sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Governo nega insegurança, mas ela está aí

É brincadeira e de muito mal gosto as autoridades policiais do Estado negarem que o Pará é um estado violento. Dizer que os dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) que diz que a população paraense lidera os indícios de sensação de insegurança do país, divulgada ontem pelo IBGE, é mentirosa, e retratam uma realidade antiga, de 2009, é querer fechar os olhos para uma realidade  que a Grande Imprensa mostra diariamente.
A pesquisa infelizmente causa mais inquietação aos paraenses, que hoje vivem a intranquilidade da insegurança em todos os setores. Ninguém mais quer sair de casa à noite, com medo dos assaltos e da extrema violência dos assaltantes. Os sequestraos relâmpagos, moda nas grandes cidades, estão acontecendo com normalidade em Belém e nas cidades da Região Metropolitana. O bandidismo, mesmo com o esforço das autoridade, aumenta sensivelmente.
Agora não podemos fazer como fez o governo de São Paulo, quando dezenas de pessoas são assassinadas diariamente, tendo o Estado se transformado numa praça de guerra entre policiais e bandidos, e o secretário  de Segurança nega e o governo do tucano Alckimim a princípio não aceitou o apoio do governo federal e da Polícia Federal. Felizmente para os paulistanos, o bocudo secretário se mancou e pediu exoneração.
O problema da bandidagem em Belém e no Pará, é que eles procuram sempre imitar o que acontece em estados mais avançados, como Rio de Janeiro e São Paulo. A ação das polícias -Civil e Militar- até que é efetiva, mas ao que parece os bandidos se multiplicam com facilidade.
O roubo de armas de uma empresa de segurança na semana passada, que virou até piada, porque começou com mais de 300 armas, depois baixou para  pouco mais de 200 e por último somente com 150, é um retrato do que acontece em Belém. A empresa proprietária das armas ficava com um arsenal armamentístico dando a maior "sopa" para os bandidos, que não tinha nem que ir muito longe, porque o local onde as armas estavam já é uma área considerada  vermelha, portanto um melzinho para os bandidos.
Não se pode nem deve amedrontar a população. Mas negar o real, também é querer brincar com coisa séria.

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