quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

TARZAN E AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Como todo garoto e jovem que viveu nos anos 60 e 70, sempre fui apaixonado por historias em quadrinhos e por cinema. Adorava quando chegava o final de semana para receber uma ou duas revistinhas e para ganhar o dinheiro de meu pai, Seu Moraes, para ir ao cinema, matinal ou matiné no sábado ou domingo. Ia sozinho ou com um de meus amigos, que "filava" também o pai para o cinema do fim de semana.
Colecionava revistas de todos os heróis da época que, ao contrário dos dos anos 90 e de agora, que são ainda mais fictícios, super heróis, americanos ou japoneses, a meu ver confusos e sem a emoção que tinham os de minha infância.
Calma que eu não quero fazer comparações. Mesmo porque não dá, né?  Mas os meus heróis iam de Buck Jones a Hopalong Cassidy. Búfalo Bill e Jerônimo, o herói do sertão. Tinha também o valente Durango Kid e o Kid Colt. Eram muitos kids, mas confesso que eu gostava muito. 
Mas meu herói maior foi mesmo o Tarzan. Culpado disso? Meu pai.

TARZAN ERA O CARA

Tinha mais ou menos 11 anos quando papai me levou para o cinema, e Fortaleza, o Cine jangada. O filme, inesquecível, foi "Tarzan, o filho das selvas", se não me falha a memória com Steve Reeves ou com o genial Johny Weyssmuller, a meu ver o maior ator que fez o Tarzan em todos os tempos.
Fiquei apaixonado pela destreza, força, domínio e carisma com os animas, jeito de viver feliz em plena selva africana e mais, seu filho Boy, com Jonhy Sheffield no papel e sua linda mulher Jane, sempre estrelada pelo bonita Brenda Joyce.
Tinha coleções também das revistas Luluzinha, Bolinha, Mickey e Pateta, Sobrinhos do Capitão (ups!), Recruta Zero, Mônica e Cebolinha. Passava o ano esperando os fantásticos Almanaques de final de ano. Sempre mais caros, passava duas semana sem receber as revistas pra pegar o Almanaque de final de ano, principalmente o do Tio Patinhas, um milionário que ficou rico a partir de um ovo.
Doa heróis ou super heróis que povoaram minha infância o que ainda eu gostava mais ou menos era o Super Homem. Gostava porque o Clark Kent era jornalista, embora tenha tido toda curiosidade que um garoto possa ter para saber como um homem comum, como o tímido jornalista Kent, se tornava um homem tão forte, vigoroso, capaz de voar. Nunca me responderam minhas perguntas. 
Tinha um cinema também que passava famosas séries. Eram pedaços de histórias seriadas, que deixavam sempre a gente de água na boca pelo próximo episódio. Acho que é por isso que eu não sou muito fã do Netflix, porque o que vi de série na minha infância e juventude, não tá no gibi. Foram muitas!
Tentei ser saudosista, voltar ao tempo de infância, experimentando rever algumas coisas de cinema que vi quando jovem. Foi há alguns anos quando comprei dois ou três filmes de Tarzan que já havia visto há dezenas de anos.
Sinceramente como foi uma experiência que não deu certo. Não tive mais nenhum apetite de rever o meu ídolo maior, Tarzan. Comecei a ver o primeiro e não senti emoção nenhuma. Não quis mais. Preferi ficar com a emoção maior dentro das minhas lembranças de criança

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