terça-feira, 26 de abril de 2011

Enquanto vivemos à míngua, empresas paraenses apóiam equipes de outros estados.

Os clubes de futebol de nosso Estado passam por sérios problemas financeiros. É normal que equipes da capital e interior façam pequenos contratos,  a média de três meses, com seus atletas, por causa da problemática financeira.  Isso acontece principalmente pela falta de torcida da maioria das equipes e  também porque as empresas locais apóiam muito tímidamente os clubes. Somente Remo e Paysandu respiram com um tranquilidade maior, embora suas folhas de pagamento sejam  maiores, o que  faz com que eles fiquem na mesma situação dos demais.
Quando dirigente da Tuna Luso Brasileira, eu, acompanhado de outros diretores tivemos que sofrer chá de cadeira em várias empresas com o intuito de conseguir uma publicidade para as camisas e calções da equipe de futebol. Corríamos de um lado para outro, pedíamos apoio a amigos que conhecíamos  dirigentes de empresas, ligávamos  os empresários  não atendiam, uma batalha só. Sinceramente, um sofrimento que não desejo a ninguém. Até que um deles, dono de uma Escola Superior, me ajudou por um bom tempo, a quem até hoje sou muito agradecido. Porém, dirigentes de planos de saúde, que sempre apóiam as equipes de futebol,  nos davam homéricos chás de cadeira e muitas vezes nem o telefone atendiam. Uma humilhação, infelizmente que por sermos cruzmaltinos, por termos o compromisso de botar o time em campo, eu e os dirigentes que estavam comigo tivemos que passar.
Tuna e Big Ben: poderia dar certo.
Agora, de repente, não mais que de repente, vendo uma partida entre São Paulo e Náutico de Recife, vejo lá a propaganda das Farmácias Big Ben. Pois é. Nossa grande rede de farmácias apoiando uma equipe de futebol de Pernambuco! Negócio é o seguinte: Que eu saiba, não existe  nem Big Ben em Recife. Sei que aqui no Pará apóiam Remo e Paysandu. Mas ao Náutico foi uma grande e até triste surpresa. Aí u pergunto: Por que não apoiar outras clubes, como por exemplo, a Tuna Luso Brasileira, equipe centenária, com um histórico de dois campeonatos brasileiros, 10 campeonatos regionais, maior reveladora de craques do Norte e Nordeste do Brasil? Sinceramente não entendo o porquê.
Sei que alguém vai dizer: "o dinheiro é deles, eles apóiam quem eles
quiserem!".Certo. Mas em marketing existe a história da oferta e da procura, do interesse em atingir determinado público, de regionalizar até massificando uma marca, etc. A Big Ben é assim. É hoje uma marca forte, maciçamente forte em nosso estado. Por que então de ampliar essa fortaleza apoiando a Tuna? Tenho certeza que o presidente da Tuna toparia uma ajuda, mesmo  pequena por um espaço bom. É a história do pouco mais certo, da garantia de ter alguma coisa para fazer o planejamento.
Confesso que não sei qual foi o critério que a direção da Big Ben usou apostando na equipe Timbó. Não sei também se eles têm interesse de entrar no mercado pernambucano -ou se já não estão lá. Só sei de uma coisa. A Big Ben, a Unimed e outras grandes empresa do nosso estado poderiam muito bem olhar por esse filão que é o esporte, principalmente o futebol. A Tuna, por exemplo,  além das camisas e calções, tem um grande espaço na própria sede e no campo de futebol. 
O presidente da Tuna poderia criar um Departamento de Marketing profissional, com gente que seja da área, ou mesmo um Deprtamento de Mídia, para que entrassem em contato com agências ou com as próprias empresas para ver se consegue algo em termos de patrocínio que dê para tocar o barco sem perigo dele naufragar. 
Fiquei triste com o que ví, principalmente pela situação que a Tuna e outras equipes passam e, principalmente, por ver "o rato" ser o grande privilegiado em benesses publicitárias. Enquanto o pobre  do "gato" (ou da Águia) está aqui a lamentar pelo menos um pedacinho que seja para poder seguir feliz sua caminhada.

7 comentários:

  1. Só para conhecimento: as drogarias Big Ben não existe apenas no Estado do Pará. Além do Pará a rede de farmácias possui lojas nos Estados do Maranhão, Piauí e Pernambuco. Em Recife existe SIM fdrogarias Big Ben. Chegou a existir em Macapá-AP, mas não foi adiante.
    Patrocínio esportivo grande só se consegue em time de massa e conquistando vitórias. Dizer isso que fulano deveria patrocinar a Tuna, Beltrano daria certo na Tuna, se justamente houvesse uma política de Marketing, planejamento por escrito com demonstrativos e previsões de ganhos, etc.
    Enquanto dirigente do Cristal fiz um planejamento por escrito, com a história do Clube, os projetos, tudo no papel. Resultado: Consegui patrocinio de material esportivo para jogo, treino, viagens e concentrações da KAPPA - Multinacional em artigos esportivos. Nunca isso aconteceu no esporte Amapaense. Sabe por que? Porque lá como cá querem conseguir as coisas no boca a boca. E isso não existe. Ou faz as coisas corretas e profissionais ou então neca neca. O problema é que aqui e lá "brincam" de dirigir futebol.

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  2. concordo plenamente com o primeiro comenário,a gente agadeçe o empenho que pessoas como o senhor, e o próprio Fabiano tiveram pra conseguir patrocinio mas é necessário organizar essa parte antes,não é algo impossivel de se fazer.Mas não se preocupe,eu quero me formar em publicidade daqui a alguns anos eu to fazendo isso de graça pra Tuna,hehehehe.


    p.s. a Big Ben já chegou a patrocinar a Tuna,não é ?

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  3. acabei de postar um pequeno comentário sobre este tema em meu blog http://luizpaulopina.blogs.sapo.pt

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  4. Material esportivo as empresas fazem questão de dar. Na Tuna já tivemos Ns empresas que nos patrocinaram até com agasalhos para viagens, como a Poker e outras. Sobre a Big Ben, entre no Site do Náutico e verás que é a nossa, do Pará, que apóia a equipe timbú, que o nobre amigo deve saber, é a terceira força de Pernambuco, atrás de Santa Cruz e Sport.
    Sobre propaganda institucional, o que se quer colocar é que mesmo que a Tuna não seja time de massa (como o amigo faz questão de sempre frisar), não deixa de ser um bom projeto publicitário para qualquer empresa. E é bom que o companheiro saiba, que times com torcidas bem menores que a Tuna, como o Castanhal, o Águia e o São Raimundo, além do Cametá, para citar equipes de nosso estado, são apoiados por várias empresas, porque a publicidade pode ser dirigida ou não, e clientes estão em todas as classes. Agora mesmo, um time do interior do Ceará, de um município que não tem nem 50 mil habitantes, Horizonte, enfrentou o Flamengo no Rio com uma equipe razoavelmente bem armada. Eles têm publicidade em várias partes do uniforme. Tenho certeza que ele não deve ser nem o décimo em torcida no Ceará!
    Com relação à Tuna, como citei na matéria, além dos espaços nos uniformes, temos em nossa sede e em nosso Estádio dezenas de bons espaços para utilização de qualquer tipo de mídia. Modéstia à parte, dessa matéria, sem querer ser bam-bam-bam, eu entendo, porque sou jornalista e já trabalhei em várias agências.
    Na verdade, o X do problema está na cabeça dos dirigentes de empresas que só têm olhos aqui para duas equipes: Remo e Paysandu. Por isso, clubes da Capital estão vivendo "emprestados" para municípios do interior. É, realmente, lamentável!
    P.S.: se não lutarmos para mudar a cabeça das pessoas, viveremos sempre à mercê dos séculos 18 ou 19.

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  5. Eu sei disso. Como disse a Big Ben é paraense mas possui lojas em outros Estados. Como eu disse, enquanto existir pseudo diretores e presidentes - que brincam de gerir futebol, a Tuna e muitos ficarão como estão.
    Todos os clubes citados tem muitos patrocínios porque sabem fazer projetos, coisa que outros times não sabem, poiis como disse, tem gente que brinca de futebol. Lamentavelmente!

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  6. Insisto em dizer que propaganda que eles mostram no site do Náutico é a da Big Ben Batista Campos, portanto, em Belém.

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  7. Mas é claro que vai aparecer uma loja de Belém nobre mestre, pois a matriz é Belém, a empresa é daqui, mas possui lojas em Pernambuco mais precisamente nas cidades de Recife, Jabotão dos Guararapes e Olinda.
    E a Big Ben está mais que certa mesmo. Se fosse eu também patrocinaria. Tem mais é que divulgar a marca. Com certeza lá souberam fazer projeto e lá ninguém brinca de futebol e não existem pseudos dirigentes como aqui.

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