O Paragominas venceu o Segundo Turno do Campeonato Paraense de 2013 com um elenco quase que genuinamente paraense. Essa característica, infelizmente abominada pelas duas principais equipes de nosso Estado, mas que este escriba sempre mostrou que poderia ser a principal pela maioria das equipes, provou mais uma vez que dá certo, principalmente, quando é bem feita.
Os jogadores que hoje envergam a jaqueta do Paragominas Futebol Clube, equipe que tem somente um ano de fundação, são velhos conhecidos nossos. Aliás, de toda a crônica esportiva e dos amantes do futebol. São jogadores que começaram na Tuna, no Remo, no Paysandu e que passearam por várias equipes regionais, um dos exemplos, é o volante Paulo de Tárcio, um dos melhores em campo ontem.
Paulo começou nas categorias de base da Tuna, chegou ao sub-20 como uma grande revelação. O técnico Carlos Lucena foi quem o lançou no time principal, onde o jovem, aos 20 anos, foi campeão do Primeiro Turno pela Tuna e vice do Paraense em 2007, daí despertando logo o interesse do Paysandu.
No Paysandu, Paulo foi campeão, depois dispensado por técnico que veio de fora. Rodou por várias equipes do Pará, sendo ano passado contratado pelo Cametá, onde foi novamente campeão.
Com o título de ontem, Paulo de Tárcio é campeão no Pará pela quarta vez como profissional. Os preconceituosos o chamam de "sucata" e dizem que ele não joga "em time grande".
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| Guerreiro: talento e humildade |
O goleiro André Luiz é outro conhecido. Já um pouco veterano, só na Tuna esteve três vezes. Os zagueiros Sam, Rubran e Cristóvão já passaram por vários times da capital e do interior paraense.
Cristóvão, a meu ver, tem vaga em qualquer time local, Remo, Paysandu, Tuna, etc. Marquinho é outro que já rodou por várias equipes paraenses.
O ataque do Paragominas é todo papa xibé: Adriano Miranda, Beá, Dudu, e o craque Aleilson, que botaram o Remo na roda, são "figurinhas carimbadas" do nosso futebol.
O técnico do Paragominas é outro papa xibé dos mais autênticos. Charles é Guerreiro até no nome, graças à sua garra quando jogou por Flamengo, depois Fluminense no Rio de Janeiro. Charles é o retrato da humildade, da sinceridade, da seriedade.
Charles foi técnico da Tuna, em 2008, quando este escriba esteve na direção. Na oportunidade constatamos o talento e toda a sua competência, conhecimento profissional adquirido ao longo da profissão e dos gramados. Outro fato do sucesso profissional de Charles, além do talento e da humildade, é seu estilo, de trabalho, respeitando a todos os jogadores. Quando o profissional não usa da arrrogância, mas do talento, juntamente com a amizade e o respeito com jogadores, dirigentes e profissionais da Imprensa, isto é um passo para o sucesso. Charles tem essa caracteristica.
A equipe papa xibé do time do Paragominas, um municipio onde originariamente a população pouco descende de paraenses, merece todo o nosso respeito, pela garra, pela valorização dos nosso atletas. Um time que não se importou quando foi chamado preconceituosamente por parte da Imprensa e pela maioria de alguns torcedores de "sucatão". O PFC mostrou que o talento do jogador paraense, a humildade, juntamente com a garra, principalmente, são armas para uma vitória digna como a do Paragominas. Parabéns ao jogador paraense.
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