domingo, 13 de fevereiro de 2011

Egito, sem Mubarak, pode viver nova era

A queda de Hosni Mubarak na sexta-feira, foi talvez a maior vitória política do povo Egipcio, carente de uma liderança política desde  a morte de Nasser, em 1970. Sucessor de Anuar Sadat, assassinado em 1981, Mubarak resistiu até enquanto pode, embora as pressões de rua, que duraram quase um mês, e tenham levado um milhão de pessoas à Praça Tahrir, principal ponto de encontro dos manifestantes, aumentassem dia a dia, numa corrente de ansiedade por  mudanças que envolviam lideranças intelectuais e políticas, com o fundamental apoio do povo, principalmente da juventude, todos cansados do conservadorismo milenar e da ditadura que já passa dos 40 anos.
Mubarak, 82 anos, entregou o comando do País ao exército, mas é importante que para o bem do futuro do Egito,  fique bem fechado que quem comandará os destinos da nação tenha apoio popular e seja eleito democraticamente, como almeja a população.
Para isso, o Egito talvez tenha que fazer uma nova constituição, ou pelo menos alterar alguns pontos da atual, certamente conservadora e não suficientemente democrática como deseja o povo. O Egito, como a maioria das nações árabes, vive ainda baseado nas leis do Alcorão, mas é por demais importante que mesmo que sejam respeitados os valores religiosos da doutrina de Maomé, da queda de Mubarak, o povo egípcio vislumbre o surgimento de uma nova nação, sem o domínio de possíveis "faraós" que poderão surgir  por puro oportunismo, e que só sonham em viver nababescamente, enquanto o povo sofre a repressão e a falta de políticas públicas e sociais. Como nação milenar e importante históricamente para toda a Humanidade, o Egito, que já fez parte dos países não alinhados, doravante tem que trabalhar sua independência política e social com democracia popular e sem a interferência de potências estrangeiras como Inglaterra, França e principalmente Estados Unidos,  O povo egípcio lutou e fez por onde merecer essa importante vitória da democracia.

2 comentários:

  1. Íncrivel o que um simples protesto tenha virado realidade,não?

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  2. Pois é. E ainda tem gente que tem o despautério de ser contra os protestos. O melhor de qualqure democracia é a liberdade. Principalmente a de expressao. Sou a favor radicalmente de qualquer tipo de protesto, desde que ele seja por uma causa justa. E a do Egito era.

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