domingo, 6 de dezembro de 2009

GATOS, (TAMBORINS) & SAPATO

Houve um tempo, no Rio de Janeiro, que a partir de agosto começava de com força a caça aos gatos. Nos dias de hoje, um bichano vivo valeria o equivalente a 20 reais e no câmbio negro tipo 30 mangos. Para os que desconhecem a história, vou revelar. É que nesse tempo não existia Ibama, ONGs protetora de animais, tampouco a velha Sociedade de Defesa dos Animais tinha alguma força ou influência para impedir que os membros de Escolas de Samba, principalmente a turma da percussão, pegassem os bichanos para usar o couro para tamborim. E haja gato morto. Os que tinham seus gatinhos de estimação, nesse período, escondiam os bichos.
No início dos anos 80, uma casa muito especial se destacava na Doca. Era o tempo dos papos românticos nos fins de tarde e começo de noite. O local, para os saudosistas, era o gostoso "Gato & Sapato", onde além de celebrar-se a vida com maravilhosos drinques, e chopps, alimentava-se de papos dos melhores, pois as grandes cabeças da cultura, jornalismo e arte de Belém se concentravam em mesas variadas.
Confesso que nunca mais comí tão delicioso bolinho de queijo com recheio especial como o feito no "Gato", como também sinto a carência de casa tão estruturada e aconchegante, embora bem pequena. Foi no "Gato & Sapato" que conheci e ouvi pelam primeira vez os dois grandes artistas paraenses, Nilson Chaves e Vital Lima.
Felizmente, hoje já não se mata gato para fazer o estridente tamborm dá o seu recado na avenida. E Infelizmente, não temos mais o "Gato & Sapato para tristeza os que amam um chopinho com bolinho de queijo nos fins de tarde.

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