sexta-feira, 29 de junho de 2012

Contra a discriminação, Balotelli neles!

E eis que me preparei na quarta-feira para ver o jogo entre Portugal e Espanha e, de repente, me deparo com uma partida normal, sem o espetáculo futebolístico que tanto esperava. Enquanto isso, ontem, sem dar a mínima, vejo a beleza que foi o jogo entre Alemanha e Itália. Um verdadeiro clássico da Europa, com jogadas bonitas, lances sofisticados, enfim, uma partida bem disputada, que mostrou que a Itália, outrora uma grande equipe, conhecida como "Squadra Azurra", três vezes campeã do mundo, era uma gigante adomecido, e botou a fortíssima e invicta Alemanha, no bolso.
Balotelli: dois gols decisivos
O jogo foi movimentado do começo ao fim. A Alemanha é, sem dúvida alguma, uma grande equipe, por isso mesmo era uma das candidatas ao título. Mas parece que os cronistas, os técnicos, enfim, os "papas" do futebol esqueceram que a Itália tem história. E  a Azurra foi valente, raçuda e aprontou.
Os dois golaços do polêmico Mario Balotelli foram, na visão deste escriba, a coisa mais importante desta Eurocopa. Negro, filho rejeitado de pais ganenses, Balotelli é uma espécie de "bad boy" do futebol, como muitos brasileiros. Só que se formos analisar o atacante, de 21 anos que joga no Manchester City, tem suas razões para ter uma certa revolta. Criado por uma família que o adotou e deu-lhe nome e sobrenome, Balotelli é sempre discriminado dentro de campo, principalmente quando faz gols ou sua equipe sai vencedora. As torcidas organizadas que continuam a usar o racismo como arma principal, não dão mole ao craque italiano. E quando joga contra nórdicos, aí é que a coisa pega, como já aconteceu com os brasileiros Juan, Roberto Carlos, Zé Roberto e outros, quando jogaram bananas dentro docampo.
A Itália fará domingo seu grande teste contra uma Espanha que vem com a marra toda. Como não vejo muita bola no tal "taka" espanhol, acredito mais na velha escola italiana, que usa a experiencia e o talento de bons jogadores. E com a valentia de um jovem atacante filho de africanos, mas com o coração e a raça de um verdadeiro italiano que é.

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