Onde estamos, a que ponto chegamos! Como é que um jornal que se considera grande e se propaga o mais importante veículo de nossa imprensa, coloca como manchete principal uma chamada do "Big Brother"? Será falta de assunto, alimentação da mediocridade, ou obrigação por a empresa ser afiliada global? Qualquer que seja a explicação, não vale. O programa é o cúmulo da idiotia, o exercício puro da desinteligência. Aprendi a ter respeito pelas pessoas, por suas posições e até pelos seus gostos. Afinal, gosto não se discute. Só lamenta-se! Mas não posso me omitir a expressar opinião sobre a propagação de tanto mal gosto. Caetano já disse em uma de suas mais belas canções, "Sampa": "Porque o mau gosto é o mau gosto, o mau gosto, o mau gosto". O que fazer? Só lamentar!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Kate Bush, a beleza de ser o que é!
Essa deusa da sensualidade ai é Kate Bush. Tudo bem, que a garotada não conheça como deveria, mas podem crer, a musa merece. Kate começou cedinho, com 16 anos, focada que foi pelo mágico olho de David Gilmour, do Pink Floyd. A garota ainda era estudante e de um convento, imaginem como não deve ter deixado tantos coroinhas loucos! Kate tem voz divina e afinação privilegiada. Toca violino, piano e é afeita a vez por outra desaparecer, pois, exigente que só, trabalho musical com ela tem que ser bom. Amante do rock progressivo, passando pelo experimental e alternativo, Kate embalou muitas paixões com músicas como "Wuthering heigts", de seu primeiro disco, quando tinha apenas 20 aninhos. Detalhe, mesmo tendo sido descoberta aos 16 anos, Kate só gravou seu primeiro disco aos 20, e com composições próprias. "Wutering..." foi sucesso em todo o mundo, inclusive no Brasil, e na Europa, principalmente em seu país, Inglaterra, Kate foi a primeira cantora a alcançar o primeiro lugar com musica própria.
Kate está devendo algo novo para seu grande público Mas como é exigente, sabemos que quando vir algo vai ser de qualidade como foram "Babooshka", do álbum "Never For Ever", e o fantástico disco "Hounds of Love", hoje encontrado só com colecionadores. Com "Hounds of Love", de 1985, a talentosa Kate atingiu a perfeição que sempre esteve em busca. Foi elogiado pela critica do mundo inteiro.
Para os amantes da boa música, que sempre tiveram em Kate (Catherine) Bush a beleza de ser o que é, um presentinho modesto nesta quinta chuvosa. Kate, em plena erupção, cantando como um vento uivante a belamente linda "Wuthering heigths". Senhores e senhoras navegantes e seguidores, Curtam Kate!
Ridículo! FIFA quer "Gol de ouro" de volta.
O dito popular costuma dizer que "errar é humano e permanecer no erro, é burrice." Até aí, tudo bem. Agora uma pergunta: retornar a um erro antigo, o que é? se ninguém souber, posso dar um palpite: burrice em dose dupla. É o que poderá acontecer se o presidente da FIFA, Joseph Blatter por em pratica o que vem propagando pela imprensa do mundo inteiro, que é trazer de volta ao futebol o chamado "Gol de ouro". O "Gol de ouro" (também chamado de "Morte súbita") que Blatter quer trazer de volta já na Copa do Mundo de 2014 que será no Brasil, acabará com a prorrogação, que em todas as Copas é natural acontecer.
Joseph Blater deve estar á procura de um fato novo ou pelo menos que a Imprensa do mundo publique alguma coisa falando em seu nome ou sobre a FIFA.O "Gol de Ouro" é uma insanidade, um desrespeito ao futebol. Não se concebe em uma partida, quando acontecer o empate, o resultado ser decidido em um único gol, que pode acontecer tanto no primeiro segundo, como nos minutos finais. Com o "Gol de ouro" é assim. Mesmo que a prorrogação normal seja em 30 minutos, dois tempos de 15, basta uma equipe fazer o gol, independente do tempo de jogo, a partida acaba. É como condenar sem direito à defesa.
Quem não lembra aquela final injusta quando o Sub-20 do Brasil perdeu com o fatídico"Gol de ouro" para a seleção de Camarões? Pobre Rivaldo. Numa jogada, deu azar, perdeu a bola e os africanos ganharam com o "Gol de Ouro". É o ante-futebol!
É importante que futebolistas do mundo inteiro se unam e evitem essa tomada de decisão da FIFA e de Blatter. Os amantes do futebol não podem aceitar um retrocesso desses. Futebol é para ser decidido nas quatro linhas, nos 90 minutos, numa prorrogação onde as oportunidades são iguais no tempo de jogo. Se for o caso, depois como acontece agora, numa sequência de pênaltes. É muito mais emocionante e sempre ganha o melhor. Já com o "Gol de ouro"...
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Sobre o filme "Uma noite em 67"
O filme "Uma noite em 67" é interessante, pelo resgate que faz de um período dos mais difíceis da historia politica e cultural brasileira e ao mesmo tempo mais importante, porque mostra o surgimento dos grandes nomes de nossa musica, que mesmo tendo passado o longo espaço de 43 anos, ainda estão aí, cheios de vida, de talento, produzindo muito e coisas de qualidade. Foi o último festival realizado pela TV Recorde, que na época era quem dava as cartas na TV brasileira.
As entrevistas são meio pobres, poderiam ser mais abrangentes. Por exemplo, o depoimento de Sérgio Ricardo, que proporcionou o histórico e inesquecível momento do arremesso do violão na platéia que insistia em vaiá-lo quando ia interpretar sua música "Beto bom de bola". Sérgio, que além de bom compositor é cineasta, hoje beirando os 80 anos, falou muito pouco da situação que provocou seu bravo gesto, que gerou muita polêmica na época, crítica dos organizadores e até uma inusitada manchete de jornal: "Violada na platéia". O artista, hoje não mais tocando violão mas somente piano, limitou-se a dizer que hoje não faria mais aquilo, mas em nenhum momento esclareceu a razão de sua perda de humor.
Fato também interessante no filme foram as entrevistas feitas na época pela jovem repórter Cidinha Campos com Roberto Carlos e com Chico Buarque. Os dois, notadamente tímidos e em muita coia a dizer à boa repórter Cidinha, se enrolaram todo. Chico, que já era famoso em festivais, não explicou qual o sistema de música adequado para Festival. E Roberto Carlos depois de gaguejar muito, disse que "o júri sabe das coisas e qualquer que seja minha classificação vou encarar como encaro tudo: com tranquilidade".
Caetano também deixou a marca registrada de seu talento no filme, bastante explorada pelos diretores. Foi categórico em dizer que não apoiou nem ele nem Nara Leão- a passeata contra a guitarra elétrica, que levou às ruas nomes como Jamelão, Chico Buarque, Sérgio Cabral, Gilberto Gil e mais uma pá de nomes importantes da MPB, que achavam que guitarra era como comunista: "comia criancinha". Gil disse que foi no embalo dos outros, para não contrariar ninguém. Já Chico disse que entrou na tal passeata porque estava tão bêbado que nem se lembra de nada.
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Caetano garotão comandando a massa. |
No mais só uma colagem de pedaços de filmes, não tão bem montados, mas importantes porque mostraram o genial letrista Gilberto Gil cantando com Os Mutantes "Domingo no Parque"; a força poética e musical de Capinam e Edu Lobo na belíssima "Ponteio"; a inovadora mensagem tropicalista de Caetano Veloso em "Alegria, Alegria", com roqueiros argentinos "Beat Boys" (o mais aplaudido) e uma das obras primas de Chico Buarque de Hollanda "Roda Viva", com o vocal simplesmente genial do MPB-4, sob os arranjos do maestro Magro.
A idéia foi muita boa. Excelente até, repito, pelo resgate. Mas que dava para fazer algo melhor, isso com certeza dava.
Conversa (sobre) botequins
Passei ontem a pé, pela Praça da República e, em dado momento, parei e olhei para um local, pelo lado primeiro da Praça, que fica defronte ao hotel Hilton. Batutei até que a memória funcionou e lembrei o nome do bar, o Nota 10. À primeira vista estranho, o Nota 10 era um bar diferenciado, com uma boa cerveja, atendimento mesmo nota 10 e sempre com alguns companheiros para um bate papo. Era a historia de não querer ficar no Bar do Parque e caminhar para o Nota 10. Não lembro se fechava, mas parece que ia direto. Toda hora tinha gente para consumir e para atender. Era um Bar mesmo Nota 10.
O Centro de Belém hoje anda carente de bares. Mas já foi muito bom. Foi-se o tempo em que podia-se marcar com uma colega, um amigo que vinha de fora ou mesmo para um fim de tarde pelo centro da cidade. Fecharam quase todos. Há alguns anos, o centro tinha tantos bares que se disputava em qual lugar se marcava para uma "saideira". Na Presidente Vargas tinha um bocado de "sujinhos". Perto do Hotel Itaoca, tinha o Café e Bar do português. O pastel era famoso. Na esquina da mesma Presidente Vargas com a 28, bem atrás do banco do Brasil, tinha o Hakata, do japonez, que bebia tanto quanto vendia. O cara era gente fina. Muitas vezes o deixei em casa, na Magalhães Barata, depois de um porrezinho de leve. O Pastelão dele era de mais de 20 centímetros. Num deles, ia do queijo à azeitona, passando pelo picadinho e até farofa. Um pastelão. Meu amigo Fred era freguês diário. Vizinho tinha uma roleta, que o Antonio José adorava. Na Manoel Barata, o Navegantes era o retrato de Portugal à noite. Com uma decoração sempre viva, o portuga adorava conversar. Lá, tinha o vinho da casa, servido numa caneca generosa. Era branco ou tinto. A cerveja era bem gelada e a outra boa pedida era o queijo Provolone à milanesa. Uma maravilha. Mais à frente, na mesma Manoel Barata, defronte o Buraco da Palmeira, um belíssimo bar, nos altos. O falecido cantor e compositor Roberto Reis sempre se apresentava lá, principalmente às sextas e sábados. Sua cantora predileta era a Márcia. Cantava muito. àrticiou de vários festivais aqui e no interior. Sobre o Roberto Reis, certa feita, ele resolveu morar no centro da cidade e montar um bar na casa dele. Já pensou? Cantor, compositor, violonista, boêmio e com um bar em casa? Quase seu casamento vai pras cucuias. No térreo do Hotel São Geraldo também tinha um interessante bar. Outro bom local era o Restaurante Internacional, do amigo Amadeu Vidonhos. Antes funcionava também como bar, onde em determinados dias, o almoço ia até 18 horas. O velho amigo Pratilha, comunista de muitas histórias,era frequentador de carteirinha do Inter. Pratilha morava em Icoaraci mas não se preocupava com a chegada em casa. No outro dia estava sempre bem.
Na Frei Gil de Vila Nova, esquina com Aristides Lobo, funcionava o Germânia. Local fino, discreto e com uma frequência muito boa. O alemão proprietário era uma simpatia. Faleceu, e sua mulher não perdeu tempo e casou com outro gringo, também alemão. Ficou tocando o Bar, até que o novo marido, junto com ela, sofreu um assalto, levou um tiro e ficou paralítico. Ainda hoje tenho um quadro que ele pintou e me presenteou. Desgostosa, vendeu tudo e foi para o interior. Parece Nova Timboteua. Na mesma Frei Gil, esquina com Ó de Almeida, a filha de um português montou um bar, onde tinha bons tiragostos e uma cerveja gelada. Frequnetei muito ese local, com meu amigo Ronaldo Bandeira. O problema é que ela bebia mais que vendia. Daí, acabou quebrando. Um pouco afastado do Centro, na Doca, O Coxixo foi palco de grandes encontros e debates políticos. Ironicamente, o Coxixo mudou de nome e virou quartel general dos tucanos. Égua!
O Centro hoje está esquisito. Não tem mais bares. Até os velhos Gato Preto, o Canto do Sabiá e aquele bar estranho da Aristides Lobo com Piedade, parece não funcionam mais. O Manoelzinho, do Diário, era figurinha carimbada todos os dias neste último. Ao meio dia. Era para bater o ponto numa branquinha. O fotógrafo Cândido Sodré (que Deus o tenha!) era também assíduo do local.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Goleiro Adriano contratado pela Tuna
Recebo em primeiríssima mão o informe que a Tuna Luso Brasileira contratou o goleiro Adriano, ex-Remo. O Paredão, como é conhecido, já assinou com a Águia e agora vai disputar o gol com os outros dois goleiros do clube, Kleber e André Luís. Adriano já se apresenta amanhã ao treinador Flávio Goiano.
Pode ser uma boa contratação e pode não ser. André Luís, que jogou as últimas partidas, é um dos melhores goleiros do estado. E Kleber não fica atrás. Os dois, com responsabilidade, poderiam perfeitamente disputar o gol da Águia. Agora, além do salário de Adriano, que deve ser bem maior que o dos dois goleiros que muito ralaram no Clube, não será muito fácil ele ganhar a posição de titular.
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Adriano é bom goleiro, mas nunca ganhou nada. |
É certo que Adriano é um bom goleiro, tem nome. Mas o problema é principalmente a questão salarial. Todos sabem que a princípio, logo quando foi contratado, André Luis enfrentou rejeição por causa de comentários ocorridos quando de sua passagem pelo Clube, no início da década passada. Mas André superou isso e teve excelente atuação em todas as partidas que jogou na Primeira fase. Kleber, idem. É um goleiro que eu próprio já coloquei aqui que era metido a bad boy. Mas nada que o tempo não cure. Kleber foi um esteio nas partidas da Primeira fase e só perdeu a posição por contusão.
Não vou criticar a diretoria por ter contratado Adriano. Mesmo não sendo um "papa título", ao contrário, tendo perdido sempre nas equipes em que atuou, até mesmo no Remo, inegavelmente Adriano é um grande goleiro. Creio que quem vai ter uma boa dor de cabeça é o técnico Flávio Goiano. E o presidente Fabiano, pois pelo que sei, vai ter chiadeira.
Dilma, a guerrilheira, via além das 200 milhas
(Do Conversa Afiada, de PHA).
O programa Entrevista Record, da Record News, que vai ao ar hoje às 21h30, exibe uma entrevista com a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social.
Ela vai cuidar do Bolsa Família e estará à frente do maior desafio que a Presidenta Dilma Rousseff se propôs: erradicar a miséria.
Um aspecto importante da entrevista foi a observação de que o Bolsa Família é um complemento de renda e parte de um conjunto de programas com o mesmo objetivo: combater a miséria.
Dois desses programas, que se articulam, são o Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – e o Microcrédito.
Hoje, por exemplo, o Crediamigo, do Banco do Nordeste, tem 730 mil clientes ativos.
Desses, 260 mil são beneficiários do Bolsa Família.
O que é muito pouco, mas é um dos caminhos que a Ministra Campello perseguirá.O foco será a região do semi-árido do Nordeste, onde uma parte da população já tem acesso à terra e pode se candidatar ao Pronaf e ao Microcrédito.
Outra entrevista deste ordinário blogueiro foi com a jornalista Rose Nogueira, Presidente do “Tortura Nunca Mais”, de São Paulo.Rose e outras 11 mulheres receberam convite da Presidenta Dilma para assistir à posse.
As 11 pagaram o avião e o hotel em Brasília.As 11 estiveram com a Presidenta no Presídio Tiradentes, em São Paulo.
Rose ficou presa 9 meses e, na tortura, perdeu a capacidade de ser mãe.Por 5 meses, Rose conviveu na cadeia com a companheira Dilma, também torturada.
É claro que elas falavam sobre o que chamavam de “mundão”, o mundo lá fora.E, às vezes, discutiam as notícias que recebiam de forma precária e irregular.Um dia, souberam que o regime militar tinha ampliado a soberania do Brasil de 12 para 200 milhas mar adentro.Estabeleceu-se uma polêmica.Todas foram contra.Suspeitavam de mais uma armadilha dos militares.Depois que todas falaram, Dilma sentenciou: “um dia, nós vamos sair daqui e ter 200 milhas é melhor do que 12″.Este ordinário blogueiro perguntou a Rose se ela tinha chorado quando a Presidenta disse que não se arrependia da opção política que fez na juventude.Rose respondeu: “Eu chorei o discurso inteiro”.E vocês 11, o que se diziam, o que comentavam ?, perguntei.
- Nós davamos muitas gargalhadas, respondeu Rose.
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