quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Este é um País sério!, há 25 anos

                                Capas dos números 3 e 6 da primeira revista de Charges do Pará

Sempre fui um apaixonado por charges e cartuns. Acompanhei grandes publicações das décadas de 70 e 80 como os alternativos O Pasquim, Coojornal, Movimento, além de grandes revistas e jornais diários que exploraram o máximo o talento de artistas como Caulos, Henfil, Carlos Estevão, Laerte, Millôr, Glauco, Fortuna, Ziraldo e muitos outros que se for enumerar aqui, com certeza o espaço vai ser pequeno.
Aqui no Pará, digo que tem duas coisas que só fazem crescer em talento: cantoras e chargistas/cartunistas. Acompanho desde o início dos 80 nomes como Walter Pinto, Luis Pinto, Biratan, J. Bosco, Paulo Emanuel, Félix, Ropi e muitos outros que com talentos, sensibilidade e a fineza do traço, fazem parte da história política, jornalística, cultural e artística da cidade de Belém.
Vendo que parte deles não estavam nos jornais diários, tive a idéia de criar uma revista que aproveitasse o momento político do país e com no máximo uma crônica e um editorial, cobrisse um mercado totalmente escancarado no cenário jornalístico paraense.
Foi aí que criei a Revista semanal Este É, um país sério!, em preto e branco e  em formato um pouco mais que o 16, e lancei.
A primeira tinha apenas uns seis chargistas, que foram J. Bosco, Biratan,. Félix, D. Queiroz, Paulo Emanuel e A. Torres.
Sem modéstia, foi um sucesso. Feita artesanalmente, rodava na gráfica de um amigo, em papel jornal, com circulação semanal todos os sábados pela manhã. Cheguei até o número 9, não aguentei, cansei, porque tinha como máxima pagar pelo menos o mínimo aos artistas, já que a meta  era vender uma quantidade boa e conseguir publicidade para que o projeto desses resultado e todos fossem felizes. Como a revista mesmo vendendo -chegamos a vender 350 exemplares semanais!- a publicidade não  conseguia suprir os gastos, resolvi parar.
Mas foi uma experiência muito boa, além de inédita. Consegui em uma só edição lançar  12 nomes, entre chargistas e cartunistas. Nomes como Walter Pinto, Biratan, A. Torres, Mauro, Jorge Laurent, Félix, Ropi, Márcio Pinho, J. Bosco, Paulo Emannuel. D. Queiroz, João Bento e Rony, um leque de excelentes artistas talentosos, criativos e que até hoje brilham no cenário paraense e nacional.
Reproduzi aqui dois exemplares de Este É um país sério!, na certeza de que os que curtiram essa publicação, vão lembrar das belas e importantes charges e cartuns da época.

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