segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Imprensa e as "famiglias"

O jornal O Estado de São Paulo, em editorial, declarou apoiar (deslavadamente, vale salientar), a candidatura do tucano Serra à Presidência. Hoje, pela manhã, a candidata verde Marina Silva declarou que Serra intimida a Imprensa. Inquirida sobre como o tucano intimidava a imprensa, Marina disse:  "Ele ao que parece está sempre com raiva, sempre nervoso e quando alguém faz uma pergunta que ele não gosta ele lança aquele olhar de raiva, de intimidação, parecendo que quer brigar com o repórter", disse a candidata do PV.
O que o Estadão declarou em editorial foi, como diria Nelson Rodrigues, o "óbvio ululante". Desde o  começo da campanha à Presidência a Folha de São Paulo, O Globo, Veja e Estadão estão escancaradamente defendendo a candidatura tucana. A Veja vergonhosamente, está sendo distribuída gratuitamente todas as semanas, criando factoides e com capas sensacionalistas, mostrando o quanto a tradicional revista dos Civita se prostituiu nos últimos anos. Para os neófitos, essa posição pode até refletir positivamente, mas para os que têm consciência a emenda pode sair pior que o soneto, já que é notório que esse "puxamento de saco" é eleitoreiro, ou seja, os grandes veículos da imprensa defendem o tucano porque querem, em uma possível eleição de Serra, o "pagamento" de benesses em forma de publicidade.
Tudo leva a crer que a candidata petista Dilma Rousseff ganha em primeiro turno. Pesquisas mostram que no Sul, Centro Oeste, Norte e Nordeste a candidata do presidente Lula ganha com muitos furos acima dos dois oposicionistas juntos. Para Os dois candidatos não será vergonha, porque eleição ou se ganha ou se perde. Mas para a Grande Imprensa será vergonhoso. Fazer jornalismo de botequim, com matérias requentadas e de cunho jornalístico pior do que duvidoso, chulo mesmo, vai ficar difícil mesmo que as "famiglias", como disse Leonardo Boff, tenham muito dinheiro. mas, certamente, boa parte da força elas (as famiglias) vão perder.

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