quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mas... nem tudo está perdido!

Acho balela esse papo de profissionalizar o futebol. O futebol já é profissional. Temos que defender é  uma melhor e mais séria infra estrutura, isso é lógico. Mas não posso aceitar uma diretoria contratar um profissional de gestão qualificado, como o Paysandu contratou agora, para ganhar um bom salário (não sei quanto), e depois ter problemas com Justiça. 
Ora, esse profissional que chegou vai ficar meio zonzo quando analisar a bronca feia que o Luiz Omar está deixando (só uma, com o Arinelson e o Jobson,  está beirando os seis milhões). Tendo uma infinidade de problemas jurídicos, de Justiça do Trabalho, de salários e premiações atrasadas, o profissional de gestão que chegou, mesmo vendo os problemas e a casa desarrumada,  vai querer receber o dele direitinho, como também os jogadores recém-contratados. Mas e os antigos, que não recebem faz três ou quatro meses, quando vão receber o passado? Remo e Paysandu, segundo a Imprensa, em problemas de Justiça do Trabalho de anos. 
O Tourinho, para quem não sabe, está trabalhando na Tuna. Eu sou contra, pois o rombo que ele deixou no Paysandu não o qualifica para trabalhar na Tuna. Falaram na época que ele chegou, que o salário seria de 12 mil mensais. Um sócio chegou a perguntar ao presidente mas eles respondeu um básico "não te interessa".
Pois é. O Tourinho, soube, conseguiu a Big Ben para patrocinar a Tuna. A grana é uma merreca (gosto do termo!), tipo 15 mil reais. Três ele ganha de comissão. Mas já ajuda, temos que reconhecer.
Agora eu pergunto: por que ele para a Tuna só conseguiu 15 mil com a Big Ben, se para o Paysandu a mesma empresa deve dar mais de 100 mil? Outra: por que ele não consegue outros patrocinadores para totalizar pelo menos uns 100 ou 150 mil  mensais?
Respondo: porque trabalhar com time de massa, como Remo e Paysandu é fácil. Com a Tuna, que tem uma torcida pequena é difícil, muito difícil.
Só para lembrar: o Vasco da Gama está vivendo uma de suas maiores crises em toda a sua história. Tem infra estrutura, mas o que os problemas que o espertalhão do Eurico Miranda diexou, faz com que até hoje o Roberto Dinamite -que sabemos é uma pessoa séria, ética e competente- não consiga tirar as certidões negativas do Clube e receba pagamento de patrocínios que por isso estão suspensos. O reflexo está no time de futebol, que perde jogadores, perde partidas e perde a credibilidade perante os patrocinadores e torcedores.
Por isso, caros navegantes e seguidores, profissionalizar pessoal que trabalha com futebol é muito fácil da boca pra fora. Ao vivo é muito pior. Vocês vão sabe o que espera o Vandik; Já o Cabeça, que brigou para a ditadura no Remo continuar e ele não sair, é porque o negócio lá é feio. Feio mesmo. 
O que tem de acontecer com equipes que não têm muitos torcedores, que conseguem lotar os estádios e com isso ajudam na negociação da mídia dos uniformes de suas equipes, é encontrar pessoas que queiram trabalhar com seriedade e comprometimento, sem querer só aparecer. Mas é importante, a meu ver, que essas pessoas torçam pela equipe, porque trabalhar de graça, sem torcer, é estranho e pode ser perigoso. Muito perigoso.

2 comentários:

  1. Acha balela profissionalizar futebol?? quer dizer que as atuais gestões estão corretas?? A verdade nua e crua é que o futebol paraense (e em outros estados) só é profissional no nome e por que cada time tem um registro na CBF. E só! Melhor infra estrutura é justamente profissionalizar o futebol. Enquanto isso não for feito o futebol paraense vai continuar patinando. E digo mais: o futebol daqui só ainda não acabou como acabou o do amazonas porque temos uma coisa fenomenal chamada torcida e população que adora futebol. Se não fosse isso, seriamos mais um Rio Negro, São Raimundo, Fast Club, etc.

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    1. Mas é o que lhe digo, meu camarada. Quem pode fazer, tem que fazer. Só que quem não tem uma torcida para bancar, ajudar indo aos campos, etc., vai quebrar a cara. Se você analisar o texto, digo que é balela profissionalizar quem não tem grana para pagar o profissional de gestão. O Remo tem, o Paysandu idem, o Santa Cruz pode ter. mas o resto não tem a menor condição. Se não tem para pagar o profissional, se arriscar é balela. No futebol, como na vida, muitas coisas, infelizmente, são para quem pode.
      Nunca falei que as gestões estão corretas. Mas por que você não procura fazer um contato ou uma palestra para os gestores de seu clube e do paysandu, que você torce, ama, etc. e sabe que eles podem pagar o profissional?
      Analise qual será a reação deles. Seu clube, que tem o grande patrimônio que é a torcida, não dá certo porque os que estão lá não querem. Mas dá para por um gestor competente e que faça ele caminhar corretamente.
      Na Tuna a coisa é bem diferente. Tem-se que lutar para montar um time regular e barato, porque se passar de uma certa quantia, vai dar problema.
      Sem querer polemizar e sem querer não aceitar o que é óbvio. Não somos crianças e temos que saber o terreno que pisamos e até onde podemos ir. Eu, pelo menos, penso assim. Um abraço.

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