qualquer título tem importância. Afinal é uma taça a mais para a galeria da equipe.
Sempre coloco aqui que considero a Série D o pior campeonato do Brasil. Porém, tenho a consciência de que é somente a partir de lá que se pode sonhar em chegar à Série B ou à Série A. Não existe outro caminho, a não ser se vencer a Copa do Brasil, que é bem mais difícil.
O jogo entre Icasa e Paysandu, em Juazeiro, no Estádio Romeirão, será uma tarefa árdua para os bicolores. Lecheva tem que dar uma injeção de ânimo, principalmente nos mais jovens. E, se possível, não levar o Vanderson para esse jogo. Ele, Vanderson, definitivamente, é bem melhor jogando do que falando...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Gonzaga: de pai para filho, o filme

Gonzaguinha canta "Um bilhete pro seu Lua", endereçada a seu pai 

Breno Silveira está de parabéns pelo seu excelente filme "Gonzaga, de pai para filho". Confesso que relutei um pouco para assistir, porque um pedaço só que vi de "Os filhos de Francisco", achei o enredo de má qualidade, muito piegas, sem nada que pudesse  me agradar. Minha opinião certamente bate de frente com a de centenas ou até milhares de admiradores do filme sobre Zezé e Luciano. Mas minha colocação talvez seja por eu não ser amante da música dos tais filhos de Francisco.
Com relação a "Gonzaga..." o que se vê é uma história de dois grandes artistas, pai e filho, um deles, Luiz Gonzaga, produto do sofrimento do sertão nordestino, nascido em 1912 e adolescente em plenas décadas de 20 e 30, onde o herói era valente Lampião.
Sertão onde o coronel sem farda comandava, e os súditos, os matutos humildes, obedeciam.
O outro, Gonzaguinha, nascido no Rio, criado no Morro de São Carlos, formado em Economia, mas com as firmes raízes musicais do velho Lua, inclusive herdando a sensibilidade para compor, tocar e cantar.
Breno foi feliz na escolha do roteiro, pois Patrícia Andrade inicia a saga dos Gonzagas com uma entrevista atribuída a Gonzaguinha com o paí, em pleno sertão pernambucano, mais ou menos no início dos anos 80. Entremeando à fala do velho sanfoneiro, o filho rebelde, apaixonado pelo pai mas carente de amor paterno, deslancha em questionamentos e até humilhações, chegando ao ápice do velho Lua se irritar e os dois chegarem quase às vias de fato.
Gonzaguinha cantando com seu pai, Luiz Gonzaga
Gonzaga, então, a partir de uma parada estratégica e romântica embaixo de um pé de juazeiro onde havia escrito as iniciais sua e de uma adolescente que se apaixonara na juventude, deslancha  numa narrativa ilustrada e cheia de aventuras de um verdadeiro caipira que fugiu de sua casa nas brenhas do sertão pernambucano para vencer no sul maravilha, a partir de uma surra que levara da mãe, dona Santana. Conta da parada em Fortaleza, onde serviu o Exército, da visita saudosa do pai Januário à capital cearense, a promessa ao velho de que jamais mataria alguém, a baixa do Exército e o início do sofrimento como artista no Rio de Janeiro.
Na sequência da narrativa do velho Lua a Gonzaguinha o filme faz um desenho emocionante da vida do velho Lua, principalmente porque mostra a realidade que persiste até os dias de hoje: para um nortista vencer no sul tem que ser bom. Pra lá de bom! E Gonzaga venceu.
Gongado várias vezes no programa de auditório de Ary Barroso, na Rádio Nacional,  o compositor, cantor e sanfoneiro só conseguiu emplacar quando ouviu falar de um tal Humberto Teixeira, um advogado e compositor cearense que escrevia muito bem. Só que Gonzaga sofreu para conseguir convencer Dr.  Humberto Teixeira de que sua música era novidade, de que poderia ser o algo novo da música brasileira, como foi a partir dos anos 40.
Mostrou motes de letras e canções e despertou o genial Humberto Teixeira. A união dos dois de imediato gerou o que há de mais perfeito na historia da música nordestina. Os shows apareceram, os discos venderam milhares e o nome do caboclo pernambucano estourou e perdurou por mais de 50 anos nas emissoras de radio e televisão de todo o país.
Enquanto a entrevista (e a briga) entre os dois se desenrolava, o filme apresentava o início da relação de Luiz Gonzaga com a mãe de Gonzaguinha, uma dançarina que, o filme deixa claro, foi a segunda grande paixão de Lua. A relação entre o casal, bastante conflituosa, o nascimento de Gonzaguinha e a morte de Odiléia, aos 22 anos, vítima da tuberculose é o pontapé real da odisséia de Gonzaga, pois sem mulher, com a família distante e com uma criança para criar, se sente em apuros, praticamente perdido.
Apoiado pelo amigo violonista Xavier e sua esposa Dina, padrinhos e verdadeiros pais para Gonzaguinha, Gonzagão ganhou o mundo, casou com sua secretaria e fã, Helena, daí o filho, como questiona em quase todo o filme,  passou para um plano secundário.
Foi daí que iniciou a revolta de Gonzaguinha com o pai. Na demorada conversa deles, a roupa suja foi lavada, as incertezas passadas a limpo, de um e de outro, como o sofrimento do velho Lua, sua pureza e esforço para ter uma família digna. Também foi mostrada toda a rebeldia de Gonzaguinha, a partir da adolescência no Morro de São Carlos com a madrinha-mãe Dina. Suas dúvidas, seu sentimento socialista até sua ascensão como grande artista popular.
O filme é emocionante e até as atuações dos amadores Chambinho do Acordeon como Luiz Gonzaga entre 30 e 50 anos, e Júlio Andrade, que faz Gonzaguinha adulto, surpreendem pelo sentimento e alma que eles dão aos personagens.
Ao final do filme, a emoção o rancor entre os dois desaparece, dando lugar ao perdão, ao amor, ao carinho natural entre pai e filho. O respeito e o carinho do artista genial mas politicamente conservador Luiz Gonzaga ao trabalho do rebelde comunista e intelectual Gonzaguinha, foi superior ao ódio.
Breno Silveira deu um grande presente aos brasileiros com o filme, porque resgata a história de dois monstros sagrados de nossa MPB, que infelizmente foram embora. Primeiro Gonzagão, em Agosto de 1989. Menos de dois aos depois Gonzaguinha, em Abril de 1991.
Este escriba entrevistou Gonzaguinha no Novotel, num show que ele veio em prol do Movimento Popular em Belém, há mais ou menos 23 anos. Simpático, magérrimo, Gonzaguinha, na época, já um apaixonado pelo pai, o artista me presenteou com um LP autografado.  Respondeu, na oportunidade, a uma pergunta que lhe fiz sobre música, dizendo: "o maior artista brasileiro e do mundo é meu pai, Luiz Gonzaga". Podem ter certeza, não somente para ele, para este escriba também!

Os problemas do Paysandu

Tomara que a partida de hoje entre Paysandu e Icasa, em Paragominas, seja um espetáculo pelo menos bom de se ver. As duas equipes, na verdade no mesmo nível técnico, não estão muito incentivadas nem ansiosas por esse jogo, já que ambas estão com problemas de caixa e com salários atrasados.
Isso é ruim. Para os que pensam que isso não influi no rendimento da equipe e até na parte sicológica dos atletas, um aviso: salário atrasado de jogador de futebol tem o mesmo reflexo que tem no profissional  comum que é sindicalizado e que greva quando tem seus vencimentos atrasados não recebem aumento correto em sua data-base.
Nem mesmo a classificação das duas equipes e a possiblidade da maioria dos atletas permanecerem para as disputas da Série B, pode influir positivamente e melhorar o ambiente quando a questão salarial entra em cena. É porque tem-se que entender que a maioria dos jogadores vive especificamente do salário, pagam escolas de filhos, alguns são de fora e pagam aluguéis e isso complica a vida dos profissionais.
No caso do Paysandu, Luizomar até que já tentou arrumar alguma coisa com o governador. Mas ele sabe que isso não funciona assim. Dinheiro público não sai do dia para a noite; então fica complicado ter esperanças e até prometer assim em cima "das buchas". Tem que correr atrás, visitar "as fontes".
Mesmo assim, com essas dificuldades, quero vitória paraense. Espero -como já postei acima- que o jogo seja bom, as equipes se empenhem e o Paysandu ganhe a partida e bonito. 
Uma vitória vai dar uma luz à equipe e poderá até abrir portas para a possibilidade do presidente Luizomar conseguir a sonhada "grana extra". Além do lance do título, que pode até não ser do Vanderson, mas que é o sonho de todo torcedor.
Mas o presidente deve deixar claro e bem fechado para o grupo, que a grana atrasada vai ser paga dentro de determinado prazo. Isso tem que ser bem explícito. Falado direto com os atletas e Comissão Técnica. Recadinho, não vai adiantar.
Depois disso, é só determinar para o grupo: "quero vitória; quero o título".

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Toquinho e Vinícius: casamento perfeito



De todas as parcerias que o poeta e compositor (na verdade, letrista) Vinícius de Moraes teve em sua longa vida como artista, foi com Toquinho que aconteceu a mais perfeita tradução. O jovem velho Poetinha encontrou no jovem violonista que foi aluno de Mestre Paulinho Nogueira, o parceiro ideal, o amigo de todas as horas, o companheiro da música, da poesia e da boemia.
Vinícius, que no próximo ano completaria 100 anos de vida (19 de outubro de 1913), foi diplomata, mas na verdade o que sempre foi mesmo foi poeta. Com certeza já nasceu poeta, porque desde muito cedo sentiu inclinação para as letras, aliás para as artes, pois além de poesias escrevia crônicas para jornais, onde também foi crítico de cinema, chegando a editar uma Revista sobre a Sétima Arte.
Parceiro de importantes nomes da MPB como Garoto, Chico Buarque, Edu Lobo e Baden Powell, Vinícius  quando conheceu o jovem Toquinho, no final dos anos 60, e o viu dedilhar com maestria o violão, sentiu logo que aquele seria seu parceiro definitivo.
Toquinho e Vinícius talvez tenhas sido a dupla de compositores e cantores que mais deu certo na Música brasileira. A perfeita união entre letras poétícamente ricas e canções super melódicas demorou 11 anos. Foram mais de 10 discos gravados, em torno de 120 canções compostas e gravadas que ficaram imortalizadas no dueto quem nem a diferença de 33 anos entre o dois impediu que Toquinho e Vinícius fossem eternamente amigos e parceiros musicais.
Vinícius morreu em 1980, tomando banho numa banheira, depois de uma noite em que fez canções, bebeu uísque e conversou sobre tudo com seu grande amigo Toquinho.
Depois da morte do amigo Vinícius Toquinho sofreu mas teve que tocar sua vida e sozinho. Hoje, é um dos maiores nomes de nossa MPB, mas sua grande obra realmente foi feita em parceria com Vinícius de Moraes.
É bem difícil escolher uma canção dentre as dezenas tão belas que a dupla fez. "Como dizia o Poeta", "Para viver um grande amor", "Meu pranto rolou", "São demais os perigos desta vida", Morena Flor", "O bem amado", "Tarde em Itapuã" e tantas outras lindas canções inesquecíveis para os que têm um salutar gosto musical tocam diariamente em bares, casas noturnas, além de serem pedidas em shows de Toquinho e outros artistas, porque até para os músicos Vinicius será sempre Vinicius.
Neste final de quarta com cara de sexta, o Blog escolheu uma das canções mais lindas e um dos maiores sucessos da dupla Vinícius e Toquinho para deleitar seguidores e navegantes.  "Tarde em Itapuã", música de 1970, a primeira da dupla e que segundo Toquinho, Vinícius fez a letra e ele "se enxeriu" para fazer a música, pois, imaginava que sendo garoto novo, o Poetinha poderia achar que ele ainda não tinha a confiança para fazer música de tamanha responsabilidade. No final, letra e música casaram perfeitamente e deu  essa beleza. Presente do Blog. Esse clip foi gravado na Itália, com participação da cantora Miúcha. Detalhe para Vinícius apresentando a música em italiano.

Flávio Araújo pode ser "Dor de Cabeça

Flávio Araújo chega com a humildade dos bons nordestinos. De fala mansa e meio acanhado, Flávio, embora jovem, 49 anos, já demonstrou sua competência nas muitas equipes que dirigiu. O técnico chega não prometendo muito, mas o principal: trabalho e a certeza do comprometimento, "meu e dos meus jogadores" em fazer a torcida remista voltar a sorrir.
E a verdade é que ficou esquisito para os outros dois principais times paraenses engolirem o sucesso do Paysandu. Sem série, Remo e Tuna vão ter que ralar muito para conseguir chegar ao título estadual e disputar a Série D, divisão que na visão deste escriba é o esgoto do futebol brasileiro, embora, infelizmente a maneira única das equipes começarem a luta par chegar a qualquer lugar.
Flávio Araújo diz que não vai trazer jogador no colete, ao contrário dos outros técnicos que por aqui já passaram, que trouxeram jogadores às pencas. "Vou trabalhar de comum acordo com a diretoria, vamos formar o time num consenso", diz, parecendo ter combinado com Albany ou Cabeça o que diria na reportagem. 
Mas se tiver falando a verdade, e trouxer atletas cacifados e com o aval de pelo menos um ou dois diretores de futebol, pode fazer um bom trabalho. Ruim é quando os técnicos chegam aqui e já trazem a tiracolo três, quatro ou cinco jogadores, que na verdade são "peixes" deles.
Mesmo sendo um fã do trabalho de Flávio Araújo, (desde a época em que era técnico do Icasa e tirou o Paysandu da Série B em plena Curuzu), penso que o momento não era para o Remo fazer um investimento desses. Falam que o "Coach" ganhará 60 mil reais mensais. Com um salário desses, de técnico de C ou B, e não estando em nenhum campeonato nacional, qualquer equipe, mesmo com a grande torcida que o Remo tem, vai ter que contratar bons jogadores, jogar muito e se "virar" para pagar salários. Ao técnico e aos atletas.
Penso que, pelo menos "a priori",  Flávio Ara´újo pode ser uma grande dor de cabeça!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Enquanto engoma a calça, eu vou lhes contar...

Uma das coisas que mais lamento no ser humano é ele ter vergonha de ser o que é. Se o cara tem qualquer diferença, seja física, seja opção sexual ou qualquer que seja, ele tem que assumir, ser honesto com ele e com os outros. Temos que assumir nossos erros e nossos acertos, defendo isso.
Neste Blog, costumo dar minhas opiniões e muitas vezes não agradam a determinadas pessoas.É natural. Nem todo mundo comunga com o que penso, com o que desejo, com o que sonho.
Nunca escondi de ninguém minhas preferências clubísticas. Sou Tuna Luos Brasileira até em cuspe à distância. Respeito muito os clubes Paysandu e Remo, que acho que possuem patrimônio que a minha querida Tuna não possui: suas torcidas.
Também faço questão de não esconder minhas preferências políticas. Sou militante de esquerda desde muito jovem, eu e meu filhos. Iniciei na Igreja, na JUFRA e depois em partidos de esquerda. É minha opção, acredito no socialismo, embora ache que no mundo globalizado em que vivemos, de Internet, com os jovens praticamente abandonando a política, é difícil chegarmos a um sistema que seja do meu agrado e de milhões de pessoas no mundo. Mas tems nossos sonhos, nossas preferências políticas e acreditamos em algo positivo para os povos do mundo.
Mas jamais esconderei meu modo de pensar. Acho que não tem nada a ver você querer, oportunísticamente, ficar no anonimato, envergonhar-se de ser algo, temendo possíveis críticas.
No post que fiz sobre as condenações de José Dirceu e José Genoíno, coloquei em um P.S, que não aceitaria nenhuma crítica se o o cidadão nãose identificasse,  mostrasse a cara. Se é anônimo não existe, não tem cara, não tem caráter para falar mal de ninguém, principalmente. 
Alguns engraçadinhos insistiram em criticar meu pensamento no anonimato. Excluí.  Não sou radical, como um dos elementos facista postou em seu comentário. Ao contrário, sou demasiado democrático. Não posso é aceitar o cara ficar falando mal de A ou B e se esconder no anonimato por ser covarde ou no mínimo ter vergonha de ser de extrema direita, reacionário e analfabeto político.
Sair do armário, mostrar sua postura conservadora,  é perfeitamente entendível. Afinal, nem todos podem ser iguais ou do mesmo lado. Para isso existe a democracia.
Agora se o cara fala mal, xinga, esculhamba até com palavras chulas e se esconde no anonimato, aí não dá, não é meu?
Pode ate falar mal de mim, mas se falar asneiras, baixarias e ficar no anonimato, pode ter certeza que vai ser excluído.

A patetice de comparar Messi ao Rei Pelé

O Rei dando uma bicicleta. O resto é figuração
Depois daquele gol 76 que o Messi fez, e a fofocaida de que igualou Pelé, fiquei pensando com meus botoes: será que ele fez como Romário, que tem a maior inveja do Pelé, e que para chegar ao milésimo fez até gol de travinha?
Tudo bem que Messi passou de Pelé em quantidade de gols em uma temporada. Fato normal. Agora se ele quiser (ou alguns patetas) quiserem comparar o argentino com o Rei do Futebol, tem que atentar para alguns "pequenos" detalhes. Se não vejamos:
1- Messi já tem 25 anos e nunca ganhou uma Copa do Mundo. Pelé, ao contrário,  ganhou a primeira com 17 aos; a segunda com 21, e a terceira (embora já tivesse jogado quatro Copas) com 29 anos.
2- Pelé foi Bi campeão da Libertadores de 1962 e 1963, aos 22 anos.
3- Pelé foi Bi Campeão Mundial Interclubes, pelo Santos, em 1962 e 1963, com 23 anos.
4- Pelé fez seu milésimo gol aos 29 anos, num Maracanã lotado.
5- Pelé chegou à Seleção Brasileira com 17 anos, fato quase inédito na história da Seleção. O único jogador que chegou mais jovem que o Rei foi seu amigo Jonas Eduardo, o Edu, ponteiro esquerdo do Santos, que chegou à Seleção e à Copa de 1966 com 16 anos.
6-Pelé em sua oitava temporada como profissional do Santos, fez 675 gols, fato que nenhum jogador do mundo igualou;
7- Pelé fez em toda a sua carreira profissional, 1283 gols. Se Messi quiser igualar ao número do Rei, terá que jogar por mais 13 temporadas e manter a mesma média de gols que está fazendo agora.
8-A Palavra "Gol de Placa" surgiu depois que Pelé driblou cinco jogadores do Fluminense e tocou de leve por cima do goleiro Castilho.
9- Pelé parou uma guerra na África. Para que os habitantes de duas cidades que guerreavam visse o Santos e Pelé, fizeram um acordo de parar a guerra. O Santos fez três partidas, venceu duas e perdeu uma. Após os jogos, a guerra recomeçou.
10- Nos dois jogos que decidiram o Mundial de Clubes em 1963, o Santos venceu o Benfica por 3 a 2 no Maracanã e 5 a 2 no Estádio da Luz, em Portugal. Dos oito gols do Santos, Pelé fez cinco.
Por tudo isso que Pelé fez, é bom que se pare a babaquice de comparar qualquer unzinho com o Rei. Maradona até que já parou com a gaiatice. Agora é Messi. O cara é bom, isso não se discute. Agora comparar com Pelé, é brincadeira. Ainda tem muita gente boa para ele ser comparado antes de chegar ao Atleta do Século 20.

Condenados, mas injustamente

Aos que insistem, embora no anonimato, que eu faça alguma matéria ou comentário sobre a condenação de José Dirceu e José Genoíno, quero deixar claro que a história de mensalão atribuída ao PT, não passa de um caixa 2, que sei que é uma prática ilegal, mas natural entre todos os partidos políticos.
A este escriba, sinceramente, não interessa discutir o que os ministros do STF decidiram. Eles, embora ache que alguns agem de maneiras que surpreendem até seu pares, como o ministro Joaquim  Barbosa que não aceita argumentações nem do revisor ministro Lewandowski, têm a missão de julgar e condenar.
Dirceu foi condenado. Acho uma injustiça, particularmente, porque desde adolescente acompanho a luta de José Dirceu em prol de um mundo e Brasil melhores. Deu parte de sua vida por esta Pátria. Sacrificou sua juventude, os melhores anos de nossas vidas, pela democracia e por um Brasil realmente para brasileiros.
Se errou e foi julgado, que cumpra a pena. Mas o tenho como um grande homem, um grande brasileiro. Infelizmente na nossa terra querida,  a influência da mídia conservadora ainda faz a cabeça de muitos. E para a maioria que se liga na mídia (que realmente foi quem primeiro condenou os companheiros do PT) Dirceu e Genoíno são bandidos.
É importante que se analise algumas questões: houve provas cabais que justifiquem a condenação? Qual o dinheiro e qual a quantia que Dirceu e Genoíno pegaram?  Rastrearam as contas bancárias dos dois? Encontraram algum dinheiro ilegal? Ao que parece, esse julgamento tem mais a cara de um julgamento político, um julgamento do próprio PT.
Os brasileiros comuns que os condenam, deveriam conhecer um pouco de suas histórias. De seus sacrifícios pelo nosso país. Deveriam, enfim, conhecer melhor a vida de José Genoíno e José Dirceu.
Queria saber se os que hoje chamam Dirceu e Genoíno de bandidos, teriam 20 por cento da coragem que eles tiveram, há 45 anos atrás, quando deram a cara, o coração, e se fosse necessário a própria vida por uma Pátria livre.
José Dirceu escreveu uma nota sobre sua condenação onde relata um pouco do que foi -e o que está sendo- sua vida. Um brasileiro que se sacrificou. Um homem inteligente que prova que onde esteve desempenhou suas funções com respeito e responsabilidade. Nunca prevaricou nem enriqueceu ilíciamente.
Quem comprou mandato, quem fez negociatas comprovadas no Rodoanel, está aí.  Livre, leve e solto. Felizmente, quem se beneficiou com o governo do PT, o povo brasileiro, reconhece a importância do  Partido dos Trabalhadores, que realmente foi quem  mudou a cara do Brasil.
Ainda credito na inocência de José Dirceu e José Genoíno. Acho que a Justiça ainda vai brilhar a favor destes dois grandes brasileiros.

P.S.: quem quiser comentar, só  peço que argumente com embasamento e assine o comentário. Se não assinar será imediatamente excluído.

Será que Mano vai convocar Fred? Duvido!

Sou capaz de postar como Mano Menezes não vai convocar o centro avante Fred, do Fluminense, embora o atacante tenha sido campeão, artilheiro do Brasileirão e um dos melhores jogadores de todo campeonato da Série A.
Meu vaticínio é porque sei bem como os técnicos agem. Principalmente esses que chegam à Seleção Brasileira, que  parece que mudam a personalidade, tornando-se boçais e metidos a melhores do que realmente são. Na verdade, a grande maioria, não passa de "rainha da Inglaterra": sentam lá, mas quem manda mesmo é o presidente da CBF ou outro cupinxa dele. Quem menos manda são os técnicos.
Mesmo assim, torço para errar e como o tal do Hulk parece que está batido, de repente pode ser que ele - Mano- seja obrigado a levar o grande atacante do Fluminense. Tomara!

Reviravolta: tucano tem bens bloqueados

E agora, José? O senador tucano Mário Couto, que antes do parlamento atuou como bicheiro, e que recentemente acusou os seus pares no Senado Federal de ladrões, e no mesmo dia e depois em outra oportunidade não poupou "elogios" ao presidente da FPF, coronel Antônio Carlos Nunes, chamando-o de "corrupto, incompetente" e o verdadeiro culpado da situação vergonhosa em que se encontra o nosso futebol, teve  ontem seus bens bloqueados pelo Juiz Elder Lisboa, da 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, que atendeu pedido de liminar do Ministério Público.
Mário Couto, que nas duas últimas semanas usou o plenário do Senado Federal para atacar a FPF, o coronel Nunes e seu diretor Paulo Romano, leva assim uma inesperada bordunada, e com um peso bem maior, porque Nunes não respondeu nada, ficou caladinho e ele - o senador- agora vai ter que se mexer para tentar livrar sua grana do bloqueio.
O que ninguém consegue entender é que de um minuto para outro, de acusador, o senador tucano virou réu. A velha máxima de que "quem tem telhado de vidro, não pode jogar pedra" rolou forte!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mangueira perde Delegado, o "Dançarino"

Mestre Delegado, orgulho da Mangueira..
No dia do aniversário de um dos maiores sambistas da história, o portelense Paulo César Farias, o nosso Paulinho da Viola, um outro nome da maior representatividade do samba, o mangueirense Hélio Laurindo da Silva, o popular Delegado, morre aos 90 anos, deixando de luto não somente a Estação Primeira de Mangueira, mas o Samba propriamente dito. Delegado foi o mais famoso mestre-sala do carnaval carioca. Delegado, cujo apelido segundo ele, ganhou por “prender” as cabrochas na conversa, era presidente de honra da Mangueira e estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, com câncer.
...aqui o Mestre ensinando passos de Samba à nova geração
Hélio Laurindo, ou Delegado ficou famoso em todo o país através do samba "Os meninos da Mangueira", de Ataudo Alves Filho, em homenagem à Mangueira. No Samba, que fez sucesso em todo o país, o filho do compositor e cantor Ataúlfo Alves enaltecia gente da Mangueira, como Cartola, Delegado, Carlos Cachaça, Marcelino e outros nomes que fizeram história desde a fundação da Verde e Rosa.
O presidente da Estação Primeira de Mangueira, compositor Ivo Meireles, um dos que mais reverencia a Velha Guarda da escola, considera Delegado com um dos maiores nomes da Escola. "A Mangueira perdeu, na minha opinião, o mais mangueirense dos mangueirenses", escreveu Meireles em seu Facebook.
Este escriba conhece um pouco da história de Delegado que, como Carlos Cachaça, praticamente viveu nos últimos tempos afastado do samba carioca. Delegado, figura que era conhecida pelo corpo esguio, a elegância no andar e no trajar e o grande molejo para dançar, fosse como Mestre Sala ou como passista,  ultimamente participava dos desfiles como personalidade de honra 
A coincidência da morte de Delegado no dia do aniversário de Paulinho da Viola, certamente será motivo de muitos sambistas homenagearem os dois -Delegado e Paulinho. E o próprio compositor da Portela, um baluarte como artista popular e como defensor das Escolas de Sambas preservando todas as suas raízes, deve ser um dos que homenageará o grande Mestre Sala da Estação Primeira de Mangueira, Delegado.  
Paulinho, o aniversariante, e Delegado, o Mestre Sala que se foi, são ícones do Samba, do Rio, dos morros, do Carnaval, do Brasil.

Fluminense é tetra. Mas mereceu!

Já postei várias vezes aqui a importância do centro avante Fred para o excelente elenco do Fluminense, campeão brasileiro da Série A, ontem, com três rodadas de antecipação.
Fred não é somente um centro avante diferenciado (o melhor em atividades no futebol braseiro), mas um jogador que além de conhecer a posição como poucos, é um líder dentro de campo nesse time de grandes líderes como é a equipe Pó de Arroz..
Goleador e artilheiro absoluto do Brasileirão com 19 gols, Fred é o retrato da competência dentro da área. O artilheiro ontem deu mais uma vez  (qualquer coisa "ésima") a prova de que é decisivo em todas as partidas, e que mesmo que perca um, dois ou até mais gols, faz sua parte com classe, categoria, ou seja, é um mestre no seu ofício. 
Fred, nesse título do Fluminense -o quarto- foi o que se pode chamar de "o cara".
Com o melhor elenco do Brasil, o Fluminense de Fred e Cia. mereceu o título. E com todo respeito aos outros times, mereceu levar a taça antecipadamente! 
Sinceramente, dá gosto ver os comandados de Abel Braga jogar futebol. São disciplinados táticamente, integrados, interligados. Um grupo de amigos, compenetrados, decididos a vencer. E o grupo conseguiu.
Imaginemos se o time estivesse jogando todas as partidas completo, com Deco e Cia.! Aí é que a coisa pegaria para os adversários. Já pensou enfrentar uma equipe com Deco, Wellington Nem, Thiago Neves e Fred, um artilheiro que tem uma média de quase um gol por partida?
O Fluminense é tetra. Fred é o artilheiro. Sua torcida só tem mais é que comemorar. Embora seja ruim para eles -torcedores- ter que aturar a equipe realizar três partidas "amistosas".

P.S.: a torcida tricolor agradece a Mano Menezes a não convocação de seu artilheiro. Mas o Brasil continua sem entender nada de Mano Menezes.

A hora de rever velhos conceitos

Do time do Paysandu que conseguiu a classificação -insisto, graças á salvadora entrada de Lecheva, que a Imprensa não lutou para que fosse o técnico do time bicolor e que só veio dá moral depois dos primeiros sucessos pós-Givanildo!- mais de meio time é paraense. Os goleadores das duas partidas decisivas, também são paraenses. O técnico Lecheva já é paraense, porque desde que começou na Tuna e depois foi para o time bicolor, já se passaram quase 15 anos e ele, como outros tantos, resolveu adotar Belém como sua pátria.
Lecheva: humildade e talento
Isso é a prova maior que nosso futebol tem potencial. Que quem sabe faz a hora não espera acontecer. E nossos atletas, nossos técnicos têm competência. Têm talento para envergar qualquer camisa e dirigir qualquer equipe daqui e no mínimo do nordeste.
Hoje foi Lecheva quem salvou o Paysandu; ontem foi Sinomar Naves que ganhou dois títulos seguidos para Independente e Cametá. Precisam mais provar o que?
Quer dizer, o que está faltando para que os dirigentes abram a cabeça e sintam quanto estão fazendo errado? Será que o Marcelinho Carioca faria melhor que o Rafael Oliveira? Será que o Mendes faria mais bonito que Yago Pikachu, o lateral que é uma verdadeiro centro avante?
Acho que cheou o momento de se rever velhos conceitos, de uma "mea culpa" dos dirigentes.
Aviso aos navegantes. Temos mais yagos pikachus por ai afora. Temos mais dezenas de grandes jogadores que precisam de oportunidade. Mas de oportunidade legal, séria. Não é botar o cara para correr fora de sua posição 10 ou 15 minutos, tirá-lo de campo e queimar o filme do cara. 
Ontem mais uma vez observei um jogador que brilhou há dois ou três anos pelo mesmo Paysandu, mas que foi embora porque técnicos de fora não o valorizaram. Dadá, é titular absoluto do Náutico, que disputa a Série A.
Por que esses jogadores não estão aqui? Porque esses jogadores vão embora e se aventuram em outras plagas?Claro que só tem uma resposta: falta de oportunidade e "queimação" por parte de técnicos de fora que referem trazer seus "bondes" para estacionar por aqui.
Parabéns à torcida do Paysandu, ao técnico Lecheva e aos jogadores, que souberam se superar. Que Lecheva seja valorizado, prestigiado. E se perder o titulo, duas ou três partidas, não seja mandado embora. É hora de dar moral à nossa prata da casa!